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1 Curso completo de Direito Constitucional Profª. Sabrina Araújo Feitoza Fernandes Rocha Atualizada até a EC n° 71 de 29/11/12 Esta apostila não é de autoria pessoal, pois foi produzida através das obras de doutrinadores constitucionalistas, dentre eles Ivo Dantas, J. J. Gomes Canotilho, José Afonso da Silva, Paulo Bonavides, Celso D. de Albuquerque Mello, Luís Roberto Barroso, Walber de Moura Agra, Reis Friede, Michel Temer, André Ramos Tavares, Sérgio Bermudes, Nelson Oscar de Souza, Alexandre de Moraes, Nelson Nery Costa/Geraldo Magela Alves, Nagib Slaibi Filho, Sylvio Motta & William Douglas, Henrique Savonitti Miranda e tomou por base a apostila do Prof. Marcos Flávio, com os devidos acréscimos pessoais. PONTO 21 – FINANÇAS PÚBLICAS 21.1 – CONCEITO: caracteriza o conjunto de regras pelas quais o Estado planeja e administra os ingressos e as saídas ou recursos financeiros.Compreende todos os fatos e as instituições que se referem à aquisição e ao uso de riquezas materiais por parte do Poder Público. Conjunto de meios, recursos e instrumentos utilizados pelo Poder Público para o cumprimento de suas funções, tendo como meta a satisfação das necessidades coletivas, através da prestação de serviço e da construção de novas obras. 21.2 – COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR SOBRE A METÉRIA: o art. 163 da CF reza quelei complementar disporá sobre: finanças públicas. O art. 24, I e II preceitua que compete concorrentemente a União, aos Estados e ao Distrito federal legislarem sobre: DIREITO TRIBUTÁRIO, FINANCEIRO E ORÇAMENTO. Interpretando este dois dispositivos constitucionais percebe-se que coube a União legislar, precipuamente, sobre estas matérias que terão sempre caráter de generalidade. Algumas leis Infraconstitucionais foram recepcionadas pela Constituição de 1988 com status de lei complementar para se adequar ao artigo 163. Por exemplo a LC 101/2000, conhecida como a Lei da Responsabilidade Fiscal, que estabelece normas de finanças públicas voltadas à responsabilidade na gestão fiscal. 21.3 – DÍVIDA PÚBLICA(Art. 163, II):é formada por empréstimos captados pelo Poder Público após autorização legislativa. São os débitos que o Poder Público contraiu e que estão escriturados, ainda que não pagas. 21.3.1 – CLASSIFICAÇÃO DAS DÍVIDAS PÚBLICAS: Quanto origem da dívida: a) Interna: o empréstimo interno é feito em moeda nacional e com ela é paga. b) Externa: o empréstimo externo é captado junto a credores estrangeiros, com promessa de devolução em moeda forte. Esta classificação quanto a moeda não é unânime, pois alguns doutrinadores apontam como o local da celebração 2 do contrato ou mesmo a qualidade do fornecedor do crédito, como sendo o elemento caracterizador do empréstimo interno ou externo. CRÉDITO INTERNACIONAL é aquele obtido junto a instituição multilaterais de crédito como: FMI:Fundo Monetário Internacional; BIRD: Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento; BID: Banco Internacional de Desenvolvimento. Obs: cabe ao Senado Federal (art. 52, V) autorizar operações externas de natureza financeira para os entes federativos. Quanto aos prazos para o resgate: a) Dívida Fundada: aquela que resulta de empréstimos temporários contraídos a médio prazo, inserindo-se aqui os empréstimos perpétuos, que são aqueles que só rendem juros (não são resgatáveis nunca). b) Dívida Flutuante: aquela que decorre de empréstimos tomados a curto prazo, daí, inclusive, o sentido flutuante, como sendo rapidamente alterável o panorama, decorrente dessa dívida.
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