Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
01/11/2016 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS DISCIPLINA : CONTROLE BIOLÓGICO Elisana A. de Moura Pires João Pessoa, 2016 Uso parenteral: injeção, infusão, implantação. Produtos oftálmicos. Produtos Estéreis Os produtos oftálmicos estéreis não apresentam requisição para isenção de pirogênio. Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Pirogênio Termoestáv el; Poucas quantidades é suf iciente para induzir f ebre elev ada (1,0 ng/kg); Porção lipídica do lipopolissacarídeo é responsáv el pelas reações biológicas. Qualquer substância capaz de induzir elev ações térmicas, em resposta a injeções ou inf ecções em animais e humanos. Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Pirogênio Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Pirogênio Pirogênio Endógenos Substâncias sintetizadas por diferentes células do hospedeiro - mediadores primários da febre ; Substâncias obtidas a partir de leucócitos polimorfonucleares, Ex. Pirogênio granulocítico, substâncias de células tumorais. Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Pirogênio Pirogênio Exógeno Microbiana: Bacteriana, fungos, vírus, componentes de bactérias GRAM (-) e toxinas de bactérias GRAM (+); Não microbiana: Alguns fármacos e esteróides. ENDOTOXINAS LPS – cadeias polissacarídeos e fração lipídica- Lipídeo A 01/11/2016 2 Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Atividade biológica Ação tóxica (problemas vasculares, hipotensão, colápso, choque mortal, diarréia, hemorragias intestinais, necrose da medula óssea; Leucopenia, leucocitose, eosinopenia e linfopenia Ação febril: dores, calafrios, náuseas, cefaleia e elevação da temperatura. Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Fontes de contaminação Pricípio ativ o, solv entes ou v eículos; Equipamentos; Material de embalagem; Contaminação durante o processo de f abricação Água para injetáv eis Existem 2 grandes classes de Processos de Despirogenização: a) Processo de Inativ ação b) Processo de Remoção Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Processos de Despirogenização 1) Hidrólise ácido – básica ou alcalina - Reduz ou elimina a ativ idade do LPS, pela desativ ação do lipídeo A ( considerado responsáv el pela ação biológica) HCl 0,05N por 30 min a 100ºC ou Ácido acético glacial 1% por 2 – 3 h a 100ºC NaOH 0,25N por 1 h a 50ºC Aplicação: Despirogenização de materiais Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Processos de Despirogenização 2) Oxidação - Inativ ação oxidativ a da endotoxina bacteriana com peróxido de Hidrogênio (H2O2). É dependente do tempo, pH e concentração. Aplicação: Eliminação de pirogênio da água estéril para injeção USP, solução salina normal, salina dextrose, lav agem de componentes plásticos na f abricação de correlatos. Vantagem : ausência de peróxido no f inal do processo. Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Processos de Despirogenização 3) Alquilação Um agente alquilante é o gás óxido de etileno, que, segundo alguns estudos, pode promov er a redução da ativ idade de endotoxinas bacterianas, além de promov er a esterilização de produtos. Aplicação: produtos médicos - hospitalares Outro agente alquilantes tratamento com anidrido acéticos Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Processos de Despirogenização 01/11/2016 3 4) Processo térmico – Calor seco - Estuf as - Túneis por conv ecção, condução ou irradiação (Inf rav ermelho) Aplicação: Método de escolha para materiais temoresistentes, como f rascos de v idro e instrumentos metálicos Processo de despirogenização: Exposição do material a 250ºC , no mínimo por 30 min. Ocorre incineração. Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Processos de Despirogenização 1) Lav agem - Método mais simples e um dos mais antigos para remoção de endotoxinas. - Ef etiv o - Lav agem com solv ente apirogênico : Água estéril para injetáv eis USP. Aplicação: Vidrarias, dispositiv os médicos, tampas e superf ícies de materiais. Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Processos de Despirogenização 2) Destilação - Método mais antido para remoção de endotoxinas. Mecanismo: Alteração de fase: a) L para V – Água ( v apor) e LPS ( Líquido) LPS ( Alto peso molecular) : tende a cair, dev ido a grav idade. b) V para L – Água Condensa, sem as endotoxinas. Aplicação: Remoção de pirogênio da água Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Processos de Despirogenização 3) Ultraf iltração -Utilização de membranas ultraf iltrantes Tamanho da subunidade básica do LPS: 10.000 a 20.000 daltons. Mecanismo: Filtros despirogenantes – exclusão por peso molecular / tamanho da partícula. Aplicação: Fármacos (ex. antibióticos) e soluções de baixo a médio peso molecular. Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Processos de Despirogenização 4) Osmose rev ersa - Filtração sobre pressão . - Membranas constituída de acetato de celulose ou poliamida, com pequenos poros para exclusão de partículas. Mecanismo: Exclusão por tamanho - poros pequenos impedem a passagem de pirogênios. Aplicação: Produção de água estéril para injeção. Método reconhecido pela USP, assim como o processo de Destilação. - Consegue remov er de 99,5 a 99,9 % da carga pirogênica do sistema. Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Processos de Despirogenização Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Obtenção de Produtos apirogênicos Boas Práticas de Fabricação , d e forma qu e o produto seja obtido apirogênico no primeiro processamento. Deve-se trabalhar durante todo o processo produtivo, em condições adequad as de higien e, relativo a op eradores e ambiente, empregar matérias-primas com baixas cargas microbianas, processo validado e pessoal qualificado. 01/11/2016 4 Teste Pirogênio Controle de Qualidade IN VIVO IN VITRO Reação fisiológica Produtos Intratecal < 50 pg/mL dose de 10 mL/kg Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Teste Pirogênio Controle de Qualidade IN VIVO Grupo de coelhos - Nível padrão de estado febril. Aprovação ou Rejeição > 0,5ºC Inoculação de substância pirogênica Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Animais Sexo masculino, adultos, sádios, albinos, peso mínimo de 1,5kg. Temperatura: 20 a 23ºC. Acondicionamento. Variação térmica indiv idual de 0,2ºCCoelhos em biotério Teste Pirogênio – Método in vivo Controle de Qualidade Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Medir temperatura (Tc): T1 (40 min) + T2 (10 min) /2 = < 39,8. Dif erença < 1,0 ºC Coelhos em biotério Teste Pirogênio Controle de Qualidade Condições do Teste in vivo Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Condições do Teste in vivo Preparar a amostra de acordo com a monograf ia do produto; Aquecer 35 a 39ºC; 3 animais Coelhos em biotério Teste Pirogênio Controle de Qualidade Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Condições do Teste in vivo 0,5 mL a 10mL/kg Tempo de 4 min. Anotar a temperatura em interv alos de 30min/3h; Termopar ou termomêtro (6cm). Coelhos em biotério Teste Pirogênio Controle de Qualidade Pirogênio e Endotoxina Bacteriana 01/11/2016 5 Interpretação do Teste Teste Pirogênio Controle de Qualidade Animais TC TM Diferença 1 39,o 39,5 0,5 2 39,1 39,4 0,3 3 39,1 39,0 0,0 Passa no teste: Dif erença entre as temperaturas máxima e controle inf erior a 0,5 ºC. Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Teste Pirogênio Controle de Qualidade Animais TC TM Diferença 1 39,o 39,5 0,5 2 39,1 39,4 0,3 3 39,1 39,0 0,0 4 39,5 39,3 0,3 5 39,6 39,5 0,1 6 39,3 39,0 0,3 7 39,5 39,0 0,5 8 39,5 39,0 0,53 dos 8 com temperaturas igual ou maior que 0,5ºC. Soma dos aumentos < 3,3 ºC. Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Teste Pirogênio Controle de Qualidade Teste negativ os : os animais podem ser reutilizados após 48h. Teste positiv o : os animais podem ser reutilizados após duas semanas. Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Teste Pirogênio - Desvantagens Controle de Qualidade Método demorado; Env olv e número grande de animais; Limitado para medicamentos como esteroides e quimioterápicos; Ensaio qualitativ o. Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Teste Endotoxinas - Método LAL (Limulus Amebocyte Lysate) Controle de Qualidade Sangue f ormav a coágulo em gel sólido; Bactérias Gram (-) doença f ulminante; Lise dos Amebócitos Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Controle de Qualidade -Extraído o sangue; -Centrif ugado; - Amebócitos são lisados; - Liof ilizados – 3 anos a 4ºC. Pirogênio e Endotoxina Bacteriana 01/11/2016 6 Teste Endotoxinas - LAL Controle de Qualidade Limite baixo de detecção; Maior especif icidade; Menor custo; Menor v ariabilidade dos resultados. Quantitativ o. Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Teste Endotoxinas - LAL Controle de Qualidade Reação enzimática entre o lisado (LAL) e a endotoxina resulta na f ormação de um gel protéico. Coagulogênio do limulus em coagulina. Método de Coagulação em Gel – Gel CLot (0,01 – 0,03 EU/mL) Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Microbiologia de Produtos Estéreis Teste Endotoxinas - LAL Controle de Qualidade Condições do Teste in vitro Todos os materiais dev em ser apirogênico; A água reagente para o LAL dev e ser estéril para injetáv eis; 0,1 mL da amostra e 0,1 mL do LAL; Temperatura ótima 37 por 1h ºC; Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Controle de Qualidade Método de Coagulação em Gel Teste Endotoxinas - LAL Controle de Qualidade Teste in vitro Curv a de calibração entre o reagente LAL e Endotoxina padrão; E. Coli. LAL Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Teste Endotoxinas - LAL Controle de Qualidade Método Fotométrico - Turbidimétrico Turbidez após conv ersão de coagulogênio em coagulina (340 nm). Pirogênio e Endotoxina Bacteriana 01/11/2016 7 Teste Endotoxinas - LAL Controle de Qualidade Método Fotométrico - Cromogênico Substrato cromogênico: p-nitroanilida – f orma coloração amarela (405 nm); Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Pirogênio e Endotoxinas Controle de Qualidade Boas Práticas de Fabricação Pirogênio e Endotoxina Bacteriana Tempo de manipulação e f ase de esterilização Matéria-prima – Água para injetáv eis Produtos que justif icam o processo de despirogenização: Biológicos e água para injetáv eis. Referências RDC 17, 2010 (BPF) Pirogênio e Endotoxina Bacteriana
Compartilhar