T01 Introducao a Genese de Jazidas

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Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Introdução à Gênese de Jazidas
Disciplina: Gênese de Jazidas
Código: IA 257
Professor: Francisco Silva
Departamento de Geociências (IA)
UFRuralRJ
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Introdução à Gênese de Jazidas
Este curso é, em grande parte, baseado no livro “Introduction to 
Ore-Forming Processes”, de Laurence Robb (2005). São citadas 
informações de outros autores, cujas publicações de origem estão 
referenciadas no livro acima.
É utilizado também o Glossário Geológico Ilustrado (online) do 
Instituto de Geociências da Universidade de Brasília.
Todas as informações retiradas da internet trazem o site de origem.
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Processos Formadores de Depósitos Minerais
• Os principais processos/mecanismos concentradores de 
substâncias de interesse econômico e, por conseguinte, 
formadores de depósitos minerais, de caráter endógeno ou 
exógeno, são:
 Magmáticos
 Sedimentares
 Metamórficos
 Hidrotermais ígneos e não ígneos
 Exalativos e vulcanogênicos
 Residuais e supergênicos
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Classificação de Depósitos Minerais
• Os depósitos minerais podem ser classificados com base em 
diferentes feições geológicas, tais como:
 Processos/mecanismos (adotado no curso)
 Morfologia e geometria
 Distribuição de teores
 Ambiente geológico
 Litologia
 Ambiente tectônico
 Idade
 Outros
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O que utilizamos ...
• Os materiais que usamos são extraídos de minérios a partir de 
depósitos minerais. Estes depósitos ocorrem em muitos tipos de 
rocha porém, são muito poucas aquelas que podem fornecer 
materiais de forma economicamente viável.
• Na grande maioria das rochas, o custo de extração dos metais (e 
não metais) contidos excede o seu próprio valor.
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Principais Definições e Termos Utilizados
no Âmbito da Geologia Econômica
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Gênese de Jazidas (Ore Genesis)
• Estudo de processos que atuam na formação de depósitos 
minerais. Estes processos envolvem fundamentalmente quatro 
componentes que são:
> A fonte dos metais
> O meio pela qual estes são transportados
> As condições geológicas que possibilitam a sua 
deposição
> E a sua preservação em quantidades significativas
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Metalogenia (Metallogeny)
• Consiste no estudo da gênese de depósitos minerais, 
principalmente na relação do seu posicionamento no espaço e 
tempo com diferentes feições geológicas do planeta.
Metalotecto (Metallotect)
• Qualquer feição petrológica, estratigráfica, tectônica, estrutural, 
litológica, geoquímica e outras que contribuiu para a concentração 
de elemento(s) de interesse econômico. Estas feições são 
observadas em mineralizações típicas, e utilizadas para definir a 
metodologia de prospecção mais apropriada para cada tipo de 
depósito mineral.
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Exemplo: os metalotectos de ouro na Zona do Lineamento 
Congonhas (MG) estão relacionados com a rocha hospedeira, 
alteração hidrotermal e feições estruturais (Seixas, Unb, 1988).
Época Metalogenética (Metallogenetic Epoch)
• Período específico no tempo geológico favorável à formação de 
depósitos minerais de determinado tipo e características.
Província Metalogenética (Metallogenetic Province)
• Representa uma região onde, em particular, ocorrem determinados 
tipos de depósitos minerais.
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Fator de Concentração (Concentration Factor)
• Os depósitos minerais representam raras concentrações de metais 
no planeta. Os elementos de interesse econômico são comumente 
encontrados em muitas rochas porém, em concentrações que não 
permitem a sua extração de forma economicamente viável.
• O fator de concentração representa o teor médio do depósito de um 
determinado elemento dividido pela concentração média 
(abundância) deste mesmo elemento na crosta continental.
• A tabela a seguir (Robb, 2005) apresenta a abundância média de 
alguns elementos na crosta terrestre e o respectivo fator de 
concentração.
