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A teoria do risco

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A teoria do risco, embora admitida em algumas hipóteses específica pelo legislador, não se generalizou, pois na maioria dos casos
ainda prevalece a teoria da culpa. No Brasil, podem ser mencionados
os seguintes casos de adoção da teoria do risco em sua essência: a) o
Decreto n. 2.681, de 7-12-1912, que trata da responsabilidade das
estradas de ferro por danos causados aos proprietários marginais (art.
26); b) a Lei de Acidentes do Trabalho de 1934 e as que se lhe seguiram;
c) o Código Brasileiro do Ar, de 1938, e o Código Brasileiro de
Aeronáutica, de 1986; d) a Lei n. 6.453, de 17-10-1977, que estabelece,
em seu art. 4º, a responsabilidade civil do operador de instalação
nuclear, independentemente da existência de culpa, pela reparação de
dano causado por acidente nuclear; e) os arts. 937 e 938 do Código
Civil, que se referem, respectivamente, ao dono do prédio que venha
a ruir por falta de reparos e àquele que habitar prédio, ou parte dele,
de onde venham a cair ou a serem lançadas coisas em lugar indevido;
f) o parágrafo único do art. 927 do mesmo diploma, que estabelece a
obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida
pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos
de outrem; g) o art. 933 do Código Civil, pelo qual os pais, tutores,
curadores, empregadores etc. respondem, independentemente de culpa,
pelos atos danosos de terceiros; h) a responsabilidade objetiva do
dono ou guarda da coisa inanimada; i) o seguro obrigatório; j) a Lei
n. 6.938/81, que trata dos danos causados ao meio ambiente; k) a
Constituição Federal de 1988 (art. 37, § 6º); l) a Lei n. 8.078/91 (Código
de Defesa do Consumidor) e outras.
Algumas dessas leis são rigorosas, responsabilizando o causador
do dano independentemente de culpa e não admitindo nenhuma
excludente. A exonerativa do fortuito, ou força maior, contudo
quando comprovada, deve ser sempre acolhida, mesmo quando não
mencionada, por romper o nexo causal. Outras, no entanto, mais
benignas, malgrado responsabilizem objetivamente o causador do
dano, admitem expressamente algumas excludentes, como a culpa
exclusiva da vítima (não em caso de culpa concorrente) e o fortuito
e a força maior.
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