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1 ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços Expositor: Marcia Rita Cruz mrcruzcontabilidade@gmail.com Janeiro/2017 2 Sumário MÓDULO 1 – Breve Histórico Relativo ao ICMS .......................................... 1.1. Normas Constitucionais ..................................................................... 1.2. Incidência ........................................................................................... 1.3. Hipóteses de Incidência ..................................................................... 1.4 Fato Gerador ...................................................................................... 1.5. Contribuinte do ICMS ......................................................................... 1.6. Isenção, Imunidade e não incidência ................................................. 1.7. Diferimento e Suspensão ................................................................... 1.8. Base de Cálculo ................................................................................. 1.8.1 – Operações sem Valor ........................................................... 1.1.8.1 – Bonificação ............................................................ 1.8.1.2 – Doação .................................................................. 1.8.2 – Transferências ..................................................................... 1.8.3 – Inclusões e Exclusões ......................................................... 1.8.4 – Redução da Base de Cálculo .............................................. 1.8.5 – Cálculo “por Dentro” do ICMS ............................................. 1.8.6 - Importação .......................................................................... 1.8.7 – Substituição Tributária do ICMS .......................................... 1.9. Alíquotas ........................................................................................... 1.9.1 – Internas ................................................................................. 1.9.2 – Interestaduais ....................................................................... 1.9.3 – Simples Nacional .................................................................. 1.10. Créditos ............................................................................................ 1.10.1 – Não Cumulatividade ........................................................... 1.10.2 – Requisitos para o Crédito ................................................... 1.10.3 – Escrituração do Crédito ...................................................... 1.10.4 – Vedações ao Crédito .......................................................... 1.10.5 – Estorno do Crédito .............................................................. 1.10.6 – Manutenção do Crédito ....................................................... 3 1.10.7 – Outros Créditos ................................................................... 1.10.7.1 – Aquisição de Bens Destinados ao Ativo ............... 1.10.7.2 – Aquisição de Mercadorias para Uso e Consumo .. 1.10.7.3 – Energia Elétrica e Serviços de Comunicação ....... 1.10.7.4 - Contratação de Serviços de Transporte ................ 1.10.7.5 – Devolução ou Retorno de Mercadorias ................ 1.10.8. Outras Hipóteses de Crédito de ICMS .................................. 1.10.8.1 – Crédito Acumulado ................................................ 1.10.8.2 - Apropriação do Crédito Acumulado ........................ 1.10.8.3 – Crédito Presumido ................................................. 1.10.8.4 – Na Aquisição de Empresas Optantes Pelo Simples Nacional ................................................... 1.11. Prazos de Recolhimento .................................................................... Módulo 2 - ICMS na Importação .................................................................. Módulo 3 - Operações Especiais ................................................................... Módulo 4 - Obrigações Acessórias ............................................................... 4 1 - Breve Histórico Relativo ao ICMS 1.1 - Princípios constitucionais aplicáveis ao ICMS Os Princípios Constitucionais Tributários são elencados na Seção II do Capítulo I do Título VI, “Das Limitações do Poder de Tributar” – artigos 150 a 152 da Constituição Federal de 1988. Vejamos a seguir alguns desses princípios: Princípio da Legalidade – Somente será possível exigir ou aumentar tributos através de Lei que o estabeleça. ...................................................................... “Art. 150 – Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; Observado a exceção prevista no §1.º do artigo 153 ....................................................................... Art. 153 – Compete à União instituir impostos sobre: ....................................................................... § 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V. ....................................................................... I – Imposto de Importação - II; II – Imposto de Exportação – IE; IV – Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI; V – Imposto sobre Operações Financeiras – IOF. Anotações: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 5 Princípio da Anterioridade – É vedado a Lei aumentar ou instituir quaisquer tributos no mesmo ano de sua publicação. “Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: .............................................................. III - cobrar tributos: .............................................................. b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou”; .............................................................. Obs. Essa regra não se aplica aos seguintes impostos: II, IE, IPI e IOF, conforme disposto no §1º do art. 153 da CF/88. Princípio da Anterioridade Nonagesimal ou Noventena – Incluído pela Emenda Constitucional 42/2003. Além da vedação da entrada em vigor no mesmo ano de publicação, tem que se observar que a Lei só passa a vigorar 90 dias após a sua publicação. Exemplo: Lei 7.175, de 28 de dezembro de 2015 DOE de 29/12/2015 Art. 1º - Ficam alterados os incisos IV e VIII e a alínea “a” do inciso XIII do caput do art. 14 da Lei nº 2.657, de 26 de dezembro de 1996, que passam a vigorar com as seguintesredações: “Art. 14. (...) IV - em operação de importação, na prestação de serviço que se inicie no exterior ou quando o serviço seja prestado no exterior: 16% (dezesseis por cento); (...) 6 VIII - na prestação de serviços de comunicação: 26% (vinte e seis por cento); (...) XIII - (...) a) 14% (quatorze por cento); (...) Art. 9º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, sendo que os arts. 1º e 4º produzirão efeitos no ano subsequente e após decurso do prazo de 90 (noventa) dias. Rio de Janeiro, em 28 de dezembro de 2015. LUIZ FERNANDO DE SOUZA Governador Princípio da Igualdade ou Isonomia – É vedado instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; Anotações: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 7 Princípio da Capacidade Contributiva – prevista no §1.