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Elemento Abundância Fator de 
Químico Crustal Média Concentração
Al (Aluminum) 8.0% 3 a 4
Fe (Iron) 5.8% 6 a 7
Ti (Titanium) 0.86% 25 a 100
Cr (Chromium) 0.0096% 4.000 a 5.000
Zn (Zinc) 0.0082% 300
Cu (Copper) 0.0058% 100 a 200
Ag (Silver) 0.000008% ~1000
Pt (Platinum) 0.0000005% 600
Au (Gold) 0.0000002% 4.000 a 5.000
U (Uranium) 0.00016% 500 a 1000
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• Importante referir que muitos metais apresentam uma abundante 
distribuição na crosta terrestre como, por exemplo, Fe, Al, Mg, Ti e 
Mn, o que requer um reduzido fator de concentração para que seja 
gerado um depósito mineral com potencial de viabilidade 
econômica.
• Outros metais, no entanto, mostram uma distribuição bastante 
reduzida, na ordem de partes por milhão ou partes por bilhão. Tais 
elementos, para formar depósitos minerais com potencial de 
aproveitamento, devem ser submetidos a processos que os 
enriqueçam por fatores de concentração na ordem de centenas ou 
milhares de vezes.
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• Vale ressaltar que o fator de concentração é função do tipo litológico 
onde o processo de enriquecimento atua. O fator de concentração 
do titânio, para gerar um depósito a partir de rochas ultramáficas, é 
de cerca de 230 vezes. Se a rocha fonte for máfica, então este 
fator se reduz para cerca de 5 vezes.
• No caso do cromo, ocorre o oposto, onde o fator de concentração 
para uma rocha máfica é de cerca de 1750 vezes, enquanto se esta 
rocha for ultramáfica este fator reduz-se para 190 vezes.
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Concentração Natural Seguida de Concentração em 
Planta/Usina de Beneficiamento
• O lítio não ocorre livre na natureza e a sua abundância crustal é de
somente 0.0007% Li.
• Tomemos, como exemplo, uma mineralização em pegmatito onde o 
teor médio é de 0.79% Li. Uma mina produz, em planta de 
beneficiamento, a partir desse pegmatito, um concentrado de 
espodumênio com 3.44% Li.
• O fator de concentração dos processos geológicosenvolvidos na 
geração da mineralização (formação de pegmatito) é, neste caso, 
de cerca de 1100 vezes, enquanto o fator de concentração da 
planta, a partir do minério (0.79% Li), foi de pouco mais de 4 vezes.
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• Considerando o aspecto comercial, o teor do concentrado obtido 
(3.44% Li) é superior ao teor padrão de 3.37% Li exigido por 
algumas indústrias de cerâmica e vidro para produtos de qualidade.
• Um concentrado de menor teor, com 2.32% Li, também pode ser 
obtido nesta planta. Neste caso, este também pode ser 
comercializado pois ajusta-se aos requisitos da indústria de vidro 
menos exigente.
Ocorrência Mineral (Mineral Occurrence)
• Local onde ocorre a concentração de um determinado material 
mineralizado, em quantidades (aparentemente) pequenas. No 
entanto, pesquisas detalhadas podem revelar que uma ocorrência 
mineral pode estar associada, ou é parte integrante, de um depósito 
mineral de maior expressão.
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Depósito Mineral (Mineral Deposit)
• O termo depósito mineral corresponde a uma massa ou 
mineralização individualizada, e pode ser utilizado para ambas as 
situações:
> Representa uma concentração mineral com suficiente 
volume e teor que, sob determinadas circunstâncias 
favoráveis, mostra potencial econômico mas que no atual 
estágio requer mais pesquisas.
> O valor econômico do depósito já foi comprovado (jazida).
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• Os depósitos minerais possuem, em geral, características distintas 
entre si, quer em termos de volume (tonelagem) como em termos 
de teores.
• Depósitos de ouro, por exemplo, podem variar de algumas centenas 
de milhares de toneladas até as centenas de milhões de toneladas, 
com teores médios que variam de menos de 1 g/t Au até algumas 
dezenas de g/t Au.
