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Conhecimento 
E
s
t
u
d
a
r
 
Metodologia 
 
 
SUMÁRIO 
 
 CALENDÁRIO 2017 .......................................................................................................... 03 
 
 SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO ACADÊMICO .................. 04 
 
 DEPOIS DA FACULDADE, QUAIS OS SEUS PLANOS? ............................................ 05 
 
1 A METODOLOGIA E O ENSINO UNIVERSITÁRIO .............................................. 06 
1.1 METODOLOGIA: FERRAMENTA NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO....... 06 
 
2 O ATO DE LER ............................................................................................................... 10 
2.2 TÉCNICAS PARA TRABALHAR UM TEXTO ............................................................. 10 
 
3 ATO DE ESCREVER ..................................................................................................... 14 
3.1 PENSAR, LER E ESCREVER ......................................................................................... 14 
3.2 ESCREVER TEXTO ......................................................................................................... 16 
3.3 RECOMENDAÇÕES ........................................................................................................ 16 
3.4 RESUMIR TEXTO ........................................................................................................... 17 
 
4 O ATO DE ESTUDAR .................................................................................................... 20 
4.1 O ESTUDANTE ............................................................................................................... 20 
4.2 APRENDER ..................................................................................................................... 20 
4.3 COMPETÊNCIAS INERENTES AO TRABALHO DE ESTUDANTE ......................... 21 
4.4 GRUPO DE TRABALHO ACADÊMICO (GTA) ........................................................... 23 
4.5 AS TAREFAS DE UM ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO ............................................. 24 
 
5 ABNT: NORMAS PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS ..... 28 
5.1 REGRAS DE APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS ......................... 28 
5.2 FORMATAÇÃO ............................................................................................................... 28 
5.3 ESTRUTURA ................................................................................................................... 33 
5.4 CITAÇÕES ........................................................................................................................ 40 
5.5 NORMAS SOBRE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................. 42 
 
5.5 6 PRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO NA 
UNIVERSIDADE ............................................................................................................ 49 
5.6 6.1 AVALIAÇÕES .................................................................................................................. 49 
6.2 APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS ACADÊMICOS ..................................... 50 
6.3 REDAÇÃO DE TRABALHO ACADÊMICO (TA) ........................................................ 53 
6.4 RESUMO .......................................................................................................................... 55 
6.5 ANÁLISE DE TEXTO ..................................................................................................... 56 
6.7 RELATÓRIO DE ATIVIDADES ACADÊMICAS ......................................................... 59 
6.8 FICHAMENTO ................................................................................................................. 59 
6.9 SEMINÁRIO ..................................................................................................................... 60 
6.10 ENSAIO ACADÊMICO .................................................................................................... 64 
6.11 ARTIGO CIENTÍFICO .................................................................................................... 66 
6.12 PAPERS ........................................................................................................................... 67 
6.13 RELATÓRIO CIENTIFICO ............................................................................................. 69 
6.14 MONOGRAFIA ................................................................................................................ 70 
 
 
6.15 DISSERTAÇÃO ............................................................................................................... 70 
6.16 TESE ................................................................................................................................ 71 
6.17 PROJETO DE PESQUISA ................................................................................................ 71 
 
7 O ATO DE CONHECER .............................................................................................. 77 
7.1 UNIVERSIDADE E CONHECIMENTO ....................................................................... 77 
7.2 A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO ......................................................................... 77 
7.3 TIPOS DE CONHECIMENTO ....................................................................................... 79 
7.4 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 82 
 
8 PESQUISA CIENTÍFICA ............................................................................................ 83 
8.1 REQUISITOS PARA UMA PESQUISA ........................................................................ 83 
8.2 ETAPAS DA PESQUISA ................................................................................................ 83 
8.3 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA CIENTIFICA .......................................................... 84 
8.4 TÉCNICAS E MÉTODOS ................................................................................................ 87 
8.5 TÉCNICAS DE PESQUISA ............................................................................................. 88 
8.6 MÉTODO CIENTIFICO ................................................................................................. 89 
 
 REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 99 
 
 
 
Caro acadêmico(a), seja MUITO Bem Vindo(a)! 
 
Segundo Guimarães Rosa “Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente 
aprende...” e é assim que me sinto a cada semestre, como parceira de aprendizagem dos meus 
alunos, portanto conto com sua valiosa contribuição nesta jornada de construção do 
conhecimento. 
O conhecimento é uma poderosa ferramenta capaz de alterar o destino de um ser, ou de 
milhares, em questão de minutos (às vezes demora um pouquinho... rsrsrs). Com conhecimento 
podemos mudar nossas vidas, bem como dos que dependem de nós. Então vamos „arregaçar as 
mangas‟ e trabalhar. 
Leia abaixo algumas informações sobre o material que servirá de norte para nossa parceria: 
 A fim de reduzir custos (para você e para o meio ambiente) esta apostila não esta formatada 
segundo as normas da ABNT; 
 Os textos que compõem esta apostila são de fontes diversas, sempre referenciadas em notas 
de rodapé e alguns sofreram adaptações para melhor ajustá-los às necessidades deste 
material; 
 Esta apostila deve ser utilizada exclusivamente para fins didáticos na disciplina de 
METODOLOGIA. Não deve ser considerada como base para consulta bibliográfica, mas 
como material de orientação. 
 Todo erro que você encontrar neste material, por favor, comunique à professora.Com sua 
colaboração faremos deste semestre um sucesso! 
 
Maria Otília M. de Moura 
otiliamoura@gmail.com 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
4 
SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ACADÊMICO 
 
 
5 
Descreva seus planos para: 
a) este semestre? 
b) o primeiro semestre de 2021? 
c) o primeiro semestre de 2022? 
6 
1 A METODOLOGIA E O ENSINO UNIVERSITÁRIO
1
 
 
A universidade proporciona um espaço de 
integração social onde o relacionamento humano 
funciona como laboratório de experiências ricas e 
prazerosas que devem ajudar na construção de um 
futuro profissional promissor. E é para 
compreender as exigências deste novo espaço 
social que esta disciplina procura ofertar ao 
acadêmico(a) elementos metodológicos para a organização de sua atividade 
intelectual, proporcionando um desenvolvimento eficaz na sua carreira de 
estudante. 
No contexto universitário a Metodologia assume vários significados. 
Tanto pode representar uma disciplina normativa que apresenta ao universo 
acadêmico as normas para produção do conhecimento cientifico, quanto 
pode ser vista como o estudo dos caminhos na busca do conhecimento e 
ainda pode significar o conjunto de métodos disponíveis para obtenção do 
conhecimento cientifico. Etimologicamente é um termo de origem grega que 
significa: 
 
Meta = ao largo; Odos = caminho; Logos = discurso, estudo. 
Methodos (methà + ondon) = “caminho para chegar a um fim” 
ou “maneira de agir” 
Methodos + logia = “estudo do método” 
 
1.1 METODOLOGIA: FERRAMENTA NA CONSTRUÇÃO DO 
CONHECIMENTO 
 
Num mundo marcado pela pressa, pela falta de tempo, falar de 
disciplina e de método é realmente desesperador. Acostumamo-nos a um 
necessário e exacerbado ativismo, a agir como robôs mecanizados, a copiar 
ideias e posturas - é mais fácil! - e deixamos de lado uma das maiores 
riquezas humanas que é a capacidade de pensar. [Para desenvolver a 
capacidade de pensar devemos desenvolver a concentração e a reflexão 
rigorosa, neste sentido a metodologia possui objetivos que proporcionam ao 
acadêmico as condições de desenvolver seu potencial intelectual.] 
O primeiro objetivo da disciplina de 
Metodologia é resgatar no aluno a capacidade 
de pensar. Pensar significa passar de um nível 
espontâneo, primeiro e imediato a um nível 
reflexivo, segundo, mediado. O pensamento 
pensa o próprio pensamento, para melhor 
captá-lo, distinguir a verdade do erro. Aprende-
se a pensar à medida que se sabe fazer 
perguntas [Quem? Quando? Como? Quanto? 
Onde? O Que? Por Quê? Para Quê?] sobre o 
que se pensa (LIBÂNIO, 2001). 
 
