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Constitucional III 10 Direitos polA_ticos 2

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Direitos Políticos
Prof. Me. Edson Barbosa de Miranda Netto
Direitos Políticos
Conceito: direitos destinados a assegurar a soberania popular e a participação do povo no processo político e nas decisões do Estado.
Liga-se diretamente à ideia de que o poder pertence e deve ser exercido pelo povo.
Art. 1º, parágrafo único, da CF: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.” 
Direitos Políticos
Há diferentes modelos de democracia.
No caso brasileiro, a CF prevê uma democracia semidireta ou participativa.
O povo exerce sua soberania tanto por meio de representantes eleitos quanto por meio de mecanismos de participação popular direta.
Exemplos de direitos políticos:
Voto direto, secreto, universal e periódico (participação indireta);
Plebiscito, referendo, iniciativa popular, ação popular, participação no CNJ, CNMP, Conselho da República, gestão do ensino público etc. (mecanismos de participação direta).
Direitos Políticos
Art. 14 da CF:
“Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.”
Plebiscito e Referendo
Modalidades de consulta popular: a população se manifestará diretamente acerca de determinada temática.
Em regra, pela CF, a realização dos plebiscitos e dos referendos é facultativa.
Exceção: criação de novos Estados e Municípios (art. 18, §§3º e 4º).
Plebiscito e Referendo
Art. 18 da CF:
“§3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.”
“§4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.”
Plebiscito e Referendo
No Brasil, diferenciam-se pelo momento de realização:
Plebiscito: anterior ao ato ou à lei.
Referendo: posterior ao ato ou à lei.
Tanto o plebiscito quanto o referente podem versar sobre matéria constitucional, legal ou política/administrativa.
Só pode ser convocado pelo Congresso Nacional por meio de decreto legislativo:
Art. 49, XV, da CF: “É da competência exclusiva do Congresso Nacional: [...] XV - autorizar referendo e convocar plebiscito”.
Iniciativa Popular
Outra forma de participação popular direta no processo político consiste na possibilidade da população criar um projeto de lei e enviá-lo ao Congresso Nacional (art. 14, III, da CF).
Art. 61, §2º, da CF: “A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.”
8
Iniciativa Popular
Requisitos do projeto de lei de iniciativa popular:
Assinatura de 1% (um por cento) do eleitorado nacional;
Assinaturas dos eleitores distribuídas pelo menos por 5 (cinco) Estados da Federação;
Em cada Estado, deve haver a assinatura de não menos de 0,3% (três décimos por cento) dos eleitores.
9
Iniciativa Popular
O projeto de iniciativa popular deve ser apresentado à Câmara dos Deputados.
Deve abordar apenas um assunto.
Conteúdo do projeto de iniciativa popular: pode abordar temas de lei ordinária e lei complementar, desde que não haja iniciativa privativa.
Maioria da doutrina: não é possível PEC por meio de projeto de iniciativa popular.
Iniciativa Popular
Não pode ser rejeitado por vício de forma.
É virtualmente impossível para a Câmara dos Deputados fazer a checagem das assinaturas, então, um ou mais deputados federais assinam o projeto de lei de iniciativa popular (“coautoria parlamentar”).
Exemplos de utilização da iniciativa popular:
Lei Complementar n. 135 de 2010: Lei da “Ficha Limpa”.
Projeto das “Medidas contra a corrupção”.
Sufrágio
Corresponde a um direito político (art. 14 da CF) que engloba: 
Alistabilidade: direito de votar ou capacidade eleitoral ativa.
Elegibilidade: direito de ser votado ou capacidade eleitoral passiva.
O sufrágio é universal no Brasil, desde que a pessoa atenda aos requisitos legais estabelecidos, ou seja, não há um grupo de brasileiros previamente excluídos do processo político de forma discriminatória.
Art. 14 da CF: “A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos [...]”.
Sufrágio
Alistabilidade: É composta pelo alistamento eleitoral e pelo voto.
Art. 14, §§1º e 2º, da CF de 1988: o alistamento e o voto são:
Obrigatórios: maiores de 18 e menores de 70 anos.
Facultativos: a) analfabetos; b) maiores de 70 anos; c) maiores de 16 e menores de 18 anos.
