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GARANTIAS PROVISÓRIAS DE EMPREGO

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GARANTIAS DE EMPREGO
* CONCEITO: limitação ao direito potestativo de dispensa arbitrária ou sem justa causa
CR - Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar*, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
ADCT - Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar* a que se refere o art. 7º, I, da Constituição:
I - fica limitada a proteção nele referida ao aumento, para quatro vezes, da porcentagem prevista no art. 6º, "caput" e § 1º, da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966 ; (40% do FGTS)
1) ESTABILIDADE DECENÁRIA
* CONCEITO: limitação permanente ao direito potestativo de dispensa sem justa causa por parte do empregador garantido ao empregado que implementou seus requisitos.
* NATUREZA JURÍDICA: LEGAL
* REQUISITOS: 10 anos de serviço para mesma empresa desde que não optasse pelo regime do FGTS
* SÓ PODE SER DISPENSADO COM INQUÉRITO JUDICIAL QUE APURE A FALTA GRAVE
* CONSEQUÊNCIAS DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 1988: FGTS deixou de ser optativo. Só quem já tinha 10 anos de serviço e era estável que continua como estável até hoje.
2) GARANTIAS PROVISÓRIAS DE EMPREGO
* CONCEITO: limitação provisória ao direito potestativo de dispensa sem justa causa por parte do empregador garantido ao empregado que implementou seus requisitos.
* NATUREZA JURÍDICA: LEGAL, CONTRATUAL (AIT, CCT, ACT) E UNILATERAL (REGULAMENTO DA EMPRESA)
* MODALIDADES:
2.1) DIRIGENTE SINDICAL
2.1.1) FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: ART. 8º, VIII CR + 543, §3º DA CLT
ART. 8º, VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
ART. 543 - § 3º - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação.
2.1.2) FINALIDADE: resguardar a independência na defesa dos direitos da categoria
2.1.3) REQUISITOS:
* Se candidatar ao cargo dirigente sindical antes de receber o aviso prévio: ART. 543, §5º + SÚM. 369, I e V do TST:
ART. 543, § 5º - Para os fins deste artigo, a entidade sindical comunicará por escrito à empresa, dentro de 24 (vinte e quatro) horas, o dia e a hora do registro da candidatura do seu empregado e, em igual prazo, sua eleição e posse, fornecendo, outrossim, a este, comprovante no mesmo sentido. O Ministério do Trabalho e Previdência Social fará no mesmo prazo a comunicação no caso da designação referida no final do § 4º.
SÚM. 369, I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho.
SÚM. 369, V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho.
- IMPORTANTE: TST entende ser constitucional a limitação a 7 o número de dirigentes sindicais: ART. 522 + SÚMULA 369, II
Art. 522. A administração do sindicato será exercida por uma diretoria constituída no máximo de sete e no mínimo de três membros e de um Conselho Fiscal composto de três membros, eleitos esses órgãos pela Assembleia Geral.
SÚM 369, II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes.
* Exercer cargo que efetivamente discute as melhorias da categoria profissional com a categoria econômica: OJ 365 SBDI-1
OJ 365. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. MEMBRO DE CONSELHO FISCAL DE SINDICATO. INEXISTÊNCIA 
Membro de conselho fiscal de sindicato não tem direito à estabilidade prevista nos arts. 543, § 3º, da CLT e 8º, VIII, da CF/1988, porquanto não representa ou atua na defesa de direitos da categoria respectiva, tendo sua competência limitada à fiscalização da gestão financeira do sindicato (art. 522, § 2º, da CLT).
* Exercer cargo eletivo e não delegado: ART. 517, §2º - OJ 369 SBDI-1
ART. 517, § 2º Dentro da base territorial que lhe for determinada é facultado ao sindicato instituir delegacias ou secções para melhor proteção dos associados e da categoria econômica ou profissional ou profissão liberal representada.
