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FÁRMACOS OPIÓIDES Santa Maria (RS) – novembro – 2013 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DISCIPLINA DE FARMACODINÂMICA Morfina – protótipo: Relação estrutura-ação farmacológica Anel fenantrênico C 13 - assimétrico Éter ácido Insaturação Amino 3ªrio Penetra membranas OH fenólica OH alcoólica 14 (µ,ƙ e δ) – negativamente acoplados à proteína Gi produção de AMPc – afetam a troca de canais iônicos - a liberação de neurotransmissores da dor Opióides hiperpolarizam (inibem) neurônios pós-sinápticos saída de K+ influxo de Ca2+ a liberação de Glutamato e substância P Neurotransmissores envolvidos na dor OPIÓIDES FARMACODINÂMICA Receptores Agonistas fortes Morfina, Hidromorfona, Oximorfona, Heroína Agonistas Leves a Moderados (60% da dose da morfina) - Codeína, Oxicodona e Hidrocodona, Tebaína Agonistas-antagonistas mistos - Nalbufina, buprenorfina Antagonistas - Nalorfina, Naloxona e Naltrexona OPIÓIDES FENANTRÊNICOS Classes Farmacológicas MORFINA Isolada pela primeira vez em 1804 por Friedrich Sertürner. A morfina comercializada em 1827 pela Merck. Substituída em cirurgias pelo fentanil. Utilizada no tratamento da dor intensa: desenvolvimento de tolerância menor quando usada para analgesia Não deve ser usada na gravidez transpõe BHE Uso abusivo, principalmente pela facilidade de acesso, em ambiente hospitalar. HEROÍNA Derivada da morfina em 1874. Produz dependência física (universal) e psicológica (subjetiva). Dependência física: surge 6-10 horas após a última dose. Sinais de S.A. só desaparecem com a administração de um antagonista opióide, geralmente de forma instantânea, e são máximos após 2-3 dias, depois do qual desaparecem gradualmente até ao quinto dia. Potente e de ação rápida ILÍCITA = DIACETILMORFINA CODEÍNA Tratamento da dor moderada (12 x menos potente que a morfina) Utilizada em combinação com outros fármacos analgésicos não opióides Propriedades antitussígenas = METILMORFINA Tosses de origem não bacteriana Desnecessárias, prolongadas e dolorosas OXICODONA Derivado da tebaína Potência 2 x > que morfina Listado na TABELA I-A, restrito e sujeito à receita médica especial Atua nos receptores opióides tipo µ, k e δ Efeitos analgésico, ansiolítico e sedativo Agonista parcial µ Antagonista κ e δ Inativada oralmente Sofre dissociação lenta (efeito prolongado) Uso para desintoxicação de adictos BUPRENORFINA Doses são administradas de maneira decresente Até total remissão dos sintomas de abstinência (Físicos) NALOXONA (5 alfa)-4,5-Epoxi-3,14-diidroxi-17-(2-propenil) morfinan-6-ona Antagonista opióide puro Utilizado na ausência de agonista não exerce efeito Reverte o estado de coma e depressão respiratória nas intoxicações opiáceas Pode ser utilizado em RN cujas mães receberam opióides durante o parto PRECAUÇÃO E CAUTELA AJUSTE DE DOSE NALTREXONA Anula o efeito de uma dose de opiáceo – duração + longa Adjuvante na reversão à dependência opióide BUPROPIONA inibe a recaptação da DA e NE Estímula a produção de α-melanócitos apetite e gasto de energia NALTREXONA efeito emagrecedor ínfimo Inibe neurônios que liberam β-endorfinas (subst. que bloqueiam perda de apetite) USO COMBINADO TTO. OBESIDADE Regulação central e periférica do apetite Antagoniza parcialmente a depressão respiratória causada por morfina em desuso. Antagonista µ e agonista parcial δ e κ NALORFINA NALMEFENO ATUALMENTE FÁRMACO + UTILIZADO PARA ANTAGONIZAR SUPERDOSAGEM DE OPIÓIDES EM CIRURGIAS Agonistas fortes - Metadona Agonistas leves a moderados Propoxifeno OPIÓIDES FENILEPITILAMIDAS Classes Farmacológicas METADONA Perfil farmacodinâmico ~ ao da morfina Desenvolvimento de tolerância S.A. + leves e + prolongadas Analgesia baixa Uso clínico tratamento de dependência opióide em drogadictos PROPOXIFENO Isômero L Propriedades antitussígenas Isômero D agonista leve µ - ação analgésica fraca (D ) - PROPOXIFENO fraco analgésico PARACETAMOL analgésico PODER ANALGÉSICO Agonistas fortes - Meperidina, Fentanil (principais análogos sintéticos) Agonistas leves a moderados - Difenoxilato FENILPIPERIDINAS OPIÓIDES Classes Farmacológicas