Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) Disciplina: Gênese de Jazidas Código: IA 257 Professor: Francisco Silva Departamento de Geociências (IA) UFRuralRJ Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) Depósitos Formados por Processos SedimentaresDepósitos Formados por Processos Sedimentares Sedimentação Química • A sedimentação química está relacionada com a precipitação de componentes dissolvidos de uma solução, geralmente água do mar ou salmoura. • Muitas rochas são produzidas a partir da compactação e litificação de precipitados químicos, o que inclui as rochas carbonáticas (calcário e dolomito), sedimentos silicosos (chert) e sedimentos ferruginosos (jaspe - principalmente formação ferrífera bandada). Em menor quantidade estão os óxidos de manganês, fosfatos e barita. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) • A maioria dos recursos mundiais de ferro, manganês e fosfato estão associados com a sedimentação química. • Do mesmo modo estão as rochas carbonáticas e os evaporitos, que apresentam concentrações econômicas de K, Na, Ca, Mg, Li, I, Br e Cl, para além de boratos, nitratos e sulfatos. • A maior parte destes depósitos estão relacionados com ambientes marinhos ou marinhos marginais, onde a plataforma continental, zonas de supra e intra-marés (sedimentação litorânea) e lagunas, são os locais de maior concentração deste tipo de mineralização. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) • Os principais parâmetros que controlam a sedimentação química são: > Oxi-redução > pH > Clima > Paleolatitude > Atividade biogênica Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) Formação Ferrífera Bandada ou BIF (Banded Iron Formation) • Termo aplicado ao sedimento químico acamadado, que mostra um bandamento composicional com alternância entre camadas finas de minerais de ferro e chert. • Os depósitos de formação ferrífera bandada representam a maior fonte mundial de minério de ferro. • Os depósitos ferríferos deste tipo estão, em grande parte, no Arqueano e Proterozóico. As formações ferríferas ocorrem em três períodos distintos, quais são: ▪ 3500 - 3000 Ma (Tipo Algoma) ▪ 2500 - 1800 Ma (Tipo Lake Superior) ▪ 1000 - 500 Ma (Tipo Rapitan) Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) Tipo Algoma • Depósitos do Tipo Algoma são encontrados em greenstone belts. Em geral, são relativamente pequenos (< 100 Mt) e de importância econômica secundária quando comparados ao Tipo Superior. • Estes são constituídos principalmente por óxidos, carbonatos e/ou chert, com teores entre 15% e 45% Fe com média em torno de 25% Fe. Estes depósitos estão, comumente, intercalados com rochas vulcânicas, grauvacas, turbiditos e sedimentos pelíticos. • Os ambientes de formação deste tipo de mineralização são os arcos vulcânicos e zonas de tectônica extensional. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) • Estes depósitos estão relacionados com centros de extrusão ao longo de faixas vulcânicas, sistemas de falhas profundas e zonas de rifte. • As espessuras médias estão em torno de 50-100 m tendo, no entanto, extensões que podem chegar a vários quilômetros. • As rochas ferríferas do Tipo Algoma são consideradas como protominério de muitos depósitos de ferro residualmente enriquecidos. • Litofácies de formações de óxidos de ferro podem gradar lateralmente e verticalmente para litofáceis ricas em manganês. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) http://www.turnstone.ca/lsupfr1.htm Formação ferrífera bandada Tipo Algoma com idade superior a 2.5 Ga (Wawa, Canadá) Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) Formação ferrífera bandada do Arqueano (Michigan, USA). Os BIFs desta região representam a principal fonte de minério de ferro dos Estados Unidos da América Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) Testemunho de formação ferrífera bandada da Formação Kuruman do Arqueano (África do Sul), onde intercalam-se bandas de siderita (rosa), magnetita (preto) e hematita+chert (cinza) http://www.geology.wisc.edu/~unstable/Early_Earth_Astrobiology/Astrobiology_Early_Earth.htm Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) Tipo Superior • Estes depósitos são formados em plataformas continentais estáveis e bacias pouco profundas sendo, na sua maioria, de idade Paleoproterozóica. Estes representam a categoria mais importante dos depósitos de ferro e os mais produtivos. • Os depósitos do Tipo Superior mostram litologias comumente constituídas por óxidos (hematita ou magnetita), carbonatos (siderita e dolomita), silicatos, chert e sulfetos (principalmente pirita), em proporções variáveis conforme a mineralização. • A ocorrência destes minerais sugere a existência de um fácies gradacional com base na sequência carbonatos-óxidos-sulfetos. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) • Esta variação mineralógica estaria relacionada com ambientes cada vez mais redutores, onde o Eh e o pH são fatores determinantes para a ordem de precipitação dos minerais. • As formações ferríferas são sedimentos químicos constituídos principalmente por ferro e silício. A fonte direta destes elementos parece ser somente a água do mar, pois não são evidentes a contribuição de fontes continentais como, por exemplo, sedimentos clásticos. • O elemento ferro se encontra na forma do íon Fe2+, sendo este originalmente proveniente de exalações hidrotermais (black smokers), lixiviação de rochas da crosta oceânica e intemperismo continental. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) • A água do mar tem a capacidade de dissolver grandes quantidades de sílica amorfa Si(OH)4. • Muito provavelmente, os oceanos do Arqueano e Paleoproterozóico eram saturados com relação a sílica, o que representava uma fonte importante para a mineralização. • Esta concentração da sílica em oceanos pretéritos contrasta com a situação dos oceanos atuais, onde a sílica tem uma concentração bastante reduzida, muito possivelmente devido a atividade biogênica. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) • Alguns exemplos importantes do Tipo Superior são: > Bacia de Hamersley (Austrália Ocidental) > Bacia do Transvaal (África do Sul) > Quadrilátero Ferrífero (Brasil)> Labrador Trough (Canadá) > Krivoy Rog-Kursk (Ucrânia) > Região de Singhbhum (Índia) > Lake Superior (USA) Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) Origem Não Biogênica da Formação Ferrífera Bandada (BIF) • A geração de depósitos de formação ferrífera bandada está, comumente, condicionada pela seguinte sequência de eventos: a. O ferro ferroso (Fe2+) é trazido de profundidades marinhas maiores, onde prevalecem condições mais redutoras. b. Este íon é trazido para plataformas rasas por correntes ascendentes (ressurgência marinha). c. O encontro de correntes profundas com águas superficiais, mais oxigenadas, irá promover a oxidação do Fe2+, hidrólise e precipitação do hidróxido férrico Fe(OH)3. Se a atividade de CO2 for significativa a siderita (FeCO3) poderá precipitar. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) • A presença de luz solar (profundidades rasas) é considerada como um fator importante para o processo de oxidação do ferro, quer por meio orgânico como inorgânico. • A precipitação da sílica estaria condicionada pela evaporação da superfície da água do mar onde, localmente, ocorreria a supersaturação resultando na precipitação desta sob a forma de gel. • Este gel se transformaria em chert durante o processo de compactação. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) Origem Biogênica da Formação Ferrífera Bandada (BIF) • As principais formações ferríferas bandadas ocorrem em rochas Proterozóicas entre 2.5 e 1.8 Ga. Acredita-se que a atmosfera primitiva continha pouco oxigênio. Há cerca de 3.0 Ga, quando do início da fotossíntese, a concentração de oxigênio é estimada em cerca de somente 0.04%. • Atualmente, a concentração de oxigênio na atmosfera é de cerca de 21%. • Após o intemperismo das rochas que continham ferro e exalações submarinas, e devido ao fato de haver pouco oxigênio para ligar-se a este elemento, o ferro entrava diretamente nos mares e oceanos sob a forma de íons. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) • Com o desenvolvimento da vida, em especial das algas azuis ou azuis-verdes (Cyanobacteria), há cerca de 3.5 Ga, o ambiente passou a ter mais oxigênio, produzido por estes mircroorganismos a partir do processo da fotossíntese. • Com o aumento da concentração de oxigênio, um elemento muito reativo e propenso às ligações, os íons de ferro presentes nos oceanos puderam combinar formando, inicialmente, géis amorfos. • Estes géis, que alternavam horizontes mais ricos em ferro com outros mais ricos em sílica, vieram posteriormente a se transformar em formações ferríferas bandadas alternando chert ou jaspe com óxidos de ferro, principalmente magnetita e hematita e/ou siderita. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) • A alternância entre horizontes ricos em ferro e chert está provavelmente relacionada com períodos de extinção e crescimento de biomassa. • Em períodos de extinção (menos oxigênio) formam-se os horizontes pobres em ferro (chert). Em períodos de retomada da população, onde são produzidas maiores quantidades de oxigênio, este elemento era consumido na ligação com o ferro presente na água do mar. Desta forma, os horizontes mais ricos em ferro são formados. • A atmosfera do planeta só realmente começou a concentrar oxigênio, em quantidades significativas, após todo o ferro disponível nos oceanos ter se precipitado, após combinar com o oxigênio proveniente da atividade biológica. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) http://econgeol.geoscienceworld.org/cgi/content/full/105/3/467 Modelos simplificados que explicam a deposição de formações ferríferas A) zona de oxi-redução por oxigênio biologicamente produzido (fotossíntese); B) direto por oxidação biogênica; e C) por deposição abiogênica Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) http://pumicecastle.blogspot.com/2011_02_01_archive.html Diagrama esquemático da precipitação da ferrihidrita Fe(OH)3 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) http://ammin.geoscienceworld.org/cgi/content/full/90/10/1473/F25 Ambiente deposicional de formações ferríferas. A seta é proporcional ao aporte de carbono. Formações com siderita precipitam junto da linha de fornecimento do carbono. Formações com magnetita e hematita precipitam onde o carbono é baixo e existe oxigênio. Mais próximo da costa ocorre a deposição de calcários Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) http://ammin.geoscienceworld.org/cgi/content/full/90/10/1473/F25 Abundância relativa das formações ferríferas pré-cambrianas e curva de evolução atmosférica da concentração de oxigênio e dióxido de carbono Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) http://ammin.geoscienceworld.org/cgi/content/full/90/10/1473/F25 Diagrama esquemático da abundância relativa das principais formações ferríferas pré-cambrianas ao longo do tempo geológico Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) Principais minerais de ferro de ocorrência em formações ferríferas http://www.eos.ubc.ca/courses/ Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) Itabiritos do Quadriláterio Ferrífero (MG)1 • Os itabiritos representam formações ferríferas bandadas metamorfizadas. Estes têm idade Paleoproterozóica e pertencem ao Grupo Itabira do Supergrupo Minas. • Estas rochas estão, principalmente, segundo os tipos composicionais: > Quartzo itabirito (jaspilito metamorfizado) > Itabirito dolomítico (formação ferrífera bandada dolomitizada) > Itabirito anfibolítico (modificado pela presença de pelitos) 1 Itabiritos e minérios de ferro de alto teor do Quadrilátero Ferrífero - Uma visão geral e discussão de Carlos A. Rosière e Farid Chemale Jr. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) Geologia simplificada do Quadriláterio Ferrífero com a localização das principais ocorrências de formações ferríferas bandadas Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) Coluna estratigráfica do Quadriláterio FerríferoProf. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) • Os itabiritos estão comumemente junto com filitos piritosos e filitos hematíticos. • O Grupo Itabira, onde estão os itabiritos, é uma sequência predominantemente marinha, de ambiente raso a profundo, depositada sobre a sequência clástica progradante do Grupo Caraça. • Estas rochas sofreram influência (grande variedade de estruturas e texturas), de pelo menos dois ciclos orogênicos, após a deposição do Grupo Itabira: > Transamazônico (Paleoproterozóico de 2.1 a 2.0 Ga) > Brasiliano (Neoproterozóico de 0.65 a 0.50 Ga) Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) • No Quadrilátero Ferrífero, a hematita é o óxido predominante (martita, hematita granoblástica e especularita). Magnetita predomina localmente ou em zonas de menor grau de metamorfismo e deformação. • Quartzo é o mineral de ganga predominante, ocorrendo ainda dolomita e anfibólios. • A distribuição dos diferentes tipos composicionais está condicionada por três fatores: > Composição original dos sedimentos na bacia > Estruturação tectônica > Metamorfismo e processos hidrotermais Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) • Os itabiritos sofreram, além de reações metamórficas, intenso processo de oxidação e alteração hidrotermal. • Os corpos de minério rico, no passado, eram caracterizados por teores em Fe > 60%, praticamente sem SiO2, Al2O3, P e álcalis. • O intemperismo tem uma grande importância na geração de corpos lavráveis de minério de ferro de alto teor. Este processo responde pela lixiviação de SiO2 e, principalmente, dos carbonatos por águas superficiais. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) • Muitas formações ferríferas bandadas (~ 30% Fe) são economicamente viáveis hoje dada, principalmente, a exaustão de mineralizações de alto teor (> 60% Fe). • Tal fato estimulou a adoção de usinas de tratamento que, por meio de flotação, viabilizaram a lavra de material itabirítico de mais baixo teor. • A geração de jazidas de mais alto teor deve-se a atuação de processos de enriquecimento (intemperismo e/ou alteração hidrotermal) sobre as formações ferríferas originais (taconitos e jaspilitos metamorfizados). • Os depósitos são, em geral, de grandes dimensões com dezenas a centenas de milhões de toneladas. Os teores flutuam bastante, em geral entre 35% e 55% Fe, como no caso brasileiro do Quadrilátero Ferrífero. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) Enriquecimento supergênico de Formação Ferrífera Bandada (BIF). Próximo à superfície, em zona de circulação de água subterrânea, ocorre a lixiviação e hidratação. Martita e goethita substituem a magnetita. As bandas de chert e carbonatos são substituídas por goethita ou são lixiviadas http://www.eos.ubc.ca/courses/ Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) Bandamento típico de itabirito. Mina de ferro do Pico (Itabirito, MG) Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) http://geoeconomicamineralexploration.blogspot.com/2008/08/sada-de-geologia-econmica-2008-minas.html Mina de ferro do Pico (Itabirito, MG) Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) Mina de ferro do Pico (Itabirito, MG) Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) http://geoeconomicamineralexploration.blogspot.com/2008/08/sada-de-geologia-econmica-2008-minas.html Detalhe de bandamento de formação ferrífera bandada (BIF ) Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) http://astrobiology.nasa.gov/nai/library-of-resources/annual-reports/2009/uwis/executive-summary/university-of-wisconsin/ Formação ferrífera bandada Biwabik de 1.9 Ga (Minnesota, EUA). Condições biogeoquímicas muito diferentes das atuais com baixa concentração de oxigênio, predominância de organismos baseados no metabolismo do ferro e baixo conteúdo de enxôfre nos mares e oceanos. A cor vermelha é do jaspe (mistura de hematita e chert), o branco representa o chert sem hematita enquanto o cinza representa a magnetita Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) http://www.rc.unesp.br/museudpm/rochas/metamorficas/itabirito.html Itabirito com domínios ricos em quartzo intercalados com niveis ricos em hematita Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) http://web.uct.ac.za/depts/geolsci/dlr/hons1999/index. html Formação ferrífera bandada (hematita) da mina de ferro de Sishen na Bacia do Transvaal (África do Sul) Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) Exemplo de taconito com magnetita finamente dispersa em rocha silicosa Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) Formação ferrífera de fácies sulfetada (Manitoba, Canadá) http://www.eos.ubc.ca/courses/ Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) Alternância de bandas de hematita e chert com bandas