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MICOSES PULMONARES SEMINÁRIO

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Ana Cecília Siqueira Camargo – 819618
Mayara Martins Gonzaga – 819601
Nicoli Papiani Gosmano – 819894
Raphael Cruz Buzatto – 820117
5ª etapa
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Micoses são infecções causadas por fungos com amplo espectro de apresentação clínica (superficial à grave), de significativa mortalidade, quando não diagnosticadas precocemente e tratadas corretamente. 
Podem ser divididas em sistêmicas e oportunistas.
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MICOSES SISTÊMICAS:
Fungos patogênicos primários (invadem o tecido normal)
Paracoccidioidomicose (Parococcidioides brasiliensis)
Histoplasmose (Histoplasma capsulatum)
Coccidioidomicose (Coccidioides immitis)
Blastomicose (Blastomyces dermatitidis)
Peniciliose marneffei (Penicillium marneffei)
Criptococose (Cryptococcus neoformans)
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MICOSES OPORTUNISTAS:
Fungos invadem tecido de indivíduos com alterações graves do sistema imuno-defensivo por fatores extrínsecos (ex.: terapias) ou por fatores intrínsecos (ex.: diabetes, AIDS, neoplasias, gravidez, velhice).
 Zigomicose
Candidíase
Aspergilose
Mucormicose
Feo-hifomicose
Hialo-hifomicose
Criptococose
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Infecção Fungica Sistêmica
Não se limita a camada epitelial
Também chamada de: 
	- Doença de Lutz
	- Blastomicose sul-americana
	- Blastomicose Brasileira
	- Micose de Lutz
	- Moléstia de LutzSplendore-Almeida
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Paracoccidioides brasiliensis
Fungo Dimórfico
Presente no solo
Restos de Vegetais
Zonas Rurais da America
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Via Inalatória é a porta de entrada
Areas subtropicais de predominio da atividade agrícola
40 a 60 anos
Homens (14:1) – ER
10% da pop. Brasileira
infectada com incidência
de 1-3casos/100.000hb
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MICROCONÍDEOS NO AR
Zona Rural
DISSEMINAÇÃO
LINFO-HEMATOGÊNICA
Qntdade de inócuos
Fator Genetico
Patogenicidade e Virulencia
Integridade do Sist. Imune
LINFONODOS
MUCOSA
PELE
FÍGADO
Traqueal
Labial
Oral
Laríngea
Faríngea
BAÇO
Desequilíbrio Hosp-Fung
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Não é uma doença contagiosa
Não é uma doença de notificação compulsoria
Após longo período de latência do fungo em um nódulo fibrótico no pulmão, um desequilíbrio na relação entre hospedeiro e parasita pode ocorrer, e o paciente, então, evolui para os sinais e sintomas da doença
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1) paracoccidioidomicose infecção 2) paracoccidioidomicose doença 3) forma aguda/subaguda infantil/da adolescência 4) forma crônica do adulto: unifocal e multifocal 5) forma residual
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FORMA AGUDA/SUBAGUDA
Juvenil – até 30 anos
Resposta Th1
5% dos casos da doença
Adenomegalias
Hepatoesplenomegalia
Supuração de massa ganglionar
Febre, adinamia e perda de peso
Adrenais – Hiperpigmentação
Raramente acomete os pulmões
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Forma Crônica
Tipo Adulto-Pulmonar (Th2)
Meses de evolução 
Tosse, dispnéia aos esforços e expectoração
Menos comum febre e perda de peso
Menos comum adenomegalias
Lesões cutâneas – MULTIFOCAL
Adrenais, SNC, intestinos, S. osseo
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Padrão Ouro – Pesquisa direta do fungo – Solução KOH 10%, Grocott, PAS
Escarro
Aspirado Linfonodal
Raspagem cutanea
Biópsia pulmonar
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Sorologia
ELISA e CIE
Avaliam as respostas ao tratamento e recaídas
Alta Especificidade e sensibilidade
A glicoproteína de peso molecular 43 Kda é um antígeno exocelular secretado durante a fase de infecção pelo Paracoccidioides brasiliensis
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Principal exame na fase crônica, pois encontra-se quase sempre alterada
Aspecto de “asa de borboleta”: as áreas de hipotransparência estão partindo dos hilos pulmonares e formando de cada lado imagens semelhantes a asas. 