• Do ponto de vista econômico, tal variabilidade nas características 
dos depósitos de ouro, possibilita que empresas de diferentes 
características comerciais e tamanhos atuem na lavra do metal. 
Situação distinta, por exemplo, ocorre em relação ao ferro onde 
somente empresas de grande porte atuam.
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• Relativamente a um depósito mineral, existem geralmente dois tipos 
de material:
 Minerais de minério: onde se encontra um ou mais metais que 
podem, sob determinadas circunstâncias, serem extraídos de 
forma economicamente viável.
 Ganga: minerais sem valor econômico mas que ocorrem juntos 
com os minerais de minério e, comumente, são extraídos em 
conjunto com estes. Alguns exemplos são silicatos, carbonatos, 
sulfatos, sulfetos e outros.
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Jazida (Orebody)
• Mineralização em quantidade, teor e características físico-químicas 
que atende a requisitos técnicos e econômico-financeiros, e que 
junto com as permissões legais e condições suficientes de 
infraestrutura e localização, permite a sua exploração econômica 
(reservas minerais).
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Teor (Grade)
• Representa a concentração de um metal numa jazida ou 
mineralização sendo usualmente expresso sob a forma de 
percentagem ou ppm (partes por milhão). Exemplo: mineralização 
com 3.2% Zn e 22 g/t (ppm) Ag.
Teor de Corte (Cutoff Grade)
• O teor de corte representa o teor mínimo que viabiliza 
economicamente a exploração mineral de tal forma que valores 
inferiores tornam esta atividade antieconômica. Seu cálculo envolve 
a elaboração de um modelo econômico-financeiro, que deve sofrer 
revisões periódicas conforme a variação dos parâmetros ou fatores 
utilizados. Exemplo: preço do metal, custo operacional, royalties, 
impostos, etc.
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• Visto de outra forma, o teor de corte representa um teor abaixo do 
qual a lavra não é econômica, ou seja, corresponde a um valor 
onde todos os custos são recuperados e nenhum lucro é obtido com 
a operação.
• Os custos a utilizar no modelo econômico-financeiro para o 
cálculo do teor de corte devem incluir, dentre outros, o capital 
utilizado na aquisição da área, na construção das instalações, o 
capital de giro, etc.
• Devem ser incluídos ainda custos operacionais da mina, planta de 
beneficiamento, ambiente, supervisão e gestão, manutenção, 
pessoal, barragem de rejeitados, comercialização, transporte, juros, 
royalties, taxas, emolumentos, entre outros além dos custos com o 
fechamento da mina (ambiental e social).
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Exemplo de Utilização de Teor de Corte
na Divulgação de Recursos e Reservas Minerais
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Tabela de Recursos Minerais de 2013, do Projeto Mt Kare Gold/Silver, na Papua Nova 
Guiné. O teor de corte utilizado no cálculo destes recursos é de 0.5 g/t Au
http://www.indochinemining.com/projects/mt-kare
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Tabela de Recursos Minerais do Projeto Mt Forrest localizado na Austrália Ocidental
http://mindax.com.au/?id=211
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Outro Exemplo de Utilização de Teor de Corte
• A Technical Report prepared for GlobeStar on the Moblan West 
property was completed in December 2008. It provided indicated 
mineral resources for the Main Sill in the Moblan West property of 
5.34 million tonnes at an average grade of 1.51% Li
2
O and a cut-off 
grade of 0.43% Li
2
O.
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Algumas Definições de Minério (Ore)
• O termo minério é comumente utilizado de forma errada. Este termo 
só deve ser utilizado quando, para além de ter sido provada a 
viabilidade econômica do depósito, não existir nenhum impedimento 
legal, ambiental ou outros à sua extração. Se não seja o caso, os 
termos mais apropriados são material mineralizado, mineralização, 
ocorrência, etc.
