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Agravo de Instrumento VAGNER MARCHETE X INSS

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�BRANCO ADVOCACIA
Drª. Andressa Renata Pértile Branco – OAB/SP 213.611
Dr Alex Ap. Branco – OAB /SP 253.174
Rua Conceição, nº 121 – Conj. 51 – Edifício Santa Tereza – Campinas - S.P. - fone: 19 3236.9866 / 3386-4526
Rua Armelinda Pádula Pietrobon, nº 174 – Jardim Itapoã – Paulínia - S.P. - fone: 19 3933.3424
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 EXCELENTÍSSIMO SR. DR. DESEMBARGADOR VICE-PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO – SP.
 
 
 
AUTOS Nº 0007923-85.2014.403.6105 
ORIGEM: 8ª VARA FEDERAL DE CAMPINAS/SP
AGRAVANTE: VAGNER MARCHETE
AGRAVADO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
 		VAGNER MARCHETE, já devidamente qualificado nos autos em epígrafe, no qual contende em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS; por seu advogado que esta subscreve inconformado com a decisão interlocutória proferida no processo acima identificado, vem respeitosamente apresentar o presente 
AGRAVO DE INSTRUMENTO,
com base nos artigos. 522 e ss. do CPC, de acordo com a exposição dos fatos, do direito e das razões do pedido de reforma da decisão que segue anexa, requerendo seja o presente agravo recebido na modalidade de INSTRUMENTO, haja vista que a parte autora corre risco de dano irreparável, caso a nova prova pericial não seja realizada antes da prolação da sentença.
1. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
		Nobres Julgadores, preliminarmente, informa que o autor é beneficiário da gratuidade da justiça, motivo de não constarem na peça vestibular os comprovantes de recolhimento de porte de remessa e retorno, requerendo seja a presente medida apreciada para todos os efeitos legais.
2. MOTIVOS DO AGRAVO
		Nobres Julgadores, o caso em questão demanda direitos de questões de ordem pública, haja vista que aborda o caso de aposentadoria que versa sobre direito a alimentos, sendo que a aposentadoria é um benefício substitutivo do salário do autor.
		Importante salientar que o autor NÃO está trabalhando, estando desempregado no momento, sendo este mais um motivo quanto à substituição de seu salário pelo benefício requerido, que já foi negado na esfera administrativa, mesmo, em tese, possuindo o direito.
Ocorre que o ilustre julgador "a quo", proferiu decisão interlocutória, que se encontra às fls. do retro mencionado processo, na qual o insigne magistrado, indeferindo colheita do depoimento pessoal e a prova testemunhal tempestivamente requerida, cerceando a defesa da Agravante, violenta a regra constitucional de respeito ao devido processo legal, e assim se refere:
*** Sentença/Despacho/Decisão/Ato Ordinatório
 O mero inconformismo com o resultado do laudo pericial não justifica a perícia na área de psiquiatria requerida pelo autor, mormente porque tal perícia não foi objeto do pedido IV, que menciona expressamente perícia médica na especialidade da doença do autor. Ademais, em nenhum momento da inicial o autor justifica sua incapacidade com base na síndrome do pânico, mas sim, apenas nas doenças enterocolite ulcerativa crônica e doença de crohn. Menciona apenas superficialmente e sem qualquer outro tipo de prova documental que seu estado emocional tem sido abalado em razão da impossibilidade de trabalhar e da recusa do INSS em restabelecer seu benefício. Tampouco comprova qualquer tipo de tratamento na área de psiquiatria. Assim, indefiro a perícia complementar requerida. Nada mais havendo ou sendo requerido, façam-se os autos conclusos para sentença. Int. 
Disponibilização D.Eletrônico de despacho em 23/03/2015
 		O Agravante, não se conformando com a r. decisão supra transcrita, eis que a mesma contraria o preceito legal contido nos artigos 332, 342 e 400 todos do CPC e com fundamento no art. 522 e seguintes do CPC, não tem outra alternativa, a não ser interpor o presente Agravo de Instrumento, para que seja corrigido o "erro in procedendo", face ao grave prejuízo que a decisão, ora atacada, acarreta para aquele, uma vez que a mesma fere de morte o mais sagrado princípio constitucional, sendo certo tratar-se de cerceamento de defesa, como se vê, in verbis:
Art. 332 - Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa.
Art. 342 - O juiz pode, de ofício, em qualquer estado do processo, determinar o comparecimento pessoal das partes, a fim de interrogá-las sobre os fatos da causa.
Art. 400 - A prova testemunhal é sempre admissível, não dispondo a lei de modo diverso. O juiz indeferirá a inquirição de testemunhas sobre fatos:
I - já provados por documento ou confissão da parte;
II - que só por documento ou por exame pericial puderem ser provados.
		Por ocasião da manifestação ao laudo pericial, o patrono da Agravante requereu ao Nobre Magistrado de primeira instância que o mesmo designasse perícia complementar na área de Psiquiatria, tendo em vista que o autor também apresenta quadro de Síndrome do Pânico e havia comunicado o i. expert, mas o mesmo se manteve inerte.
O ilustre julgador "a quo", negou nova perícia na modalidade de psiquiatria, isso demonstra claramente o cerceamento de defesa do Agravante, tendo em vista que a perícia realizada anteriormente foi apenas realizada na ótica clínica, e que o i. perito não deu importância para o que o agravante estava lhe dizendo, e muito menos, com todo respeito, elaborou um laudo conciso e esclarecedor.
Sendo assim, ao indeferir o requerimento de produção de nova prova pericial, desta vez incluindo-se a modalidade em psiquiatria, tendo em vista o estado de saúde do autor, tem-se que o Juízo acabou por promover o cerceamento de defesa, na medida em que a sentença de improcedência foi proferida apenas com base no citado laudo, que, nota-se claramente, é superficial. O próprio C. STJ já se posicionou sobre o tema ao afirmar que:
 “Se a pretensão do autor depende da produção da prova requerida, esta não lhe pode ser negada, nem reduzido o âmbito de seu pedido com um julgamento antecipado, sob pena de configurar-se uma situação de autêntica denegação de Justiça” (RSTJ 21/416).
Por essa razão, o cerceamento de defesa, que ceifa a participação da parte no procedimento que prepara o provimento, além de agredir direitos originários da parte, originários no sentido preciso do termo, por serem concedidos pelo Poder Constituinte, agride a ordem jurídica, macula a jurisdição, nega o devido processo legal, viola o contraditório e a ampla defesa.
Essas garantias jamais podem ser sacrificadas em prol da celeridade processual.
A finalidade do processo judicial não é contar pontos em olimpíadas de celeridade e economia processual. É preparar o provimento judicial que responderá à demanda das partes, com a garantia de sua participação e respeito a seus direitos, em todos os atos que a lei coloca á sua disposição.
Ao final, requer o provimento do recurso para que seja realizada uma nova perícia médica, incluindo a especialidade de psiquiatria, visto ter o autor apresentado problemas psiquiátricos como Síndrome do Pânico, e para que sejam avaliadas todas as particularidades do quadro clínico apresentado, concedendo-se ao final a reforma da r. sentença para reconhecer a procedência do pedido.
		
3. CONCLUSÃO
 		Mediante ao exposto, o Agravante vem, perante Ínclitos Desembargadores com o devido acato, requerer:
a) a intimação do patrono do Agravado, para, querendo, responder aos termos do presente Agravo, no prazo legal;
b) seja recebido o presente Agravo com efeito suspensivo, para que seja realizada nova perícia médica, incluindo a especialidade de psiquiatria e que seja comunicado ao ínclito magistrado "a quo" e oficiado ao mesmo para prestar informações ou reformar a r. decisão, ora agravada, se assim entender;
c)seja processado e julgado procedente, o presente pedido, com a consequente reforma da r. decisão de fls., acima transcrita, cuja cópia devidamente autenticada faz parte integrante deste;
d) a juntada das cópias da decisão agravada, da certidão de intimação e das procurações outorgadas aos patronos das partes.
e) o Agravante deixa de efetuar o preparo, eis que beneficiário da Justiça Gratuita.
		Nos termos do art. 544, § 1º, do CPC, o Agravante declara autênticas as cópias juntadas no presente agravo.
Nestes Termos, Pede PROVIMENTO.
Campinas/SP, 27 de março de 2.015.
ALEX APARECIDO BRANCO 		 
OAB/SP nº 253.174		 
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