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HPE_Aula_Keynes_I

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John Maynard Keynes
A Revolução contra o mito do mercado auto-regulador
Prof. Giorgio Romano
Tídia: Prof. Giorgio HPE
17 de novembro de 2011
Três grandes obras da economia
1776 	A Riqueza das Nações – Adam Smith
		An Inquiry into the nature and causes of the wealth of 	Nations
1867 	O Capital – Karl Marx
1936 	Teoria Geral do Emprego, do Juro e do Dinheiro/ 
		The General Theory of Employment, Interest and Money
		John Maynard Keynes
		
Monetarismo
Qual o papel do dinheiro/ moeda na economia?
Como administrar a moeda?
Dinheiro como mercadoria. Características:
divisível
valor concentrado
Dinheiro como instrumento para armazenar valor 
Surgimento bancos (Itália, Veneza, Sec. XIII/XIV)=> 
aumenta oferta dinheiro
Surgimento sistema bancário
1609 Banco de Amsterdam como banco de depósito 
(incl. moedas adulteradas)
De depósito para empréstimo => criação de dinheiro
deposito => depósito + empréstimo
repasse de títulos/ notas emitidos pelos bancos para terceiros
Necessidade de organizar o setor bancário =>
Criação Banco Central ( monopólio emissão papel-moeda)
Regulação bancária (min. Reservas/ empréstimos)
Criação dinheiro com dívida pública
Dívida pública: títulos lastreados em reservas de moedas
metálicos
valor títulos > reservas = receita par o Estado 
=> emissão de papel moeda como alternativa a empréstimos ou
tributação.
Ex. Revolução dos EUA financiada com Continental Notes
Durante a Guerra Civil: emissão de “greenbacks” como moeda
fiduciária
Dinheiro neutro ou força estimuladora?
Dinheiro neutro
Irving Fisher (1867-1947): The Purchasing Power of Money
		P = MV + M´V´/ T
P = preços
M= dinheiro comum (papel moeda) em circulação
V = velocidade (taxa de rotatividade)
M´= depósitos bancários/ conta corrente (gasto com cheques)
V´= velocidade circulação depósitos 
T = número de Transações = nível de atividade econômica
T, V e V´ relativamente constante a curto prazo =>
nível de dinheiro em circulação afeta diretamente o nível dos
preços =>importância do Estado controlar a oferta de dinheiro
Dúvida: o que é dinheiro as ser considerado?
Dinheiro neutro
Dinheiro neutro
intermediário para facilitar troco
depósitos lastreados em ouro (intercambiáveis)=> padrão ouro
 
Monetaristas (Milton Friedman): oferta de dinheiro só pode
aumentar quando nível de atividade econômica aumenta 
Reação inicial a crise 1929
Visão (neo) classica: equílibrio através de ajustes automáticos => fazer nada
Schumpeter: recuperação ocorreria por ela mesma e só será solida e saudável se ocorrer por ela mesma.
=> política de Herbert Hoover até março de 1933
Características visíveis da crise 1929
deflação (falências, queda 50% na produção industrial)
desemprego (25%)
impacto desproporcional sobre grupos vulneráveis
=> pressão para romper com a ortodoxia classica
Trial and error do Governo FDR
Plano Warren: governo FDR começou a pagar mais pelo ouro
	(compare Quantitive Easening QE) => desvalorizou US$
	Obs medida era ineficaz porque ouro havia sido confiscado/ iria
	valer só para ouro novo
	=> ineficacia + forte oposição comunidade financeira/ imprensa:
	1934 abandono Plano Warren: fixação dólar em 35 por onça 
	(28,6 gr)
Influência economistas agrícolas no governo FDR=> garantias
	retornos mínimos + política de estoques para determinar preços
	agrícolas.
Trial and error do Governo FDR
Governo tinha baixado os juros => excesso de reservas disponíveis
nos bancos americanos, mas não havia demanda por crédito.
 
Conclusão Keynes 
É possível reduzir o volume de empréstimos bancários, reduzindo a oferta de dinheiro;
não é possível aumentar empréstimos bancários, aumentando a oferta de dinheiro (baixar juros/ aumentar crédito não garante aumento da demanda)
Solução: expansão da demanda via governo por meio de gastos
públicos 
Precursoras New Deal
Alemanha Bismark (1884-1887) leis de proteção para trabalhadores contra acidentes, doenças, velhice, incapacidade;
Inglaterra com Leis de Lloyd George (1911): seguro contra doença/ invalidez, seguro-desemprego => novos impostos;
Suécia (economista Knut Wicksell);
Experiência no governo estadual de Wisconsin 
New Deal - Políticas Sociais
Ortodoxia clássica era contra previdência social, porque
implicaria em redistribuição. 
Artur Cecil Pigou, neoclássico: utilidade marginal do dinheiro
há sim diminuição da, logo redistribuição pode aumentar bem
-estar social
 
1935 Social Security Act (legislação federal)
Verbas federais para os Estados cuidarem de seus idosos e outros fins previdenciários;
sistema federal/ estadual de seguro-desemprego;
sistema nacional compulsório de aposentadoria.
=> tributação específica sobre folha de pagamento
New Deal - Políticas Sociais
Argumentos da oposição empresarial:
contra livre iniciativa
destruidora da motivação individual 
seguro desemprego=> ninguém mais vai trabalhar
aposentadoria=> ninguém mais vai poupar
Contra desemprego: frentes de trabalho e obras públicas
1935 National Labour Relations Act (Wagner Act)
Depois da Grande Depressão: políticas de bem estar social
parte do capitalismo moderno.
 