OJ SDI-I 369. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. DELEGADO SINDICAL. INAPLICÁVEL.
O delegado sindical não é beneficiário da estabilidade provisória prevista no art. 8º, VIII, da CF/1988, a qual é dirigida, exclusivamente, àqueles que exerçam ou ocupem cargos de direção nos sindicatos, submetidos a processo eletivo.
* Exercer no empregador atividade correspondente a da categoria para qual foi eleito dirigente sindical: SUM 369, III + ART. 511, §3º CLT
Art. 511, § 3º - Categoria profissional diferenciada é a que se forma dos empregados que exerçam profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial ou em consequência de condições de vida singulares.
SÚM 369, III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente.
2.1.4) DISPENSA: necessidade de falta grave apurada por inquérito judicial: SÚM. 379 TST + 197 STF
STF Súmula nº 197 - Empregado com Representação Sindical - Despedida - Inquérito em que se Apure Falta Grave
O empregado com representação sindical só pode ser despedido mediante inquérito em que se apure falta grave.
PRAZO DECADENCIAL - Art. 853 - Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra empregado garantido com estabilidade, o empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou Juízo de Direito, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da suspensão do empregado.
SÚM 379 - DIRIGENTE SINDICAL. DESPEDIDA. FALTA GRAVE. INQUÉRITO JUDICIAL. NECESSIDADE
O dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta grave mediante a apuração em inquérito judicial, inteligência dos arts. 494 e 543, §3º, da CLT.
* Possibilidade de retorno por tutela antecipada: Art. 659, X da CLT.
ART. 659, X - conceder medida liminar, até decisão final do processo, em reclamações trabalhistas que visem reintegrar no emprego dirigente sindical afastado, suspenso ou dispensado pelo empregador.
2.2) EMPREGADA NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
2.2.1) FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: ART. 10, II, b DO ADCT E ART. 25, PAR ÚNICO, LEI COMPLEMENTAR 150
ART. 10 - II - fica vedada a dispensa ARBITRÁRIA ou sem justa causa:
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
(DOMÉSTICA) Art. 25. ... Parágrafo único. A confirmação do estado de gravidez durante o curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea “b” do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
2.2.2) REQUISITOS:
* Desnecessidade de conhecimento pela gestante ou pelo empregador do estado gravídico: Súmula 244, I do TST
SÚM 244 - GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT).
* Há garantia ainda que em contrato por prazo determinado: Súmula 244, III do TST
III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória previstano art. 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado.
EXCEÇÃO DA ESTABILIDADE EM CONTRATOS POR PRAZO DETERMINADO
1 – APRENDIZ:
PARA PROVAS COLOCAR QUE TEM ESTABILIDADE
ESTABILIDADE PROVISÓRIA DA GESTANTE. CONTRATO DE APRENDIZAGEM. INAPLICABILIDADE. Não se tratando de típica relação de emprego, o contrato de aprendizagem, cujo objetivo é a formação técnico-profissional do menor aprendiz (artigo 428 da CLT), detém natureza especial, que afasta a estabilidade garantida à gestante. (TRT da 3.ª Região; PJe: 0011457-87.2015.5.03.0036 (RO); Disponibilização: 24/03/2017, DEJT/TRT3/Cad.Jud, Página 1213; Órgão Julgador: Decima Turma; Relator: Lucilde D'Ajuda Lyra de Almeida)
2 – TEMPORÁRIO
 2º Incidente de assunção de competência do pleno do TST: 
"é inaplicável ao regime de trabalho temporário, disciplinado pela Lei n.º 6.019/74, a garantia de estabilidade provisória à empregada gestante, prevista no art. 10, II, b, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias"
* Há garantia ainda que a gravidez ocorra durante o aviso prévio: artigo 391-A da CLT.
Art. 391-A. A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
*ADOTANTE:
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se AO EMPREGADO ADOTANTE ao qual tenha sido concedida guarda provisória para fins de adoção.
