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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO DANIEL RONEI DE SÁ – 1575031 LEONARDO BAGGIO – 1572083 MATHEUS BATISTA – 1575058 CAPACITOR EM CORRENTE CONTÍNUA SÃO PAULO 2° SEMESTRE 2016 Relatório técnico apresentado como requisitoparcial para obtenção de aprovação na disciplinaT3LE1 – Laboratório de Eletricidade 1, no Curso de Engenharia Eletrônica, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo. Prof. Me. Fulvio Bianco Prevot 1. OBJETIVO - Verificar experimentalmente a carga e a descarga do capacitor. 2. INTRODUÇÃO TEÓRICA A figura 1 mostra os elementos básicos de qualquer capacitor: dois condutores isolados entre si. Seja qual for a forma desses condutores, eles recebem o nome de placas, nessa mesma figura, temos que dois condutores, isolados entre si e do ambiente, formam um capacitor. Quando um capacitor está carregado às cargas dos condutores, ou placas, como são chamados, têm o mesmo valor absoluto q e sinais opostos. Figura 1 – Conceito de um capacitor Com isso, temos que as linhas de força sempre se dirigem de um corpo positivamente carregado para um corpo negativamente carregado, sempre começam ou terminam perpendicularmente às superfícies carregadas e nunca se interceptam. As linhas de força não se dirigem de uma carga a outra, mas tendem a agir como um separador, evitando que as cargas se atraiam e causando um efeito de repulsão. Como o campo elétrico é mais intenso (a densidade das linhas de campo é maior) nas proximidades das cargas, quanto mais tentamos aproximar as duas cargas, maior a força de repulsão entre elas. Uma lei básica da Física afirma que as linhas de campo tendem a ter o menor comprimento possível. Portanto as duas cargas se atrairão. Normalmente, quanto mais próximas as cargas, maior a atração entre elas devido ao aumento da intensidade do campo. Na figura 2 temos duas placas paralelas, feitas de um material condutor e separadas por um espaço vazio, estão conectadas a uma bateria por meio de um resistor e uma chave. Se as placas estão inicialmente descarregadas e a chave está aberta, nenhuma carga, positiva ou negativa, será encontrada nelas. Entretanto, no momento em que a chave é fechada, elétrons são atraídos da placa superior para o terminal positivo da bateria passando pelo resistor. Ocorrerá inicialmente um surto de corrente limitada pelo valor da resistência presente. A intensidade desta corrente diminuirá, conforme está demonstrado na próxima seção. Isso produz uma carga positiva na placa superior. Os elétrons são repelidos pelo terminal negativo em direção à placa inferior, pelo condutor inferior, com a mesma velocidade com que eles são atraídos pelo terminal positivo da bateria. Essa transferência de elétrons continua até que a diferença de potencial entre as placas seja exatamente igual à tensão da bateria. O resultado final é uma carga positiva na placa superior e uma carga negativa na placa inferior. Figura 2 – Circuito simples de carga com duas placas Temos que a capacitância é uma medida da quantidade de carga que o capacitor pode armazenar em suas placas, em outras palavras, é sua capacidade de armazenamento. Um capacitor possui uma capacitância de 1 farad se uma carga de 1 coulomb for depositada em suas placas por uma diferença de potencial de 1 volt entre elas. A equação 1, mostra essa relação. Equação 1 – Fórmula da Capacitância Capacitores diferentes com a mesma tensão aplicada entre as placas adquirem cargas de maior ou menor valor em suas placas. Por conseguinte, os capacitores terão capacitâncias maiores ou menores, respectivamente. 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 3.1. Material Utilizado 01 Resistor 18kΩ. 01 Capacitor 680µF Multímetro Digital. Protoboard. Fonte de Tensão CC Variável. Cabos de Ligação. 