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Caso Clinico DST SÍFILIS

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Escola de Ciências da Saúde
Disciplina: Agressão e Defesa		Turma: NR02
Discente: Sandra Regina/ Selton Diniz 	Curso: Enfermagem
Docente: Evelyn Catherine	Cursando: 2° Semestre
Caso Clínico: DST
Gestante, com 28 anos de idade, cor parda, relata menarca e primeira relação sexual aos 14 anos, solteira, quatro gestações com duas cesáreas anteriores, último parto há dois anos, um aborto espontâneo há oito anos, sem parceiro fixo, do lar, residente em Vila Velha, ES. Não realizou pré-natal, não sabe a última menstruação, tabagista, usuária de crack, três parceiros sexuais nos últimos 12 meses, sendo o último há um mês, o qual apresentava  secreção peniana purulenta. O pai de seus dois filhos encontra-se recluso e o provável parceiro da gravidez atual está desaparecido. Informa, ainda, relações sexuais com dois parceiros no último período fértil, segundo idade gestacional avaliada à ultrassonografia obstétrica. A gestante procurou, a Maternidade da Santa Casa de Misericórdia de Vitória, em decorrência da presença de lesões em vulva, iniciadas há 15 dias, associada a febre não-aferida. Ao exame físico geral foram evidenciados linfonodos inguinais palpáveis e indolores bilateralmente e pápulas eritematosas em abdome e dorso. Ao exame da genitália externa observou-se intenso edema de vulva, lesões papulosas, indolores, com superfície lisa, em regiões perineal e vulvar, características de sifílides. Exame ao espéculo: colo e vagina sem evidência de lesões. Coletado material de conteúdo vaginal, para Gram, e material de endocérvice, para cultura de gonococo. Ambos os exames foram negativos. A bacterioscopia direta em campo escuro de esfregaço de lesões vulvares visibilizou espiroquetas morfologicamente compatíveis com Treponema pallidum. Os exames VDRL e TPHA foram reagentes. Os exames anti-HIV, anti-HCV e o HBsAg foram não-reatores. O exame de ultrassonografia obstétrico realizado durante a internação mostrou feto com anormalidades, com idade gestacional de aproximadamente 20 semanas e quatro dias, com volume de líquido amniótico normal. O tratamento foi iniciado, com penicilina benzatina 1.200.000 UI por via intramuscular em cada nádega por duas semanas consecutivas e azitromicina 1 g via oral, devido ao relato de quadro de uretrite em um dos parceiros, havendo melhora acentuada das lesões. A paciente não compareceu para o acompanhamento do caso na terceira semana. Solicitamos a busca ativa da mesma e dos parceiros pelo serviço social e pela ESF (Estratégia Saúde da Família), que se encontra em andamento, mas, até a presente data, não conseguimos localizar dois dos três parceiros. O serviço médico da penitenciária foi comunicado para o tratamento do parceiro identificado da gestante com sífilis.
Perguntas: 
Quais são os termos desconhecidos neste caso clínico?
R – Menarca é a primeira menstruação de uma mulher;
Linfonodos (ínguas) são estruturas ovóides, pequenas e encapsuladas, localizadas no caminho dos vasos linfáticos;
Pápula é uma irritação na pele que pode alterar a sua cor, textura, ou gerar erupções cutâneas;
A cultura da endocérvice é um exame que ajuda a determinar a causa da infecção no trato genital feminino;
Treponema pallidum é uma espécie de bactérias gram-negativas com forma espiral do grupo das espiroquetas, que causam doenças como sífilis, bejel, pinta e bouba. É anaeróbia facultativa e catalase negativa;
O VDRL é o exame mais simples e é usado como rastreio de doenças. O TPHA é um teste mais específico e sensível que o VDRL;
O exame anti-HCV serve para detectar a Hepatite C;
HBsAg - É o chamado antígeno de superfície do vírus, um marcador que indica infecção atual;
A uretrite consiste na inflamação ou infecção da uretra, o canal que transporta a urina da bexiga para fora do corpo.
Qual o nome da doença que esta sendo abordada no caso clinico?
R – A Sífilis – é uma DST (doença sexualmente transmissível) causada pela bactéria Treponema pallidum, cujo sintoma mais comum é uma úlcera indolor na região genital. A sífilis, se não tratada a tempo, pode espalhar-se pelo corpo e causar graves lesões de órgãos internos, como o coração e o cérebro.
Qual o nome do agente etiológico? Descreva morfologicamente o agente etiológico.
R – Treponema pallidum é uma espécie de bactérias gram-negativas com forma espiral do grupo das espiroquetas, que causam doenças como sífilis, bejel, pinta e bouba. É anaeróbia facultativa e catalase negativa
Quais os sintomas e sinais da doença?
R – Os primeiros estágios apresentam feridas indolores nas genitais, no reto ou na boca. Depois que as primeiras feridas saram, o segundo estágio é caracterizado por erupções cutâneas. Em seguida, os sintomas desaparecem até o estágio final, que pode aparecer anos depois. Este estágio final pode causar danos ao cérebro, nervos, olhos ou coração.