Lei Complementar 146/14 estendeu estabilidade a quem detiver a guarda de seu filho em caso de morte da gestante
Art. 1º - O direito prescrito na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, nos casos em que ocorrer o falecimento da genitora, será assegurado a quem detiver a guarda do seu filho.
2.2.3) POSSIBILIDADE DE REINTEGRAÇÃO: para ser reintegrada, deve requerer durante o período estabilitário: Súmula 244, II do TST
II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. 
Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade.
MAS SE AJUIZAR DEPOIS DO PRAZO, PERDE?
NÃO: OJ - 399. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. AÇÃO TRABALHISTA AJUIZADA APÓS O TÉRMINO DO PERÍODO DE GARANTIA NO EMPREGO. ABUSO DO EXERCÍCIO DO DIREITO DE AÇÃO. NÃO CONFIGURAÇÃO. INDENIZAÇÃO DEVIDA. 
O ajuizamento de ação trabalhista após decorrido o período de garantia de emprego não configura abuso do exercício do direito de ação, pois este está submetido apenas ao prazo prescricional inscrito no art. 7º, XXIX, da CF/1988, sendo devida a indenização desde a dispensa até a data do término do período estabilitário.
2.2.4) NÃO NECESSITA DE INQUÉRITO PARA DISPENSA
DISCUSSÃO: Pode permitir que o empregador exija o exame para dispensa?
2.3) EMPREGADO ELEITO PARA CARGO DIREÇÃO DA CIPA
2.3.1) REQUISITOS: ART. 10, II, a DA ADCT + SÚMULA 339 (SUPLENTE)
ART. 10, II - fica vedada a dispensa ARBITRÁRIA ou sem justa causa:
a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato;
SÚM 339 - CIPA. SUPLENTE. GARANTIA DE EMPREGO. CF/1988 
I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988. 
* ART 163 E SS
Art. 163 - Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas. 
Parágrafo único - O Ministério do Trabalho regulamentará as atribuições, a composição e o funcionamento das CIPA (s).
Art. 164 - Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos empregados, de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na regulamentação de que trata o parágrafo único do artigo anterior. 
§ 1º - Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles DESIGNADOS. 
§ 2º - Os representantes dos empregados, TITULARES E SUPLENTES, serão ELEITOS em escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados. 
§ 3º - O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um) ano, permitida uma reeleição. 
§ 4º - O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro suplente que, durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do número de reuniões da CIPA. 
§ 5º - O empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes, o Presidente da CIPA e os empregados elegerão, dentre eles, o Vice-Presidente. 
2.3.2) DISPENSA: sem necessidade de inquérito e por outros motivos que não a justa causa
Art. 165 - Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. 
Parágrafo único - Ocorrendo a despedida, caberá ao EMPREGADOR, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado.