1 Texto sintetizado a partir do original: 
PINTO, Maria Joaquina F.. A Metodologia da Pesquisa Científica como ferramenta na Comunicação 
Empresarial. Disponível em: <http://www.fortium.com.br/faculdadefortium.com.br/camilo_negri/material/2361. 
df>. Acesso em: 12 jul. 2010. 
7 
Uma segunda meta da Metodologia é aprender a arte da leitura, da 
análise e interpretação de textos. Vivemos o fenômeno do aluno-copista, que 
reproduz em suas pesquisas e trabalhos acadêmicos aquilo que outros 
disseram, sem nenhum juízo de valor, de crítica ou apreciação. Sabemos da 
dificuldade que a leitura e hermenêutica de um texto apresentam em relação 
à interpretação de um autor e à sua real intenção. Um texto/palavra é um 
mundo aberto a ser lido e interpretado [...] [é] o meio intermediário, pelo 
qual duas consciências se comunicam. Ele é o código que cifra a mensagem 
(SEVERINO, 2002). 
Um terceiro ponto que norteia o ensino da Metodologia é aprender a 
fazer, que significa colocar-se num movimento histórico em que o presente 
assume continuamente uma instância crítica em relação ao passado. 
Aprender a fazer captando o lado ético de todo agir humano implica um 
senso de responsabilidade, pois quanto mais cuidamos de vislumbrar o 
futuro nos atos presentes, mais aprendemos a fazer. Aprender a fazer e a 
pensar não é privilégio de inteligências. Grandes gênios se perderam no 
encurralamento de seu saber fragmentado e hiperespecializado, 
desenvolvendo experiências que terminaram em produtos nefastos para a 
humanidade. Não se pode entender o investimento de inteligências na 
pesquisa de armamentos de morte, a não ser porque essas pessoas nunca 
aprenderam a pensar e a fazer (LIBÂNIO, 2002). 
Outro papel da metodologia é apresentar ao acadêmico métodos para 
chegar ao conhecimento. O método, quando incorporado a uma forma de 
trabalho ou de pensamento, leva o indivíduo a adquirir hábitos e posturas 
diante de si mesmo, do outro e do mundo que só têm a beneficiar a sua vida 
tanto profissional quanto social, afetiva, econômica e cultural. Por método 
entendemos caminho que se trilha para alcançar um determinado fim, 
atingir-se um objetivo; para os filósofos gregos metodologia era a arte de 
dirigir o espírito na investigação da verdade. 
 As regras e passos metodológicos 
que são ensinados na universidade, 
visando à inserção do estudante no 
mundo acadêmico-científico - que são 
pertinentes e necessárias - objetivam 
também, e sobretudo, a criar hábitos que 
o acompanharão por toda a sua vida, 
como o gosto pela leitura, a compreensão 
dos diferentes interlocutores, um espírito 
crítico maduro e responsável, o diálogo 
claro e profundo com os outros e com o 
mundo, a autodisciplina, o respeito à alteridade e ao diferente, uma postura 
de humildade diante do pouco que se sabe e da infinidade de saberes 
existentes, o exercício da ética e do respeito a quem pensa diferente, a 
ousadia/coragem de expor o próprio pensar. 
[...] o aluno(a) que pauta sua vida por princípios metodológicos 
adquiridos na universidade adquire possibilidades de pensar e ver para além 
do que lhe é mostrado e exigido; ele/a pode [...] se destacar e até mesmo 
inovar em áreas específicas, pois aprendeu a traçar metas e objetivos claros, 
convencidos das hipóteses levantadas, apoiados em referenciais de análise 
seguros que justificam os argumentos expostos. Tudo isto como fruto de 
alguém que aprendeu a pensar, aprendeu a ler, analisar e interpretar - não só 
8 
os textos como a vida - aprendeu, assim, a fazer! [...]! 
A disciplina de Metodologia 
nas universidades deve ajudar os 
alunos na experiência de sentirem-se 
cidadãos, livres e responsáveis, a 
administrar suas emoções e exercitar 
o bom senso e a equidade. [...], os 
alunos [...] saem da faculdade cheios 
de teorias, de ideias para 
revolucionarem [...]. Deparam-se, 
muitas vezes, com a questão do 
método. Por onde começar? Qual o 
primeiro passa a ser dado? O que é mais urgente? Entre teoria e método há 
uma grande diferença, ainda que sejam interdependentes. Ambos buscam 
realizar o objetivo proposto, a teoria pode gerar e dar forma ao método e 
vice-versa; o método quando alimentado de estratégia, de iniciativa, 
invenção e arte estabelece uma relação com a teoria capaz de propiciar a 
ambos regenerarem-se mutuamente pela organização de dados e 
informações (MORIN apud VERGARA, 2005). O método [...] abre 
caminhos, aponta ou intui soluções, minimiza tempo e gastos, estimula o 
diálogo entre opiniões contrárias e/ou diferentes, resgata a postura ética, cria 
o espírito de participação e responsabilidade comuns na solução de 
problemas, no enfrentamento de desafios e na conquista de metas. 
A importância da Metodologia para os/as alunos/as [...] consiste, 
sobretudo, no salto qualitativo que tal prática pode desencadear, ou seja, no 
aprender a ser. Vemos, portanto, que a Metodologia objetiva [...] levar o(a) 
aluno(a) a comunicar-se de forma correta,inteligível, demonstrando um 
pensamento estruturado, plausível, convincente e pautado em métodos 
científicos. Acreditamos que o mundo acadêmico-científico é uma cartilha - 
um pouco mais elaborada - para aprender a arte de com viver. E viver-com é 
a arte de ser. Quanto mais assimilarmos as regras metodológicas e suas 
infinitas peculiaridades, com o objetivo de elaborar um trabalho científico 
de excelência, mais avançarmos e transformamos as mesmas regras frias e 
intelectuais em hábitos que integralizam pessoas, levando-as ao ato de 
aprendendo a ser. Entrar nesse processo significa superar a tentação de 
medir tudo em termos de eficiência e de interesses e substituir esses critérios 
quantitativos por intensidade da comunicação, pela difusão dos 
conhecimentos e das culturas, pelo serviço recíproco e a boa harmonia para 
levar adiante uma tarefa comum (LIBÂNIO). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A importância da leitura (Eliene Percilia) 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
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_________________________________________________________ 
9 
 
As tecnologias do mundo moderno fizeram com que as pessoas 
deixassem a leitura de livros de lado, isso resultou em jovens cada vez mais 
desinteressados pelos livros, possuindo vocabulários cada vez mais pobres. 
A leitura é algo crucial para a aprendizagem do ser humano, pois é 
através dela que podemos enriquecer nosso vocabulário, obter 
conhecimento, dinamizar o raciocínio e a interpretação. Muitas pessoas 
dizem não ter paciência para ler um livro, no entanto isso acontece por falta 
de hábito, pois se a leitura fosse um hábito rotineiro as pessoas saberiam 
apreciar uma boa obra literária, por exemplo. 
Muitas coisas que aprendemos na escola são esquecidas com o 
tempo, pois não as praticamos, através da leitura rotineira tais 
conhecimentos se fixariam de forma a não serem esquecidos posteriormente. 
Dúvidas que temos ao escrever poderiam ser sanadas pelo hábito de ler, 
talvez nem as tivéssemos, pois a leitura torna nosso conhecimento mais 
amplo e diversificado. 
Durante a leitura descobrimos um mundo novo, cheio de coisas 
desconhecidas. O hábito de ler deve ser estimulado na infância, para que o 
indivíduo aprenda desde pequeno que ler é algo importante e prazeroso, 
assim com certeza ele será um adulto culto, dinâmico e perspicaz. Saber ler 
e compreender o que os outros dizem nos difere dos animais irracionais, 
pois comer, beber e dormir até eles sabem, é a leitura que proporciona a 
capacidade de interpretação. 
 
A importância da leitura (Renan Castro) 
 
A prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento em que começamos a 
"compreender" o mundo à nossa volta. No constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das 
coisas que nos cercam, de perceber o mundo sob diversas perspectivas, de relacionar a realidade 
ficcional com a que vivemos, no contato com um livro, enfim, em todos estes casos estamos, de 
certa forma, lendo - embora, muitas vezes, não nos demos conta. 
Quando citamos a necessidade do conhecimento prévio de mundo para a compreensão da 
leitura, podemos inferir o caráter subjetivo que essa atividade assume. Desse modo, a leitura se 
configura como um poderoso e essencial instrumento libertário para a sobrevivência do homem. Há, 
entretanto, uma condição para que a leitura seja de fato prazerosa e válida: o desejo do leitor. 
Quando transformada em obrigação, a leitura se resume a simples enfado. Para suscitar esse desejo 
e garantir o prazer da leitura, o leitor tem a opção escolher o que quer ler, reler, o de ler em qualquer 
lugar, ou, até mesmo, o de não ler. Respeitados esses direitos, o leitor, da mesma forma, passa a 
respeitar e valorizar a leitura. Está criado, então, um vínculo indissociável. A leitura passa a ser um 
imã que atrai e prende o leitor, numa relação de amor da qual ele não deseja desprender-se. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O nosso cérebro é doido !!! 
 
De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as 
Lteras de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia Lteras etejasm no lgaur 
crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não 
lmeos cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. Sohw de bloa.. 
 
3573 P3QU3N0 73X7O 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 
F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310 
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ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5! 
10 
2 O ATO DE LER
2
 
 
A leitura envolve a prática de dar significado ao mundo que nos 
cerca, na universidade este ato possui um sentido complexo exigindo do 
acadêmico, técnicas especificas. Exige um intenso envolvimento do leitor-
texto para que ocorra o entendimento das ideias apresentadas pelo autor. 
a) Tipos de leitura: 
- Passiva: é aquela em que predomina a mera recepção de informações. Você decodifica o texto, 
mas não pensa sobre ele. É ler com a postura com que geralmente costumamos vê TV. É 
quando lemos um texto de maneira superficial, "passando os olhos", sem realmente nos 
interessarmos por ele. O resultado é apenas uma memorização superficial do que se leu; 
- Ativa: é aquela em que o leitor se esforça para captar a mensagem que o autor tenta lhe 
transmitir. Ele dialoga com o texto, procura suas ideias centrais e a ligação entre elas. O leitor 
ativo "está presente" na leitura, empenhado em compreender a mensagem do autor. 
b) Níveis de leitura: 
- Elementar: corresponde ao nível ensinado no ensino fundamental. A preocupação de quem lê 
nesse nível é com a linguagem em si, a decodificação da escrita, que com qualquer outra coisa. 
- Averiguativa: nível voltado para a melhor avaliação possível de um texto ou livro num período 
curto de tempo. Esta leitura também é conhecida como leitura exploratória. Percorre-se o livro 
ou texto, verificando a contracapa e/ou as orelhas, o sumário, examinando rapidamente as 
páginas, para um reconhecimento geral. 
- Analítica: é a leitura completa, a melhor que se pode fazer, 
ativa por excelência. É um nível de leitura voltado basicamente 
para a compreensão. Faz-se perguntas e estabelecendo 
comparações; questionando a verdade das proposições; 
verificando a validade dos argumentos e localizando 
generalizações e suposições; e por fim faz-se uma revisão. 
- Comparativa: implica a leitura de muitos livros sobre certo tema, pondo-os em relação uns com 
os outros e com o tema. É um nível muito complexo. Porém, é o mais recompensador. 
 
