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Materiais de Construção Mecânica CCE 0687 (2 créditos) Fábio Oliveira. fab1oliveira@ig.com.br 2013/2. Ementa • Unidade 1 - Revisão • Unidade 2 – Seleção de Materiais para Projetos Mecânicos • Unidade 3 – Aços, Aços-Liga e Ferros Fundidos • Unidade 4 – Materiais Poliméricos • Unidade 5 – Materiais Cerâmicos Bibliografia • Apresentações e exercícios. • CALLISTER, Jr. W.D. Ciência e Engenharia dos Materiais. 7 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. • CHIAVERINI, V. Aços e Ferros Fundidos. 7 ed. São Paulo: ABM, 2012. • ASKELAND, D. R. PHULÉ, P.P. Ciência e Engenharia dos Materiais. São Paulo: Cengage Learning, 2008. Avaliações • AV 1 – Prova e Seminário. • AV 2 – Prova e/ou Trabalho. • AV 3 – Prova – Todo o conteúdo da disciplina. Unidade 1 - Revisão Estrutura e Ligação Química Por que conhecer a estrutura atômica? • Os prótons e os nêutrons caracterizam quimicamente o elemento • Os elétrons são influenciados pelos prótons e nêutrons que formam o núcleo atômico • O tipo de ligação depende fundamentalmente dos elétrons • Muitas propriedades dos materiais dependem essencialmente do tipo de ligação entre os átomos Estrutura Atômica • Número atômico: Z = p • Número de massa: A = p + n • Isótopos: átomos de um mesmo elemento químico, com o mesmo número atômico e diferentes números de massa Prótio Deutério Trítio 1H 1 1H 2 1H 3 Z = 1 Z = 1 Z = 1 n = 0 n = 1 n = 2 Ligações Atômicas • Os átomos podem atingir uma configuração estável através da “doação” ou do “ganho” de elétrons • Elemento eletronegativo: ganha elétrons (ânions) • Elemento eletropositivo: doa elétrons (cátions) Ligação Iônica • Transferência de elétrons • Forças interatômicas fortes • Eletricamente neutros Ligação Covalente • Compartilhamento de elétrons • Forças interatômicas fortes • Elementos químicos não metálicos Ligação Metálica • “Mar” de elétrons • Forças interatômicas fortes • Condução térmica e elétrica Estruturas Cristalinas e Geometria dos Cristais Células Unitárias • Pequenos grupos de átomos formam um padrão repetitivo • Paralelepípedos ou prismas • Formam os grãos 15 Cúbica de Corpo Centrado (CCC) • Átomos dispostos nos vértices e no centro de um cubo • NC = 8 • Ferro (ambiente), cromo, lítio, molibdênio, vanádio, etc. Cúbica de Face Centrada (CFC) • Átomos dispostos nos vértices e nos centros das faces de um cubo • NC = 12 • Ferro (acima de 910°C), alumínio, cobre, chumbo, etc. Hexagonal Compacto (HC) • Átomos localizados em cada vértice, no centro das bases de um prisma e três átomos nos centros dos prismas triangulares • NC = 12 • Zinco, magnésio, cobalto, etc. Redes Bravais Polimorfismo Direções Cristalográficas • Linha entre dois pontos ou um vetor Planos Cristalográficos A notação para os planos utiliza os índices de Miller, que são assim obtidos: Obtém-se as intersecções do plano com os eixos. Obtém-se o inverso das intersecções. Multiplica-se para obter os menores números inteiros. Intersecções: ½ , ∞ , 1 Inversos: 2 , 0 , 1 Índices de Miller: (2 , 0 , 1) Planos Cristalográficos Defeitos • Todos os materiais cristalinos reais possuem defeitos • Podem ser benéficos ou não • Podem influenciar as propriedades do material Lacunas Deficiência de ligações entre os átomos Menor distância entre os átomos Distorção na rede cristalina Acúmulo de energia • Ausência de um átomo em uma posição que deveria ser ocupada na estrutura cristalina Defeitos Intersticiais • Presença de um átomo em um interstício da estrutura cristalina Discordâncias • Defeito planar que envolve o posicionamento de uma série de átomos • Papel importante na deformação plástica • Permitem o escorregamento de planos cristalinos que produzem a deformação Contorno de Grão • Materiais reias não possuem estrutura cristalina com uma única orientação • Grãos de mesma fase possuem a mesma estrutura diferindo apenas a orientação • Restringem a movimentação das discordâncias Propriedades dos Materiais Por que e para que ensaiar? • Os ensaios determinam as propriedades mecânicas dos materiais • Simulam as condições de serviço dos materiais Tipos de Carga • Estática: carga aplicada de um modo lento e gradual • Dinâmica: carga aplicada de modo repentino • Fadiga: carga aplicada varia repetidamente Corpos de Prova Principais Instituições Normativas • ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas • ASTM – American Society for Testing and Materials • ISO – International Organization for Standardization Ensaio de Tração • Consiste em submeter o material a um esforço que tende a alongá-lo até a ruptura Ensaio de Tração • CP’s Ensaio de Tração • Tensão x deformação Ensaio de Dureza • Na mecânica, trata-se da resistência à penetração de um material duro em outro Ensaio de Dureza Diagramas de Fases 40 Diagrama de Fases • Informa sobre a microestrutura: pode predizer propriedades mecânicas em função da temperatura e composição • Permite a visualizar a solidificação e fusão • Prevê as transformações de fases • Gera informações termodinâmicas e não apresentam qualquer consideração sobre a cinética das reações 41 Conceitos Básicos • Componentes: metais puros e/ou os compostos que compõe uma liga. Ex.: Latão Cobre e Zinco • Solvente: elemento que se encontra em maior quantidade • Soluto: elemento em menor concentração • Sistema: série de ligas compostas pelos mesmos componentes. Ex.: Sistema Fe-C 42 Conceitos Básicos • Sistema homogêneo: uma única fase • Sistema heterogêneo: mais de uma fase, onde cada uma delas possui propriedades características. Existirá uma fronteira entre as fases com mudança abrupta em suas características Sistema Cu-Ni 43 T e m p e ra tu ra ( °C ) Líquido (L) Linha Solidus Composição (%p Ni) (Cu) (Ni) (solução sólida substitucional CFC) T e m p e ra tu ra ( °F ) +L Linha Liquidus Composição (%at Ni) Temperatura de fusão Cu Temperatura de fusão Ni 44 Determinação das proporções entre as fases: A Regra da Alavanca Inversa 20 30 40 50 1150 1200 1250 1300 1350 Te m pe ra tu ra ( C ) Composição (%p Ni) 1) Traça-se a linha de amarração na temperatura desejada. +L Líquido 2) Determina-se a composição global, ou original, C0 (em termos de um dos componentes) da liga sobre a linha de amarração. 3) Desenha-se linhas verticais dos pontos de interseção até o eixo horizontal. C0 4) Mede-se as distâncias entre a composição global da liga até as fronteiras com as duas fases. R S 45 A fração da fase líquida, WL, é calculada pela razão entre a distância desde a composição global até a fronteira com a fase sólida e o comprimento total da linha de amarração. Ou seja, Determinação dasproporções entre as fases: A Regra da Alavanca Inversa 20 30 40 50 1150 1200 1250 1300 1350 Te m pe ra tu ra ( C ) Composição (%p Ni) +L Líquido C0 R S 0 L L L S W R S C C W C C ou CL C 46 Analogamente, a proporção da fase , W, é Determinação das proporções entre as fases: A Regra da Alavanca Inversa 0 L L L R W R S C C W C C ou 20 30 40 50 1150 1200 1250 1300 1350 Te m pe ra tu ra ( C ) Composição (%p Ni) +L Líquido C0 R S CL C 47 Determinação das proporções entre as fases: A Regra da Alavanca Inversa 20 30 40 50 1150 1200 1250 1300 1350 Te m pe ra tu ra ( C ) Composição (%p Ni) +L Líquido 36,0 R S 31,5 42,5 42,5 36 0,59 42,5 31,5 LW 36,0 31,5 0,41 42,5 31,5 W 48 Exercícios 1) Como e feito um teste de tração. Qual a importância desse teste? 2) Uma liga de cobre-níquel com composição 70%p Ni-30%p Cu é aquecida a partir de 1300° C. Pede-se: a) Em que temperatura se forma a primeira fração de fase líquida? b) Qual a composição dessa fase líquida? 49 Exercícios c) Em que temperatura ocorre a fusão completa da liga? d) Qual é a composição da última fração de sólido que permanece no meio, antes da fusão completa? 50 Exercícios
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