2.4) EMPREGADO QUE SOFREU ACIDENTE DO TRABALHO
* RESPONSABILIDADE CIVIL E ACIDENTE
ACIDENTE DE TRABALHO - DEVER DE REPARAÇÃO - A Constituição da República adotou a teoria da responsabilidade subjetiva, segundo a qual o dever de o empregador reparar o dano causado ao empregado, vítima de acidente do trabalho, depende da configuração de dolo ou culpa. (TRT da 3.ª Região; PJe: 0010306-40.2019.5.03.0103 (RO); Disponibilização: 21/02/2020; Órgão Julgador: Oitava Turma; Relator: Convocado Danilo Siqueira de C.Faria)
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. PRESSUPOSTOS. A responsabilização do empregador pelos danos morais decorrentes de acidente do trabalho (ou doença profissional a este equiparada) está condicionada, pela regra do inciso XXVIII do artigo 7º da Constituição Federal, à existência de efetivo prejuízo, culpa e nexo de causalidade entre ambos. Ou seja, a obrigação de ressarcir o dano provém de prática de ato doloso ou culposo, eis que, inexistindo culpa, direta ou indireta, a responsabilidade civil se esvai. Há também que ser observada a relação de causalidade entre a antijuridicidade da ação e o dano causado. Sob o prisma do Direito do Trabalho, interessa-nos o dano e sua incidência na relação contratual trabalhista. Ausente qualquer um dos pressupostos caracterizadores do dever de indenizar, o indeferimento da pretensão indenizatória se impõe. (TRT da 3.ª Região; PJe: 0010074-71.2018.5.03.0003 (RO); Disponibilização: 20/02/2020; Órgão Julgador: Nona Turma; Relator: Convocado Ricardo Marcelo Silva)
RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA. RISCO DE ACIDENTE. DEVER DE INDENIZAR: A responsabilidade civil objetiva, referida no parágrafo único art. 927 do Código Civil, impõe ao empregador o dever de indenizar, na hipótese de acidente do trabalho, em razão do risco da atividade, independentemente da presença de culpa ou de que a empresa cumpra normas preventivas. Nesse caso, substitui-se a ideia da culpa pela ideia do risco, que ocorre em razão do desenvolvimento de certas atividades que, mesmo lícitas, são perigosas e expõem o trabalhador a um risco acentuado, cujo acidente se mostra imprevisível ou de difícil previsão. (TRT da 3.ª Região; PJe: 0010547-51.2018.5.03.0102 (RO); Disponibilização: 20/02/2020; Órgão Julgador: Decima Turma; Relator: Taisa Maria M. de Lima)
* ACIDENTE DO TRABALHO: ART. 19, 20 e 21 LEI 8.213/91
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanenteou temporária, da capacidade para o trabalho.
Lesão corporal ou perturbação funcional que cause:
perda permanente da capacidade para o trabalho.
 perda temporária da capacidade para o trabalho.
redução permanente da capacidade para o trabalho.
redução temporária da capacidade para o trabalho.
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas:
I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e COM ELE SE RELACIONE DIRETAMENTE, constante da relação mencionada no inciso I.
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.
§ 2ºEm caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única (concausa), haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.
§ 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às consequências do anterior.
* REQUISITOS: ART. 118, LEI 8.213/91 e SÚM. 378, II
Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, APÓS A CESSAÇÃO DO AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO, independentemente de percepção de auxílio-acidente.
ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA LEI Nº 8.213/1991.
I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado acidentado. 
II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a consequente percepção do auxílio-doença acidentário, 
salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego. 
III - O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no “n” no art. 118 da Lei nº 8.213/91.
RESPONSABILIDADE DA EMPRESA E ESTABILIDADE:
Acidente do trabalho é um conceito do direito previdenciário, logo a responsabilidade do empregador não está ligada diretamente ao acidente, da mesma forma, mesmo que o empregador não tenha culpa, se ocorre o acidente, o trabalhador terá estabilidade:
ACIDENTE DO TRABALHO CONFIGURADO. AUSÊNCIA DE CULPA EMPRESARIAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. DISPENSA ILEGAL. INDENIZAÇÃO DO PERÍODO ESTABILITÁRIO DEVIDA. Preceitua o artigo 118 da Lei 8.213/91 que: "o segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente da percepção de auxílio-acidente". Assim, no caso de estabilidade acidentária (art. 118 da Lei 8.213/91), a garantia de emprego encontra amparo na norma previdenciária e, portanto, prescinde da presença dos requisitos definidores da responsabilidade civil (dano, nexo causal e culpa do agente). (TRT da 3.ª Região; PJe: 0010870-55.2018.5.03.0070 (RO); Disponibilização: 18/06/2019; Órgão Julgador: Sexta Turma; Relator: Convocado Jesse Claudio Franco de Alencar)
2.5) EMPREGADOS REPRESENTANTE DOS TRABALHADORES MEMBROS DE CCP
* ART. 625-B, §1º CLT
Art. 625-B. A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de, no mínimo, dois e, no máximo, dez membros, e observará as seguintes normas: 
I - a metade de seus membros será indicada pelo empregador e outra metade eleita pelos empregados, em escrutínio secreto, fiscalizado pelo sindicato de categoria profissional;
II - haverá na Comissão tantos suplentes quantos forem os representantes títulares;
III - o mandato dos seus membros, titulares e suplentes, é de um ano, permitida uma recondução.