º do artigo 145, encontra-se uma disposição sobre a necessidade de respeitar, sempre que possível, a capacidade econômica dos contribuintes, de forma a graduar a carga imposta sobre eles. No ICMS, além do regime geral de apuração, que se aplica de maneira uniforme, existem tratamentos especiais para determinados contribuintes. “Art. 145. (...) (...) § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte”. A Emenda Constitucional 42/03, ao introduzir a previsão de lei complementar para definir tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e empresas de pequeno porte, relativamente ao ICMS e para as contribuições sociais, reafirma este princípio. Anotações: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 8 1.1.1 Conceitos relativos ao ICMS ICMS – o imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação, é de competência dos Estados e do Distrito Federal, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior. (art.155,II da C.F./88) Ficando o transporte intramunicipal a cargo dos municípios – ISS. Vejamos alguns conceitos: 1 – imposto: espécie de tributo, de competência estadual; 2 – operação: é qualquer negócio jurídico ou ato material, que consiste na imediata realização de vontade, no caso a de promover a circulação da mercadoria; 3 – circulação: é a passagem das mercadorias de uma pessoa (física ou jurídica) para outra; 4 – mercadoria: mercadoria, todo e qualquer bem móvel, novo ou usado, produto in natura, acabado ou semi-acabado, matéria-prima, produto intermediário, material de embalagem ou de uso e consumo e, ainda, o destinado à utilização em caráter duradouro ou permanente, na instalação, exploração ou equipamento do estabelecimento; 5 – serviços: são as prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, e as prestações de serviços de comunicação, não se incluindo as prestações de serviços previstas na Lista de Serviços da Lei Complementar n.º 116/2003, que são sujeitas exclusivamente ao ISS de competência municipal. 9 1.1.2 - Legislação Básica Constituição Federal/88 Emenda Constitucional Lei Complementar É a Carta Magna do País que constitui, define e estrutura o Estado de direito. Prevalece sobre todas as demais leis. Só pode ser alterada via Emenda Constitucional. Define também a competência tributária de cada ente, apresentando os impostos e contribuições que podem ser criados e cobrados para cada um. IPI – artigo 150, IV e § 3º; ICMS – artigo 155, II e § 2º; ISS – artigo 156, III e § 3º É o único instrumento legal permitido para se proceder a modificações na Constituição. Exemplo: EC87/2015 Altera o § 2º do art. 155 da constituição federal e inclui o art. 99 no ato das disposições constitucionais transitórias, para tratar da sistemática de cobrança do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação incidente sobre as operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não do imposto, localizado em outro estado. A ideia do legislador foi criar um modelo de lei que tivesse abrangência sobre os interesses nacionais e servem de base para criação das leis estaduais e municipais. ICMS – Lei Complementar 87/96 ISS – Lei Complementar 116/2003 Simples Nacional – Lei Complementar 123/2006 10 Relaciono a seguir as hipóteses em que a Constituição Federal/88 determina que a Lei Complementar discipline em relação ao ICMS: Artigo 155, § 2º, XII: XII – cabe à lei complementar: a) definir seus contribuintes; b) dispor sobre substituição tributária; c) disciplinar o regime de compensação do imposto; d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços; e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a" X - não incidirá: a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias; g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no incisoX, b; 11 X – não incidirá b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica; i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço. Lei Ordinária Decreto Regulamentar Resolução As leis ordinárias são leis próprias de cada ente da federação e tem poder de normatização apenas dentro dos limites de sua competência tributária. ISS/MRJ – Lei 691/84 – Código Tributário do Município do Rio de Janeiro ICMS/RJ - Lei 2.657, de 26/12/1996 IPI – Lei 4.502/1964 É ato normativo que emana do poder executivo que tem por objetivo regulamentar a lei. ISS/MRJ – Decreto 10.514/1991. ICMS/RJ - Decreto 27.427, de 17/11/2000. IPI – Decreto 7.212/2010. É uma norma jurídica complementar da legislação destinada a esclarecer ou disciplinar o cumprimento da Legislação Tributária. ICMS – Resolução SEFAZ 720/2014 12 Convênios ICMS 1.1.3 - Princípios Específicos do ICMS Não-Cumulatividade – Este mecanismo assegura a compensação do imposto devido em cada operação ou prestação tributada com o montante cobrado nas operações ou prestações anteriores. É a garantia constitucional de tributação apenas sobre o valor acrescido em cada etapa do ciclo produtivo ou comercial. Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre (...) § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; Seletividade – O ICMS poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços. Como veremos, no ICMS começaram a ser utilizadas alíquotas seletivas, ou seja, algumas operações ou prestações são mais oneradas e outras menos oneradas pela carga do imposto. Acordo celebrado entre os Estados e o Distrito Federal, no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ, com base na Constituição Federal/88, artigo 155, § 2.º, XII e na Lei Complementar n.º 24/1975, objetivando a concessão ou a revogação de benefícios fiscais no âmbito do ICMS. (isenção, redução de base de cálculo, crédito presumido, etc) 13 Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (...) (...) § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (...) III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços; Anotações: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 14 1.2 – Incidência O ICMS é um imposto indireto, pois é suportado por um contribuinte suportado por um contribuinte designado na lei (contribuinte de direito), e este poderá transferí-lo a outrem (contribuinte de fato). A terminologia contribuinte de direito e contribuinte de fato refere-se a contribuinte (comerciante, industrial e à pessoa física (consumidor), respectivamente. O ICMS tem seu campo de incidência voltada especialmente às operações de circulação de mercadorias e de prestação de serviços de transporte (intermunicipal e interestadual) e de comunicação (onerosa). Anotações: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 1.3 – Hipóteses de Incidência O ICMS incide sobre: 1 - operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive fornecimento de alimentação e bebida em bares, restaurantes e estabelecimentos similares; 2 - prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores; 3 - prestações onerosas de serviços de comunicação por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza; 15 4 - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços (não compreendidos na competência tributária dos municípios) e aqueles compreendidos, mas que, por indicação expressa de lei complementar, sujeitam-se à incidência do ICMS; 5 - operação de circulação de petróleo desde os poços de sua extração para a empresa concessionária; 6 - a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja sua finalidade; 7 - o serviço prestado no exterior, ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; 8 - a entrada, no Estado do Rio de Janeiro, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à industrialização, decorrente de operações interestaduais. Anotações: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 1.4 – Fato Gerador (Artigos 3.º a 3.º-I do Decreto 27427/2000 – RICMS-RJ) A circulação de mercadorias representa o principal fato gerador do ICMS. Teoricamente, a incidência do imposto é vinculada à movimentação física dos bens. A legislação utilizou o termo CIRCULAÇÃO, o que condiciona a incidência do imposto às saídas das mercadorias, ainda que destinadas a outro estabelecimento do mesmo titular. 