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Aula 05 - Lei Excep. e Temp. e Principio Aparente de Normas

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LEI EXCEPCIONAL OU TEMPORÁRIA
De acordo com o art. 3. do C.P. “ a lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstancias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante a sua vigência”
Lei excepcional – é que possui vigência durante determinada situação emergencial ( ex.: guerra, calamidades públicas, revoluções ...)
Lei Temporária – é a que possui vigência previamente fixada pelo legislador. Por regularem fatos ocorridos durante a as vigência, mesmo após a sua revogação ( pela cessação da situação emergencial ou pelo decurso de tempo ). É uma lei que desde a sua entrada em vigor está marcada para morrer. 
A Lei excepcional e a Temporária, possuem ultratividade. Assim sendo mesmo diante da superveniência da lei ainda que mais benéfica, a lei temporária e a lei excepcional devem ser aplicadas. 
Caracteristicas:
São Auto-revogáveis – A lei temporária se auto-revoga na data fixada em seu próprio texto. A lei excepcional quando se encerrar o seu período de anormalidade. 
São Ultrativas: Ultratividade significa a possibilidade de uma lei se aplicar a um fato cometido durante a sua vigência, mesmo após a sua revogação. ( a lei se adere ao fato como se fosse um carrapato, acompanhando-o para sempre mesmo após a sua morte). 
Obs.: A ultratividade ocorre nas leis Excepcionais e Temporárias, ainda que prejudique o réu. Assim, um fato praticado sob vigência dessas leis, continuará sendo por elas regulados, mesmo após a sua auto-revogação, ainda que prejudique o agente. 
TEMPO DO CRIME E CONFLITO APARENTES DE LEIS PENAIS
Art. 4º do CP – Considera-se praticado o Crime, no momento da ação ou omissão, ainda que seja outro o momento do resultado. 
Teorias sobre o momento do Crime:
Atividade – o crime reputa-se no momento da conduta comissiva ou omissiva;
Resultado – o crime é praticado no momento do resultado; 
Ubiqüidade – o crime considera-se praticado no momento da conduta e no momento do resultado. 
Teoria Adotada: o Código Penal adotou a teoria da atividade. Como conseqüência principal, a imputabilidade do agente deve ser aferida no momento em que o crime é praticado, pouco importando a data em que o resultado venha ocorrer.
Em matéria de prescrição o código penal adotou a teoria do resultado. O Lapso prescricional começa a partir da consumação, e não no dia em que se ocorreu a conduta delituosa. ( art. 111, I – CP). 
Conflito Aparente de Normas
O conflito aparente de leis surge quando duas leis penais em vigor são aparentemente aplicáveis ao mesmo fato. Pressupõe, assim:
unidade de infração penal
incidência de duas ou mais leis
aparente aplicação de todas as leis para a mesma hipótese
efetiva aplicação de apenas uma delas. 
O conflito aparente é solucionado por meio de aplicação dos seguintes princípios: Especialidade, Subsidiaridade, consunção e alternatividade
1) Princípio da Especialidade: segundo esse princípio a lei especial prevalece sobre a geral. Lei especial é aquela que contém todos os elementos da lei geral e mais um ou alguns outros chamados de especializantes ( pouco importa que sejam prejudiciais ou benéficos ao agente). De acordo com essa regra os tipos derivados prevalecem sobre os tipos fundamentais ( ex. O furto qualificado, exclui o furto simples. Os tipos derivados são aqueles previstos nos parágrafos dos tipos penais como crime qualificado ou privilegiado. Os tipos fundamentais são crimes na forma simples, previsto no caput do artigo. 
2) Princípio da Subsidiaridade: Segundo esse principio a lei primária prevalece sobre a lei subsidiária. Lei subsidiária é aquela que descreve um grau de menor violação de um mesmo bem que integra a descrição típica de um outro delito mais grave, como uma das fases da execução deste. A subsidiaridade pode ser expressa ( ex. art. 132 do CP – “... se o fato não constitui crime mais grave ...”) ou tácita ( exemplo: O furto é um crime subsidiário em relação ao Roubo, que além da subtração da coisa alheia móvel, pressupõe violência ou grave ameaça). 
3. Princípio da Consunção: segundo esse principio um crime mais grave absorve um outro menos grave quando este integrar a descrição típica daquele. A descrição verifica-se nas seguintes situações. 
Crime Progressivo: ocorre quando o agente, pretendendo desde o inicio produzir um resultado mais grave, pratica sucessivas violações ao bem jurídico ( Não há Homicídio sem a precedente lesão corporal). Nessa situação o resultado mais grave (morte) absorve o anterior ( lesões corporais);
Crime complexo: quando ocorrer a fusão de dois ou mais crimes autônomos para formar um único crime: ( ex. Roubo = furto + emprego de violência ou grave ameaça).
Progressão criminosa: Ocorre quando o agente pretende e consegue produzir um resultado menos grave e depois resolve produzir outro resultado mais grave( ex. primeiro o agente conseguiu produzir uma lesão corporal, em seguia decide matar a vítima). Nessa situação o resultado final ( e mais grave) absorve o menos grave. 
4. Princípio da Alternatividade: Ocorre quando o tipo penal prevê várias formas de conduta ( ex. art. 33 da lei. 11.343/06 – crime de ação múltipla ou tipos mistos alternativos). Nessa situação a pratica de qualquer uma ou de algumas condutas é suficiente para a configuração do crime ( crime único). 
Ressalta-se para alguns autores que o principio da alternatividade não presta para solucionar o conflito aparentes de leis, exatamente porque o conflito não se dá entre as leis, e sim no bojo da própria norma. Sendo certo que o principio da consunção resolve com vantagem o mesmo conflito.

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