2.2 TÉCNICAS PARA TRABALHAR UM TEXTO 
 
Segundo Rangel (1999) as dinâmicas de leitura são técnicas, pois, são procedimentos de 
trabalho do professor/aluno, podendo ser vivenciadas em qualquer disciplina e nível de ensino. 
O ato de ler caminha de um ato mais simples, o entender o que está escrito através da 
decifração da escrita, para um ato mais elaborado, quando ler para se informar, avança para uma 
interpretação autônoma onde se compreende criticamente o autor lido ou a realidade observada, 
culminandocom o ato de contra-ler, que é o nível mais complexo do ato de ler, pois aí o leitor 
questiona o autor, contesta-o e refaz suas ideias construindo então seu próprio texto. 
Para a compreensão de um texto, este deve ser submetido no mínimo a duas leituras: 
a) Primeira leitura: leia todo o texto ou bloco. Verifique o tema abordado e faça levantamento das 
dúvidas de vocabulário e outras. 
b) Segunda leitura: leia cada parágrafo de uma vez buscando descobrir a ideia central e as 
secundárias. Se a compreensão do parágrafo estiver difícil, realize quantas leituras forem 
necessárias até compreender. Após a compreensão do parágrafo: 
- sublinhe a ideia central e as ideias secundárias; 
- anote ao lado do parágrafo a ideia central e uma ou duas ideias secundárias; 
- após ler todo o material, produzir uma analise do texto. 
 
2
 Sintetizado a partir dos originais: 
 FARIAS, Rodrigo. Como ler melhor: algumas considerações. Disponível em: <http://www.bestreader.com/port/ 
txcomolermelhor.htm>. Acesso em: 21 jun. 2010. 
11 
2.2.1 Sublinhar textos 
 
Sublinhar é uma técnica básica do trabalho intelectual, 
que serve para analisar e compreender os conteúdos de um 
texto, proporciona uma análise que permite chegar à 
compreensão da estrutura do texto ajudando a fixar o assunto, 
a manter a atenção favorecendo o estudo ativo. 
O uso da técnica de sublinhar para separar o essencial 
do secundário, aumenta o sentido crítico da leitura, 
favorecendo a assimilação e ajudando a desenvolve a 
capacidade de análise e de síntese. 
Ao sublinhar deve-se destacar o que faz parte da ideia 
principal, que pode estar no início, no final ou no meio de um 
parágrafo, as palavras técnicas ou específicas do tema, assim 
como qualquer dado relevante que contribua para uma melhor 
compreensão do texto também devem ser grifadas. Para 
sublinhamos corretamente basta fazer perguntas sobre o 
conteúdo, e se as respostas forem as palavras sublinhadas, é 
sinal de que o trabalho está carreto. 
 
2.2.2 Topicalizar o texto 
 
Após entender o assunto do parágrafo e sublinhá-lo, se faz 
anotações à margem deste para identificar qual a sua ideia central (dá-
se um título ao parágrafo tendo como base sua ideia central). 
 
A importância da leitura (ElienePercilia) 
 
 As tecnologias do mundo moderno fizeram com que as pessoas 
deixassem a leitura de livros de lado, isso resultou em jovens cada vez mais 
desinteressados pelos livros, possuindo vocabulários cada vez mais pobres. 
A leitura é algo crucial para a aprendizagem do ser humano, pois é 
através dela que podemos enriquecer nosso vocabulário, obter 
conhecimento, dinamizar o raciocínio e a interpretação. Muitas pessoas 
dizem não ter paciência para ler um livro, no entanto isso acontece por falta 
de hábito, pois se a leitura fosse um hábito rotineiro as pessoas saberiam 
apreciar uma boa obra literária, por exemplo. 
Muitas coisas que aprendemos na escola são esquecidas com o tempo, 
pois não as praticamos, através da leitura rotineira tais conhecimentos se 
fixariam de forma a não serem esquecidos posteriormente. Dúvidas que 
temos ao escrever poderiam ser sanadas pelo hábito de ler, talvez nem as 
tivéssemos, pois a leitura torna nosso conhecimento mais amplo e 
diversificado. 
Durante a leitura descobrimos um mundo novo, cheio de coisas 
desconhecidas. O hábito de ler deve ser estimulado na infância, para que o 
indivíduo aprenda desde pequeno que ler é algo importante e prazeroso, 
assim com certeza ele será um adulto culto, dinâmico e perspicaz. Saber ler 
e compreender o que os outros dizem nos difere dos animais irracionais, 
pois comer, beber e dormir até eles sabem, é a leitura que proporciona a 
capacidade de interpretação. 
 
Tecnol. prejudicam 
leitura livros result. 
vocab. pobre. 
 
leitura crucial 
aprend. enriquece 
vocabuláeio conhec. 
racioc. 
 
leitura rotineira 
amplia diversif. e 
fixa conhec. 
 
 
 
Leitur. descobr. 
Novo, estimul. na 
infância indiv. 
torna-se adulto 
culto e perspicaz. ler 
e interp. nos difere 
dos animais 
12 
2.2.3 Esquematiza o texto
3
 
 
Um esquema ajuda o aluno a assimilar a matéria estudada e a levantar as ideias do texto 
(análise), ordenando-as (síntese). É uma forma ativa de se tomar contato com o assunto, obrigando 
o estudioso a retirar do texto as ideias principais, os detalhes importantes e as ideias secundárias que 
subsidiam as ideias principais, reduzindo a poucas linhas ou páginas a obra estudada; estabelecendo 
relações entre os fatos. Por isso, aconselha-se aos acadêmicos, que utilizem a esta técnica. Deve ser 
elaborado mantendo-se fiel às ideias do autor, sem alterá-las. Será formulado conforme as 
necessidades de cada pessoa, através de códigos e palavras. Não há regras, cada um cria sua forma. 
O esquema consiste na representação gráfica da síntese das ideias principais da temática de 
um texto, ordenando tais ideias em divisões e subdivisões integradas, dando uma informação visual 
e imediata do texto que está sendo esquematizado. 
Formular um esquema significa traçar o esqueleto da obra; organizar o texto com lógica, 
colocando em destaque a inter-relação das ideias. Para elaborar um esquema deve-se partir da 
compreensão existente entre as partes do texto, subordinando-as de modo correto e sem deturpação. 
Sem compreensão e interpretação das ideias do texto é impossível fazer um esquema, isto é, 
subordinar suas ideias corretamente e é por isso, que a técnica de sublinhar e de topicalizar facilita à 
tarefa de esquematizar um texto. 
São vários os tipos de esquemas: 
a) chaves: usa-se um leque de chaves. Parte-se do título ou ideia principal e vai abrindo chaves que 
coletam a informação atendendo a sua importância. Utiliza-se quando os temas possuem muitas 
divisões e subdivisões já que permite vê-las em uma simples visita ao esquema. 
b) setas/flechas: as ideias são apresentadas através de flechas que se abrem em ângulo. São úteis 
para linkar e relacionar ideias, quando há muitas subdivisões é difícil calcular a extensão 
deixando partes com informações e outras praticamente vazias. 
c) diagrama: consiste em ramificações descendentes ocupando o primeiro lugar o título. 
Normalmente se utiliza quando existem temas inter-relacionados já que permite ver a relação que 
une a cada elemento que forma parte do esquema. Útil para representar classificações bem 
definidas, organogramas, hierarquias... 
d) De desenvolvimento, numérico ou de subordinação: consiste na exposição sucessiva e 
hierarquizada das ideias de um tema, linha a linha, seguindo um desenvolvimento lógico e 
estruturado. Para as diferentes divisões e subdivisões se pode utilizar números, letras ou signos. 
É um dos modelos mais utilizados. 
e) Mapa Conceitual4: Os mapas conceituais agem como instrumentos educacionais, e se 
caracterizam como subsídios aos educando e aos educadores nos significados dos processos de 
ensino/aprendizagem. Os mapas conceituais têm por finalidade conceber relações significativas 
entre os conceitos e as maneiras de proposições. Melhor dizendo, um mapa conceitual é uma 
representação gráfica, de significados conceituais. 
f) Trata-se de um diagrama que apresenta conceitos inter-relacionados formando uma estrutura 
conceitual. As relações entre os conceitos são representadas por linhas que devem conter 
palavras-chave, cuja função é explicitar a natureza das mesmas. Cada conjunto formado por dois 
ou mais conceitos e uma ou mais palavra-chave forma uma proposição que evidencia o 
significado da relação conceitual representada (Moreira, 1997).3
 Texto sintetizado a partir dos originais: 
ESQUEMA. Disponível em: <http://filipebh.sites.uol.com.br/instrumentos/esquema.html>. Acesso em: 21 jun. 2010. 
MOTA, Sílvia. Esquema: técnica de estudo. Disponível em: <http://www.silviamota.com.br/metodologiacientifica/ 
esquema.htm>. Acesso em: 23 de jun. 2011 
4 CAVELLUCCI, Lia Cristina Barata. Mapas Conceituais: uma breve revisão. Disponível em: < ttp://www.virtual. 
ufc.br/cursouca/modulo_4_projetos/conteudo/unidade_3/MEC_eixo3-texto-MapasConceituais-umaBreveRevis _o. 
pdf>. Acesso em: 21 fev. 2014. 
 