16 O fato gerador ocorre qualquer que seja a natureza jurídica que provoque a saída da mercadoria: venda, transferência de matriz para filial, permuta, bonificação ou doação. O que faz nascer a obrigação de pagar o ICMS não é o negócio jurídico da venda de mercadorias, mas a situação do fato da saída das mercadorias do estabelecimento, o que pode ser feito sem se realizar uma venda. Para fins de incidência do ICMS, o momento do recebimento do preço de venda não é relevante. Se o vendedor não conseguir recebero preço de venda do comprador, em nada afeta a cobrança e incidência do ICMS. O que gera o imposto devido é a saída da mercadoria, não o recebimento do preço de venda. Diversas são as hipóteses de incidência do ICMS, devida sua característica múltipla. Alguns consideram o ICMS como o imposto mais detalhado e de mais complexa compreensão. Vejamos os momentos em que ocorre a incidência do imposto: 1 - na saída de mercadoria, a qualquer título, do estabelecimento do contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular; 2 - na saída de estabelecimento industrializador, em retorno ao do encomendante, ou para outro por ordem deste, de mercadoria submetida a processo de industrialização que não implique prestação de serviço compreendido na competência tributária municipal, ainda que a industrialização não envolva aplicação ou fornecimento de qualquer insumo; 3 - no fornecimento de alimentação, bebida ou outra mercadoria por qualquer estabelecimento; 4 - no fornecimento de mercadoria com prestação de serviço: a) não compreendido na competência tributária dos municípios; b) compreendido na competência tributária dos municípios, e com indicação expressa de incidência do imposto de competência estadual, como definido em legislação aplicável; 17 5 - no desembaraço aduaneiro de mercadoria ou bem importados do exterior; 6 - na entrada no estabelecimento do contribuinte de mercadoria proveniente de outra unidade da Federação, destinada a consumo ou a ativo fixo; 7 - na utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outra unidade da Federação e não esteja vinculada a operação ou prestação subseqüente alcançada pela incidência do imposto; 8 - na aquisição, em licitação promovida pelo Poder Público, de mercadoria ou bem importados do exterior apreendidos ou abandonados; 9 - no início de execução do serviço de transporte interestadual e intermunicipal de qualquer natureza; 10 - no ato final de transporte iniciado no exterior; 11 - na prestação onerosa de serviços de comunicação, feita por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza; 12 - no recebimento, pelo destinatário de serviço prestado no exterior; 13 - na transmissão de propriedade de mercadoria depositada em armazém geral ou em depósito fechado, no Estado do transmitente; 14 - na transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título que a represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente; 15 - na entrada em território do Estado de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à industrialização, decorrente de operações interestaduais. 16 - na falta de comprovação da saída de mercadoria do território do Estado, na forma e no prazo fixado em ato próprio, quando a mesma transitar acompanhada 18 de passe fiscal ou similar ou quando for encontrada mercadoria em trânsito desacompanhada de passe fiscal de uso obrigatório; 17 - imediatamente após a extração do petróleo e quando a mercadoria passar pelos Pontos de Medição da Produção; 18 - na saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte localizado em outra unidade da Federação, destinada a consumidor final não contribuinte localizado neste Estado; 19 - na prestação de serviço por contribuinte localizado em outra unidade da Federação, para consumidor final não contribuinte localizado neste Estado. Anotações: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 1.4.1 - Outras hipóteses consideradas como fato gerador do ICMS: Art. 3.º -A. Consideram-se como saída de mercadorias ou prestação de serviços sem emissão de documento fiscal, os valores referentes a: I - suprimentos de caixa que não foram devidamente esclarecidos e comprovados; II - existência de saldo credor de caixa; III - pagamentos efetuados e não escriturados; IV - constatação de ativos ocultos; V - diferença de estoque de mercadorias, quando a quantidade apurada pela fiscalização, com base em livros e documentos fiscais do contribuinte, for maior 19 do que a escriturada no Livro Registro de Inventário ou do que a consubstanciada em auto de constatação decorrente de contagem física; VI - documento fiscal cancelado após a saída da mercadoria ou a prestação de serviço, ou após a sua escrituração nos livros fiscais do contribuinte; VII - diferença entre os valores informados pelas administradoras de cartão de crédito ou débito em conta corrente e demais estabelecimentos similares e aqueles registrados nas escritas fiscal ou contábil do contribuinte ou nos documentos por ele emitidos; VIII - mercadoria entregue a destinatário diverso daquele que constar do documento fiscal, no que tange à operação realizada com o destinatário diverso; IX - existência de valores creditados em conta de depósito ou de investimento mantida em instituição financeira, em relação aos quais o titular, regularmente notificado a prestar informações, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações. Parágrafo único. Para os efeitos do inciso III do caput deste artigo, os documentos comprobatórios de pagamento, que não contenham a data de sua quitação, consideram-se pagos: 1. na data do vencimento do respectivo título; 2. na data da emissão do documento fiscal, quando não for emitida duplicata. Art. 3.º-B. Consideram-se como decorrente de operação ou prestação tributada realizada pelo contribuinte os valores registrados nos seguintes equipamentos, porventura encontrados em seu estabelecimento e autorizados para terceiros, ainda que para outro estabelecimento da mesma empresa: I - Emissor de Cupom Fiscal (ECF); II - Point of Sale (POS) e demais equipamentos destinados ao registro de operação ou prestação paga com cartão de crédito ou débito. 20 Art. 3.º-C. Considera-se como relativa à entrada no estabelecimento, sem documentação fiscal ou sem sua regular escrituração, a diferença de estoque de mercadorias, quando a quantidade apurada pela fiscalização, com base nos livros e documentos fiscais do contribuinte, for menor do que a escriturada no Livro Registro de Inventário ou do que a consubstanciada em auto de constatação decorrente de contagem física. Art. 3.º-D. Na falta de escrituração ou apresentação de Livro Registro de Inventário, a fiscalização poderá considerar inexistente o estoque de mercadoria relativamente ao período não escriturado ou não apresentado. Parágrafo Único - O disposto no caput não será aplicado na hipótese de o estoque puder ser apurado pela fiscalização por meio de outros livros fiscais ou dos documentos fiscais de entrada e de saídas de mercadorias. Art. 3.º-E. Considera-se posta em circulação a mercadoria: I - em trânsito desacompanhada de documento fiscal ou acompanhada de documentação inidônea e a proveniente de outra unidade da federação sem destinatário certo; II - estocada em terminal de carga, armazém geral, depósito ou similares sem estar acompanhada de documentação fiscal ou acompanhada de documentação fiscalinidônea; III - encontrada em estabelecimento não inscrito ou com inscrição inabilitada; IV - constante do estoque final, na data do encerramento da atividade; V - entrada no estabelecimento desacompanhada de documento fiscal ou acompanhada de documento fiscal inidôneo ou, ainda, cuja entrada não tenha sido regularmente escriturada. Parágrafo Único - Na hipótese dos incisos IV e V do caput deste artigo, tomar- se-á como base de cálculo o valor do custo de aquisição mais recente acrescido de 50% (cinquenta por cento). 21 Art. 3.º-F. Considera-se reutilizado, para fins de ocultar a ocorrência do fato gerador do imposto o documento fiscal ou de controle apreendido pela fiscalização de trânsito de mercadorias em poder do transportador, ou do remetente nessa condição, sem estar acompanhado da respectiva mercadoria, devendo o imposto ser cobrado do detentor daquele documento. Art. 3.º-G. Equipara-se à entrada ou à saída de mercadoria a transmissão de sua propriedade ou a sua transferência, quando não transitar pelo estabelecimento do contribuinte. Art. 3.