Caracterize as formas primária, secundária e terciária desta doença.
R – Sífilis Primária – O período de incubação, ou seja, o intervalo de tempo entre o contágio e os primeiros sintomas, é em média de 2 a 3 semanas. Todavia, há casos em que este intervalo pode ser tão curto quanto três dias ou tão longo quanto três meses.
Sífilis Segundaria – Algumas semanas ou meses após o desaparecimento do cancro duro, a sífilis retorna, agora disseminada pelo organismo. Essa forma de sífilis se manifesta com erupções na pele, classicamente nas palmas das mãos e solas dos pés. Também são comuns febre, mal-estar, perda do apetite, dor nas articulações, queda de cabelo, lesões oculares e aumento dos linfonodos difusamente pelo corpo.
Sífilis Terciária – Os pacientes podem ficar vários anos, inclusive décadas, assintomáticos na fase latente antes de um novo retorno da doença. Esta nova fase, quando os sintomas retornam, é chamada de sífilis terciária, a forma mais grave da doença. A sífilis terciária apresenta 3 tipos de manifestações:
– Goma sifilítica = grandes lesões ulceradas que podem acometer pele, ossos e órgãos internos;
– Sífilis cardiovascular = acometimento da artéria aorta, causando aneurismas e lesões da válvula aórtica
 – Neurosífilis = acomete o sistema nervoso, lavando à demência, meningite, AVC e problemas motores por lesão da medula e dos nervos
Quais as formas de transmissão desse patógeno ao homem?
R – A transmissão ocorre pela via sexual. Nas fases mais avançadas da doença, a sífilis pode ser transmitida por beijos e até pelo toque, se houver lesões na pele ou na boca, de mãe para feto. A transmissão da sífilis por transfusão de sangue é muito rara uma vez que o Treponema pallidum não sobrevive por mais de 48h no sangue estocado.
Descreva a forma congênita desta doença.
R – A Sífilis congênita é aquela adquirida pelo feto quando a mãe se encontra contaminada pelo Treponema pallidum durante a gestação. A sífilis na grávida pode causar aborto, parto prematuro, má formações e morte fetal.
Quais os mecanismos de agressão?
R – Patógeno predominante entre os espiroquetídeos e agente causadores da sífilis venérea. Possuem as extremidades delgadas e filamentos responsáveis pelo movimento de rotação e flexão, facilitando a invasão do tecidual
Descreva como ocorre a nossa resposta imune nessa patologia.
R – Após a infecção a resposta imune se desenvolve om a participação de eventos tantos celulares quanto humorais. Esta resposta é bastante complexa, no local da infecção é mais rápida do que a resposta sistêmica por isso, a cicatrização das lesões pode ocorrer antes do desenvolvimento da imunidade sistêmica. A precisa contribuição da resposta humoral versus resposta celular não está bem definida.
Quais outros tipos de doenças podem ser associados a este patógeno? 
R – O Treponema pallidum podem causam doenças como sífilis, bejel, pinta e bouba.
Como é feito o diagnóstico?
R – O diagnóstico da sífilis secundária, terciária ou primária, já em fase mais tardia, é feito através de dois exames sorológicos: VDRL e FTA-ABS (ou TPHA).
Quais as formas de prevenção?
R - Algumas das pontas para prevenção da sífilis incluem as medidas do sexo seguro, tratamentodo sócio sexual, conscientização das pessoas quanto a doença e devem evitar compartilhar de agulhas e seringas.
Como é feito o tratamento da doença?
R – O tratamento da sífilis é diferente dependendo do estágio estágio da doença: Sífilis primária, secundária ou latente precoce = Penicilina benzatina (Benzetacil) 2.4 milhões de unidades em dose única. Sífilis com mais de 1 ano de evolução ou de tempo indeterminado = Penicilina benzatina (Benzetacil) 2.4 milhões de unidades em 3 doses, com uma semana de intervalo entre cada. Os casos de sífilis com acometimento do sistema neurológico (neurossífilis) não devem ser tratados com penicilina benzatina, mas sim com penicilina G cristalina ou penicilina G procaína. Doentes alérgico a penicilina podem ser tratados com doxiciclina (100mg 2x por dia por 14 dias) ou azitromicina (dose única de 2g), mas eles não são tão eficazes quanto a penicilina. Em alguns casos, como em grávidas contaminadas com sífilis, pode ser indicado um tratamento para dessensibilizar a paciente alérgica para que ela possa ser tratada com penicilina. Quando for possível, a preferência é sempre pelo tratamento com penicilina
Quais os aspectos epidemiológicos da doença? 
R – No Brasil, estima – se que ocorram mais de 900.00 casos de sífilis por ano. Em 2010, só no estado de Ceará mais de 570 crianças nasceram com infecção congênita de sífilis.
Esta doença é de notificação compulsória?
R – Sim, a Sífilis Adquirida, Sífilis Congênita e a Sífilis em Gestante fazem parte da lista de doenças de notificação compulsória.

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