Revolução Keynesiana
Equilíbrio pode se dar no desemprego;
negação Lei de Say (pode haver demanda insuficiente);
governo pode usar déficit nominal para manter nível da demanda: gastos públicos financiador por empréstimos para manter a demanda e o nível de emprego. 
	(1936 déficit público: 4,2% do PIB)
 
Keynes e sua época
aluno do Alfred Marshall
aceitava o sentido e a ordem do sistema social vigente
ativista do Partido Liberal
Keynes criticou Acordo de Paz de Versalhes (1919) por ser 
vingativo e irrealista 
Cláusulas de reparação da guerra=> esforço exigido iria
prejudicar a própria Europa => Publicou livro 
The Economic Consequences of the Peace
Keynes e a teoria neoclassica
Perguntas centrais para os (neo) classicos; 
Como os preços são estabelecidos e como a renda é distribuída 
 
Perguntas centrais para Keynes:
Como se determinam os níveis de produção e emprego
“Postulados da teoria clássica se aplicam apenas a um caso
 especial, e não ao caso geral”
Keynes questiona a teoria neoclássica
reduzir a multiplicidade de motivações dos agentes econômicos a um agente único;
reduzir expectativas heterogêneas, previsões e estado de confiança díspares a regras comportamentais gerais e uniformes;
reduzir informações diferenciadas e assimétricas ao pleno acesso dos agente às informações;
reduzir cálculo capitalista a uma questão de mera racionalidade econômica dos agentes envolvidos
Keynes e a Lei de Say
Crítica Keynes: não se pode contar que toda a renda reflua sob
forma de demanda: parte da renda pode perder-se (economias não
usadas/ não investidas) 
Obs. visão (neo) clássica: poupança = investimento
Renda não gasta =>
	- redução demanda global efetiva =>
	- queda nível de produção/ emprego
Demanda efetiva = 	capacidade de absorção em certo nível de 			preços
 
Propensão marginal ao consumo
Declínio propensão marginal ao consumo (diminuição consumo decorrente dos incrementos adicionais da renda) => 
	aumenta poupança
Ricos tendem a poupar uma proporção maior de sua renda do que os pobres => Keynes defendia distribuição de renda + restrições a atividades rentistas
Mas: nada garante que poupança seja investida/gasta (pode haver preferência para a liquidez)
	Durante crises: tendência aumenta retenção dinheiro vivo 
	(fuga pra liquidez)
Fluxo circular: 
produção= renda= consumo?
Vazamento	
Poupança
Importações
Impostos
Injeções
Financiamento de investimentos em bens de capital
Exportações
Gastos do governo
Desemprego e Sindicatos
Visão neo-classica: sindicatos provocam salários elevados e
rígidos demais.
Keynes: o que vale pra o empregador não é valido para a
sociedade como um todo => 
importância defesa poder aquisitivo/ demanda efetivo global. 
Nível do emprego depende da demandaagregada (consumo/
investimento)
Consumo
Consumo precisa ser estimulado para acompanhar a produção.
Produção não cria sua própria demanda (focar padrões de gastos e
poupança)
 
multiplicador = relação entre alteração consumo/investimento –
nível da demanda agregada
O que incentiva investimento: 
taxa de juros (custo)
taxa de retorno esperado de novos investimentos (ganho)
se não houver expectativa de lucros não adianta baixar os
	juros
Formação de expectativas e investimento
O que determina expectativas dos empresários acerca da
rentabilidade de projetos de investimento? 
	a) julgamento
	b) confiança
São as expectativas que determinam o volume de emprego
oferecido pelas empresas (expectativas atuais a respeito dos
custos e vendas futuras)
Estado de expectativas está sujeito a variações constantes =>
oscilações (movimentos cíclicos) / novas expectativas surgem
antes que a anterior haja produzido o seu efeito
Formação de expectativas e investimento
Curto prazo preço que um fabricante pode esperar obter pela sua
produção no momento em que se compromete em iniciar a
produção (utilização capacidade instalada).
Expectativa de curto prazo: muito influenciado pelos resultados
realizados (se confundem com os esperados)=> resultados mais
recentes desempenham papel predominante na determinação de
expectativas.
Formação de expectativas e investimento
Medio/longo prazo
preço que o empresário pode esperar ganhar sob forma de 
rendimentos futuros no caso de compra de bens de capital
(ampliar capacidade instalada).
Expectativa de longo prazo: renda esperada de um ativo
Problema: fatos atuais desempenham papel desproporcional na
formação de nossas expectativas a longo prazo (extrapolação).
Formação de expectativas e investimento
Capitalismo moderno:
	separação entre propriedade e gestão
	desenvolvimento mercados financeiros organizados
bolsas de valores: formação de expectativas/ (re)avaliação
investimentos todos os dias => influência decisiva sobre o
montante do investimento corrente.
 