Geralmente poupa os ápices e seios costofrênicos. 
Infiltrado micronodular, com nódulos de diferentes tamanhos
Cavitário e fibrótico
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Devem-se adotar medidas de suporte perante complicações clínicas. 
O itraconazol é a melhor opção nas formas leves/moderadas.
A associação sulfametoxazol e trimetoprima é a alternativa mais utilizada no tratamento ambulatorial da paracoccidioidomicose.
Deve-se restringir fumo e álcool.
Deve-se realizar tratamento das parasitoses intestinais, muito frequentes nesses doentes, notadamente a estrongiloidíase.
O tratamento é de longa duração.
Os pacientes devem ser acompanhados até atingir os critérios de cura.
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1) sulfametoxazol/trimetoprima, comprimidos de 80/400 mg e de 160/800 mg • dose inicial: 3 comprimidos (80/400 mg) a cada 12 h por 21 dias • 2 comprimidos a cada 12 h por 21 dias • 1 comprimidos a cada 12 h por 2 anos • Crianças: 8-10 mg/kg/dia de trimetoprima ou 40-50 mg/kg/dia de sulfametoxazol a cada 12 h • > 80% de cura 2) Cetoconazol, cápsulas de 200 mg • dose: 400 mg/dia por 3 meses, seguido de 200 mg/dia por 9 meses • usar com uma grande refeição • efeitos colaterais: ginecomastia, diminuição da libido, hepatopatia, teratogênico 3) Itraconazol, cápsulas de 100 mg • dose: 200 mg/dia nas grandes refeições por 6-9 meses • efeitos colaterais: distúrbios digestivos, teratogênico • crianças < 30 kg de peso ou > 5 anos: 5-10 mg/kg/dia 4) Fluconazol, cápsulas de 50 mg; 100 mg; 150 mg • dose: 400 mg/dia, por 3-6 meses • manutenção: 100 a 200 mg/dia por 6-12 meses • crianças: 3-6 mg/kg/dia 5) Voriconazol(10) • dose: 200 mg a cada 12 h • efeitos colaterais: diminuição da acuidade visual e visão turva 6) Anfotericina B, 50 mg/frasco • indicação: formas graves; alergia, resistência e intolerância a sulfas • dose: 1 mg/kg/dia; total de 25-35 mg/kg (até 1-2 g) • manutenção com sulfa por 1-3 anos • efeitos colaterais: retenção azotada, ↑↓ potássio, anemia, febre, calafrios e flebite • outras apresentações farmacológicas: • anfotericina de dispersão coloidal: 1 mg/kg/dia • anfotericina lipossomal: 3-5 mg/kg/dia • anfotericina complexo lipídico: 5 mg/kg/dia 7) Rifampicina (formas graves, disseminadas, associada à anfotericina B) • dose: 600 mg/dia + anfotericina B, 25 mg/kg/dia, 3 × por semana.
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• melhora clínica, radiológica e micológica 
• estabilização da sorologia em 1:2 ou negativação em duas amostras com intervalo de 6 meses após o tratamento 
• eletroforese de proteínas, VHS, mucoproteínas com resultados normais, por 3 meses consecutivos, como alternativa na falta da ID.
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• piora da DPOC 
• disfunção da suprarrenal (15-50% dos casos) 
• disfonia e/ou obstrução da laringe • redução da rima bucal 
• epilepsia e/ou hidrocefalia (6-25% dos casos)
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A aspergilose é o termo coletivo para descrever as entidades mórbidas causadas pelas espécies patogênicas (termorresistentes) do fungo Aspergillus.