13 
 
 
EXEMPLOS 
 
EXEMPLO 1 
 
 
A importância 
da leitura 
 
 
 
 
EXEMPLO 2 
1 A importância da leitura 
1.1 Tec. Prejudicam leitura livros resultado vocab. pobre. 
1.2 leitura crucial aprendiz. erriquece vocabul. conhecim. racioc. 
1.3 leitura rotineira amplia diversif. e fixa conhecimento 
1.4 leitura descobrim. o novo, estimulado na infância indivi. torna-se o adulto culto e 
perspicaz. ler e interp. nos difere dos animais 
 
 
EXEMPLO 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBSERVAÇÃO 
 
Para organizar um esquema precisa-
se de: 
 
a) compreender e estudar bem a 
matéria; 
b) definir as ideias principais; 
c) definir as ideias secundárias que 
estão ligadas a cada uma delas; 
d) escolher uma palavra ou frase curta 
que transmita cada uma dessas 
ideias; 
e) escolher uma forma gráfica que 
contenha todas as palavras-chave e 
sua relação entre elas. 
 
• Tec. Prejudicam leitura livros resultado vocab. pobre. 
• leitura crucial aprendiz. erriquece vocabul. conhecim. racioc. 
• leitura rotineira amplia diversif. e fixa conhecimento 
• leitura descobrim. o novo, estimulado na infancia indivi. torna-se o 
adulto culto e perspicaz. 
• ler e interp. nos difere dos animais 
tecnol. prejudicam leitura 
livros resultado vocab. pobre. 
leitura crucial aprendiz. 
erriquece vocabul. 
leitura rotineira amplia diversif. e fixa 
conhecimento 
leitura descobrim. o novo, 
estimulado na infância indivi. 
torna-se o adulto culto e 
perspicaz. ler e interp. nos difere 
dos animais 
A importância 
da leitura 
14 
3 ATO DE ESCREVER 
 
3.1 PENSAR, LER E ESCREVER
5
 
 
Quando se escreve ou quando se fala, é com o fim de 
comunicar algo; portanto na construção de textos é necessário 
primeiro aprender a pensar. [...] Escrever é como jogar xadrez. 
Por quê? A pessoa que sabe jogar visualiza o tabuleiro para 
ganhar o adversário. Ela pensará cada peça movida. Portanto, o 
jogo de xadrez pode ajudar os alunos a desenvolver a lógica, 
do raciocínio e do problema; habilidade de memória, da concentração e da visualização; a 
confiança; a paciência; a determinação; o equilíbrio; a expressão de si mesmo, a atenção; a 
criatividade; a capacidade para aprender as intenções do outro. 
Porém, qual é a relação de xadrez com o ato de escrever? Para escrever, precisa-se muito 
treinamento da memória para organizar as ideias. Para ordená-las, precisa-se pensar. Como disse 
Bernardo (2000, p, 20), "[...] escrever certamente não será uma questão de dom". No pensamento do 
autor, para pôr palavras no papel é necessário antes pensar, e depois transpirar. 
Na citação de Bernardo (2000, p, 54), "[...] Escrever para aprender significa descobrir 
relações entre ideias, selecionar e ordenar ideias e dados, ou ainda dar forma a experiências pelas 
quais passamos a fim de que possamos compreendê-las com mais clareza". Para saber escrever, é 
necessário ordenar os pensamentos e pôr as palavras certas, pois se o texto tem unidade global é 
porque a pré-escrita está bem elaborada e o autor não se perderá na sequência de ideias, portanto 
saberá as ideias principais dos parágrafos e se isso acontecer, o texto ficará claro. 
Quando se pensa no tema, deve-se planejar o texto, pois surgirão muitas ideias 
desorganizadas que depois serão hierarquizadas e assim o escrito será compreensivo. As ideias e o 
pensamento são abstratos e só irão materializar-se com a linguagem escrita. 
É importante que se saiba o que é uma redação. Isso o ajudará o a ter consciência para 
desenvolver qualquer assunto. Se não sabe como iniciar uma redação efetivamente não vai saber 
fazer o meio e o final. Como escreve Bernardo (2000, p, 20), "o ato de escrever é, primeiro e ante 
de tudo, a questão do desejo". Desejo de se expressar, de dizer algo sobre o que pensa a respeito dos 
mais diversos assuntos. 
Para que esse desejo de escrever possa aflorar, é precisa escrever todos os dias e organizar as 
ideias, ter uma sequência do raciocínio lógico para não se perder do assunto. Dentro de tudo isso é 
importante escolher palavras-chave e ideias principais de cada parágrafo. 
De acordo com Bernardo (2000, p, 28), "[...] a ideia de que uma pessoa que leia muito 
necessariamente escreve bem é falsa". Então quem lê muito não significa que vai redigir bem. 
Quando o se lê, é importante analisar como o autor planejou o texto. A seguinte citação demonstra 
isso: “pela leitura você ganha experiências, você observa como um escritor tratou habilmente uma 
situação difícil, como usou as palavras e as expressões, como descreveu, como gerou expectativa, 
como arrancou emoções. Leia e aprenda, leia observando, como quem observa a natureza.” 
(BAÇAN, 1999, p.22). 
[É preciso saber] qual é o objetivo de ler e escrever, pois ler e escrever são dois conceitos 
diferentes, visto que ler é vida e informação entendimento do significado das palavras escritas. 
Quem lê se informa do "mundo" e adquire experiências. Toda produção escrita deve ser analisada 
pelo aluno: por que o autor usou tais expressões? Por que escolheu essas palavras para dar emoção 
ao escrito? O educando tem que observar tudo sobre o texto para aprender cada vez mais. 
É importante dar preferência a autores de qualidade. Então para escrever o aluno deve ter o 
hábito de ler constante. Segundo Baçan (1999, p. 23): 
 
 
5
 PENSAR, ler e escrever. Disponível em: http://www.mailxmail.com/curso-redacao-em-portugues/pensar-ler-escrever. 
Acesso em: 28 de set. de 2011. 
 
15 
Comece lendo bons autores modernos, no gênero que você mais aprecia. Se gosta de 
histórias em quadrinhos, comece com elas. Leia os cronistas de jornal, os comentários e 
editoriais, que são pequenos e rápidos. Observe sempre como eles estruturam o texto, como 
usam as palavras e como constroem as imagens. 
 
Ler um fragmento de um jornal por dia para analisar o conteúdo, uma revista por semana, 
um livro por mês. Isso ajudará a escrever melhor. Quem escreve, tem a intenção de revelar-se para 
os outros e traçar um destino, ser lembrado como escritor, e colocar-se no campo de batalha de 
trabalho com outros escritores. 
Cada escritor tem um estilo de produzir um texto, porque cada redator é único, e cada um 
quer conhecer outras maneiras de pensar. Quem escreve claro, expõe as ideias de tal modo a não 
permitir dúvidas quanto à interpretação. 
Quando se aprende a escrever há duas alternativas: - uma de desejo e outra de medo - ou 
seja, aquela vontade de redigir ou aquele medo de errar. Quando se tem medo de pôr suas ideias no 
papel o texto fica escuro. Para que não fique obscuro Bernardo orienta (2000, p, 37), "no ato da 
redação, acho que a luta se faz no rasgo". Ou seja, na imitação. Como fazer isso? Lendo e pondo as 
ideias do autor como estavam no texto; com o tempo, o aprendiz constrói seu próprio texto, sendo a 
paráfrase, seu exercício mais eficiente, até superar a escrita do outro e chegar à escrita pessoal. 
Paráfrase é uma redação escrita pelo autor, a partir de pensamentos de outra redação, sem 
sair de seu conteúdo,mas usando outras palavras, ou seja, é pôr com outras palavras o que se leu. 
Para conseguir uma paráfrase é preciso entender todas as ideias que o autor do texto original quis 
transmitir, em todos seus detalhes. Na visão de Bernardo (2000, p. 71.) Antes de redigir uma 
paráfrase é importante que se saiba a diferença desta para o plágio. 
Podemos afirmar que a paráfrase é uma forma produtiva para aprender a redigir. Quando se 
começa a escrever sem pensar, sem ler, isso leva a uma redação sem rumo e não chega a nada 
concreto. Escrever é um trabalho árduo e um texto em desordem é um sintoma de um pensamento 
confuso. Ou seja, quem não pensa bem, não escreve bem. Agora quem planeja as ideias com um 
propósito chegará a um pensamento organizado. “Esse planejamento é pessoal, há pessoas que se 
dão um tempo, organizam o texto mentalmente e começam a redigi-lo; quem observa, acha que as 
ideias escorrem do cérebro pela ponta da caneta" (BERNARDO, 2000, p.71). 
 
Paráfrase é um exercício redacional que visa a diversificação de vocabulário, reescrevemos um 
texto com nossa própria linguagem, mantendo o conteúdo e a clareza originais. A pontuação 
adequada, a variação vocabular e novos torneios frásicos asseguram a qualidade da paráfrase. 
Um texto parafraseado não deve configurar uma integral substituição de palavras, mas uma 
acomodação das ideias a uma linguagem pessoal, sem nada acrescentar ou omitir do texto 
original. Portanto, parafrasear não é apenas substituir palavras, é encontrar a expressão que 
recupere a ideia original, produzindo uma nova organização de frases. 
 