º-H. Na hipótese de emissão de documento fiscal, em operação interna, no qual o destinatário esteja com inscrição estadual inabilitada ou não seja inscrito no cadastro estadual, quando obrigado, presume-se ocorrido o fato gerador subsequente, sendo exigido do emitente, na qualidade de responsável, além do imposto da operação própria, quando devido, também o imposto da operação presumida. Parágrafo Único - O imposto da operação presumida a que se refere o caput deste artigo será exigido da seguinte forma: 1. na hipótese de a mercadoria não estar sujeita à substituição tributária: a) tomar-se-á como base de cálculo o valor constante do documento fiscal acrescido de 50% (cinquenta por cento); b) aplicar-se-á a alíquota correspondente à operação ou prestação; c) deduzir-se-á o imposto destacado no documento; 2. na hipótese de a mercadoria estar sujeita à substituição tributária, adotar-se- á a forma prevista no art. 26 da Lei 2.657/96. Art. 3.º-I. As hipóteses relativas a fatos geradores presumidos deste Título não excluem as porventura constantes de outros dispositivos legais ou regulamentares. 22 Parágrafo único. Nas hipóteses de que trata este artigo, tomar-se-á como base de cálculo a que seria aplicável ao fato gerador correspondente, constante do art. 3.º, ressalvado o disposto nos arts. 3.º-E e 3.º-H. Anotações: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 1.5 – Contribuinte do ICMS (Artigo 15 do Decreto 27.427/2000 – RICMS-RJ) Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, inscrita ou não, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operação de circulação de mercadoria ou prestação de serviços de transporte intermunicipal ou interestadual e serviço de comunicação onerosa. Incluem-se entre os contribuintes do imposto: 1. o comerciante, o industrial, o produtor e o extrator; 2. o industrializador, no retorno da mercadoria ao estabelecimento do encomendante; 3. o fornecedor de alimentação, bebida ou outra mercadoria em qualquer estabelecimento; 4. o prestador de serviço não compreendido na competência tributária dos municípios e que envolva fornecimento de mercadoria; 23 5. o prestador de serviço compreendido na competência tributária dos municípios e que envolva fornecimento de mercadoria, com ressalva de incidência do imposto de competência estadual definida em lei complementar; 6. o importador ou qualquer pessoa, física ou jurídica, de direito público ou privado, que promova importação de mercadoria ou bem do exterior, qualquer que seja sua finalidade; 7. o destinatário de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; 8. o arrematante ou qualquer pessoa, física ou jurídica, de direito público ou privado, que adquira em licitação mercadoria ou bem apreendidos ou abandonados; 9. o prestador de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação; 10. a cooperativa; 11. a instituição financeira e a seguradora; (Ver Súmula Vinculante STF n.º 32, que declarou não haver incidência de ICMS na alienação de salvados); Art. 47, inciso XXI do Decreto 27.427/2000 – RICMS- RJ; 12. a sociedade civil de fim econômico; 13. a sociedade civil de fim não econômico que explore estabelecimento de extração de substância mineral ou fóssil, de produção agropecuária, industrial ou que comercialize mercadorias que para esse fim adquira ou produza; 14. o órgão da administração pública direta, a autarquia, a empresa pública federal, estadual ou municipal e a fundação instituída e mantida pelo Poder Público que vendam, ainda que apenas a comprador de determinada categoria profissional ou funcional, mercadoria que, para esse fim, adquirirem ou produzirem; 24 15. a concessionária ou permissionária de serviço público de transporte, de comunicação e de energia elétrica; 16. qualquer pessoa indicada nos itens anteriores que, na qualidade de consumidor final, adquira bem ou serviço em operação ou prestação interestadual; 17. o adquirente de lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização. 18. o remetente de mercadoria ou prestador de serviço, localizado em outra unidade da Federação, nas operações e prestações interestaduais que destinem bens e serviços a consumidor final não contribuinte do imposto, localizado neste Estado; 19. o concessionário, direto ou não, que realiza a operação de circulação de petróleo desde os poços de sua extração. Anotações: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ São contribuintes do imposto independentemente da habitualidade com que pratiquem as operações ou prestações neles descritas: 25 - o importador ou qualquer pessoa, física ou jurídica, de direito público ou privado, que promova importação de mercadoria ou bem do exterior, qualquer que seja sua finalidade; - o destinatário de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; - o arrematante ou qualquer pessoa, física ou jurídica, de direito público ou privado, que adquira em licitação mercadoria ou bem apreendidos ou abandonados; - o adquirente de lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização. - o remetente de mercadoria ou prestador de serviço, localizado em outra unidade da Federação, nas operaçõese prestações interestaduais que destinem bens e serviços a consumidor final não contribuinte do imposto, localizado neste Estado. Independentemente de habitualidade Importação de Bens Aquisição de Serviços do Exterior Licitação de Bens Apreendidos Entrada de Energia e Petróleo de outra UF Remetente ou Prestador de outra UF para destinatário não Contribuinte Anotações: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 1.5.1 – Do Responsável 26 A responsabilidade pelo pagamento do imposto e acréscimos legais não pagos pelo contribuinte ou responsável pode ser atribuída a terceiros, quando os atos ou omissões destes concorrerem para o não recolhimento do tributo. São responsáveis pelo pagamento do imposto: 1 - o leiloeiro, em relação ao imposto devido sobre a saída de mercadoria decorrente de arrematação em leilão, quando o imposto não for pago pelo arrematante; Por esta definição, o leiloeiro deverá pagar o imposto apenas quando o contribuinte (no caso, o adquirente das mercadorias leiloadas) não efetuar o pagamento. 2 - o síndico, comissário, inventariante ou liquidante, em relação ao imposto devido sobre a saída de mercadoria decorrente de sua alienação em falência, concordata, inventário ou dissolução de sociedade, respectivamente; A responsabilidade destas pessoas, prevista no art. 134 do CTN como solidária, é integral quanto ao ICMS no Rio de Janeiro, em relação às saídas de mercadorias nas hipóteses mencionadas. 3 - o armazém geral e o estabelecimento depositário congênere: 3.1. na saída de mercadoria depositada por contribuinte de outro Estado; 3.2. na transmissão de propriedade de mercadoria depositada por contribuinte de outro Estado; 3.3 - no recebimento para depósito ou na saída de mercadoria sem documentação fiscal ou com documentação fiscal inidônea; 27 4 - o transportador, em relação à mercadoria: 4.1. proveniente de outro Estado para entrega, em território deste Estado, a destinatário não designado; 4.2. negociada em território deste Estado durante o transporte; 4.3. que aceitar para despacho ou transportar sem documentação fiscal, ou acompanhada de documento fiscal inidôneo; 4.4. que entregar a destinatário ou em local diverso do indicado na documentação fiscal. 5 - o estabelecimento industrial ou comercial que promover a saída de mercadoria sem documentação fiscal ou com documentação fiscal inidônea, em relação ao imposto devido pela operação subseqüente com a mercadoria; 6 - qualquer possuidor ou detentor de mercadoria desacompanhada de documento fiscal ou acompanhada de documento fiscal inidôneo. Subítens 3.2 e 3.3 Nesta operação o pagamento do ICMS fica a cargo do Armazém-geral, enquanto responsável. Remetente Outra UF Armazém Geral RJ Qualquer Estabelec. Saiu c/ ICMS FG 28 7 - o terminal aquaviário, em relação à mercadoria importada do exterior e desembarcada em seu estabelecimento. 