O aspergillus é um fungo ubíquo que causa alergias (aspergilose broncopulmonar alérgica), colonizações cavitárias (bola fúngica) e infecções invasivas;
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* O aspergillus é um fungo saprófita, de distribuição mundial, crescendo mais comumente em matéria vegetal em decomposição e roupas de cama;
* Acomete mais indivíduos imunocomprometidos;
* Apenas exposições intensas são suficientes para acometer indivíduos imunocompetentes sadios;
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Principais espécies: 
*A. fumigatus: maioria dos casos
*A. flavus
*A. terreus
*A. niger
*A. nidulans
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Transmissão: por conídios no ar;
O pulmão é a principal porta de entrada (inalação de propágulos infectantes);
Após a inalação, ocorre colonização de vias aéreas superiores;
O pequeno tamanho dos esporos ( 2 a 3 micrometros) permite que eles progridam até as vias aéreas inferiores e atinjam os alvéolos;
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Conídios germinam em hifas, que invadem os tecidos;
Os macrófagos alveolares ingerem e destroem os conídios e os neutrófilos produrem espécies reativas de oxigênio que detroem as hifas;
Isso explica a aspergilose invasiva em indivíduos com neutropenia;
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Esses fungos possuem capacidade de invadir vasos sanguíneos, provocando trombose, infarto e necrose de tecidos;
Essa capacidade de invasão depende da produção de enzimas (proteases e elastases);
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Hifas de Aspergillus invadindo cartilagem brônquica
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É uma reação de hipersensibilidade a antígenos do Aspergillus;
Ocorre tipicamente em pacientes asmáticos crônicos ou portadores de fibrose cística;
Está associada a polimorfismos do gene da IL-4Ra, IL-10 e SPA2;
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Resposta Th2 e “alérgica” ao A. fumigatus;
As células TCD4+ e CD25+ também determinam o fenótipo da doença;
Mais frequente no inverno. 
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Pode ser assintomática;
Febre, hemoptise, tosse produtiva com expectoração amarronzada; 
Sibilos (principalmente no asmático);
Hiperreatividade brônquica;
Perda de peso e mal-estar;
Achados de consolidação e atelectasia podem ser encontrados; 
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Opacidades parenquimatosas (segmetares ou lobares)
Atelectasias
Imagens lineares de hiportransparência
Impactação mucóide e retenção de secreções em brônquios distorcidos podem levar a sombras em “pasta de dentes” ou em “dedos de luva”
Comum em lobos superiores (brônquios de médio calibre) assumindo um aspecto de infiltrado cordoniformes
Paredes brônquicas espessadas
Bronquiectasia central (TC de alta resolução)
Cronicidade da lesão -> fibrose
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 Exames Laboratoriais:
Exame de Escarro (volume, purulência, eosinofilia, cristais Charcot-Leyden, espirais de Curshman, Aspergillus spp.)
Testes Cutâneos (hipersensibilidade à Aspergillus por injeção intradérmica)
Estudos Imunológicos (IgE específica contra A. fumigatus e anticorpos precipitantes IgG). 
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Forma mais frequente de envolvimento pulmonar;
Crescimento do fungo nas cavidades pulmonares e/ou no nariz, com invasão mínima ou ausente dos tecidos;
“bolas fúngicas” amarronzadas repousam livres no interior das cavidades;
O aspergiloma consiste em uma massa de micélios, células inflamatórias, fibrina, muco e tecidos necróticos que usualmente se desenvolvem em uma cavidade preexistente;
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Pode haver inflamação crônica e fibrose 
Maioria dos casos é assintomática 
Pode haver tosse e hemoptise;
Em pacientes imunodeprimidos pode evoluir para aspergilose necrotizante. 
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DIAGNÓSTICO
Características clínicas pouco definidas
Hemoptises súbitas e repetidas
Evolução silenciosa
Aspecto radiológico:
Sinal da meia-lua: imagem cavitária ocupada (parcial ou total) por formação densa nodular (massa aspergilar)
Sorologia de imunodifusão dupla positiva para Aspergillus 
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infecção oportunista confinada a hospedeiros imunossuprimidos.
Lesões primárias nos pulmões, que tomam a forma de pneumonia necrosante. (lesões em alvo.