• A seguir são apresentadas algumas definições do termo minério 
obtidas de fontes distintas:
> Um material, mineral ou rocha, do qual pode ser extraído um ou 
mais metais, comumente misturado com ganga, e cuja 
operação de lavra deve ser lucrativa.
> Uma rocha da qual um ou mais metais/minerais podem ser 
econômica e legalmente extraídos (Rio Tinto Group).
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> Agregado deminerais, de ocorrência natural, a partir do qual 
um ou mais metais podem ser extraídos com lucro ou 
expectativa de lucro (Os Recursos Físicos da Terra, The Open 
University/Unicamp).
> Mineral ou rocha de interesse econômico, ou ainda, rocha 
contendo mineral de interesse econômico suscetível de ser 
extraído e processado economicamente (Glossário Geológico 
da UnB).
• Com base nas definições apresentadas anteriormente, conclui-se 
que minério é aquele material que foi objeto de estudos de lavra, 
metalúrgicos, análise econômica, financeira e outros (Código 
JORC), o que vai muito além de somente considerar as 
características geológicas e geoquímicas do material.
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• A questão de ser ou não minério pode ser sumarizada em 
duas perguntas interligadas:
> O material de interesse pode ser extraído e tratado?
> Se for extraído virá a gerar lucro?
Somente é minério se a resposta for afirmativa à ambas as 
perguntas.
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Utilização do Termo Minério
• Segundo o Código JORC (2004), o termo Reservas Minerais, que 
se constitui numa parte modificada de Recursos Minerais Indicados 
e Medidos, requer que sejam considerados os Fatores de 
Modificação como a lavra, metalurgia, aspectos econômicos e 
financeiros, de mercado, questões legais, ambientais, sociais e 
governamentais.
• O termo Minério, só deve ser utilizado para materiais de depósitos 
minerais que foram objeto de tal análise e obtiveram um resultado 
positivo.
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• Ainda segundo o JORC, os termos Minério e Reservas Minerais 
não devem ser utilizados para descrever estimativas de Recursos 
Minerais, uma vez que estes exigem análise de viabilidade técnica e 
econômica, sendo somente apropriados quando todos os Fatores 
de Modificação relevantes foram considerados.
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Resultados de Prospecção
Recursos Minerais
Fatores de Modificação: Lavra, Metalúrgico, Econômico,
Comercial, Legal, Ambiental, Social e Governamental
Reservas Minerais
(Recursos, Mineralização,
Material Mineralizado,
Ocorrência, etc.)
(Reservas, Jazida, Minério)
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Ganga (Gangue)
• A ganga ou minerais de ganga são, geralmente, constituídos por 
minerais formadores de rocha, que ocorrem em conjunto ou 
associados com o minério, não mostrando interesse econômico.
• A ganga pode ainda ser constituída por minerais de minério que, 
naquela situação específica, não são objeto de interesse 
econômico.
• Usualmente, este material é separado do minério em plantas ou 
usinas de beneficiamento, onde serão produzidos os 
concentrados, enquanto a ganga irá formar os rejeitos. Exemplo: 
quartzo, calcita, pirita, etc.
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Mineral Primário e Secundário
• O mineral de interesse econômico pode ser primário ou secundário 
que, segundo o Glossário Geológico UnB, significa:
 Primário, se os minerais de minério formaram-se junto com a 
própria rocha mineralizada; 
 Secundário, se os minerais de minério correspondem a um 
enriquecimento por processos de alteração, infiltração e/ou 
cimentação (oxidação, sulfetação ou carbonatação) da rocha 
mineralizada.
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• Não existem meios diretos e simples para definir um mineral como 
primário ou secundário.
 Elementos solúveis produzem muito comumente minerais 
secundários como, por exemplo, o cobre (calcocita, bornita, 
malaquita, etc.) e a prata (acantita, etc.).
 Elementos insolúveis como estanho, ouro, molibdênio, cromo e 
outros não formam minerais secundários.
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• Minerais como esfalerita, galena, cromita e calcopirita, por exemplo, 
só ocorrem como minerais primários, enquanto hematita e bornita 
podem ser de origem secundária ou primária.