1.6 – Isenção – Imunidade – Não Incidência A isenção é uma das formas de exclusão do crédito tributário, decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para concessão, os tributos a que se aplica, sendo o caso, o prazo de sua duração (artigo 176 do CTN). No campo do ICMS são concedidas ou revogadas nos termos fixados em convênios celebrados e ratificados pelos estados e pelo Distrito Federal, de acordo com a Lei Complementar 24/75, tendo os mesmos a força de disposições legais, sendo fontes formais de direito. Notas: 1 - Essa hipótese também se aplica à redução de base de cálculo, à concessão de crédito presumido ou a quaisquer outros incentivos e favores fiscais. 2 - Quando a isenção depender de condição, não sendo esta satisfeita, o imposto será considerado devido no momento em que ocorreu a operação ou a prestação. 3 - Neste caso, o imposto será cobrado pelo seu valor monetariamente corrigido, com os acréscimos cabíveis. 4 - A outorga de isenção não importa em dispensa do cumprimento de obrigação acessória dependente da obrigação principal. 5 - A isenção de caráter subjetivo só exclui o crédito tributário quando o seu titular estiver na situação de contribuinte. Anotações: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 29 Alguns casos de isenção do ICMS estão previstos no Decreto 27.815/2001 (Manual de Diferimento, Ampliação de Prazo de Recolhimento, Suspensão e de Incentivos e Benefícios de Natureza Tributária). Hipóteses de operações isentas do ICMS: Saída de amostra grátis Fica isenta do ICMS a saída, a título de distribuição gratuita, de amostra de produto de diminuto ou nenhum valor comercial, desde que em quantidade estritamente necessária para dar a conhecer a sua natureza, espécie e qualidade, atendidos os requisitos estabelecidos pelo Estado e pelo Distrito Federal. Convênio ICMS 29/90 Zona Franca de Manaus. Isenta do ICM as remessas de produtos industrializados de origem nacional para comercialização ou industrialização na Zona Franca de Manaus, nas condições que especifica. Convênio ICM 65/88 Áreas de Livre Comércio Estende às Áreas de Livre Comércio dos Estados do Amapá, Roraima e Rondônia os benefícios do Convênio ICM 65/88, de 06.12.88. Convênio ICMS 52/92 1.6.1 - Imunidade A imunidade consiste na vedação constitucional do tributo, pois cabe à Constituição Federal proibir ou não a instituição de tributos em certos casos. Dentre as proibições, encontramos a regra em que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não podem instituir impostos sobre o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos outros. Perante a legislação do ICMS, as disposições de imunidade encontram-se elencadas no capítulo da não incidência do ICMS, tais como livros, jornais e periódicos, saída de mercadoria com destino ao exterior e outros. Anotações: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 30 1.6.2 – Não Incidência (Artigo 47 do Decreto 27.427/2000 – RICMS-RJ) A não-incidência significa que determinados produtos, serviços ou operações sejam dispensados do ICMS. Então, mesmo existindo o fato gerador, o imposto não incidirá sobre: a) operação com livro, jornal, periódico e o papel destinado à sua impressão; b) operação e prestação que destine ao exterior mercadoria ou serviço; c) d) e) Atenção!!! A não-incidência não se aplica às operações relativas a circulação das seguintes mercadorias: 1. livro em branco ou simplesmente pautado, bem como o utilizado para escrituração de qualquer natureza; 2. agenda ou similar; 3. catálogo, guia, lista, inclusive telefônica, e outros impressos que contenham propaganda comercial. Atenção!!! Equipara-se à operação de exportação a saída de mercadoria realizada com o fim específico de exportação para o exterior, destinada a: 1. empresa comercial exportadora, inclusive Tradings ou outro estabelecimento da mesma empresa; 2. armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro. A operação será considerada tributável, na data da saída original, ficandoo contribuinte obrigado a recolher o imposto relativo à mesma, com os acréscimos e penalidades cabíveis, se for verificado, a qualquer tempo, que a mercadoria: 1 - não chegou ao destino indicado após decorrido o prazo de 180 (cento e oitenta) dias contado da data da saída do estabelecimento remetente; 2 - foi perdida ou danificada, independentemente da causa; 3 - foi reintroduzida no mercado interno. 31 c) operação que destine a outro Estado ou ao Distrito Federal energia elétrica e petróleo, inclusive lubrificante e combustível líquido e gasoso dele derivados, quando destinados à industrialização ou à comercialização; d) operação com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial; e) - operação com mercadoria em virtude de alienação fiduciária em garantia , na: 1. transmissão de domínio feita pelo devedor fiduciante em favor do credor fiduciário; 2. transferência da posse da mercadoria objeto da garantia, em favor do credor fiduciário, em virtude de inadimplemento do fiduciante; 3. transmissão do domínio do credor para o devedor, em virtude da extinção, pelo pagamento, da garantia. f) operação com mercadoria de terceiro, na saída de estabelecimento de empresa de transporte ou de depósito, por conta e ordem desta; g) operação com mercadoria, na saída para estabelecimento localizado neste Estado ou na transmissão de sua propriedade, decorrente da transferência de estoque de uma sociedade para outra, em virtude de: 1. transformação, fusão, cisão ou incorporação; 2. aquisição do estabelecimento; h) operação com mercadoria, na saída para estabelecimento localizado neste Estado ou na transmissão de sua propriedade, decorrente de transferência de estoque, de uma empresa individual para outra ou para uma sociedade, em virtude de aquisição do estabelecimento; 32 i) operação com mercadoria na saída decorrente da transferência de estoque, dentro do Estado, ou na transmissão de sua propriedade, de firma individual ou de sociedade, para integralização do capital de outra sociedade; j) operação com mercadoria componente do estoque do estabelecimento, de um lugar para outro dentro do Estado, em decorrência da mudança de sua localização; k) operação com mercadoria destinada a armazém geral situado neste Estado, para depósito em nome do remetente; l) operação com mercadoria destinada a depósito fechado do próprio contribuinte, localizado neste Estado; m) operação de retorno, ao estabelecimento depositante, de mercadoria dos estabelecimentos referidos nos incisos XI e XII; n) operação de saída de peça, ferramenta, máquina, veículo, equipamento e outros utensílios, integrados ao ativo fixo, desde que devam retornar ao estabelecimento de origem ou a outro do mesmo titular; o) operação com impresso personalizado, promovida por estabelecimento da indústria gráfica diretamente a usuário final, pessoa física ou jurídica; p) operação com artigo funerário, quando promovida por empresa do ramo concomitantemente com a prestação de serviço funerário; q) operação com mercadoria, em decorrência de locação ou comodato; r) operação de fornecimento, pelo estabelecimento prestador dos serviços compreendidos na competência tributária municipal, de mercadoria a ser ou que tenha sido utilizada na prestação de tais serviços, ressalvados os casos de incidência do imposto estadual definidos em lei complementar; 33 s) operação de fornecimento de medicamento e refeição, em seu próprio recinto, por hospital, sanatório, casa de saúde e de recuperação ou repouso sob orientação médica, extensivo ao acompanhante, desde que incluído seu valor na respectiva conta de prestação de serviço; t) operação de arrendamento mercantil, não compreendida a venda do bem arrendado ao arrendatário; u) operação de transferência de bens móveis salvados de sinistro para companhias seguradoras. v) de aquisição de veículo novo por taxista, na