3.2. Procedimentos Experimentais A primeira etapa do experimento deu-se com a medição da resistência do resistor que seria ligado no circuito. Utilizando os códigos de cores do fabricante dos resistores, foi possível identificar o valor da resistência nominal do resistor, em seguida foi medido o valor experimental da resistência, para essa etapa foi utilizado o ohmímetro, atentando-se a escala do equipamento para uma maior precisão do valor que estava sendo medido, os valores obtidos para a resistência foram preenchido na Tabela 1. Tabela 1 – Valores Nominais e Medidos da resistência do Resistor. Resistores 𝐑𝟏 Nominal [Ω] 17,791k Medido [Ω] 18k Com as medições realizadas, deu-se início a montagem do circuito que seria utilizado no experimento, vide figura 3, para a montagem foi utilizado uma fonte variável que foi ajustada para 6V com a ajuda de um voltímetro. Figura 3 – Circuito utilizado no experimento. E 6V S R1 18kΩ C1 680µF Com a montagem realizada, foi verificado se todas as conexões foram ligadas corretamente e então foi certificado que o capacitor estava totalmente descarregado, para isso foi colocado os terminais do capacitor em curto. Durante o experimento a chave S foi ligada e desligada a cada 2 segundos para que fosse possível medir a tensão no capacitor, os valores lidos podem ser vistos na tabela 2. Tabela 2 – Valores de Carga do capacitor. T [s] 𝐕𝐂 [V] T [s] 𝐕𝐂 [V] 0 0 32 3,4 2 1 34 3,45 4 1,2 36 3,5 6 1,4 38 3,55 8 1,6 40 3,6 10 1,8 42 3,6 12 2 44 3,65 14 2,2 46 3,65 16 2,4 48 3,7 18 2,6 50 3,7 20 2,8 52 3,75 22 3 54 3,75 24 3,1 56 3,8 26 3,2 58 3,8 28 3,3 60 3,85 30 3,35 62 3,85 Após obter os valores da Tabela 2 o capacitor permaneceu conectado a fonte de alimentação até que fosse carregado completamente, e então foi montado um novo circuito, conforme figura 4. Figura 4 – Circuito utilizado no experimento. Após verificar todas as conexões, ligando e desligando a chave S, a cada 2 segundos, foi medido a tensão no capacitor e então anotados os valores lidos na Tabela 3, o procedimento foi repetido até 62s. Tabela 3 – Valores de descarga do capacitor. T [s] 𝐕𝐂 [V] T [s] 𝐕𝐂 [V] 0 6,0 32 0,2 2 5,7 34 0,15 4 5,2 36 0,1 6 4,7 38 0,1 8 4,2 40 0,1 10 3,7 42 0,1 12 3,2 44 0,1 14 2,7 46 0,1 16 2,1 48 0,1 18 1,8 50 0,1 20 1,4 52 0,1 22 1,1 54 0,1 24 0,8 56 0,1 26 0,6 58 0,1 28 0,4 60 0,1 30 0,3 62 0,1 A partir das Tabelas 3 e 4 foi possível encontrar os gráficos de carga e descarga do capacitor, sendo esses gráficos: 1 e 2 respectivamente. S R1 18kΩ C1 680µF Gráfico 1 – Gráfico de Vc x T para carregamento do Capacitor Gráfico 2 – Gráfico de Vc x T para descarga do Capacitor 4. RESULTADOS E CONCLUSÃO Com o experimento concluído é possível chegar a algumas conclusões, como quando se aplica uma tensão continua nos terminais de um capacitor, inicialmente descarregado, a corrente será alta, pois o capacitor se opõe as variações bruscas de tensão. Após essa situação inicial, a corrente diminui gradativamente, já que a medida que o tempo passa, o capacitor se carrega obedecendo a uma função exponencial, até atingir zero, quando estiver totalmente carregado. À medida que a corrente diminui, a tensão nos terminais do capacitor aumenta exponencialmente até atingir a tensão máxima imposta pela fonte. Devido a esse comportamento, diz-se que a tensão e a corrente no capacitor estão defasadas entre si, sendo que a corrente está adiantada da tensão.5. BIBLIOGRAFIA ALBUQUERQUE, R. O. Análise de Circuitos em Corrente Contínua. 21.a Edição. São Paulo: Érica, 2009. CAPUANO, F.G; MARINO, M. A. A. Laboratório de Eletricidade e Eletrônica: Teoria e Prática. 17.a Edição. São Paulo: Érica, 2002. O’MALLEY, J. Análise de Circuitos. São Paulo: McGraw-Hill, 1983.
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