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Constitucional III 12 Habeas Data e Ação Popular

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Habeas Data 
e 
Ação Popular
Prof. Me. Edson Barbosa de Miranda Netto
Habeas Data
Conceito: “Habeas data é um remédio constitucional destinado a garantir o acesso a dados pessoais que se encontram em bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público, bem como corrigir esses dados, se incorretos, ou fazer anotações nesses dados, caso estejam corretos, mas passíveis de justificativa” (MARTINS, 2019).
Habeas Data
Previsão na Constituição Federal: Art. 5º, LXXII:
“conceder-se-á habeas data: 
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo”.
Previsão Legal (Lei Regulamentadora): Lei n. 9.507/97.
Habeas Data
Hipóteses de cabimento conforme a Lei n. 9.507/1997:
Art. 7° Conceder-se-á habeas data:
I - para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registro ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
II - para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
III - para a anotação nos assentamentos do interessado, de contestação ou explicação sobre dado verdadeiro mas justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigável.
OBS: Foi acrescida uma nova hipótese de cabimento pela Lei n. 9.507/1997 em relação à CF.
Habeas Data
Há a necessidade de prévia negativa na via administrativa para o ajuizamento do habeas data.
Lei n. 9.507/1997: Art. 8º, caput e parágrafo único.
Entende-se que, na ausência desse requisito, faltaria o interesse de agir por parte do impetrante, gerando a extinção do processo sem resolução do mérito por falta de condição da ação.
Não há violação ao princípio da inafastabilidade da Jurisdição, pois não há exigência de prévio exaurimento da esfera administrativa. Há uma relativização apenas.
Habeas Data
Lei n. 9.507/1997:
“Art. 8° A petição inicial, que deverá preencher os requisitos dos arts. 282 a 285 do Código de Processo Civil, será apresentada em duas vias, e os documentos que instruírem a primeira serão reproduzidos por cópia na segunda.
Parágrafo único. A petição inicial deverá ser instruída com prova:
I - da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de dez dias sem decisão;
II - da recusa em fazer-se a retificação ou do decurso de mais de quinze dias, sem decisão; ou
III - da recusa em fazer-se a anotação a que se refere o § 2° do art. 4° ou do decurso de mais de quinze dias sem decisão.”
Habeas Data
Lei n. 9.507/1997:
“Art. 9° Ao despachar a inicial, o juiz ordenará que se notifique o coator do conteúdo da petição, entregando-lhe a segunda via apresentada pelo impetrante, com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de dez dias, preste as informações que julgar necessárias.”
“Art. 10. A inicial será desde logo indeferida, quando não for o caso de habeas data, ou se lhe faltar algum dos requisitos previstos nesta Lei.”
Habeas Data
Portanto, há a necessidade de prévio indeferimento administrativo (ou falta de resposta) para que exista interesse processual.
Entendimento pacificado pelo STF e STJ.
Súmula 2/STJ - 18/05/1990 - Habeas data. Informação da autoridade administrativa. CF/88, art. 5º, XXXIII e LXXII, “a”.
“Não cabe o habeas data (CF/88, art. 5º, LXXII, “a”) se não houve recusa de informações por parte da autoridade administrativa.”
Habeas Data
Legitimidade ativa:
Pode ser impetrado por pessoa física ou jurídica, brasileira ou estrangeira (titular do direito à informação).
Exige-se a atuação de advogado, diferentemente do habeas corpus (pressuposto processual da capacidade postulatória).
Regra: só o titular daquela informação poderá pleiteá-la mediante habeas data. 
Exceção: no caso de pessoas mortas, possuirão legitimidade para impetrar o HD seus herdeiros legítimos ou o cônjuge supérstite (STJ, REsp 781969, rel. Min. Luiz Fux, j. 8-5-2007).
Habeas Data
Legitimidade passiva:
O habeas data é impetrado em face da entidade governamental ou de caráter público que tenha o registro da informação ou o banco de dados sobre a pessoa.
O HD pode ser impetrado em face de entidades da Administração Pública Indireta (por ex., autarquias e empresas estatais)? 
Não há consenso na jurisprudência.
Ação Popular
 O que é?
Remédio / Ação Constitucional.
Visa proteger determinados direitos difusos e coletivos:
Patrimônio público.
Moralidade administrativa.
Meio ambiente.
Patrimônio histórico e cultural.
Pode ser proposta por qualquer cidadão brasileiro.
Ação Popular
Previsão Constitucional: Art. 5º, LXXIII, da CF de 1988.
“qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência”.
Previsão Legal (Lei Regulamentadora): 
Lei n. 4.717/1965.
Ação Popular
Legitimidade ativa: Qualquer cidadão brasileiro possui legitimidade ativa para propor uma AP.
Conceito de cidadão brasileiro: 
Brasileiro nato ou naturalizado devidamente alistado na Justiça Eleitoral e em gozo de seus direitos políticos.
Concepção mais estrita de cidadão (eleitoral): no Brasil, há a obrigatoriedade de voto aos brasileiros de 18 a 70 anos de idade.
A prova da cidadania é feita mediante apresentação do título de eleitor: art. 1º, §3º, da Lei n. 4.717/65.
Ação Popular
Também podem propor ação popular, desde que devidamente alistados:
Maiores de 70 anos.
Menores entre 16 e 18 anos (necessitam de assistência? Há divergência doutrinária).
Analfabetos.
Portugueses equiparados: art. 12, §1º, da CF: 
“Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.”
Ação Popular
Quem fica fora do conceito de cidadão brasileiro para fins de propositura de AP?
Inalistáveis (Estrangeiros e Conscritos): não podem se alistar na Justiça Eleitoral.
Inalistados: podem, mas ainda não se alistaram na Justiça Eleitoral.
Pessoas jurídicas.
Menores de 16 anos.
Brasileiros com direitos políticos suspensos ou perdidos.
Ministério Público: atuará apenas como fiscal da ordem jurídica.
Ação Popular
Legitimidade passiva: Lei n. 4.717/1965, art. 6º:
“A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo.”
Ação Popular
Há um litisconsórcio passivo necessário.
Portanto, a Ação Popular deve ser proposta em face de TODOS os envolvidos:
Pessoas físicas: agentes públicos responsáveis pelo ato, beneficiários do ato lesivo, agentes públicos que se omitiram etc.
Pessoas jurídicas: pessoas jurídicas públicas e privadas e entidades mencionadas no art. 1º da Lei n. 4.717/65.
É comum, em uma Ação Popular, haver 5 ou 6 réus.
Ação Popular
A Ação Popular possui isenção de custas judiciais e do ônus da sucumbência, nos termos da CF, desde haja boa-fé do impetrante no seu uso.
Mas essa gratuidade se aplica apenas ao autor, não aos réus.
Com relação ao MP, este deverá ser chamado a atuar como fiscal da ordem jurídica.
Caso o autor desista da Ação Popular ou não promova a execução da decisão condenatória transitada em julgado, o MP deverá dar prosseguimento ao feito (arts. 9º e 16 da Lei n. 4.717/65).
OBRIGADO!

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