TEXTO ORIGINAL 
Um ponto importante para viver com sabedoria está em encontrar a proporção certa entre a 
atenção que dedicamos ao presente e a que dedicamos ao futuro, para que um não estrague o 
outro. Muitos vivem por demais no presente: os levianos; outros, por demais no futuro: os 
medrosos e cheios de cuidados. É difícil alguém manter nisso a medida justa.( Schopenhauer) 
 
EXEMPLO 1 
Um requisito essencial ao exercício de viver de modo sábio consiste em encontrar o exato 
equilíbrio entre o valor atribuído ao presente e ao futuro, para que um não cause dano ao outro. 
Há os que se restringem ao presente, os irresponsáveis ou inconsequentes, enquanto outros, 
centrados no futuro, compõem o contingente dos covardes e excessivamente cautelosos. São duas 
atitudes que, por serem extremas, representam um desafio para que se encontre o meio-termo. 
 
16 
EXEMPLO 2 
Para se ter uma conduta orientada pelo discernimento dos sábios, é importante descobrir a medida 
exata da importância que devemos dar ao presente e ao futuro, com o propósito de um não 
prejudicar o outro. Como se sabe, boa parte das pessoas dá excessivo valor ao presente. Os que 
assim agem são imprudentes. Por outro lado, há aqueles que vivem desmedidamente no futuro: 
trata-se dos covardes e dos exageradamente previdentes. Não é fácil achar um ponto de equilíbrio 
entre essas duas posturas. 
 
3.2 ESCREVER TEXTOS
6
 
 
Segundo Sayeg e Siqueira (1996), os textos são como unidades de significação, ou seja, 
conjunto coerente e ordenado de ideias que deverão ter uma referência (assunto a que se refere) e 
uma tematização (enfoque, delimitação do assunto). Para produzi-los é necessário conhecimentos 
prévios como o linguístico, os tipos de texto e suas características e o conhecimento de mundo. 
 
3.2.1 Organização e expansão dos textos 
 
a) Uma situação inicial onde recupera um saber partilhado, já conhecido. 
b) Uma informação nova, uma proposição que se quer defender ou propor. 
c) Um conjunto de justificativas relativas ao item anterior. 
d) Uma conclusão. 
 
3.2.2 Os problemas mais comuns nos textos 
 
a) Digressões: trechos que se desviam da referência e da tematização; 
b) Redundâncias: uso repetitivo de termos desnecessários; 
c) Inadequações: comentários que tornam os conteúdos falseáveis, vagos, pouco claros; 
d) Lacunas: ausência de parte e/ou ideia responsável pela conexão entre duas partes do texto; 
e) Deslocamentos: uma parte ou ideia em local inadequado; 
f) Contradições: ideias que se opõem; 
g) Morte súbita: parágrafos sem conclusão. 
 
3.2.3 Tipos de texto 
 
a) Texto descritivo: descreve a situação, os aspectos externos, históricos, informações. É a 
representação verbal de uma coisa, ser, paisagem, estado de espírito, através da indicação de 
seus aspectos mais característicos. É preciso mostrar as relações, saber selecionar os detalhes, 
saber reagrupá-los e analisa-los. 
b) Texto narrativo: sua matéria é o fato. Seus elementos são: o quê, quem, como, quando, onde, 
por que. Tudo em ordem cronológica. 
c) Texto dissertativo: é o desenvolvimento de uma ideia geral, baseado na divisão e enumeração 
de seus vários aspectos, seguindo-se a sua comprovação ou justificação, é um texto complexo. 
 
3.3 RECOMENDAÇÕES 
 
Um caminho seguro para construir textos inteligíveis e agradáveis é optar por palavras bem 
conhecidas. Também as frases curtas se tornam preferíveis, na medida em que são menos 
traiçoeiras para quem escreve e menos fatigantes para quem lê, afinal não basta ter ideias, é preciso 
 
6
 OBANDO, Iane Cruz .Apostila de Metodologia do Fazer Um Trabalho Acadêmico Sem Erro .Disponível em: 
http://pt. scribd.com/doc/53442770/Apostila-de-Metodologia-do-Fazer-Um-Trabalho-Academico-Sem-Erros. Acesso 
em 22 de jun de 2010. 
 
17 
ser capaz de transmiti-las com clareza e rigor. Verifique algumas considerações: 
a) Tenha claro quais são os objetivos ao escrever. O que você deseja que o leitor perceba? 
b) Use perguntas, elas são úteis para chamar à atenção do leitor. 
c) Escreva de modo que o leitor possa fazer uma ideia da pessoa real que escreveu o texto. 
d) Explique, não pontue (pontuar é bom em esquemas, não em textos). 
e) Procure que o texto, além de informativo, seja visualmente atrativo. 
f) Respeita as regras. Erros ortográficos e gramaticais prejudicam o seu texto. 
g) Cuidado!!! O português falado aceita coisas que na linguagem escrita não é permitido. 
h) Ao escrever, usa a terceira pessoa. Se escrever em primeira pessoa, você dará a impressão de 
apresentar-se como uma autoridade no assunto, o que pode ser interpretado como pretensão. 
i) Escreva de modo claro e simples utiliza uma pontuação simples, a menos que propositadamente 
pretenda ser ambíguo para deixar abertas várias possibilidades. 
j) Escreva com uma linguagem positiva e clara. Explica o que quer dizer, não o que não quer que 
se perceba. Use exemplos, sempre que possível. 
k) dedique cada parágrafo a apenas uma questão, isto é, cada parágrafo deve servir a apenas um 
propósito, expressando as etapas de seu raciocínio. Não se esqueça de criar "elos de ligação" 
através de recursos coesivos entre parágrafos para promover "transições suaves" entre questões 
apresentadas de forma sucessiva (coesão). Normalmente a transição de um parágrafo para outro 
é feita na primeira sentença do parágrafo que se sucede com destaque para a forma de relação 
dos dois parágrafos entre si. Algumas expressões que sugerem uma transição são: "mesmo 
assim", "em contraposição", "todavia", "embora" e "ademais" entre outros recursos coesivos. 
l) não seja categórico demais. Relativize as suas afirmações, pois as "verdades" não são absolutas. 
Não emita juízo em seu texto. Deixe o leitor tirar a suas próprias conclusões. Evite termos que 
possam ocasionar viés preconceituoso e que possam ofender leitores ou qualquer outra pessoa. 
m) redija com cuidado as suas conclusões e dedique especial atenção à última frase, local ideal para 
reforçar a mensagem principal do seu texto que você quer que seus leitores levem consigo. 
n) depoisde concluída a primeira versão, distancie-se do seu texto. Aguarde um dia ou mais para 
retomá-lo e revisá-lo. Releia o material, do ponto de vista do/s destinatário/s, no dia seguinte 
depois tê-lo escrito. Ficou tudo claro? Alcançou os seus objetivos? Você certamente o verá com 
"outros olhos" e isso o ajudará muito a melhorá-lo. Falhas e pequenos defeitos de que você não 
se deu conta, dois dias depois, saltam aos olhos. 
o) caso você peça ajuda para revisar o seu texto, analise as sugestões de melhoria recebidas e veja 
se você concorda com elas. O texto é seu e cabe a você a decisão sobre a sua versão final. 
p) Se o material apresentado é longo (mais de mil palavras) indique no princípio (primeiro 
parágrafo) qual é o conteúdo e faça um pequeno resumo ao final. 
q) Para escrever você precisa de CHA: 
- Conhecimentos (o que saber para escrever) 
- Habilidades (o que e como preciso saber fazer) 
- Atitudes (o querer fazer): vença o medo de expor suas ideias. Estude/Trabalhe/Seja 
persistente. Separe criação e julgamento. 
 
 
3.4 RESUMIR TEXTO 
 
De certa forma, o ato de resumir um texto já é um ato de 
escrever, pois requer de quem o faz um espirito investigativo, elemento 
importante para a escrita de qualidade. 
Resumo é um tipo de texto onde são apresentadas as ideias 
principais de certo conteúdo, condensando em poucas palavras, as 
Acabe com o bloqueio (‘deu branco’), utilize tópicos, esquemas, frases curtas, exemplos e analogias; 
divida o trabalho em pequenas tarefas. 
18 
ideias mais essenciais e relevantes de um texto. Pode se dizer que resumo é um texto reduzido a 
seus tópicos principais, sem comentários ou julgamentos. 
Ao se fazer um resumo, o autor do mesmo deve elabora-lo com suas próprias palavras, 
sempre mantendo uma estruturação lógica das ideias. Certos detalhes e dados secundários, como 
datas, devem ser deixados de lado. Evidentemente, alguns resumos são mais fáceis de fazer do que 
outros, dependendo especialmente da organização e da extensão do texto original, em todo o caso, 
quem domina a técnica - e esse domínio só se adquire com a prática - não encontrará obstáculos na 
tarefa de resumir, qualquer que seja o tipo de texto. 
Textos falados também são passíveis de resumir, anotações de ideias significativas ouvidas 
no decorrer de uma palestra, podem vir a constituir uma versão resumida de um texto oral. 
Para Platão e Fiorin (1995), resumir um texto significa condensá-lo [...] sem perder de vista 
três elementos: as partes essenciais do texto, a ordem em que elas aparecem no texto e a correlação 
entre cada uma das partes. Se o texto que estamos resumindo for do tipo narrativo, devemos prestar 
atenção aos elementos de causa e sequências de tempo; se for descritivo, nos aspectos visuais e 
espaciais; caso o texto for dissertativo, é bom cuidar da organização e construção das ideias. 
 