Há disseminação hematogênica, envolvimento de válvulas cardíacas, do cérebro, fígado, rins, TGI, ossos, tireoide;
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Dividida em forma aguda (1 mês ou menos) e subaguda (1 a 3 meses);
O início é insidioso e as manifestações sistêmicas são mais proeminentes que os sintomas pulmonares; 
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Neutropenia prolongada (> 3 semanas);
Corticoterapia prolongada e em altas doses;
TCTH e transplantados de pulmão;
Doenças hematológicas (leucemia);
Quimioterapia e terapia anti-TNF;
AIDS, DPOC, tuberculose ou sarcoidose prévia.
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Pode ser assintomática;
Febre;
Tosse produtiva ou não;
Desconforto torácico e dispneia; 
Hemoptise discreta.
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Sinusite invasiva;
Endocardite; 
Aspergilose cerebral;
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Clinicamente simula Pneumonia bacteriana grave necrosante
Aspectos radiológicos pouco característicos
Opacidades broncopneumônicas na periferia (segmentares ou lobulares)
Escavações
Reação sorológica por imunodifusão pode ser negativa em quadros iniciais
*Diagnóstico final apenas com demonstração do fungo em material obtido das lesões e isolamento do agente em cultivos (procedimento invasivo)
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A histoplasmose é uma micose sistêmica causada por um fungo dimórfico, o Histoplasma capsulatum. 
Apresenta característica de doença granulomatosa com predisposição pelo pulmão e órgãos do sistema imunológico.
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Oportunista em pacientes com depressão da imunidade celular.
Duas variedades do Histoplasma capsulatum são hoje conhecidas: a var capsulatum e a var duboisii. Ambas são indistinguíveis em sua forma miceliana, mas diferem na forma leveduriforme.
Ela é uma zoonose transmitida por aves e morcegos
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PULMÃO
ALVÉOLOS PULMONARES
LINFONODOS
ATINGINDO A CIRCULAÇÃO SISTÊMICA PODENDO CHEGAR A ÓRGÃOS CAUSANDO FOCOS INFLAMATÓRIOS
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A histoplasmose , também conhecida como doença de Darling ou doença das cavernas, foi primeiramente descrita pelo patologista americano Samuel Taylor Darling no início do século XX.
O nome foi baseado na presença do parasita no interior de histiócitos(macrófagos inativos), na sua semelhança a um protozoário e na presença aparente de uma cápsula circundante.
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A histoplasmose é amplamente distribuída no continente americano. Ela é altamente prevalente nos Estados Unidos, México, Honduras, Guatemala, Nicarágua, Panamá, em várias ilhas do Caribe e em diversos países sul-americanos, principalmente Venezuela, Colômbia, Peru, Brasil, Argentina e Uruguai
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No Brasil, antes do surgimento da AIDS, a histoplasmose era raramente diagnosticada, constituindo uma curiosidade observada apenas em doentes com linfoma ou outras neoplasias e, esporadicamente, em transplantados renais.
Nos anos de 1980 a 1990, com o advento da AIDS, centenas de casos de histoplasmose, em particular na forma disseminada, foram observados entre os portadores desta síndrome, passando a ter esta micose um lugar de destaque entre as doenças fúngicas vistas em nosso meio.
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Na var duboisii, as células são maiores e têm paredes mais espessas que na var capsulatum.
A fase sexuada denomina-se Ajellomyces capsulatus, sendo pouco comum seu isolamento no laboratório clínico.
Elementos leveduriformes podem ser visualizados no interior dos macrófagos ou células gigantes e mais raramente no interior dos polimorfonucleares neutrófilos.
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Na natureza apresenta-se em sua forma filamentosa:conídeos.
A contaminação do homem ocorre através da inalação de conídeos
A maioria das infecções é leve ou subclínica e pode ser diagnosticada retrospectivamente através da prova cutânea com a histoplasmina , ou pela presença de pequenas lesões calcificadas contendo os fungos nos pulmões e linfonodos mediastinais.
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A maioria dos conídeos inalados chega intactos aos alvéolos pulmonares, estimulando uma resposta inflamatória do hospedeiro, composta de células mononucleares e macrófagos, que são inaptos para destruir o microrganismo.