de magnetita (Minnesota, USA) http://www.eos.ubc.ca/courses/ Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) Fonte: Anuário Mineral Brasileiro de 2006 - DNPM Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) Tipo Rapitan • Depósitos associados com sedimentos de origem glacial, formados durante glaciações no Neoproterozóico. • Estes depósitos estão comumente relacionados com sedimentos clásticos grosseiros, incluindo alguns de origem glaciogênica, o que parece indicar que se depositaram em bacias controladas por riftes junto de margens continentais. • Alguns autores atribuem os depósitos de ferro e manganês de Urucum (Mato Grosso do Sul) ao Tipo Rapitan. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) http://ammin.geoscienceworld.org/cgi/content/full/90/10/1473/F25 Modelo para as formações ferríferas Neoproterozóicas (Tipo Rapitan). Na glaciação global (Snowball Earth) haveriam condições mais redutoras (anóxicas) com acumulação de íons Fe+2 e Mn. Períodos inter e pós-glaciares, de retraçãodo gêlo, teriam gerado transgressões, restauração da circulação oceânica e precipitação do Fe+3 e formações manganesíferas, após combinação com o oxigênio em águas anteriormente recobertas Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) http://www.eos.ubc.ca/courses/ Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) http://econgeol.geoscienceworld.org/cgi/content/full/105/3/467 Formações ferríferas do Tipo Rapitan (Mackenzie Mountains, NWT, Canadá) mostrando estruturas nodular, maciça e bandada Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) Depósitos de Ferro e Manganês do Urucum (Mato Grosso do Sul) • A região é dominada por platôs que se elevam até 1000 m acima das terras baixas do Pantanal (Morrarias do Urucum e outras). Nestas elevações, que mostram grande resistência à erosão, encontra-se a Formação Santa Cruz, com até 350 m de espessura. • Esta formação inclui jaspilitos ferruginosos, hematita fitada, intercalações de camadas e lentes de óxidos de manganês, arenitos e arcóseos ferruginosos e/ou manganesíferos e conglomerados. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) • Dois tipos principais de material manganesífero ocorre em Urucum. O primeiro com laminação rítmica fina e o segundo com criptomelana concrecionária ou nodular. • A mineralização manganesífera, comumente com hematita intercrescida, é composta por proporções variáveis de criptomelana (óxido de Mn e K), braunita (silicato de Mn) e pirolusita (MnO2). Esta rocha mostra teores de até 50% Mn, em material concrecionário, ou na ordem de 25% Mn em material detrítico acamadado. • O elemento contaminante de maior significado na mineralização é o fósforo. Com base na concentração deste elemento químico, o minério recebe a classificação ST (P > 0.12%) e BF (P < 0.12%). Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) • Com relação ao minério de ferro, o hematita-jaspilito sem alteração contém cerca de 50% Fe enquanto o hematita- jaspilito, empobrecido em quartzo devido ao intemperismo, pode atingir valores de 67% Fe. • Alguns autores consideram que estes depósitos são, pelo menos em parte, formados por processos glaciogênicos, a partir de sedimentação química em ambientes cobertos total ou parcialmente por gelo. • Estima-se que os recursos de ferro existentes no Distrito de Urucum seja da ordem de 36 Gt, enquanto os recursos de manganês totalizariam cerca de 608 Mt. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) Vista da Mina de Urucum (Mato Grosso do Sul) Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) Localização do Distrito de Urucum (Mato Grosso do Sul) http://econgeol.geoscienceworld.org/content/vol99/issue6/images/large/fig1234-01.jpeg Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) Seção geológica de parte do Distrito de Urucum (Mato Grosso do Sul) http://econgeol.geoscienceworld.org/content/vol99/issue6/images/large/fig1236-03.jpeg Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Formação Ferrífera Bandada (BIF) http://econgeol.geoscienceworld.org/content/vol99/issue6/images/large/fig1235-02.jpeg Coluna estratigráfica para o Distrito de Urucum (Mato Grosso do Sul) Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56
Compartilhar