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Direito do Trabalho IIDireito do Trabalho II Profª. Ana Luiza Vieira de Vasconcellos Aula 6 ESTABILIDADE E A GARANTIA ESTABILIDADE E A GARANTIA DE EMPREGODE EMPREGO Princípio constitucional de proteção contra despedida arbitrária Estabilidade: conceito, classificação, hipóteses, requisitos Decenal Gestante Proteção à maternidade Licença maternidade Acidentado Dirigente sindical Representantes dos empregados na CIPA Objetivos da segurança e medicina do trabalho Comissão interna de prevenção de acidentes de trabalho (CIPA) Representantes dos empregados na Comissão de Conciliação Prévia Representantes dos empregados no Conselho Curador do FGTS Representantes dos empregados no Conselho Previdenciário Servidor Público Celetista da Administração direta, autárquica ou fundacional - art. 41 da CRFB/88 Readmissão e reintegração ESTABILIDADE E GARANTIA DE EMPREGO ConceitoConceito Estabilidade é o direito do trabalhador de permanecer no emprego, mesmo contra a vontade do empregador, enquanto existir uma causa relevante e expressa em lei que permita sua dispensa" (Amauri Mascaro Nascimento). ClassificaçãoClassificação convenções coletivas. a) estabilidade definitiva (absoluta): empregado decenal e empregado público. b) estabilidade temporária (provisória): dirigente sindical, representante dos trabalhadores no CNPS, dirigente de associação profissional; c) garantia de emprego (relativa): cipeiro e gestante; d) garantias especiais (híbridas): acidentado, menor aprendiz matriculado no SENAI ou no SENAC (DL 8.622/46), Lei 9.029/95 (art. 4) e NR-7, precedentes normativos 80 (empregado alistando), 85 (empregado aposentando), 77 (empregado transferido) e as garantias de emprego provenientes de Sentenças normativas, acordos coletivos e convenções coletivas. HipótesesHipóteses a) os empregados, urbanos e rurais, salvo os domésticos, não optantes do FGTS, que completaram dez anos de serviço na mesma empresa ou grupo de empresas, até 05 de outubro de 1998, também denominada estabilidade decenal. b) os empregados eleitos para órgãos de administração das entidades sindicais (sindicatos, federações e correspondentes suplentes, desde o registro da candidatura até um ano após o final do mandato (art. 8º, VIII, da CF e o parágrafo 3º do art. 543 da CLT), inclusive os que atuam na atividade rural (parágrafo único do art. 1º da Lei 5.889/73). c) os empregados eleitos por entidade sindical para representantes, e respectivo suplente da categoria, grupo ou ramo profissional em tribunal do trabalho, conselho de previdência social ou colegiado de outros órgãos públicos (arts. Citados na alínea anterior). d) os empregados eleitos para o cargo de direção e representação (art. 511 da CLT), a partir do registro da candidatura até um ano após o final do mandato (parágrafo 3º do art. 543 da CLT). e) os empregados eleitos diretores de cooperativas por ele criadas nas empresas em que trabalham (Lei 5.764/71); f) os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, da administração direta, autarquias e fundações de direito público, admitidos sob o regime trabalhista (CLT – FGTS) e em exercício na data da promulgação da Carta Magna de 1988 há, pelo menos, cinco anos contínuos, ressalvada a hipótese de cargo, função ou emprego de confiança ou em comissão (art. 19 do referido ato). g) os titulares e suplentes da representação dos trabalhadores no Conselho Nacional (da Previdência Social, até um ano após o término do mandato (art. 3º, parágrafo 7º da Lei 8.213/91). independentemente da percepção de auxílio-acidente (art. 118 da Lei 8.213/91). h) os titulares e suplentes da representação dos trabalhadores no Conselho Curador do FGTS, até um ano após o término do mandato (art. 3º, parágrafo 9º da Lei 8.036/90). i) os titulares e suplentes de representação da CIPA, até um ano após o término do mandato (art. 10, II, a, do ADCT e 165 da CLT). j) à empregada, desde a confirmação da sua gravidez até cinco meses após o parto (art. 10, II, "b" do ADCT). l) ao empregado que sofreu acidente do trabalho pelo prazo de doze meses, após a cessação do auxílio- doença acidentária da Previdência Social, independentemente da percepção de auxílio-acidente (art. 118 da Lei 8.213/91). Reintegração – consiste no direito que tem o empregado de restabelecer o vínculo de emprego rompido e o retorno ao trabalho. Ocorre quando a dispensa é nula, pois o empregado tinha estabilidade no emprego – há um único contrato de trabalho – Portanto, o empregado faz jus aos salários e demais verbas trabalhistas do período de afastamento – art. 