O Histoplasma capsulatum multiplica-se no interior das células do sistema macrofágico-linfóide e a partir dos pulmões ganham os linfonodos para-hilares e mediastinais e depois a circulação sistêmica, produzindo focos inflamatórios em outros órgãos como baço e medula óssea.
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Infecção pulmonar aguda
 A maioria das infecções causadas pelo Histoplasma capsulatum é assintomática ou subclínica.
A sintomatologia mais comum consiste em febre, calafrios, cefaléia, mialgias, hiporexia, tosse, dispnéia e dor torácica.
Cerca de 10% dos pacientes desenvolvem artrite ou artralgias associadas a quadros de eritema nodoso.
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A radiografia convencional do tórax revela a presença de infiltrados reticulonodulares acompanhados de linadenopatia hilar e paratraqueal.
Pericardite com derrame e efusão pleural ocasionalmente acompanham o quadro da histoplasmose aguda.
A doença tende a resolver sem tratamento específico na grande maioria dos casos em cerca de duas a quatro semanas, levando à formação de nódulos cálcicos disseminados em ambos os campos pulmonares
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Histoplasmose pulmonar crônica
 Indivíduos tabagistas, com mais
de 50 anos de idade, portadores de DPOC, a histoplasmose pulmonar pode progredir lentamente para uma forma fibrocavitária crônica que acomete principalmente os lobos superiores dos pulmões.
clinicamente observa-se a presença de febre baixa vespertina, perda de peso, sudorese noturna, dor torácica e tosse com expectoração hemoptóica, quadro este indistinguível daquele observado na tuberculose pulmonar.
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A radiografia e a tomografia computadorizada do tórax mostram infiltrados intersticiais nos ápices pulmonares (mais comum à direita) com cavitações de paredes espessas.
Derrame pleural raramente é observado, embora espessamento da serosa adjacente às lesões esteja presente em 50% dos casos.
Essa forma clínica evolui para a insuficiência respiratória ou à caquexia, é fatal em 80% dos casos e mostra pouca tendência para evoluir para fora dos pulmões.
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Infecções disseminadas
É definida pela presença de foco extrapulmonar e extraganglionar mediastínicos de curso progressivo. 
Representa a forma menos comum de histoplasmose (10% dos casos) desenvolve-se principalmente em indivíduos com imunidade deficiente.
Esta forma pode ser dividida em quatro subtipos, que são: histoplasmose disseminada aguda (tipo infantil), histoplasmose disseminada subaguda (tipo juvenil), histoplasmose disseminada crônica (tipo adulto) e histoplasmose oportunística.
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Histoplasmose Disseminada Aguda (Tipo Infantil) 
Acomete freqüente crianças com menos de dois anos de idade. 
Tem início súbito e gradual, sendo geralmente precedida pela histoplasmose aguda. 
Febre, irritabilidade, fadiga progressiva, perda de peso e tosse são os sintomas iniciais. 
Em seguida surgem diarréia, vômitos e aumento do volume abdominal (hepatoesplenomegalia) e presença de linfoadenomegalias superficiais. 
As manifestações hematológicas caracterizam-se por anemia, leucopenia e trombocitopenia. Em exames radiológicos podem ser evidenciadas lesões sugestivas de infecção primária ou quadro de pneumonia intersticial. Não diagnosticada e não tratada corretamente, essa forma evolui para o óbito em cerca de duas a cinco semanas.
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Histoplasmose Disseminada Subaguda (Tipo Juvenil) 
Manifesta-se por febre moderada e intermitente, mal-estar, astenia e emagrecimento progressivo.
 Lesões, em número variável e que surgem em seqüência indeterminada, conforme a localização, manifestam-se como doença ulcerativa intestinal, insuficiência supra-renal, meningoencefalite, síndrome de compressão medular ou lesões osteolíticas, lesões cutâneas ou subcutâneas, sendo pouco freqüentes ulcerações da orofaringe. 
Hepato e esplenomegalia são muito comuns.
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Histoplasmose Disseminada Crônica (Tipo Adulto) 
Predomina em adultos acima de 40 anos e apresenta lesões de orofaringe ou laringe em cerca de 70% dos casos. 