3.4.1 Como elaborar resumos 
 
1º) Ler o bloco ou o texto: identificando o eixo temático, bem como os termos, nomes e outros 
elementos desconhecidos pelo leitor; 
2º) Pesquisar: buscar em dicionários e outras fontes os termos, nomes e outros elementos 
desconhecidos pelo leitor; 
3º) Ler cada parágrafo: identificar a ideia central (a ideia que faz o paragrafo existir) e as ideias 
secundárias; 
4º) Trabalhar cada parágrafo sublinhando as ideias centrais e topicalizando: 
Observe-se que um parágrafo contém como já foi referido, uma só ideia e geralmente começa 
com uma frase importante. Esta, em seguida, é explicada, ilustrada, acompanhada de frases que 
o resumem. Neste caso, a ideia principal está no início do parágrafo. Mas, atente-se que, isso 
não é regra. Muitas das vezes a ideia principal encontra-se no final do parágrafo. Na maioria das 
vezes, a ideia principal é parte de uma oração e não a oração inteira. 
Como encontrar a ideia principal de um capítulo ou secção, na obra? Cabe em qualquer leitura 
atentar para o sumário, títulos e subtítulos da obra ou texto, procurando informações nos títulos, 
subtítulos, intentando captar os passos do autor. Há de se observar a hierarquização das ideias, a 
mais central eu perpassa todo o trecho e as secundárias, apresentadas logo abaixo desta. O autor 
geralmente procura distribuir as ideias, valorizando-as. Pode-se resumi-la em poucas, palavras 
veja o exemplo: 
5º) Construção do esquema: 
a) Selecionar as ideias ou fatos essenciais do texto original que constarão no resumo; 
b) Suprimir: 
- palavras ou frases referentes a ideias ou fatos secundários 
- repetições e redundâncias 
- interjeições e tudo o que contribua para um estilo particular do texto 
- pormenores desnecessários, exemplos, citações, pequenas histórias, ideias repetidas 
- expressões explicativas: “ou seja", "isto é", "quero dizer", "de outro modo”... 
c) Substituir frases e enumerações do texto, por outras que tornem mais econômica a expressão; 
d) Manter o fio condutor do texto a resumir. 
6º) Construção do resumo: para formular um resumo com a finalidade de aprendizado, alguns 
lembretes são necessários: 
a) sublinhar após uma leitura bem feita, pois é necessário primeiro saber do que trata o texto; 
b) reconstruir o parágrafo a partir das palavras sublinhadas; 
c) evitar as locuções: “o autor descreve [...]” ou “neste artigo, o autor expõe que [...]” 
19 
d) manter os valores mais significativos nos textos que fornecem dados em números; 
e) escolher o vocabulário com rigor, de modo a evitar palavras inexpressivas; 
f) redigir o resumo em linguagem clara e concisa; 
g) não exprimir opiniões pessoais; 
h) não repetir frases do autor do texto original; 
i) omitir/ou transformar discurso direto em discurso indireto; 
j) respeitar a ordem pela qual as ideias ou fatos são apresentados no texto-base; 
k) forme um texto, aplicando as técnicas sugeridas a seguir: 
 
Apagamento: consiste em apagar, em cortar as partes que são desnecessárias. Geralmente essas 
partes são os adjetivos e os advérbios, ou frases equivalentes a eles 
O velho jardineiro trabalhava muito bem. Ele arrumava muitos jardins diariamente. 
O jardineiro trabalhava bem. 
Apagamos os adjetivo “velho” e o advérbio “muito” na primeira frase e eliminamos a segunda. 
Ora, se o jardineiro trabalhava bem, é porque arrumava jardins; a segunda informação é 
redundante. 
 
Generalização: é uma estratégia que consiste em reduzir os elementos da frase através do critério 
semântico, ou seja, do significado. 
Pedro comeu picanha, costela, alcatra e coração no almoço. 
Pedro comeu carne no almoço. 
As palavras em destaque são tipos de carnes, elimina-se as especificações e fica a generalização 
Construção: consiste em substituir uma sequência de fatos ou proposições por uma única, que 
possa ser presumida a partir delas, também baseando-se no significado. 
Maria comprou farinha, ovos e leite. Em casa misturou os ingredientes e colocou-os no forno. 
Maria fez um bolo. 
Todas essas ações praticadas por Maria nos remetem a uma síntese. 
 
7º) Correção do resumo: após elaborar o resumo, para aperfeiçoá-lo, deve-se lê-lo em voz alta para 
efetuar a correção. 
 
EXEMPLOS 
 
 
 
 
 
 
4 O ATO DE ESTUDAR 
 
Estudar e aprender são conceitos profundamente interligados. O estudo funciona como um 
laboratório onde a informação é transformada em conhecimento através da aprendizagem, portanto 
o primeiro cuidado do estudante é aprender a estudar, já que sem esta habilidade a aprendizagem 
não ocorre e o conhecimento não é adquirido. O bom é saber que a capacidade de estudar pode ser 
aprimorada. Segundo Teixeira (2005, p.?) “o ofício de aluno é aprendido [...] no dia- a- dia, [...] 
dentro e fora da escola, na infância e na adolescência, bem como por toda vida”. 
 
EXEMPLO 1 
As tecnologiasprejudicam a leitura de livros e este ato é crucial para a aprendizagem, pois ela 
enriquece vocabulário, conhecimento e raciocínio e quando rotineira, amplia, diversifica e 
fixa conhecimento. É através da leitura que descobrimos o novo, estimulada na infância torna o 
adulto culto e perspicaz e concluindo podemos dizer que ler e interpretar nos difere dos animais. 
 
EXEMPLO 2 
As tecnologias prejudicam a leitura de livros e este ato é crucial para a aprendizagem, pois 
quando rotineira, amplia, diversifica e fixa conhecimento. Estimulada na infância torna o adulto 
culto e perspicaz. 
 
EXEMPLO 3 
Tecnologias, ao prejudicarem a leitura de livros, atrapalham a aprendizagem. 
 
20 
4 O ATO DE ESTUDAR 
 
Estudar e aprender são conceitos profundamente interligados. O estudo funciona como um 
laboratório onde a informação é transformada em conhecimento através da aprendizagem, portanto 
o primeiro cuidado do estudante é aprender a estudar, já que sem esta habilidade a aprendizagem 
não ocorre e o conhecimento não é adquirido. O bom é saber que a capacidade de estudar pode ser 
aprimorada. Segundo Teixeira (2005, p.?) “o ofício de aluno é aprendido [...] no dia- a- dia, [...] 
dentro e fora da escola, na infância e na adolescência, bem como por toda vida”. 
 
4.1 O ESTUDANTE
7
 
 
Verifica-se de modo geral que os alunos chegam à universidade despreparados. A 
preocupação está em refinar os vícios adquiridos anteriormente, ou seja, descobrir o jeito do 
professor, seus pontos fracos; conseguir nota para passar de período ou de ano; driblar a chamada e 
conseguir número suficiente de presenças, conforme o exigido; decorar o assunto ou desenvolver 
técnicas de “cola”; descobrir os “macetes” para garantir sua promoção. Segundo Bastos e Keller 
(1998) os estudantes universitários chegam as salas de aula com três tipos de imaturidade. 
 
4.1.1 Imaturidade Cultural 
 
Os conteúdos desenvolvidos pelas escolas foram reduzidos em termos de educação geral, 
como consequências, rebaixamento ocorreu do nível cultural. Aliada a este universo cultural 
restrito, apresenta-se a gritante falta de hábito de leitura, que tem bom indicador no espanto de uma 
turma ao constatar que um dos colegas lia um livro, em média, a cada dois meses. 
A consequência de tais fatos é uma dependência cultural, o pouco ou nenhum crédito dado 
às pesquisas em sala de aula e o recurso à bibliografia estrangeira. 
 
4.1.2 Imaturidade Psicológica 
 
A mentalidade com que muitos alunos alcançam a universidade é a mesma com que 
iniciaram o ensino médio. Não há uma definição clara de objetivos e aspirações. Muitos alunos 
prestam vestibular por insistência de familiares ou amigos, mas não possuem certeza de que o curso 
escolhido responderá às suas aspirações pessoais e profissionais, promovendo com isso a 
insegurança e a irresponsabilidade em suas atitudes. Centram suas preocupações na nota e na 
presença e deixam a aprendizagem por conta do professor, da sorte ou da ajuda divina. 
 
4.1.3 Imaturidade Lógica 
 
Uma primeira impressão que se tem é que alguns alunos passaram diretamente do primeiro 
para o terceiro grau, tão gritantes e infantis são os erros cometidos. Textos com pouca ou nenhuma 
sequencia logica, contradições, os erros gramaticais e ortográficos, grosseiros e elementares... 
 
4.2 APRENDER 
 
4.2.1 Modos de aprender 
 
a) aquisitivo: o aluno deseja adquirir o conhecimento através do que diz o professor e o texto; 
b) interativo: o aluno se envolve, participa, interpreta e dá sentido ao que o professor e o texto 
apresentam. 
 
 
7 TEIXEIRA, Elizabeth. As três metodologias: acadêmica, da ciência e da pesquisa. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2005. 
21 
4.2.2 Aspectos que facilitam o ato de aprender 
 
É importante lembrar que o aluno deve TER qualidades para assimilar o conhecimento, e 
desenvolver o SER que vai compreender, refletir e entender o conhecimento para ser capaz de 
lembra-lo mais tarde. Para desenvolver este TER e SER, o aluno necessita de: 
a) desenvolver a atenção, que pode ser estimulada com exercícios e que se fundamenta nos 
princípios de concentração, intermitência e interesse; 
b) usar a memória, que é diferente de decorar. Segundo Bastos e Keller (1998, p. 26) 
Decorar é reter a forma material e não o conteúdo inteligível de determinado conhecimento, 
ao passo que memorizar é reter a forma significativa de um conteúdo inteligível, ou seja, 
reter a sua compreensão. A memorização possibilita o refraseamento de algo conhecido e 
não sua simples repetição [...] dá condições de reestruturar o conteúdo a partir de dados da 
memória, enquanto o ter decorado somente possibilita a repetição, limitadamente, e por 
breve tempo. 
 
c) Realizar associação de ideias, que é uma capacidade que possibilita ao estudante relacionar e 
evocar fatos e ideias e que também pode ser estimulada com diversos exercícios. 
 