495, CLT. Reintegração x readmissão Readmissão – consiste na recontratação do empregado que prestou serviços ao empregador por certo período e foi dispensado, e retornou, voltou a trabalhar para o mesmo empregador. Há dois contratos de trabalho, formados em períodos distintos. Na vigência da estabilidade decenal esse instituto tinha relevância, pois o tempo de serviço prestado, para a mesma empresa, nesses contratos anteriores eram somados para efeito de estabilidade decenal – art. 453, caput, CLT. Reintegração x readmissão ESTABILIDADE- GESTANTE Garantia de emprego à gestante Art. 10, II, b, ADCT Desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto Súmula nº 244, TST Estabilidade começa com a concepção – interpretação da S. 244, I do TST NOTA ESTABILIDADE- GESTANTE S. 244, TST I – O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador, não afasta estabilidade ou indenização decorrente da estabilidade II – A garantia de emprego só autoriza reintegração se esta se der durante o período da estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período da estabilidade III – Não há direito à empregada gestante à estabilidade provisória na admissão mediante contrato de experiência, visto que extinção da relação de emprego, em face do término do prazo, não constitui dispensa arbitrária ou sem justa causa 13 ESTABILIDADE - ACIDENTE DE TRABALHO Previsão legal: Art. 118, Lei nº 8.213/91 Prazo: 12 (doze) meses A garantia de emprego tem início com a cessação do auxílio doença acidentário S. 378, TST. NOTA Pressupostos da estabilidade afastamento superior 15 dias percepção auxílio doença acidentário SALVO, constatada doença profissional após despedida ESTABILIDADE- DIRIGENTE SINDICAL Estabilidade provisória Art. 8º, VIII da CRFB/88 e Art. 543, §3º da CLT Desde o registro da candidatura até 1 (um) ano após o término do mandato Súmula nº 369, TST Súmula nº 379, TST OJ: 365, SDI-I, TST NOTA OJ: 369, SDI-I, TST – Delegado sindical = não tem estabilidade ESTABILIDADE- EMPREGADO ELEITO DIRETOR DE COOPERATIVA Art. 55 da Lei 5.764/71. Somente os titulares, não abrangem os suplentes. OJ - 253, SDI-I, TST. Estabilidade-Representação dos empregados na CIPA Garantia de emprego Art. 10, II, a, do ADCT/88 e Art. 165 da CLT Desde o registro da candidatura até 1 (um) ano após o término do mandato Súmula nº 339, TST Presidente CIPA = designado pelo empregador (art. 164, § 5º, CLT = não tem estabilidade Cipeiro eleito pelos empregados tem estabilidade, mas pode ser dispensado por motivo: técnico, econômico, financeiro e disciplinar NOTAS Estabilidade-Representação dos empregados na CCP Garantia de emprego Art. 625-B, §1º da CLT Até 1 (um) ano após o término do mandato ESTABILIDADE- EMPREGADO NOMEADO PARA REPRESENTAR OS TRABALHADORES NO CONSELHO CURADOR DO FGTS (art. 3º §9º, Lei nº 8.036/90) - Prazo: desde a nomeação até um ano após o término do mandado - Abrangetitulares e suplentes - Somente podem ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através de processo sindical ESTABILIDADE – EMPREGADO NOMEADO PARA REPRESENTAR OS TRABALHADORES NO CONSELHO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – art.3º, §7º, Lei nº 8.213/91 - Prazo: desde a nomeação até um ano após o término do mandado - Abrange titulares e suplentes - Somente podem ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através de processo judicial SERVIDOR PÚBLICO CELETISTA Administração direta, autárquica, fundacional (inclusive de dir. privado que recebe dotação ou subvenção do poder público (OJ- 364, SDI-I, TST) Sociedade economia mista empresa pública Regido pela CLT direito do trabalho Estabilidade após 3 anos efetivo serviço S. 390, I, TST Não tem estabilidade S. 390, II, TST A dispensa independe de motivação, salvo, empregado da ECT OJ – 247, SDI-I, TST SERVIDOR PÚBLICO CELETISTASERVIDOR PÚBLICO CELETISTA sociedade economia mistasociedade economia mista empresa públicaempresa pública Não tem estabilidade – S. 390, II, TST A dispensa de servidor público celetista concursado, da sociedade de economia mista ou empresa pública – independe de motivação – OJ 247, SDI-1, TST EXCEÇÃO – EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS - Art. 12, Decreto Lei nº 509/69 ESTABILIDADE – EMPREGADO NOMEADO PARA REPRESENTAR OS TRABALHADORES NO CONSELHO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – art.3º, §7º, Lei nº 8.213/91 - Prazo: desde a nomeação até um ano após o término do mandado - Abrange titulares e suplentes - Somente podem ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através de processo judicial
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