MEPERIDINA Age principalmente em receptores µ Na metabolização : Normeperidina AÇÃO CONVULSIVANTE = PETIDINA FENTANIL Anestésico de ação agonista forte 80 x + potente que morfina Uso clínico como adesivo FENTANIL ANESTÉSICO FORTE DROPERIDOL ANALGESIA NEUROLEPTOANALGESIA paciente retorna da anestesia (cirurgias) sem dor FENTANIL ANESTÉSICO FORTE DROPERIDOL ANALGESIA NEUROLEPTOANALGESIA paciente retorna da anestesia (cirurgias) sem dor ALFENTANIL Fármacos novos obtidos por substituições na molécula de fentanil REMIFENTANILA SULFENTANIL Derivado da petidina (meperidina) Ação sobre receptores µ periféricos DIFENOXILATO DIFENOXILATO ANALGÉSICO LEVE – ação direta e seletiva sobre a musculatura lisa intestinal ATROPINA MOTILIDADE GI (antagonista muscarínico não seletivo) LOMOTIL controle da diarréia, SEM atividade central, não transpõe BHE MORFINANOS Agonistas fortes - Levorfanol Agonistas-antagonistas mistos - Butorfanol Antagonistas Levalorfan OPIÓIDES Classes Farmacológicas ~ À MORFINA - agonista de receptores µ Utilizado para tratar dor severa (desde cirurgias até câncer) 4 a 15 x + potente que morfina LEVORFANOL Não é observada S.A. grave Baixo potencial de adição Agonista-antagonista µ Agonista parcial σ Agonista κ Ação analgésica, antitussígena forte e sedativa 5 a 8 x + potente que morfina BUTORFANOL Usos clínicos Tto. da dor moderada à severa Adjuvante em cirurgias Medicação pré-parto Ação antagonista em receptores opióides µ e κ Antagoniza os efeitos da morfina Não precipita S.A. em adictos LEVALORFAN Bloqueia ação da morfina e β-endorfinas endógenas É muito utilizado em anestesias gerais reversão da Depressão Respiratória SE USADO SEM MORFINA TEM AÇÃO OPIÓIDE,PORÉM CAUSA DISFORIA BENZOMORFANOS Agonistas-antagonistas mistos - Pentazocina OPIÓIDES Classes Farmacológicas Ação analgésica opióide potente Agonista κ, fraco antagonista µ (antagoniza fracamente os efeitos analgésicos da morfina) PENTAZOCINA Usos clínicos processos traumáticos e ortopédicos Transtornos ou procedimentos urológicos OUTROS ANALGÉSICOS TRAMADOL: Estrutura ≠ da morfina Agonista fraco dos receptores µ Inibe a liberação de NE e 5-HT Usos clínicos Dor leve a moderada Menor constipação e dependência Sem Depressão Respiratória Efeito indesejado náuseas OPIÓIDES – Abuso Configura doping esportivo (euforia) Interfere nas vias dopaminérgicas mesolímbicas e mesocorticais – liberação de DA – ativa vias de recompensa. HEROÍNA - ILÍCITA Motivação do indivíduo passa a ser obtenção e consumo da droga Interesses sociais, familiares, profissionais, aprendizagem não diretamente importantes para a sua obtenção são deixados de lado, sem que o indivíduo tome decisões conscientes nesse sentido Efeitos adversos ansiedade, mal-estar, depressão, sonolência, supressão da tosse e depressão respiratória DESOMORFINA - ILÍCITA Opiáceo sintético inventado no ano de 1932 nos EUA - derivado da morfina. Estrutura quase idêntica à da heroína Efeitos: sedativos e analgésicos – 8 a 10 vezes mais potente que a morfina (Di-hidrodesoximorfina / Permonid Abuso: Krokodil - droga russa fabricada a partir da desomorfina. A pele da pessoa passa a ter um tom esverdeado e cheia de escamas, como a de um crocodilo. Mistura de codeína com gasolina, solvente de tinta,fósforo vermelho e ácido clorídrico Efeitos adversos: Necrose no local de aplicação, expondo ossos e músculos. Adictos amputação de membros e áreas apodrecidas em seus corpos. O uso excessivo traz inúmeros riscos para o paciente, inclusive sintomas de abstinência. Configura doping esportivo Uso para alívio da tosse (usar paracetamol) CODEÍNA Utilizada por atletas pela ação analgésica fraca Formulações para alívio de dor em traumatismos e contusões (usar paracetamol) Oxicodona está disponível como os medicamentos prescritos OxyContin, Percodan, Percocet e Tylox. Dor moderada a grave Abuso de oxicodona pode ser por via oral ou através de injeção OXICODONA Efeitos adversos irregularidades respiratórias, dores de cabeça, náuseas e baixa pressão arterial. + Graves: convulsões e insuficiência cardíaca OBRIGADA
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