• A cuprita e os carbonatos de cobre, por exemplo, só ocorrem como 
minerais secundários.
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Mineralização de Baixo e Alto Teor
• Depósitos de baixo ou alto teor são expressões comumente 
utilizadas para, em termos relativos com outros depósitos, designar 
aquelas mineralizações que mostrem teores acima ou abaixo da 
média, considerado um determinado metal e não um tipo específico 
de mineralização.
Exemplo: a mina de ouro de Paracatu (MG) possui teores médios 
ao redor de 0.4 g/t Au (mineralização de baixo teor). O depósito
epitermal de Au-Ag de Hishikari (Japão) mostra, na zona de Honko, 
um teor médio de 70 g/t Au (mineralização de alto teor).
• No entanto, o que comumente determina a viabilidade econômica 
de um projeto é a quantidade de metal contido, isto é, a tonelagem 
pelo teor (caso da mina de Paracatu).
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• Muitos depósitos de baixo teor podem ser lavrados devido a grande 
quantidade de material. Um bom exemplo são os depósitos de 
cobre porfirítico, do tipo disseminado, onde em muitos casos teores 
de apenas 0.4% Cu são lavrados devido a enorme tonelagem que 
pode ser produzida. 
• No outro extremo, muitos depósitos de pouca tonelagem podem, 
muitas vezes, ser explorados devido aos altos teores presentes.
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• De uma forma geral, e dados os avanços tecnológicos na área da 
mineração, é cada vez mais comum viabilizar depósitos de mais 
baixo teor, onde a mineralização tende a ser do tipo disseminada.
• A tonelagem destes depósitos varia muito comumente em função do 
teor de corte, enquanto que nos depósitos confinados, a tonelagem 
está muitas vezes restrita por feições geológicas como, por 
exemplo, os contatos.
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Volume e Teores Médios de Depósitos Minerais
• O conteúdo em metal, ou teor, de um depósito mineral é definido 
como a fração de material explotável presente na rocha.
• O teor, comumente expresso em percentagem, possui a seguinte 
relação:
T (%) = m/M * 100
onde:
m é a massa do material explotável
M é a massa total do material
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Teore Médio
• Um exemplo de teor médio é fornecido com base em 844 depósitos 
mundiais do tipo VMS (Volcanogenic Massive Sulphide) 
cadastradospelo GSC - Geological Survey of Canada. O teor 
médio (sem ponderação pela tonelagem) calculado é igual a:
> 16.9 Mt @ 1.5% Cu, 1.6% Pb, 4.4% Zn, 1.8 g/t Au e 66 g/t Ag
• Com base em 12 depósitos mundiais do tipo World Class
VMS, cadastrados pelo GSC, tendo estes pelo menos 30 t de ouro 
contido, o teor médio, ponderado pela tonelagem, é igual a:
> 21.8 Mt @ 5.5 g/t Au, 64 g/t Ag, 1.1% Cu, 4.1% Pb e 4.0% Zn
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Teor/Tonelagem Versus Metal Contido
• No âmbito da disciplina de Gênese de Jazidas serão utilizados 
comumente os termos tonelagem e teor. Tais termos são, de uma 
forma geral, suficientes para dar a dimensão ou tamanho de uma 
mineralização.
• No entanto, é importante referir que o detentor dos direitos minerais 
de uma área não irá comercializar o seu produto com base na 
tonelagem e teor, mas sim no metal contido.
Para a maior parte dos bens minerais, os recursos e reservas, 
planos de lavra e planos de comercialização são reportados 
também com base na quantidade de metal contido. Na tabela a 
seguir é mostrado, como exemplo, um relatório de Reservas 
Minerais onde é mencionada a quantidade de metal contido (ouro 
em onças troy). 