Febre baixa e intermitente, astenia e emagrecimento acompanham a evolução muito lenta das lesões, que podem regredir espontaneamente e reaparecer no mesmo sítio orgânico ou em outro sítio. 
Esses episódios podem ocorrer durante 10 anos ou mais.
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Pacientes com deficiência imunológica
HISTOPLASMOSE OPORTUNÍSTICA
 Nas áreas endêmicas de histoplasmose são muitos os casos da micose oportunística associada à doença de Hodgkin, linfossarcoma, leucemia, lúpus eritematoso sistêmico, AIDS, transplantados, usuários de corticóides e pacientes em quimioterapia.
A febre está sempre presente, tosse pouco produtiva ou não produtiva, dispnéia, infiltrado intersticial difuso, linfoadenomegalias hiliares e hepatoesplenomegalia.
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Encontrar o fungo em secreções orgânicas pelo exame direto não é fácil, mesmo empregando-se colorações especiais
Cultura de escarro
Broncoscopia podem demonstrar crescimento do fungo em até duas semana.
A forma patogênica de um único brotamento, do tipo levedura é predominantemente isolado à partir de amostra de tecidos infectados e ocorre quando o microorganismo é cultivado a 37°C em laboratório.
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Baseado em técnicas de exames micológico, histológico e imunológico, aliados a história clínica e a epidemiologia, assim como os aspectos radiológicos.
Imunodifusão, ELISA,fixação do complemento.
Na Fase aguda é excepcional o achado do fungo nas secreções respiratórias.
As culturas raramente mostram positividade na fase aguda.
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Crescimento de Hifas septadas hialinas e macroconídios mamilonados ou espiculados.
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Não existe vacina para essa micose que é difícil controle.
Deve-se evitar a exposição a ambientes potencialmente contaminados.
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A terapêutica da histoplasmose varia de acordo com a síndrome clínica e o estado imune do hospedeiro. O Histoplasma capsulatum é sensível a diversos antifúngicos, tais como anfotericina B, cetoconazol, itraconazol e fluconazol. 
Historicamente, a anfotericina B tem sido o antifúngico mais efetivo para tratar esta micose, principalmente os casos disseminados.
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No Caso agudo, o paciente geralmente melhora espontaneamente, sem que seja necessário um tratamento específico.
Caso seja necessário o tratamento:
Em pacientes com sintomas há mais de 1 mês, sem acometimento do estado geral, sem disseminação sistêmica ou manutenção prolongada:
Itraconazol (dose de 200 a 400mg/dia), durante 6 a 12 meses
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Nas formas pulmonares agudas graves febre por mais de 3 semanas, manifestações muito intensas
Anfotericina B (dose de 0,5 a 1 mg/aplicação) em dias alternados até alcançar a dose total de 250 a 500mg
Formas disseminadas e na pulmonar crônica 
Anfotericina b utilizada até atingir doses totais de 30 a 40 mg/kg
Itraconazol: 200 a 400 mg divididas em duas doses diárias por 12 meses e acompanhamento laboratorial
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CRIPTOCOCOSE
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É uma micose causada por um fungo leviduriforme encapsulado sem hifas ou pseudo-hifas;
O agente etiológico é o Cryptococcus, e se apresenta em duas espécies: neoformans e gattii;
Definição
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Definição
A espécie neoformans apresenta as variedades grubii (sorotipo A) e neoformans (sorotipo D), enquanto a espécie gattii apresenta os sorotipos B e C;
Causa pneumonia, meningoencefalite, infecção de pele e de tecidos moles.
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Neoformans: encontrada em solos contaminados com fezes de aves, principalmente pombos, por todo o mundo. Acomete pessoas imunocomprometidas (AIDS, lúpus, leucemia).
Gattii: encontrada em árvores, como eucaliptos nas regiões tropicais e noroeste do pacífico, com baixa incidência. Não está associada a déficits imunes específicos. 
Epidemiologia 
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Epidemiologia
Sua prevalência aumentou com aumento do número de imunossuprimidos e diminuiu com a advento do tratamento com antirretroviral.