forma de pessoa física ou jurídica que opera no setor, inscrito no órgão municipal competente, para uso específico como táxi, limitado a um veículo por beneficiário, e no equivalente a 1/4 (um quarto) dos veículos registrados pela pessoa jurídica no órgão competente, desde que o mesmo não tenha adquirido veículo com isenção ou não-incidência do ICMS em prazo inferior a dois anos; x) de aquisição de veículo novo por portador de deficiência motora ou por seus responsáveis legais, devidamente atestada pelo órgão competente, para seu uso pessoal limitado a um veículo por beneficiário, e desde que o mesmo não tenha adquirido veículo com isenção ou não-incidência do ICMS em prazo inferior a dois anos. y) de aquisição de ônibus novos (chassis e carroceria), por parte de empresas concessionárias e permissionárias de transporte coletivo de passageiros, desde que sejam adquiridos até 30 de maio de 2007 e devidamente cadastradas nos órgãos competentes; w) de saída de bem do ativo permanente e de material de uso ou consumo para outro estabelecimento da mesma empresa, ainda que em operação interestadual; ______________________________________________________________ 34 z) de entrada de bem do ativo permanente e de material de uso ou consumo, em relação à diferença entre a alíquota interna e a interestadual, quando recebido em transferência interestadual de outro estabelecimento da mesma empresa. 1.7 – Diferimento e Suspensão Nos casos de diferimento, o que ocorre é também uma postecipação do momento do lançamento e do pagamento do imposto, condicionada à ocorrência de evento futuro ( na maior parte dos casos, à saída da operação subsequente). Neste tratamento, ao contrário da suspensão, a mercadoria segue seu curso adiante, de um contribuinte para outro, até que ocorra uma condição que implique término do diferimento: industrialização, saída para outra UF, saída para consumidor final etc. A responsabilidade pelo pagamento acaba sendo transferida a terceiro, não como mandamento legal, e sim como decorrência do diferimento. Está previsto em diversos casos – amparados por decretos e convênios. O exemplo abaixo demonstra o procedimento que ocorre nas saídas entre os produtores e as cooperativas (§2º do artigo 17 da Lei 2.657/96). Diferimento Leite in natura Produtor remete para a cooperativa Cooperativa envasa e vende R$ 10,00 – sem ICMS lançado R$ 1,80 ficam diferidos R$ 20,00 – lanças R$ 3,60 de ICMS R$ 1,80 diferidos + R$ 1,80 (op. própia) Imposto só é pago quando acabar a condição de diferimento Relacionamos a seguir alguns destes casos: Produtor rural Cooperativa 35 1 - Saídas internas de material de sucata, até o momento em que ocorrer a saída para outra unidade federada ou para o exterior; ou a sua entrada em estabelecimento industrial. 2 - Entrada de mercadorias provenientes do exterior em estabelecimento com ciclo de produção superior a 12 meses, até a saída do produto resultante, no caso de insumos, e no prazo de 90 dias após o recebimento, no caso de bens destinados ao ativo fixo. 3 - Saídas internas de leite fresco, cujo pagamento será realizado de forma global com o devido pelo estabelecimento que promover a saída de leite que envasar em embalagem própria para consumo, a saída de leite para outra unidade da Federação ou para o exterior ou a saída de produto resultante da industrialização do leite. 4 - Na industrialização de aço plano encomendada por empresa localizada no Rio de Janeiro, até o momento em que ocorrer a saída subsequente, efetuada pelo encomendante. Pagamento do imposto diferido Salvo disposição em contrário,quando ocorrer entrada de mercadoria com diferimento ou suspensão do tributo e sem direito a crédito equivalente, o imposto diferido ou suspenso será exigido por ocasião da saída. (§ 4.º do art. 17 da Lei 2.657/96) Nesta hipótese, quando ocorrer saída isenta ou não tributada, o contribuinte lançará o valor do imposto diferido no campo "Outros Débitos" do livro Registro de Apuração do ICMS . Nota!!! O imposto será recolhido nos casos de suspenção ou diferimento em conjunto com a saída subsequente, sem necessidade de destaque em separado. 36 1.7.1 - Suspensão Nas situações de suspensão, o fato determinante é a existência de uma condição de retorno, como bem definem os artigos 52, 53 e 54 do Livro I do RICMS. A condição da suspensão é o fato da mercadoria sair de estabelecimento de contribuinte para vários tipos de fins mas retornar a este, dentro de prazo determinado pelo próprio Regulamento. Sem prejuízo de outras hipóteses expressamente previstas neste regulamento, gozam de suspensão do imposto: (art. 52 do Livro I do RICMS) I - a saída e o respectivo retorno de mercadoria destinada a conserto, reparo ou industrialização; II - a saída e o respectivo retorno de mercadoria para fim de demonstração, quando o destinatário estiver localizado neste Estado e revestir a qualidade de contribuinte do imposto, excluída a saída de mostruário e a remessa para estabelecimento do mesmo titular ou de terceiro, para fim de simples exposição. Atenção!!! Fica suspenso o pagamento do ICMS nas saídas de mercadorias e bens nos casos previstos neste artigo, todas pressupondo o retorno ao estabelecimento original. No caso das saídas para demonstração temos outras condições, além do prazo de retorno. A suspensão a que se refere o inciso I: 1. não se aplica à saída para fora do Estado de sucata e produto primário de origem animal ou vegetal, salvo se a remessa e o retorno se fizerem nos termos de acordo entre o Estado do Rio de Janeiro e demais Estados interessados; 2. é condicionada ao retorno da mercadoria ao estabelecimento de origem no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da data da respectiva saída, prorrogável por mais 180 (cento e oitenta) dias, pela repartição fiscal, a requerimento do interessado, admitindo-se, excepcionalmente, uma segunda prorrogação de igual prazo. (§1º) 37 A suspensão de que trata o inciso II é condicionada ao retorno da mercadoria ao estabelecimento de origem, no prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por até igual período, a critério da repartição fiscal. (§2º) Atenção!!! Os dois parágrafos tratam dos prazos de limite para retorno das mercadorias e bens. Sendo perdidos os prazos (inicial ou prorrogado) o tratamento perde a validade e o imposto torna-se devido. O implemento da condição a que está subordinada a suspensão resolve a respectiva obrigação. (art. 53 do Livro I do RICMS) Havendo o retorno da mercadoria ou bem, nos prazos fixados, o cumprimento da obrigação tributária considera-se efetivado. Não se verificando a condição ou o requisito que legitima a suspensão, torna-se exigível o imposto com base na data da respectiva saída da mercadoria, corrigido monetariamente e com os acréscimos cabíveis, observado, ainda, o disposto no artigo 168, do Livro VI. (art. 54 do Livro I RICMS). Com o descumprimento das condições, o imposto torna-se devido, desde a saída original, com os acréscimos cabíveis. Deverá ser atendido ainda o disposto nos artigos 43 a 45 do Anexo XIII da Portaria 720/2014, no que se refere ao acobertamento do retorno. Anotações: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ Anexo XIII Portaria 720/2014 38 DA OPERAÇÃO COM SUSPENSÃO DO IMPOSTO Art. 43. Na operação amparada por suspensão do imposto, o estabelecimento remetente deverá emitir Nota Fiscal, na qual sejam mencionadas a circunstância e o respectivo dispositivo legal que a ampare. § 1.º O destinatário da mercadoria deverá emitir Nota Fiscal, por ocasião de seu retorno para o estabelecimento remetente, na qual deverá constar referência ao documento fiscal correspondente à remessa inicial. § 2.