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http://www.adamusresources.com.au/
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Metal contido (Contained Metal)
• Com base em equação anteriormente apresentada (T (%) = m/M * 
100), e sabendo que num depósito cada tonelada de material 
mineralizado tem 40 kg de cobre metal, o teor médio é de:
T (%) = 40/1000 * 100 = 4% Cu
• O mineral de minério, que no exemplo acima é calcopirita, mostra 
30.4% Fe, 34.6% Cu e 35.0% S. A percentagem deste mineral na 
rocha é de:
40 kg/0.346 = 115.61 kg de calcopirita que, em uma tonelada de 
material mineralizado, representa 11.6% de calcopirita no total da 
rocha.
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Protominério (Protore)
• Segundo o Glossário da Unb, este representa uma rocha 
mineralizada com teor subeconômico que, por processo secundário 
de alteração ou cimentação, como oxidação, sulfetação ou outro, 
atinge um teor e outras especificações transformando-se em 
material de interesse econômico.
Minerais Industriais (Industrial Minerals)
• Qualquer rocha, mineral ou outra substância de ocorrência natural 
de interesse econômico, excetuando-se os minérios metálicos, 
combustíveis fósseis e as pedras preciosas. Alguns exemplos 
são calcário, argilas, areia, cascalho, diatomita, bentonita, amianto, 
barita, gipsita, talco, fluorita, fosfato, caolinita, etc.
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Minério Complexo (Complex Ore)
• Um minério pode ter somente um elemento de valor econômico 
(minério simples) ou vários elementos de interesse econômico 
(minério complexo).
Subproduto (By-product)
• Elementos que são recuperados durante o processo de lavra, mas 
que têm uma importância secundária, e que não são os principais 
geradores de receitas da operação, são chamados de subprodutos.
Coproduto (Co-product)
• Muitas jazidas são lavradas para mais de um elemento. Quando 
estes elementos mostram aproximadamente a mesma expressão e 
valor, em termos de receitas geradas para a operação, são 
denominados por coprodutos.
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Metal Equivalente (Metal Equivalents)
• Considere um minério onde estão presentes os metais Cu e Mo. 
Para calcular o cobre equivalente (CuEq) desta jazida são utilizados 
o preço do Cu (0.80 USD/lb) e o preço do Mo (4.20 USD/lb). Uma 
libra peso é igual a 453.6 g.
• A partir da razão Mo/Cu é encontrado o fator de conversão, que 
neste caso possui o valor de 5.25 (4.20/0.80).
• A fórmula para a obtenção do cobre equivalente é igual a:
CuEq = Cu% + 5.25 * Mo%
• Sabendo que o depósito tem teores de 1.6% Cu e 0.06% Mo, então 
o cobre equivalente desta mineralização é igual a:
CuEq = 1.6 + 5.25*0.06 = 1.92%
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Exaustão Global de Recurso Mineral
• A possibilidade de exaustão de uma determinada substância, a 
nível global, num lapso de tempo razoável, é bastante reduzida. Isto 
porque é sempre possível encontrar um material mineralizado com 
concentrações menores do que aquelas presentemente 
econômicas.
• Se a disponibilidade de depósitos econômicos é reduzida, tal se 
traduz no aumento de preço do metal. Com isto, o fator de 
concentração procurado tende a se reduzir fomentando, desta 
forma, a pesquisa por depósitos de teores relativamente menores.
Exemplo: Com o aumento significativo na procura de depósitos de 
Li, o teor médio de interesse econômico e alvo de pesquisas, 
passou de cerca de 0.75% Li para 0.50% Li nos últimos anos.
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Classificação dos Metais
• Uma classificação simplificada e prática, utilizada pela indústria 
mineral, para os principais metais é mostrada abaixo: 
Grupo Metais Típicos
Metais ferrosos Fe, Mn, Ni, Cr, Mo, W, V e Co
Metais básicos Cu, Pb, Zn, Sn e Al
Metais preciosos Au, Ag e Grupo da Platina
Metais radioativos U e Th
Metais menores Sb, As, Be, Bi, Cd, Hg, Nb, Se, Ta, Te, Ti e 
Zr
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