Há cerca de 1 milhão de casos no mundo, com 600.000 mortes por ano.
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Cápsula polissacarídea: glicuronoxilomanana, que inibe a fagocitose, a migração de leucócitos e recrutamento de células inflamatórias;
Enzimas: serino-protease, que cliva fibronectina e outras proteínas da membrana basal;
Melanina: é antioxidante.
Fatores de virulência
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Inalação de pequenas células de levedura ressecadas e basidiósporos.
Quando as células chegam nos alvéolos, normalmente são fagocitadas por macrófagos, levando a regressão da doença.
Em imunocomprometidos, a infecção progride e pode se disseminar.
Patogenia 
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Patogenia
A presença prolongada do fungo em estado de latência altera o meio imunológico pulmonar, predispondo a alergias.
Desencadeia pouca ou nenhuma reação inflamatória tecidual.
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Clínica
Pulmonar: tosse, aumento da produção de escarro e dor torácica. Quando por C. Gattii, pode ocorrer criptococomas. Pode se dividir em:
Regressiva: geralmente passa despercebida. Seu diagnóstico pode ser feito pela analise histopatológica de nódulos pulmonares residuais.
Pulmonar progressiva: febre, mal estar, dor torácica
pleurítica, tosse com expectoração clara e mucoide (semelhantes a pneumonia). 
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Clínica
Forma disseminada: atinge vários órgãos, como pele, ossos, rins, adrenais, fígado, baço, medula óssea e SNC. 
No SNC: manifesta-se como meningoencefalite, tendo sinais e sintomas de meningite crônica (cefaleia, febre, letargia, deficit sensorial e de memória, náuseas, vômitos, paresia de nervo craniano, deficit visual e meningismo). 
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Diagnóstico 
Exame histológico a fresco: exame microscópico a fresco com tinta nanquim que colore a cápsula, a partir de escarro ou outro material proveniente das vias aéreas. Técnica útil e rápida.
Cultura de LCS e de sangue
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Diagnóstico 
Análise do LCS: líquor claro, com baixa celularidade, pleocitose mononuclear, diminuição da glicose e aumento dos níveis de proteína.
 
CRAg no LCS e sangue: detecta Ag criptocócico. Pouco útil na pulmonar.
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Diagnóstico
Radiografia:
Na forma pulmonar progressiva: massa periférica de limites bem definidos ( semelhante a tumor de pulmão) ou condensação segmentar/ lobar com ou sem linfonodomegalias.
Na forma disseminada: infiltrado intersticial difuso micronodular ou presença de nódulo/massa, com ou sem cavidades, linfonodomegalias, derrame pleural.
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Radiologia 
Opacidade parenquimatosa pseudotumoral.
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Tratamento 
A escolha do tretamento deve levar em conta o local da infecção e o estado imune do hospedeiro.
Formas pulmonares não progressivas: observação clínica com uso de antifúngico (Itraconazol/fluconazol: 200 a 400mg por 3 a 6 meses)
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Tratamento 
Forma disseminada ou associada a AIDS:
Sem granulocitopenia: Anfotericina B (0,5 – 1 mg por kg em dias alternados com acompanhamento da função renal) + 5-Fluorcitosina (100-150 mg por kg por dia), mínimo 6 semanas.
Com granulocitopenia: Anfotericina b + fluconazol/ itraconazol
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Prognóstico
Indivíduos sem AIDS: curável com tratamento.
Indivíduos com AIDS: remissão ao tratamento e uso de terapia supressora (fluconazol) pelo resto da vida.
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Departamento de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP. Campinas, SP. Disponível em: <http://anatpat.unicamp.br/>. Acesso em: 02 de agosto de 2016. 
SILVA, Eduardo Felipe Barbosa et al. Aspergilose pulmonar necrotizante crônica . J. bras. pneumol. vol.35 no.1 São Paulo Jan. 2009.
SILVA, Luiz Carlos Corrêa da. Pneumologia : princípios e prática. Porto Alegre : Artmed, 2012.
TARANTINO, Affonso Berardinelli. Doenças Pulmonares. 6ª Edição. Editora Guanabara. 
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