º Se o destinatário não estiver obrigado à emissão de documento fiscal, o retorno da mercadoria será acobertado por via adicional da Nota Fiscal original ou pelo respectivo DANFE, devendo ser emitida Nota Fiscal de entrada pelo estabelecimento remetente original. Art. 44. Esgotado o prazo de suspensão ou não configurada a condição que a autorize, o contribuinte remetente original deve: I - emitir Nota Fiscal, com destaque do imposto, mencionando essa circunstância e remetendo a 1ª e a 3ª vias ou o respetivo DANFE ao destinatário da mercadoria; II - lançar a Nota Fiscal de que trata o inciso I do caput deste artigo preenchendo os campos relativos a espécie, série e subsérie, número e data do documento fiscal e o de identificação do emitente, fazendo constar: a) no registro destinado a documento fiscal referenciado, os dados da Nota Fiscal de remessa original; b) no registro destinado a observações de lançamentos fiscais, as parcelas correspondentes ao imposto e demais acréscimos legais, que serão lançados no RAICMS, a título de "outros débitos”. 39 Parágrafo único - O destinatário da mercadoria poderá se creditar do imposto destacado na Nota Fiscal a que se refere o inciso I do caput deste artigo, mediante lançamento no RAICMS, a título de "outros créditos". Art. 45. Na hipótese de ocorrer a transmissão da propriedade da mercadoria sem que essa tenha retornado ao estabelecimento de origem, deverá ser emitida Nota Fiscal de retorno simbólico, além de serem observados os procedimentos previstos no art. 44 deste Anexo. Além das hipóteses previstas no artigo 52, várias outras operações são beneficiadas pela suspensão, com base em convênios diversos. - operações, com minério de ferro e pellets de saída com destino aos portos de embarque para posterior exportação e em operações internas com destino à comercialização ou industrialização. - remessa dos produtos industrializados na Zona Franca de Manaus, para depósito no armazém geral em Resende/RJ, e destinados à comercialização, em qualquer ponto do território nacional ou exportação para o exterior. 1.8 - Principais Base de Cálculo O artigo 4.º do RICMS-RJ apresenta as determinações sobre a Base de Cálculo que se aplica em cada uma das situações de incidência vistas anteriormente. Os incisos foram agrupados de acordo com a natureza dos fatos geradores – para cada espécie de fato gerador deverá haver um montante legalmente definido que servirá de base de cálculo do imposto devido. Anotações: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ A base de cálculo é: 40 Inicialmente apresentaremos os fatos geradores relacionados com a saída de mercadorias. 1 - Na saída de mercadoria, a qualquer título, do estabelecimento do contribuinte, ainda que para outro do mesmo titular. BC – o valor da operação que decorrer a saída da mercadoria 2 - Na transmissão de propriedade de mercadoria depositada em armazém geral ou em depósito fechado, no Estado do transmitente e na transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título que a represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente. BC – o valor da operação que decorrer a saída(transferência) da mercadoria 3 - Na saída de estabelecimento industrializador, em retorno ao do encomendante, ou para outro por ordem deste, de mercadoria submetida a processo de industrialização que não implique prestação de serviço compreendido na competência tributária municipal, ainda que a industrialização não envolva aplicação ou fornecimento de qualquer insumo. BC – o valor acrescido relativo à industrialização, abrangendo a mão-de-obra, insumos aplicados e despesas cobradas ao encomendante. Anotações: ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 41 Exemplo: Industrializador → Encomendante - Insumos recebidos do encomendante e aplicados na industrialização 3.000,00 - Insumos adquiridos de terceiros pelo industrializador e aplicados na industrialização (em valor de mercado) 825,00 - Mão-de-obra cobrada pela industrialização 1.000,00 - Frete cobrado pelo industrializador no transporte da mercadoria 100,00 - Neste caso, considerando que em cada um destes itens já fizemos individualmente a inclusão do ICMS, a base de cálculo corresponderá ao somatório de: R$ 825,00 + R$ 1.000,00 + 100,00 = 1.925,00 ATENÇÃO!!!: Na operação de industrialização por encomenda, todo e qualquer valor cobrado pelo industrializador faz parte da base de cálculo do ICMS. 4 - Fornecimento de alimentação, bebida ou outra mercadoria por qualquer estabelecimento. BC – o valor total da operação, compreendendo o fornecimento da mercadoria e a prestação do serviço. 5 - Fornecimento de mercadoria com prestação de serviço não compreendido na competência tributária dos municípios. BC – o valor total da operação (mercadoria + serviço) 6 - Fornecimento de mercadoria com prestação de serviço compreendido na competência tributária dos municípios, e com indicação expressa de incidência do imposto de competência estadual, como definido em lei complementar aplicável. 42 BC – o preço corrente da mercadoria fornecida ou empregada 7 - Desembaraço aduaneiro de mercadoria ou bem importados do exterior. BC – a soma das seguintes parcelas: o valor da mercadoria ou bem constante dos documentos de importação + Imposto de Importação + Imposto sobre Produtos Industrializados + Imposto sobre Operações de Câmbio + quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas aduaneiras. Atenção!!! A EC33/01 e a Lei Complementar 114/02 explicitaram a inclusão do próprio imposto na Base de Cálculo também no caso da importação, procedimento que consta na Lei do Rio de Janeiro, em seu artigo 5º. 8 - Aquisição em licitação promovida pelo Poder Público, de mercadoria ou bem importados do exterior apreendidos ou abandonados BC – o valor da operação, acrescido do valor dos impostos sobre importação e produtos industrializados e de todas as despesas cobradas do adquirente. 9 - Entrada no estabelecimento do contribuinte de mercadoria proveniente de outra unidade da Federação, destinada a consumo ou a ativo fixo. BC – o valor da operação de que decorrer a entrada da mercadoria, sendo o imposto a pagar resultante da aplicação de percentual equivalente à diferença entre a alíquota interna e interestadual. 10 - Entrada em território do estado de petróleo, inclusive lubrificante e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à industrialização, decorrente de operações interestaduais. BC – o valor que decorrer a entrada. Anotações: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 43 O grupo seguinte está relacionado com as bases de cálculo das prestações de serviços 11 - Início de execução do serviço de transporte interestadual e intermunicipal de qualquer natureza. BC – o preço do serviço. Atenção!!! Nas prestações de serviços de transporte a BC inicial é o preço do serviço. O legislador definiu a Base de Cálculo de forma diversa das mercadorias (não é o valor da prestação), considerando que nas prestações sempre deverá existir um preço, mesmo que não cobrado do usuário do serviço. 12 - Prestação onerosa de serviços de comunicação, feita por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza. BC – o valor da prestação do serviço, acrescido, se for o caso, de todos os encargos relacionados com a sua utilização. As três bases de cálculo a seguir são as que se aplicam às aquisições de serviço: 13 - Recebimento, pelo destinatário de serviço prestado no exterior. BC – o valor da prestação do serviço, acrescido, se for o caso, de todos os encargos relacionados com a sua utilização. 14 - Ato final de transporte iniciado no exterior. BC – o preço do serviço. 15 - Utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outra unidade da federação e não esteja vinculada a operação ou prestação subsequente alcançada pela incidência do imposto. BC – o valor da prestação do serviço, sendo o imposto a pagar resultante da aplicação, sobre a base de cálculo, do percentual equivalente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual. ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 44 Os dois últimos casos estão relacionados com as bases de cálculo de fatos geradores especiais: 16 - Mercadoria constante do estoque final, na data do encerramento da atividade. BC – o valor do custo de aquisição mais recente acrescido de 50% (cinquenta por cento). 17 - Mercadoria que tenha entrado no estabelecimento desacompanhada de documento fiscal ou acompanhada de documento fiscal inidôneo ou, ainda, cuja entrada não tenha sido regularmente escriturada. BC – o valor do custo de aquisição mais recente acrescido de 50% (cinquenta por cento). Elementos integrantes da base de cálculo: Integra a base de cálculo do imposto: 1 – o montante do próprio imposto, constituindo o respectivo destaque mera indicação para fins de controle. 2– o valor correspondente a: a) Seguro, juro e qualquer importância paga, recebida ou debitada, bem como descontos concedidos sob condição; b) Frete, quando o transporte for efetuado pelo próprio remetente ou por sua conta e ordem, e seja cobrado em separado. Atenção!!! descontos podem ser condicionais ou incondicionais Condicional: desconto financeiro – desconto por pagamentoantecipado, depende de condição futura (inclui na BC); Incondicional: desconto commercial – desconto já foi abatido no preço total no momento do Fato Gerador, não restando condição ou evento futuro (exclui da BC) 45 Quando o frete for cobrado por estabelecimento pertencente ao mesmo titular do estabelecimento remetente da mercadoria ou por empresa interdependente, na hipótese em que exceda o nível normal do preço em vigor, no mercado local, para serviço semelhante, constante de tabela elaborada pelo órgão competente, o valor excedente é havido como parte do preço da mercadoria. (§ 2.º do art. 5.º - RICMS-RJ) Definição de Empresa Interdependente (Artigo 5.º do RICMS-RJ) A legislação do ICMS do Rio de Janeiro considera interdependentes duas empresas quando: uma delas, por si, seus sócios ou acionistas e respectivos cônjuges e filhos menores, for titular de mais de 50% (cinqüenta por cento) do capital da outra; uma mesma pessoa fizer parte de ambas, na qualidade de diretor ou sócio com funções de gerência, ainda que exercidas sob outra denominação; uma tiver vendido ou consignado à outra, no ano anterior, mais de 20% (vinte por cento), no caso de distribuição com exclusividade em determinada área do território nacional, e mais de 50% (cinqüenta por cento), nos demais casos, do volume das vendas dos produtos tributados de sua fabricação, importação ou arrematação; uma delas, por qualquer forma ou título, for a única adquirente de um ou de mais de um dos produtos industrializados, importados ou arrematados pela outra, ainda quando a exclusividade se refira apenas à padronagem, marca ou tipo do produto; uma vender à outra, mediante contrato de participação ou ajuste semelhante , produto tributado que tenha fabricado, importado ou arrematado. 46 ELEMENTOS QUE NÃO INTEGRAM A BASE DE CÁLCULO DO ICMS Os valores a seguir relacionados não são formadores da base de cálculo do ICMS: – o valor do IPI, quando a operação, interna ou interestadual, for realizada entre contribuintes do ICMS e referir-se a produtos que serão industrializados ou comercializados pelo adquirente; A exclusão do IPI possui três condicionantes que devem acontecer conjuntamente 1) Operação seja FG do ICMS e do IPI 2) Operações entre contribuintes do imposto (ICMS) 3) Destinada à saída posterior (industrialização ou comercialização) Assim, temos o seguinte quadro de situações: Não integra Integra Não tem IPI IND – IND (p/ indl.) IND – COM (p/ coml.) IND – IND (A. Fixo) IND – COM (A. Fixo) IND – COM (p/uso e consumo) IND – CONS. FINAL *COM – IND *COM – COM *COM – SERV. ICMS *COM – CONS. FINAL *exceto se equiparado a industrial – os valores correspondentes à redução da base de cálculo (parcela não tributada, estão previstos nas operações beneficiadas). Anotações: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ FALTA DO VALOR DA OPERAÇÃO 47 Estas disposições aplicam-se aos casos em que o valor da operação não é conhecido pelo Fisco, mas a base de cálculo precisa ser fixada para que o imposto possa ser lançado (saídas irregulares, mercadorias encontradas sem documentação, etc.). Na falta de valor da operação de saída de mercadoria, ressalvado o disposto nos artigos 8.º e 9.º, a base de cálculo é: (art.7.º do Livro I do RICMS) I - o preço corrente da mercadoria, ou de sua similar, no mercado atacadista do local da operação, ou, na sua falta, no mercado atacadista regional, caso o remetente seja produtor, extrator ou gerador, inclusive de energia; II - o preço FOB estabelecimento industrial à vista, caso o remetente seja industrial; III - o preço FOB estabelecimento comercial à vista, nas vendas a outros comerciantes ou industriais, caso o remetente seja comerciante. Para a aplicação dos incisos II e III, adotar-se-á, sucessivamente: (§ 1.º) 1. o preço efetivamente cobrado pelo remetente na operação mais recente; 2. o preço corrente da mercadoria ou de seu similar no mercado atacadista do local da operação ou, na falta deste, no mercado atacadista regional, caso o remetente não tenha efetuado venda de mercadoria. Na hipótese do inciso III, caso o estabelecimento remetente não efetue venda a outros comerciantes ou industriais ou, em qualquer caso, não haja mercadoria similar, a base de cálculo será equivalente a 75% (setenta e cinco por cento) do preço de venda corrente no varejo, observado o disposto no parágrafo anterior. (§ 2.º) _______________________________________________________________ Bases de cálculo com valor de operação desconhecido. 48 Produtor, extractor ou gerador Preço corrente da mercadoria no Mercado atacadista do local Na falta Mercadoria similar Na falta Mercado atacadista regional Inciso I Estabelecimento industrial Preço FOB industrial à vista na operação mais recente Na falta de operação de venda Preço corrente da mercadoria ou de similar no mercado atacadista Na falta (inclusive de similar) Mercado atacadista regional Inciso II §1º - II Estabelecimento comercial Preço FOB comercial atacadista à vista na operação mais recente Na falta de operação de venda Preço corrente da mercadoria ou de seu similar no mercado atacadista Na falta Mercado atacadista regional Na falta de vendas a demais comerciantes ou na falta de similar 75% do preço corrente de venda no varejo. Inciso III § 1º - II §2º Anotações: _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ 49 Transferência de Mercadorias (Artigo 8.º RICMS-RJ) A legislação do ICMS determina que nas saídas de mercadorias (estoque para comercialização ou industrialização) para estabelecimento da mesma empresa, pertencente ao mesmo titular, localizado neste Estado ou em outra unidade da Federação, a base de cálculo do ICMS observará as regras a seguir: I - o valor correspondente à entrada mais recente da mercadoria; II - o custo da mercadoria produzida, assim entendida a soma do custo da matéria-prima, material secundário, mão-de-obra e acondicionamento; III - tratando-se de mercadorias não industrializadas, o seu preço corrente no mercado atacadista do estabelecimento remetente. Reajuste de preço posterior à remessa (Art. 9.º RICMS-RJ) Na operação de circulação de mercadoria ou na prestação de serviço entre estabelecimentos de contribuintes diferentes, caso haja reajuste do valor depois da remessa ou da prestação, a diferença fica sujeita ao imposto no estabelecimento do remetente ou do prestador. Parágrafo único - Para os fins previstos neste artigo, será observado o seguinte: 1. no caso de reajuste realizado em virtude de prévio contrato escrito, de que decorra acréscimo do valor da operação: a) a diferença de imposto é calculada pela aplicação da alíquota vigente na data da efetiva saída da mercadoria sobre o preço reajustado, deduzindo-se o valor pago anteriormente; b) o débito do imposto, calculado nos termos da alínea anterior,
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