§ 1º É vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros da Comissão de Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo se cometerem falta, nos termos da lei.
* DESDE A CANDIDATURA
2.6) EMPREGADOS ELEITOS DIRETORES DE COOPERATIVAS art. 55 da Lei nº 5.764/71
Art. 55. Os empregados de empresas que sejam eleitos diretores de SOCIEDADES COOPERATIVAS PELOS MESMOS CRIADAS, gozarão das garantias asseguradas aos dirigentes sindicais pelo artigo 543 da Consolidação das Leis do Trabalho
CLT, Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais.
§ 3º - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação.
OJ 253 SDI – I: ESTABILIDADE PROVISÓRIA. COOPERATIVA. LEI Nº 5.764/71. CONSELHO FISCAL. SUPLENTE. NÃO ASSEGURADA 
O art. 55 da Lei nº 5.764/71 assegura a garantia de emprego apenas aos empregados eleitos diretores de Cooperativas, não abrangendo os membros suplentes.
2.7) MEMBROS DO CONSELHO CURADOR DO FGTS REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES - Artigo 3º, §9º da lei 8.036 de 1990:
Art. 3º. (...).§ 9º Aos membros do Conselho Curador, enquanto representantes dos trabalhadores, efetivos e suplentes, é assegurada aestabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada ATRAVÉS DE PROCESSO SINDICAL.
2.8) EMPREGADO ELEITO PARA COMISSÃO DE REPRESENTAÇÃO DOS EMPREGADOS
Art. 510-A. Nas empresas com mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de uma comissão para representá-los, com a finalidade de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.
Art. 510-C. A eleição será convocada, com antecedência mínima de trinta dias, contados do término do mandato anterior, por meio de edital que deverá ser fixado na empresa, com ampla publicidade, para inscrição de candidatura.
§ 2º Os empregados da empresa poderão candidatar-se, exceto aqueles com contrato de trabalho por prazo determinado, com contrato suspenso ou que estejam em período de aviso prévio, ainda que indenizado. 
Art. 510-D. O mandato dos membros da comissão de representantes dos empregados será de um ano.
§ 3º Desde o registro da candidatura até um ano após o fim do mandato, o membro da comissão de representantes dos empregados não poderá sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.
3) MODALIDADES QUE LIMITAM A DISPENSA, MAS NÃO SÃO CONSIDERADAS GARANTIAS DE EMPREGO
3.1) TRABALHADOR CONCURSADO DE EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA OJ 247 SDI-1 X RE 589.998:
SÚM 390 – ESTABILIDADE. ART. 41 DA CF/1988. CELETISTA. ADMINISTRAÇÃO DIRETA, AUTÁRQUICA OU FUNDACIONAL. APLICABILIDADE. EMPREGADO DE EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. INAPLICÁVEL 
I - O servidor público celetista da administração direta, autárquica ou fundacional é beneficiário da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. 
II - Ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, ainda que admitido mediante aprovação em concurso público, não é garantida a estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988.
OJ, 247 – SDI-I. SERVIDOR PÚBLICO. CELETISTA CONCURSADO. DESPEDIDA IMOTIVADA. EMPRESA PÚBLICA OU SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. POSSIBILIDADE :
I - A despedida de empregados de empresa pública e de sociedade de economia mista, mesmo admitidos por concurso público, independe de ato motivado para sua validade;
II - A validade do ato de despedida do empregado da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) está condicionada à motivação, por gozar a empresa do mesmo tratamento destinado à Fazenda Pública em relação à imunidade tributária e à execução por precatório, além das prerrogativas de foro, prazos e custas processuais.