Problema: predominância futuro imediato.
Precariedade mercados de capitais
Redução do elemento de real conhecimento na avaliação dos investimentos;
influência excessiva (“e mesmo absurda”) de flutuações de curto prazo (comportamento de manada); 
em particular em períodos anormais, mercados sujeitos à onda de sentimentos otimistas ou pessimistas (overshooting);
papel dos profissionais de mercado financeiro: não fazem previsões abalizadas a longo prazo sobre a renda provável de um investimento, mas: prever mudanças de curto prazo (focar liquidez). 
	Sucesso imediato > avaliação de investimento baseado nas previsões a longo prazo.
Precariedade mercados de capitais
Especulação: atividade que consiste em prever a psicologia do mercado
Empreendimento: prever a renda provável dos bens durante toda a sua existência
Fatores determinantes:
	grau de confiança do próprio especulador
	grau de confiança das instituições de crédito para 	disponibilizar recursos
=> baixa provocado por uma das duas/ recuperação exige ambos 
Obs. Investidor que se proponha a ignorar flutuações de curto
prazo, necessita mais recursos própios
Especulação 
Situação 1) apensar bolhas num fluxo constante de
empreendimento => não causa dano
Situação 2) desenvolvimento do capital se converte em
subproduto das atividades de um cassino.
 
Wall street deveria “conduzir os novos investimentos pelo canais
mais produtivos em termos de rendimento futuro” e não operar
como cassino financeiro.
Sugestão Keynes para atenuar elemento especulativo: imposto
sobre transferências.
Crítica Keynes contra política clássica anti-crise 
Governo não pode esperar advento de forças autocorretivas (equilíbrio do desemprego pode ser persistente);
não se pode esperar que o desemprego fizesse baixar os salários=> pode levar a um equilíbrio mais baixo de produção/ emprego;
juros baixos não estimulam automaticamente os investimentos (preferência por liquidez).
Solução: intervenção do governo para aumentar nível dos gatos
em investimentos (déficit intencional)
Convenção keynesiana
Jovens economistas do governo FDR usaram ideias novas para
justificar as políticas já existentes de obras públicas, gastos
deficitários e política monetária frouxa (política expansionistas)
surgimento nova convenção. 
Keynes participa como representante dos governo britânico nas
negociações em Bretton Woods (1944)
Keynes e o capitalismo
Keynes: abandonou somente premissa do ajusto automático pelo
mercado. Objetivo: salvar o capitalismo da autodestruição.
Governo não deveria intervir no lucro dos capitalistas, somente
defesa grau menos extremo de desigualdade da distribuição da
riqueza e da renda. 
 
Função governo é ajustar a propensão a consumir e a propensão a
investir: “ o único meio praticável de se evitar a destruição das
formas econômicas existentes, como também como a condição
para o bom funcionamento da iniciativa individual, quer dizer, a
busca de lucro”.
Keynes e o capitalismo
Marx: estudo da instabilidade do capitalismo para promover a
sua derrubada.
Keynes: estudar a instabilidade para promover a sua salvação.
 
Sobre desigualdades: 
“...as inclinações humanas perigosas podem ser canalizadas para fins relativamente inofensivos, dando-se aos homens oportunidades de ganhar dinheiro e ter riqueza”.
 “...existe uma justificativa social e psicológica para as grandes desigualdades de renda e de riqueza...
mas não para tão grande disparidades como as que existem hoje.”
Keynes e a causa da crise
Marx, Hobson, Keynes: causa da Depressão era a incapacidade
de os capitalistas encontrarem oportunidades de investimento
suficientes para compensar os níveis cada vez mais altos de
poupança gerados pelo crescimento econômico.
Marx: doença incurável
Hobbes: curo passa por medidas para igualar a distribuição de renda, diminuindo a poupança
	Problema: poder política das elites
Keynes: governo pode interferir tomando emprestado o excesso de poupança e gastar o dinheiro em projetos socialmente uteis (obras publicas) => capitalismo podia ser salvo, se o governo usasse corretamente seu poder de tributar, tomar emprestado e gastar dinheiro.
Keynes e o endividamento público
Keynes: gastos do governo financiados por empréstimos mais
eficazes para estimular demanda agregada do que os gastos
financiados pela tributação
 
Sucesso políticas keynesianas => gerou estrutura precária de
endividamento 
Moratória de um grande tomador afeta credores, que por sua vez
são também grande devedores => reação mundial em cadeia
Endividamento EUA

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