4.3 COMPETÊNCIAS INERENTES AO TRABALHO DE ESTUDANTE
8
 
 
Ser estudante é ter um trabalho, pois tem tarefas e horários a cumprir, é supervisionado, 
orientado e avaliado pelos mais experientes e dever prestar conta de deveres e de direitos. Para este 
trabalho, é preciso desenvolver e aperfeiçoar as competências de PENSAR, ESTUDAR, LER, 
ESCREVER e APRENDER. Estas competências são inerentes a todas as disciplinas de um curso 
universitário e para além deste, ou seja, durante toda sua vida de profissional. 
É um trabalho diferente, pois é controlado dentro de um sistema pedagógico e não é 
remunerado por salário. O trabalho de aluno é aprendido no dia a dia, ao longo dos meses e anos em 
que estamos dentro e fora da escola, bem como por toda a vida. Ao se aprender esse ofício, 
aprende-se a ser cidadão, ator social e trabalhador. Há um saber e um saber-fazer embutidos nesse 
ofício, que é aprendido e também pode ser ensinado. O trabalho do estudante tanto é um 
aprender das disciplinas e conteúdos como das competências transversais de PENSAR, 
ESTUDAR, LER, ESCREVER e APRENDER. 
Mas, como estudar? Como proceder de modo a reter o conteúdo estudado? O que fazer 
quando, após várias horas de estudo, tem-se a sensação de que nada foi aprendido? Estudar não é 
apenas o meio para atingir o fim, é também uma forma de desenvolver capacidades intelectuais, 
aptidões sociais, de potenciar a reflexão e a critica construtiva ao avanço tecnológico e cientifico. 
Como em qualquer trabalho, para estudar é preciso ter estratégias e organização para que as tarefas 
sejam concluídas com sucesso. Embora não exista um processo único e definitivo que dê bons 
resultados para todos, alguns procedimentos são benéficos. 
 
4.3.1 Interesse pelo estudo (por que estudar?) 
 
Devemos estudar interessados em aprender e motivados para o estudo. Interesse significa 
estar em meio a algo e perseverar. Para que algo seja interessante é preciso conferir-lhe um campo 
particular. Mais que extraordinárias aptidões intelectuais, que por si só não garantem sucesso 
acadêmico, é preciso esforço e concentração. Pessoas interessadas em aprender: 
a) preocupam-se em arranjar os meios necessários para realizar a tarefa (local, materiais, etc.); 
b) ocupam-se do seu próprio processo de resolução da tarefa e não apenas dos seus resultados; 
c) interpretam e analisam os erros como uma forma de melhorar a aprendizagem e procuram 
aprender com os mesmos; 
 
8
 COMO estudar. Disponível em:<http://www.focca.com.br/cac/textocac/Como_Estudar.htm>.Acessoem:21 jan. 
2009. 
22 
d) procuram as informações necessárias para resolver os problemas, recorrendo a todos os meios 
ao seu alcance;e) preferem tarefas com certo grau de dificuldade e novidade que estimulem o seu processo de 
aprendizagem; 
f) não aplicam critérios de êxito ou fracasso para avaliar a sua aprendizagem, o êxito da tarefa está 
associado à própria tarefa; 
g) realizam a tarefa com esforço e sacrifício, se necessário, pois mantem o foco em seus objetivos. 
 
4.3.2 Período de estudo (quando e por quanto tempo estudar?) 
 
O planejamento e o cumprimento dos horários de estudo é um dos segredos para o sucesso 
acadêmico. Se não definir claramente quais os dias e horas de estudo irá verificar que o tempo passa 
e pouco se estuda. Isto faz com que a época de provas seja vivida com ansiedade. Para obter bons 
resultados acadêmicos, convém que começar a estudar na 1ª semana de cada semestre. Algumas 
estratégias para a gestão do tempo: 
a) planeje, escrever na sua agenda ou em um quadro quais são os seus objetivos de vida para cada 
semestre que inicia (cuidado com a filosofia Zeca Pagodinho...); 
b) ao elaborar a agenda de uma semana, coloque somente as atividades fixas (trabalho, igreja, 
estudo...). Adapte-a às suas necessidades e preferências, dê preferência às matérias a serem 
ministradas no dia. APÓS ELABORAR O HORÁRIO (cronograma), SIGA-O; 
c) tempo de estudo diários: LONGO (mais de 3 h), MÉDIO (2 h), CURTO (1 h); 
d) semanalmente, faça uma auto avaliação dos objetivos que concretizou e reveja seu plano/estudo 
(questione o que está fazendo para atingir os teus objetivos); 
e) analisar como gasta seu tempo. Descubra o como, o quando e o por que de suas ações. 
Perguntar a si próprio o que é que acontecia se deixasses de fazer a tarefa A, se a resposta for 
nada, então deixe de fazê-la; 
f) aproveite para ler pequenos textos ou anote alguma ideia importante que precise consolidar 
durante os "tempos perdidos". Ex. Você pode fazer algumas reflexões ou ler nos minutos de 
final de aula (os professores as vezes dispensam antes do termino da aula), enquanto espera pelo 
transporte, quando está na fila do banco, no horário do „trono‟ (rs rs rs ); 
g) pense que é VOCÊ quem determina a forma de estudar e é VOCÊ que define o que quer e o 
tempo que deve utilizar. Procura sempre formas de melhorar a qualidade do seu tempo; 
h) deixa tempo para lidar com imprevistos, os planos devem ser flexíveis e ajustáveis; 
i) seja educado com os outros, mas firme quando está em defesa do teu tempo de estudo; 
j) mostre aos outros que respeitas o seu tempo desenvolvendo determinados hábitos como a 
pontualidade, a preparação, a entrega de trabalhos; 
k) desenvolve estratégias para evitar interrupções, isso aumenta a concentração e a rentabilidade 
do tempo de estudo; 
l) treine para ser um bom ouvinte. Poupará tempo e problemas; 
m) muda o impulso de fazer mais tarde num hábito de fazer agora. Pratique a autodisciplina; 
n) descanse bem, coma bem e esteja atento à tua saúde; 
o) equilibre o teu tempo por todas as áreas importantes da vida: estudo, família, amigos, VOCÊ 
(reserve um tempo para todos os dias ou semanalmente), saúde, dinheiro e vida espiritual; 
 
4.3.3 Conteúdo (o que estudar?) 
 
a) Antes da aula faça uma leitura do assunto que será abordado; depois da aula uma rápida revisão 
dos conteúdos poderá estimular novas anotações e quem sabe a elaboração de um quadro síntese 
da aula assistida. ao estudar textos e anotações do fichário ou caderno: 
- comece por uma leitura geral do assunto a ser estudado. Vá direto até ao fim; não se detenha 
em detalhes. Nessa fase você está "esquentando o motor", mas é evidente que a extensão da 
matéria a ser estudada não pode ser demasiadamente longa; 
23 
- faça um resumo escrito do conteúdo, usando frases curtas e objetivas; 
- procure relacionar o conhecimento novo ao já adquirido anteriormente; 
- faça a si próprio a pergunta: "que significa isso?". Se houver dúvida, volte a estudar, 
esclarecendo conceitos que ainda lhe parecem obscuros; 
- terminada essa fase, passe à resolução de questões envolvendo o conteúdo estudado. Caso não 
consiga resolver alguma, pode ser porque alguns aspectos do conteúdo não ficaram claros ou 
porque não estão totalmente compreendidos. Volte e faça uma revisão; 
- faça as atividades proposta antecipadamente e tire as duvidadas antes do dia da entrega. 
 
4.3.4 Condições de Estudo (onde e em que estado físico/ psicológico estudar?) 
 
O ambiente onde se estuda é importante. As alternativas em termos de espaço físico podem 
não ser muitas, mas são sempre algumas: o seu quarto, a biblioteca ou alguma das salas de estudo 
disponíveis na Universidade. É importante que pense qual dos locais disponíveis te permite 
aumentar a concentração, diminuir os estímulos de distração e rentabilizar o estudo. Algumas 
condições desejáveis para o ambiente e acerca da postura do estudante são: 
a) procure um local tranquilo e isolado, livre de ruídos de trânsito e de pessoa; 
b) evite estudar com rádio ou CD ligados. Nossa atenção se fixar naquilo que é mais interessante; 
c) evite estudar perto do telefone e se possível desligue o seu celular enquanto estuda; 
d) evite estudar deitado. O sono vem e o trabalho se perde; 
e) tenha tudo organizado para quando sentar para estudar possa aproveitar cada minuto, na 
ausência de uma mesa de estudo, monte o kit-estudo, uma caixa com os itens necessários para 
seus horários de estudo (uma pasta para cada disciplina, dicionário, caderno, canetas, 
grafite/lápis, borracha, clipes, papel para rascunho, cronograma de estudo...); 
f) aprenda técnicas de respiração, seu cérebro deve está oxigenado para a atividade mental. 
g) conheça seu estilo de aprendizagem; 
 
 
 