3.2) TRABALHADOR DEFICIENTE DENTRO DA COTA OBRIGATÓRIA
Art. 93. A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:
I - até 200 empregados........................................................2%;
II - de 201 a 500.................................................................3%;
III - de 501 a 1.000...................... ........................4%;
IV - de 1.001 em diante. .....................................................5%.
§ 1º - A dispensa de pessoa com deficiência ou de beneficiário reabilitado da Previdência Social ao final de contrato por prazo determinado de mais de 90 (noventa) dias e a dispensa imotivada em contrato por prazo indeterminado somente poderão ocorrer após a contratação de outro trabalhador com deficiência ou beneficiário reabilitado da Previdência Social.
§ 2º - Ao Ministério do Trabalho e Emprego incumbe estabelecer a sistemática de fiscalização, bem como gerar dados e estatísticas sobre o total de empregados e as vagas preenchidas por pessoas com deficiência e por beneficiários reabilitados da Previdência Social, fornecendo-os, quando solicitados, aos sindicatos, às entidades representativas dos empregados ou aos cidadãos interessados.
EMENTA: DISPENSA DE EMPREGADO REABILITADO. CONTRATAÇÃO DE SUBSTITUTO EM CONDIÇÃO SEMELHANTE. O caput do art. 93 da Lei nº 8.213/91 estabelece cotas a serem observadas pelas empresas com cem ou mais empregados, a serem preenchidas por beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência habilitadas. O objetivo do parágrafo §1º do referido dispositivo é manter as aludidas cotas e não criar estabilidade para o empregado contratado nos moldes do caput do art. 93, nem mesmo criar limites ao poder diretivo da empresa na organização de seu organograma de cargos funções. Assim, a exigência de contratação prévia de substituto em condição semelhante diz respeito às condições pessoais do obreiro, que deve ser uma pessoa reabilitada ou portadora de deficiência habilitada, a fim de garantir a cota legal. Em consequência, o referido dispositivo não comporta exegese ampla que imponha a contratação de substituto em igual função, situação que configuraria interferência indevida no poder potestativo, não apenas na resilição contratual por parte do empregador, mas implicado na abusiva perpetuação de tal função, de modo a engessar a condução do empreendimento quanto à sua organização de pessoal. Portanto, comprovado que a autora foi substituída por outro empregado em igual condição (deficiente ou reabilitado), lícita se mostra a dispensa daquela. (TRT da 3.ª Região; Processo: 0002353-73.2011.5.03.0113 RO; Data de Publicação: 27/02/2013; Disponibilização: 26/02/2013, DEJT, Página 77; Órgão Julgador: Segunda Turma; Relator: Rosemary de O.Pires; Revisor: Sebastiao Geraldo de Oliveira)
3.3) DISPENSA DISCRIMINATÓRIA LEI 9029 + SÚM 443 TST.
Art. 1º Fica proibida a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para efeito de acesso a relação de emprego, ou sua manutenção, por motivo de sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar ou idade, ressalvadas, neste caso, as hipóteses de proteção ao menor previstas no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal.
