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Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos Disciplina: Gênese de Jazidas Código: IA 257 Professor: Francisco Silva Departamento de Geociências (IA) UFRuralRJ Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos Depósitos de Manganês • A maior parte dos depósitos de manganês sedimentar, ocorre em ambientes similares aos que formaram as formações ferríferas bandadas ou nódulos e concreções ferruginosas (ironstone). • O modelo adotado para a formação dos depósitos sedimentares de manganês, da mesma forma que o ferro, tem como um dos controles principais o potencial de oxidação do manganês. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos • O íon Mn2+ é solúvel em condições redutoras e de acidez, assim como os íons Mn3+ e Mn4+. Estes são menos solúveis sob condições mais oxidantes e alcalinas, e mostram tendência a precipitar na forma de óxidos. • Apesar das propriedades químicas do ferro e do manganês serem similares, o Fe2+ se oxida mais facilmente que o Mn2+. Isto significa que, estando ambos em solução, há propensão do ferro precipitar antes do manganês. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos • Esta diferença no potencial de oxidação, entre os elementos ferro e manganês, pode explicar a separação física que comumente ocorre, em muitos depósitos minerais, entre zonas ricas em ferro e zonas ricas em manganês. • Este é o caso, por exemplo, do Transvaal Basin (África do Sul). Nos depósitos do Transvaal Basin, o ferro precipitou primeiro formando extensas formações ferríferas. Posteriormente, sob condições de oxidação mais pronunciadas, e com a concentração de ferro já bastante reduzida, ter-se-iam depositados os óxidos de manganês. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos • No Transvaal Basin ocorre o distrito manganesífero de Kalahari com recursos, de classe mundial, que totalizam cerca de 8 Gt @ 20 a 48% Mn. • Esta mineralização ocorre na Formação Hotazel, na parte superior do Supergrupo Transvaal de idade Paleoproterozóica (2.65-2.05 Ga). • Os recursos manganesíferos estão concentrados em três unidades intercaladas com formações ferríferas. Estas formações exibem composição química e assinatura isotópica similares a outras formações ferríferas mundiais desta idade. • O teor do material manganesífero está relacionado com a presença de carbonatos (inversamente proporcional). Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos Distrito manganesífero de Kalahari (África do Sul) http://www.aquilaresources.com.au/go/projects/manganese/avontuur-project Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos http://www.pnas.org/content/97/4/1400/F3.expansion.html Sequência estratigráfica do Supergrupo Transvaal (África Meridional). Esta destaca as unidades ferrífera (Formação Hotazel) e manganesífera (Kalahari) Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos http://www.pnas.org/content/97/4/1400/F3.expansion.html Seção esquemática mostrando a ressurgência na borda de plataforma continental, com a precipitação do Mn (Unidade Kalahari). Abaixo da linha do Mn, os íons Mn2+ e Fe2+ estão em solução. Nesta zona ocorre a oxidação e precipitação de Fe3+ e formação de unidades ferríferas (Hotazel Bifs). Abaixo da linha do Fe o Fe2+ se encontra em solução Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos Distribuição temporal dos principais recursos de manganês no mundo http://www.pnas.org/content/97/4/1400/F3.expansion.html Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos Mina de manganês de Mamatwan situada no distrito manganesífero de Kalahari (África do Sul) http://web.uct.ac.za/depts/geolsci/dlr/hons1998/index.html Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos Mina de manganês de Mamatwan situada no distrito manganesífero de Kalahari (África do Sul) http://web.uct.ac.za/depts/geolsci/dlr/hons1998/index.html Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos Mina de manganês no distrito manganesífero de Kalahari (África do Sul) http://www.sk-zag.de/8.1_Die_Evolution_von_Atmosphaere_und_Ozeanen.html Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos Estratigrafia da lapa do minério manganesífero na mina de Hotazel (distrito manganesífero de Kalahari, África do Sul). Lavas basálticas almofadadas são sobrepostas por formações ferríferas (canto inferior esquerdo) e, por cima, formação manganesífera (canto superior direito) http://web.uct.ac.za/depts/geolsci/dlr/hons1998/index.html Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos Detalhe da formação ferrífera bandada da mina de Hotazel (África do Sul) mostrando alternância entre hematita (cinza) e chert ferruginoso (vermelho) http://web.uct.ac.za/depts/geolsci/dlr/hons1998/index.html Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos • A idade dos depósitos manganesíferos pode variar do Paleoproterozóico ao recente. Grandes depósitos são encontrados no Fanerozóico como, por exemplo, Groote Eylandt (Austrália) e Molango (México). • Presentemente, MnO2 ou MnCO3 estão se depositando no Mar Negro, em profundidades próximas dos 200 m de lâmina d'água, local onde ocorre a transição entre os ambientes euxínico e oxidante. Neste ponto, o Mn2+ que é solúvel em profundidades inferiores a 200 m, é oxidado para Mn4+ e precipita. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos Depósitos de Fosforitos • Os fosforitos são rochas sedimentares marinhas ricas em fósforo, normalmente contendo entre 15% a 20% de P2O5. • Estas rochas se formam em ambientes similares aos que se formam as formações ferríferas bandadas, nódulos ou concreções ferruginosas e depósitos de manganês sedimentar. • Estão relacionados com ambientes de plataforma continental e zonas costeiras rasas que incluem lagunas e deltas. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos • A formação destes depósitos está relacionada, assim como nas concentrações de ferro e manganês, com a ressurgência marinha (upwelling). Este movimento implica no encontro de águas de maiores profundidades,mais densas, frias e redutoras, com águas mais quentes e oxidadas próximo da superfície oceânica. • Esta ascenção de águas à níveis mais superficiais, promove a precipitação da carga de fosfatos, de modo similar aos metais, na plataforma continental. • A formação de depósitos de fosforitos está a ocorrer no presente momento como, por exemplo, nas zonas costeiras da Namíbia e Chile-Peru. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos • A formação deste tipo de depósito também pode ocorrer por processos biogênicos. Estas concentrações seriam geradas a partir de microorganismos, que assimilam o fósforo presente na água do mar sob a forma iônica PO43-, HPO42- ou H2PO4-, e os utiliza na formação de partes do seu organismo. • A considerar esta gênese (biogênica), a concentração de fósforo no fundo marinho teria menos relação com as reações de oxiredução mas sim com a deposição de organismos mortos no assoalho marinho. • Com a decomposição dos organismos, o fósforo é libertado e, na sequência do processo, ocorre a formação de apatita microcristalina ou colofana. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos • O pH também é considerado como um fator importante para a formação dos depósitos de fosforitos. • Em geral, a solubilidade do fosfato é maior em ambientes mais profundos onde as águas são mais frias e acidificadas. Em ambiente de plataforma continental, onde predominam águas mais quentes, alcalinas e ricas em oxigênio, a tendência do fosfato é precipitar. • Uma outra perspectiva genética, em alternativa ao modelo de formação sinsedimentar do depósito como produto da sedimentação primária no fundo oceânico, é a formação diagenética. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos • Neste caso, a formação do depósito ocorreria durante a compactação e desidratação dos sedimentos. • Uma das razões para o modelo diagenético tem por base a possibilidade do fósforo não estar presente na água do mar, em concentrações suficientes, para atingir o ponto de saturação e precipitação. • O fósforo, neste caso, se concentraria em águas intersticiais dos sedimentos durante a compactação e litificação. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos Mineralização em Folhelhos Negros (Black Shales) • Folhelhos enriquecidos em matéria orgânica podem apresentar- se enriquecidos em metais como V, Cr, Co, Ni, Ti, Cu, Pb, Zn, Mo, U, Ag, Sb, Tl, Se e Cd. • Os folhelhos negros (xistos negros) são caracterizados por grandes quantidades de matéria orgânica. • A sua gênese deve-se ao ambiente de deposição, onde prevaleceram condições de quase total falta de oxigênio, em ambiente anóxico e euxínico (presença de HS- ou H2S). Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos • Outra particularidade é que este material não sofre diluição por parte de sedimentação clástica, o que favorece a concentração metalífera na rocha. • Importante notar, que basta que o sedimento contenha cerca 1% de matéria orgânica para que todo o oxigênio das proximidades seja consumido. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos Nódulos Manganesíferos • Os nódulos manganesíferos marinhos representam um potencial recurso para Mn, Fe, Cu, Ni e, em menor escala, Co, Zn e outros. • Estes nódulos ocorrem em áreas pelágicas profundas dos oceanos, onde a taxa de sedimentação é muitíssima pequena (< 7 m / 1 Ma). • Estão ausentes de áreas marinhas de sedimentação mais rápida e de zonas onde existe uma grande produção biogênica e sedimentação química. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos • Algumas áreas como, por exemplo, na Zona de Fratura de Clarion-Clipperton (à oeste do México), esta mineralização apresenta um alto conteúdo metálico com valores de até 2% Ni+Cu combinado, para além de Co e Zn. • Os nódulos são ovóides com um diâmetro de poucos centímetros. Em corte, mostram textura em camadas, geralmente concêntricas, tendo na porção mais nuclear fragmentos clásticos ou biogênicos. • A fonte dos metais é a água do mar. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos Áreas de ocorrência de nódulos polimetálicos, no Clarion-Clipperton (Oceano Pacífico), sob pesquisas em contrato com o ISA (International Seabed Authority) http://www.isa.org.jm/en/scientific/exploration Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos Áreas de ocorrência de nódulos polimetálicos, na Bacia Central da India (Oceano Índico), sob pesquisas em contrato com o ISA (International Seabed Authority) http://www.isa.org.jm/en/scientific/exploration Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos Nódulo de manganês, de 4.1 cm de diâmetro, proveniente da Zona de Fratura Clarion-Clipperton (Oceano Pacífico Oriental), de uma profundidade entre 4500 e 5500 m http://www.newarkcampus.org/professional/osu/faculty/jstjohn/Mn-Nodule/Mn-Nodule.htm Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos http://www.newarkcampus.org/professional/osu/faculty/jstjohn/Mn-Nodule/Mn-Nodule.htm Nódulo de manganês onde se observam bandas concêntricas irregulares aparentemente desenvolvidas a partir de fragmento rochoso Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos Nódulo de manganês de cerca de 4 cm de diâmetro http://www.answers.com/topic/manganese-nodule http://www.geobiologie.uni-goettingen.de/museum/ exhibitions/special_exhibitions/stromatolithe/Mikrobialithe/index.shtml Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos http://www.mnhn.fr/mnhn/geo/Collection_Marine/Ocean/Md00/DR730004/DR730004.htm Seção de nódulo de manganês (~ 5 cm) mostrando estrutrura concêntrica (Oceano Índico) Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos Disposição dos nódulos de manganês in situ no assoalho oceânico Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos http://www.photolib.noaa.gov/htmls/theb2827.htm Amostra de nódulos de manganês Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos Evaporitos • Rochas sedimentares formadas a partir de precipitados químicos de salmouras, em ambientes quentese de forte evaporação, onde a bacia de sedimentação é restrita e de recarga periódica ou contínua da água do mar. • A origem destas rochas pode ser também continental, onde o aporte pode ser água do mar e/ou água subterrânea. • O ambiente principal de formação deste tipo de rocha é o marinho marginal, representado por lagunas ou zonas de baía restrita, em climas tropicais, onde não existe uma contribuição significativa de sedimentos clásticos. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos • Outro ambiente de deposição dos evaporitos é o intracontinental, representado principalmente por reservatórios lacustres. • Significativos depósitos de evaporitos são encontrados na Europa. Estes foram formados em um mar raso que cobria grande parte do Reino Unido, Holanda, Alemanha e Polônia. Estas rochas pertencem a formação Zechstein do Permiano. • No entanto, a maior sequência evaporítica conhecida, de idade Mioceno, situa-se sob o Mar Mediterrâneo, numa extensão de mais de 2000 km e espessuras que podem atingir até 2 km. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos http://www.zechsteinmagnesium.com/ Mapa esquemático mostrando a extensão do mar Zechstein durante o Permiano. A cor azul escura representa os evaporitos enquanto o azul claro corresponde a plataformas carbonáticas Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos http://records.viu.ca/~earles/messinian-crisis-apr03.htm Extensos depósitos de evaporitos, sob o Mar Mediterrâneo, foram formados durante o Mioceno (5.96-5.33 Ma). Isto deveu-se ao fechamento da passagem entre este mar e o Oceano Atlântico. Durante este período de isolamento, o Mediterrâneo esteve seco ou quase totalmente seco Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos • No Brasil, significativos depósitos de evaporitos são encontrados na Bacia de Sergipe e Campos onde, nesta última, mostram espessuras com até 2000 m. • Os principais produtos lavrados nestas rochas são halita, carbonato de potássio (potash - K2CO3) e sulfatos. • Importantes depósitos intracontinentais são encontrados no Chile, Death Valley na Califórnia (EUA) e Great Salt Lake em Utah (EUA). Estes depósitos, para além dos produtos mencionados, produzem boratos (Califórnia), nitratos (Chile) e Mg, Br e Li (Utah). Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos http://imperiumsolis.blogspot.com/2011_09_01_archive.html Depósito de evaporitos em Death Valley (Califórnia, EUA) Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos http://www.earthscienceworld.org/images/search/results.html?Keyword=Evaporite%20Deposits#null Depósito de evaporitos em Death Valley (Califórnia, EUA) Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos http://www.earthscienceworld.org/images/search/results.html?Keyword=Evaporite%20Deposits#null5 Costa norte do Great Salt Lake (Utah, EUA) coberta por evaporitos Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos http://fineartamerica.com/featured/salt-formations-great-salt-lake-ut-usa-david-sidwell.html Formações salinas em Great Salt Lake (Utah, EUA) Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos • A formação dos depósitos está relacionada com o processo de evaporação que resulta no aumento progressivo da salinidade da solução residual. Com o avanço do processo, cada sal atinge o seu ponto de saturação, em determinada fase, e precipita. • Em termos gerais, a ordem de precipitação dos sais está relacionada, primeiramente, com a solubilidade dos minerais e não com a abundância das substâncias em dissolução. • A ordem de precipitação dos minerais reflete a sua solubilidade, com os de mais baixa solubilidade a precipitar primeiro, enquanto os de maior solubilidade precipitam nas fases finais. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos • Evaporitos provenientes da água do mar, com composição aproximadamente constante ao longo dos tempos, tendem a formar depósitos mais homogêneos, do que os depósitos intracontinentais. • Principais íons de sais dissolvidos na água do mar: Cl- (cloro) 56% Na+ (sódio) 28% SO42-(sulfato) 8% Mg2+ (magnésio) 4% Ca2+ (cálcio) 1.5% K+ (potássio) 1% HCO3- (bicarbonato) 0.5% Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos • A sequência típica de deposição dos minerais evaporíticos obedece a uma salinização progressiva da bacia que, da base para o topo, comumente mostra: > calcita (CaCO3) > gipsita/anidrita (CaSO4.2H2O/CaSO4) > halita (NaCl) > outros sais complexos de maior solubilidade, hidratados e multielementares como, por exemplo, silvita (KCl) e carnalita (KCl.Mg.Cl2.6H2O) Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos • Para a formação de um depósito de tamanho significativo de evaporitos, é necessário que haja a recarga do reservatório, numa taxa apropriada, de forma a sustentar uma precipitação constante dos sais. • Durante o processo de evaporação, a densidade da salmoura poderá aumentar até um valor próximo de 1.4 g/cm3, quando então os últimos sais (mais solúveis) irão precipitar. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos • Presentemente, não são encontradas as mesmas condições geológico/climáticas que permitiram a formação no passado (Fanerozóico) de grandes depósitos de evaporitos. • Os imensos depósitos existentes sob o Mar Mediterrâneo foram formados, em ambiente subaéreo e dessecado do tipo Sabkha, durante o Mioceno. • Os depósitos tipo Sabkha comumente se desenvolvem próximo da superfície, com os minerais precipitando a partir de águas subterrâneas, de composição de salmoura, em zonas imediatamente acima do nível freático, comumente onde a rocha está próxima deste nível. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos • Nestes ambientes, com forte evaporação, as soluções intraporos se tornam fortemente concentradas e salinas sendo atraídas para a superfície, o que causa a precipitação dos minerais de evaporitos. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos http://www.flickr.com/photos/strugale/4654595155/lightbox/ Depósito de Sabkha costeira Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências(IA) Depósitos de Mn e Fosforitos http://www.flickr.com/photos/strugale/4654595155/lightbox/ Detalhe de depósito de Sabkha Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Depósitos de Mn e Fosforitos http://www.adias-uae.com/sabkhamatti.html Depósito de Sabkha em Matti (Abu Dhabi) Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50
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