4.4 GRUPO DE TRABALHO ACADÊMICO (GTA) 
 
O GTA serve para organizar, realizar trabalhos e para dar suporte para seus membros, 
24 
facilitando, reforçando e ampliando o conhecimento de cada um sobre as ideias apresentadas pelos 
professores. Para que o GTA tenha produtividade é necessário: 
a) componentes: de três a cinco pessoas, mais que isso provoca dispersão. Todos devem participar 
ativamente nas discussões e decisões. Deve ter um secretario e um líder; 
b) encontros: uma vez por semana ou pelo menos a cada quinze dias; 
c) organização: definir de data, local de encontro e uma pauta para a próxima reunião; 
d) objetivos: para que as atividades possam ser realizadas com êxito é necessário estabelecer 
objetivos claros, que sejam compreendidos e aceites por todos os elementos. 
e) regras: favorece o equilíbrio do grupo. Deverão organizar o funcionamento do grupo e os 
prazos a cumprir, devendo-se evitar a fuga às regras estabelecidas por consenso. 
f) distribuir tarefas: as tarefas podem ser distribuídas de diversas formas: 
- cada elemento seleciona um aspecto de trabalho que deseja realizar; 
- os elementos discutem e decidem, por consenso, a divisão do trabalho; 
- o grupo decide aceitar as orientações do líder. 
g) relações humanas: as boas relações interpessoais favorecem a confiança mútua, a cooperação e 
a produtividade no trabalho, o diálogo é a melhor forma de ultrapassar conflitos. Regras: 
- escutar os outros, sem os interromper desnecessariamente; 
- ter autodomínio, controlando os impulsos momentâneos; 
- ser tolerante, compreendendo as limitações alheias; 
- corrigir sem ofender, manifestando as nossas divergências com tato e delicadeza; 
- oferecer elogios, salientando os aspectos positivos do trabalho dos outros; 
- usar o bom humor, acalmando e descontraindo o ambiente, nos momentos de tensão. 
h) o êxito dos grupos: os grupos bem sucedidos ampliam o rendimento intelectual. O debate de 
ideias e a reflexão em grupo fazem progredir a aprendizagem, favorecendo a formação da 
personalidade, já que a colaboração solidária previne o individualismo e o excesso de 
competitividade.Além disso, o TGA é cada vez mais importante para a vida profissional, já que 
os grandes projetos são desenvolvidos por equipes multidisciplinares e interdisciplinares. 
 
4.5 AS TAREFAS DE UM ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO 
 
A universidade é um empreendimento de longa duração onde automotivação, organização e 
técnica de estudo são fundamentais para o desenvolvimento do aluno e do futuro profissional, e por 
isso é importante ter bem claro um programa de estudo. 
 
 
Fonte: Severino (2002) 
25 
4.5.1 Como Assistir Aulas 
 
Na universidade, os alunos gozam de uma liberdade que lhes permite chegar e sair na hora 
em que bem entendem. Nos primeiros semestres, muitos alunos se perdem completamente, a ponto 
de serem reprovados por faltas. Assim, se você fez a opção de ser um universitário, aja de forma 
adequada, lembre-se que as aulas serão a base para seus estudos, aproveite-as. 
As aulas na Universidade são diferentes daquelas das de 
um colégio, pois, elas têm por objetivo fomentar o interesse 
pelo assunto. Um texto pode sempre ser relido, mas as 
exposições orais normalmente são únicas, portanto é 
importante fazer anotações durante as aulas, deve-se registar 
sempre os esquemas, as sínteses, os comentários e as 
indicações bibliográficas apresentadas pelo professor. Não 
tente escrever todas as palavras do professor, anote as ideias, 
com palavras próprias. 
Uma boa rotina de estudo tem na sala de aula sua referência: 
a) ficar atento e distinguir o essencial do acessório; 
b) usar uma escrita sintética (abreviar e usar símbolos) para poupar tempo; 
c) ter o material de trabalho (caderno, canetas, livros, apostilas... ); 
d) concentrar-se e prestar atenção (saiba escutar), descubra o essencial e tenha espírito crítico; 
e) participar (faça perguntas, intervenha nos debates, faça anotações). 
 
4.5.2 Estudo extraclasse 
 
Você deve complementar as informações das aulas com 
uma busca pessoal, ou seja, as aulas deverão ser 
obrigatoriamente complementadas pelo estudo e pelos trabalhos 
solicitados pelo professor. Esse trabalho de reescrita deve ser 
feito o mais cedo possível, quando a matéria ainda está fresca, 
para que os conteúdos fiquem prontos a usar, no momento das 
revisões finais. 
Faça revisão e preparação das aulas, também faça 
leituras de apoio e/ou complementares, pois para faze uma 
faculdade bem feita deve-se ler muito, por mais prático que este curso possa ser. Muitas vezes, um 
professor sugere textos, livros, revistas; aproveite ao máximo essas dicas, pois são estas leituras 
extras (que o professor não cobrará em avaliações...) e que farão o seu diferencial. Também é 
importante incrementar ou começar a formar sua biblioteca (com revistas especializadas, 
dicionários, livros de filosofia, sociologia e as obras clássicas de sua área de conhecimento). Além 
disso, é indispensável que explore as bibliotecas públicas e a da instituição que você estuda. 
 
4.5.2.1 Controvérsias
9
 
 
De acordo com os pesquisadores norte-americanos, hábitos como grifar textos ou fazer 
resumos, por exemplo, têm pouca eficácia na hora dos estudos. Segundo está análise, as técnicas 
mais úteis são a realização de testes práticos, como os simulados, e a distribuição organizada dos 
estudos, ou seja, não deixar tudo para a véspera das provas. A pesquisa analisou a utilidade de dez 
métodos de estudo e dividiu cada um deles em três categorias, de acordo com a sua eficiência.. 
[Isso é controverso por que cada pessoa tem forma diferente de aprender e cada um deve verificar 
 
9
 MORAES, Bruno. Pesquisa americana avalia métodos de estudo e aponta os mais eficazes. Disponível em: <http: 
//diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/geral/vestibular/noticia/2013/06/pesquisa-americana-avalia-metodos-de-estudo-
e-aponta-os-mais-eficazes-4165724.html >. Acesso em: 20 jun. 2013. 
 
26 
quais as técnicas mais adequadas para seu estilo, mas é valido analisar estas informações, e tomar 
suas próprias decisões.]. Veja o resultado da pesquisa no quadro a seguir: 
 
UTILIDADE TÉCNICA 
Testes 
práticos 
 
Alta 
O que é: responder a questões sobre um assunto, como, por exemplo, fazer um 
simulado para testar seus conhecimentos sobre as matérias estudadas. 
As qualidades dessa técnica estão justamente na variedade de formatos que ela 
pode tomar: questões de múltipla escolha, testes do tipo "preencha a 
lacuna", questões dissertativas, entre outras. Duas variáveis aumentam a eficiência 
da técnica. 
A primeira, quanto mais testes, melhor. A segunda diz respeito a repetir o teste 
aplicado quando você não acerta a questão. Ver a mesma pergunta, mas depois de 
um tempo e não logo depois de tê-la visto pela primeira vez (isso ajuda na fixação 
do conteúdo). 
Prática 
distribuída 
de estudos 
 
Alta 
O que é: Programar um cronograma de estudos 
distribuídos ao longo do tempo. Ele pode ser semanal ou 
integral, este ultimo é usado em concursos, quando você já 
tem todo o conteúdo a ser estudado. 
Muitos estudantes acham que estudar tudo de uma vez, 
durante horas seguidas, pode ser eficiente, mas pesquisas 
indicam que, a longo prazo, deixar tudo pra última hora não funciona. Os 
especialistas identificam o padrão de "procrastinação" na maioria dos 
estudantes, por isso, apesar da prática distribuída dos estudos ser muito eficiente, 
ela quase nunca é usada por conta desse comportamento natural dos alunos, de só 
estudar quando as provas estão chegando. 
Explicar o 
conteúdo 
para si 
mesmo 
Média 
O que é: É como pensar em voz alta. Trata-se de explicar como as novas 
informações se relacionam a conteúdos já aprendidos ou explicar o passo a passo 
da lição. 
A técnica só dá certo se você entender o assunto e conseguir decodificar o que 
está aprendendo. Isso significa que não adianta apenas falar em voz alta o texto 
fazendo uma paráfrase, ou seja, trocando algumas palavras. 
Elaboração 
de 
perguntas 
 
Média 
O que é: Criar perguntas que expliquem os "porquês" de um fato: "por que isso é 
verdade?", "por que isso faz sentido?". 
No momento que você elabora essas questões enquanto estuda, você 
adiciona novas informações a conhecimentos que você já possuía. Desse modo, 
essa técnica se mostra mais eficiente entre os estudantes mais velhos, 
principalmente do ensino superior e do Ensino Médio. Para elaborar perguntas 
relevantes, é preciso estar minimamente familiarizado com o assunto, por isso 
esse método não é muito útil para estudantes das primeiras séries do Ensino 
Fundamental, por exemplo. Quando você já conhece o tema, você consegue criar 
questões mais aprofundadas, que geram explicações mais complexas sobre a 
veracidade do fato 
Associação 
mnemónica 
 
Baixa 
O que é: Usar palavras-chave mnemônicas (para recordar) na aprendizagem de 
vocabulário em língua estrangeira ou o uso de imagens mentais associadas a um 
conteúdo verbal específico. Por exemplo, para lembrar os cinco 
princípios da administração pública memorize a palavra 
LIMPE... 
Essa prática, no entanto, apresenta algumas limitações: não são 
todos os conceitos que podem se transformar em imagens e, 
segundo estudos, esse método pode não ser muito eficiente para a 
memorização a longo prazo. 
27 
Estudo 
intercalado 
de 
diferentes 
conteúdos 
Média 
O que é: Misturar diferentes matérias em uma mesma sessão de estudos. 
Geralmente, o aluno estuda um conteúdo até terminar todos os itens que fazem 
parte do assunto. Uma das justificativas para a eficiência do método é que o 
estudante, ao retomar um tema visto anteriormente,

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