DISPENSA DISCRIMINATÓRIA. RETALIAÇÃO POR AJUIZAMENTO DE AÇÃO TRABALHISTA. ARTIGO 1º DA LEI 9.029/95. ROL EXEMPLIFICATIVO. DIREITO POTESTATIVO. LIMITES. O cotejo da prova revela que a dispensa do autor foi discriminatória, constituindo retaliação pelo ajuizamento de ação trabalhista em que lhe foi reconhecido o direito de voltar a cumprir jornada de seis horas diárias. Frisa-se que as situações tratadas no artigo 1º da lei 9.029/95 são meramente exemplificativas, e não exaurientes, e que o direito potestativo de dispensa sem justa causa conferido ao empregador deve ser exercido dentro dos critérios de razoabilidade e proporcionalidade, sob pena de caracterização de ato ilícito por abuso de direito (artigo 187 do Código Civil), como ocorreu no caso. (TRT da 3.ª Região; PJe: 0011410-24.2017.5.03.0140 (RO); Disponibilização: 11/09/2020, DEJT/TRT3/Cad.Jud, Página 1576; Órgão Julgador: Decima Primeira Turma; Relator: Convocado Leonardo Passos Ferreira)
Art. 2º Constituem crime as seguintes práticas discriminatórias:
I - a exigência de teste, exame, perícia, laudo, atestado, declaração ou qualquer outro procedimento relativo à esterilização ou a estado de gravidez;
II - a adoção de quaisquer medidas, de iniciativa do empregador, que configurem;
a) indução ou instigamento à esterilização genética;
b) promoção do controle de natalidade, assim não considerado o oferecimento de serviços e de aconselhamento ou planejamento familiar, realizados através de instituições públicas ou privadas, submetidas às normas do Sistema Único de Saúde (SUS).
Art. 4o O rompimento da relação de trabalho por ato discriminatório, nos moldes desta Lei, além do direito à reparação pelo dano moral, faculta ao empregado optar entre: 
I - a reintegração com ressarcimento integral de todo o período de afastamento, mediante pagamento das remunerações devidas, corrigidas monetariamente, acrescidas dos juros legais;
II - a percepção, em dobro, da remuneração do período de afastamento, corrigida monetariamente e acrescida dos juros legais.
SÚM 443 - DISPENSADISCRIMINATÓRIA. PRESUNÇÃO. EMPREGADO PORTADOR DE DOENÇA GRAVE. ESTIGMA OU PRECONCEITO. DIREITO À REINTEGRAÇÃO - Presume-se discriminatória a despedida de empregado portador do vírus HIV ou de outra doença grave que suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o empregado tem direito à reintegração no emprego.
4) SITUAÇÕES QUE AFETAM A ESTABILIDADE
4.1) EXTINÇÃO DA EMPRESA: SÚM. 173 + 369, IV + SÚM 339, II 
SÚM 369, IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade.
SÚM 339, II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário.
* EXCEÇÕES, JULGADOS NO SENTIDO DE DAR AO ACIDENTADO E À GESTANTE 
EMPREGADA GESTANTE. ROMPIMENTO CONTRATUAL. ENCERRAMENTO DAS ATIVIDADES DA EMPRESA. INDENIZAÇÃO DECORRENTE DA ESTABILIDADE PROVISÓRIA DEVIDA. O artigo 10, II, "b", do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal de 1988 veda a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante, assegurando-lhe o direito à estabilidade provisória no emprego, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. O fato de ter ocorrido encerramento das atividades da empresa na qual a Reclamante trabalhava não constitui óbice à garantia de emprego assegurada pela Constituição Federal à gestante, vez que o intuito da norma em questão é a proteção da maternidade e do nascituro, cujos direitos encontram-se preservados desde a concepção (art. 2º do CC). A referida garantia não se restringe à figura do empregado, dirige-se à maternidade. Constatada a inviabilidade da reintegração da obreira, seja pelo transcurso do prazo da garantia constitucionalmente outorgada, seja pela extinção do estabelecimento empresarial, tal obrigação se resolverá mediante a indenização do período correspondente. Precedentes do TST. Sentença mantida. (TRT da 3.ª Região; PJe: 0011590-17.2017.5.03.0180 (RO); Disponibilização: 18/05/2018, DEJT/TRT3/Cad.Jud, Página 2935; Órgão Julgador: Oitava Turma; Relator: Sercio da Silva Pecanha)
EXTINÇÃO DA UNIDADE PRODUTIVA. EMPREGADO AFASTADO DECORRENTE DE ACIDENTE DE TRABALHO. GARANTIA DE EMPREGO MANTIDA. O trabalhador acidentado tem direito à garantia de recebimento dos salários durante o período de doze meses após a cessação do benefício previdenciário (art. 118 da Lei nº. 8.213/91); garantia que subsiste na hipótese de extinção de unidade da empresa, devendo o empregador arcar com indenização equivalente às prestações salariais que seriam devidas até o término da garantia. (TRT da 3.ª Região; PJe: 0010933-54.2018.5.03.0014 (RO); Disponibilização: 31/07/2020; Órgão Julgador: Oitava Turma; Relator: Jose Marlon de Freitas)
4.2) ESTABILIDADE NO CURSO DO AVISO PRÉVIO
* SÚM. 369, V DO TST - V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho.