Proibidos: a) estrangeiros*; b) militares conscritos durante o serviço militar obrigatório; c) menores de 16 anos.
*OBS: O português equiparado a brasileiro naturalizado pode exercer direitos políticos (art. 12, §1º, da CF).
Sufrágio
Características do voto no Brasil: 
Direto.
Secreto.
Universal.
Periódico.
Obrigatório (para os brasileiros alfabetizados de 18 a 70 anos).
Essas características do direito ao voto são cláusulas pétreas (art. 60, §4º, II), à exceção da obrigatoriedade, que pode ser alterada.
Sufrágio
Elegibilidade: direito de ser votado (capacidade eleitoral passiva), ou seja, o direito de concorrer no processo eleitoral e de poder ocupar um mandato eletivo. 
O art. 14, §3º, da CF estabelece as seguintes condições cumulativas (na forma da lei):
Nacionalidade brasileira;
Pleno exercício dos direitos políticos;
Alistamento eleitoral; 
Domicílio eleitoral na circunscrição;
Filiação partidária;
Sufrágio
O art. 14, §3º, da CF estabelece as seguintes condições cumulativas (na forma da lei):
Idade mínima a depender do cargo:
trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
dezoito anos para Vereador.
Sufrágio
Inelegibilidade: é a incapacidade de ser votado e de poder participar do processo eleitoral.
TSE: “a inelegibilidade importa no impedimento temporário da capacidade eleitoral passiva do cidadão, que consiste na restrição de ser votado, não atingindo, portanto, os demais direitos políticos, como, por exemplo, votar e participar de partidos políticos”.
Possui duas espécies:
1ª) Absoluta: Aplica-se a todos os cargos eletivos e está prevista no art. 14, §4º, da CF.
São os inalistáveis (estrangeiros*, menores de 16 anos e os conscritos) e os anafalbetos.
Sufrágio
Possui duas espécies:
2ª) Relativa: Aplica-se a alguns cargos eletivos e está prevista no art. 14, §§5º ao 9º, da CF.
a) Inelegibilidade pela reeleição: art. 14º, §5º, CF.
“§5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente.”
Sufrágio
Possui duas espécies:
2ª) Relativa: Aplica-se a alguns cargos eletivos e está prevista no art. 14, §§5º ao 9º, da CF.
b) Inelegibilidade para outros cargos: art. 14, §6º, CF.
“§6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.”
Sufrágio
Possui duas espécies:
2ª) Relativa: Aplica-se a alguns cargos eletivos e está prevista no art. 14, §§5º ao 9º, da CF.
c) Inelegibilidade reflexa ou pelo parentesco:art. 14, §7º, CF.
“§7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.”
Sufrágio
Possui duas espécies:
2ª) Relativa: Aplica-se a alguns cargos eletivos e está prevista no art. 14, §§5º ao 9º, da CF.
d) Inelegibilidade do militar: art. 14, §8º, CF.
“§8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.”
Sufrágio
Possui duas espécies:
2ª) Relativa: Aplica-se a alguns cargos eletivos e está prevista no art. 14, §§5º ao 9º, da CF.
e) Inelegibilidade prevista em lei complementar: art. 14, §9º, CF.
“§9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.”
Perda e Suspensão dos Direitos Políticos
A Constituição Federal expressamente veda a cassação dos direitos políticos (retirada arbitrária).
Nos termos da CF, pode haver a perda ou suspensão dos direitos políticos (art. 15):
Perda dos direitos políticos: prazo indeterminado.
Suspensão dos direitos políticos: prazo determinado.
Perda e Suspensão dos Direitos Políticos
Art. 15 da CF:
“É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.”
Perda e Suspensão dos direitos políticos
Hipóteses de perda dos direitos políticos:
Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado (Justiça Federal).
Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa.
Incapacidade civil absoluta* (mudança na legislação civil): só os menores de 16 anos são considerados absolutamente incapazes (pessoas com doenças mentais que não podem exprimir sua vontade são considerados relativamente incapazes). 
Perda e Suspensão dos direitos políticos
Hipóteses de suspensão dos direitos políticos:
Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos.
Condenação por improbidade administrativa (art. 37, §4º).
OBRIGADO!

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