EXCEÇÃO: Art. 391-A. A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
4.3) AVISO PRÉVIO NO CURSO DA ESTABILIDADE: SÚM. 348 DO TST
AVISO PRÉVIO. CONCESSÃO NA FLUÊNCIA DA GARANTIA DE EMPREGO. INVALIDADE 
É inválida a concessão do aviso prévio na fluência da garantia de emprego, ante a incompatibilidade dos dois institutos.
4.4) RENÚNCIA À ESTABILIDADE
* EXPRESSA OU TÁCITA (MERO RECEBIMENTO DAS VERBAS) – DIANTE DO SINDICATO DA CATEGORIA
GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. SAÍDA ESPONTÂNEA. NULIDADE. APLICAÇÃO DO ARTIGO 500 DA CLT. A extinção do contrato de trabalho por iniciativa da autora, implica renúncia ao seu direito constitucional de garantia e manutenção provisória do emprego, e somente pode ser acolhida quando realizada com a indispensável assistência a que alude o artigo 500 da CLT (assistência do respectivo Sindicato e, se não o houver, perante autoridade local competente do Ministério do Trabalho e Previdência Social ou da Justiça do Trabalho), sob pena de ser declarada nula de pleno direito (artigo 9º da CLT). (TRT da 3.ª Região; PJe: 0010980-21.2014.5.03.0094 (RO); Disponibilização: 24/03/2015, DEJT/TRT3/Cad.Jud, Página 143; Órgão Julgador: Quarta Turma; Relator: Paulo Chaves Correa Filho)
EMENTA: INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. ART. 896, § 4º, DA CLT. LEI Nº 13.015/2014. GARANTIA PROVISÓRIA DE EMPREGO À GESTANTE. RECUSA À OFERTA DE REINTEGRAÇÃO AO EMPREGO. RENÚNCIA AO DIREITO QUE NÃO SE VERIFICA. Embora se possa vislumbrar, na garantia provisória de emprego à gestante, um escopo tutelar ao mercado de trabalho da mulher, dúvida não há de que prevalece a proteção dirigida à pessoa da gestante e ao nascituro. Vale dizer: a visão que mais se coaduna com o primado da dignidade da pessoa humana é aquela que faz preponderar a tutela à pessoa da mulher e ao nascituro, deixando em segundo plano - sem, contudo, desconsiderar por completo - a visão da gestante enquanto ocupante de um posto no mercado de trabalho. Neste contexto, eventual recusa à reintegração não pode ser considerada como renúncia à garantia constitucional, sendo este o entendimento majoritariamente perfilhado neste Regional. (TRT da 3.ª Região; Processo: 0011668-78.2014.5.03.0030 IUJ; Data de Publicação: 28/07/2015; Disponibilização: 27/07/2015, DEJT/TRT3/Cad.Jud, Página 77; Órgão Julgador: Tribunal Pleno; Relator: Marcio Flavio Salem Vidigal)
* ACEITAR TRANSFERÊNCIA 
Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais.
§ 1º - O empregado perderá o mandato se a transferência for por ele solicitada ou voluntariamente aceita.

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