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Embriologia - Resumo Primeira Semana

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Universidade Federal do Amazonas 
Instituto de Ciências Biológicas 
Departamento de Morfologia 
 
Embriologia 
Professora: Lúcia Makarem 
Monitora: Verônica Rodrigues 
 
Primeira semana 
 
 Desenvolvimento humano: inicia-se com a fecundação (espermatozoide ♂ + 
ovócito ♀ = zigoto → unicelular totipotente); 
 Duração da gestação: Último período menstrual normal da mãe=14 dias antes da 
concepção; 
 Idade gestacional: 2 semanas mais a idade gestacional real. 
 
Gametogênese 
 Processo de formação e desenvolvimento das células germinativas (gametas = 
espermatozoide e ovócito); 
 Nesta fase, o número de cromossomos é reduzido pela metade, logo gametas são 
células haploides. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Meiose 
 
 Permite a constância do número cromossômico, variabilidade e recombinação do 
material genético; 
 Primeira divisão meiótica: reducional. Cromossomo é reduzido de diploide a 
haploide por emparelhamento dos cromossomos homólogos na prófase e sua 
segregação na anáfase; 
 Cromossomos homólogos (um materno e um paterno) formam um par durante a 
prófase e se separam na anáfase, com um representante de cada lado indo para 
cada pólo do fuso meiótico; 
 Os cromossomos X e Y não são homólogos, mas possuem segmentos homólogos 
nas extremidades de seus braços curtos. Apenas nessas regiões se emparelham. 
No final da primeira divisão meiótica, cada nova célula formada (espermatócito 
secundário ou ovócito secundário) contém um número cromossômico haploide 
(de cromátide dupla), ou seja, metade do número de cromossomos da célula 
precedente (espermatócito ou ovócito primário); 
 Segunda divisão meiótica: equacional. Segue-se à primeira sem uma intérfase 
normal (sem a etapa de replicação do DNA). Cada cromossomo se divide e cada 
metade, ou cromátide, é direcionada para um pólo diferente; 
 Cada célula-filha formada por meiose tem o número de cromossomos reduzido a 
haploide, com um representante de cada par cromossômico, agora um 
cromossomo de cromátide única. 
 
Espermatogênese 
 
 Espermatogônias são transformadas em espermatozoides maduros; 
 Início do processo de maturação: puberdade; 
 As espermatogônias, que permanecem quiescentes nos túbulos dos testículos 
desde o período fetal, começam a aumentar em número na puberdade; 
 As espermatogônias são transformadas em espermatócitos primários; 
 Cada espermatócito primário sofre primeira meiose para formar dois 
espermatócitos secundários haploides; 
 Espermatócitos secundários sofrem segunda meiose para formar quatro 
espermátides haploides; 
 Espermátides são transformadas em espermatozoides maduros por meio da 
espermiogênese (espermatogênese ≠ espermiogênese); 
 Todo processo de espermatogênese demora cerca de 2 meses; 
 Quando a espermiogênese é completada, os espermatozoides entram na luz dos 
túbulos seminíferos; 
 Células de Sertoli: Revestem os túbulos seminíferos e dão suporte e nutrição para 
as células germinativas; 
 
Para 
Relembrar!!! 
 Os espermatozoides são transportados dos túbulos seminíferos para o epidídimo, 
onde são armazenados e se tornam funcionalmente maduros; 
 O epidídimo está em continuidade com o ducto deferente, que transporta os 
espermatozoides para a uretra; 
 O espermatozoide: A cabeça forma a maior parte do espermatozoide e contém o 
núcleo haploide. Os dois terços anteriores do núcleo são cobertos pelo acrossoma, 
uma organela que contém várias enzimas que facilitam a sua penetração na corona 
radiata e na zona pelúcida durante a fecundação. A cauda é formada por três 
segmentos: a peça intermediária, que contém mitocôndrias que fornecem o ATP 
necessário à motilidade que transporta o espermatozoide ao local da fecundação; 
a peça principal e a peça terminal. As proteínas da família Bcl-2 estão envolvidas 
na maturação de células germinativas. 
 
 
 
 
 
 
Ovogênese 
 
 Processo de maturação: inicia-se antes do nascimento e é completado depois da 
puberdade, continuando-se até a menopausa; 
 
Maturação Pré-Natal dos Ovócitos 
 
 As ovogônias crescem para formar os ovócitos primários antes do nascimento; 
 Quando o ovócito primário se forma as células de tecido conjuntivo o circundam 
e formam uma única camada de células epiteliais foliculares achatadas, 
constituindo o folículo primordial. À medida que o ovócito primário cresce 
durante a puberdade, as células foliculares se tornam cuboides e depois colunares, 
formando o folículo primário. 
 O ovócito primário logo é envolvido por uma camada de material glicoproteico 
acelular e amorfo (a zona pelúcida). Os ovócitos primários iniciam sua primeira 
divisão meiótica antes do nascimento, mas a prófase não se completa até a 
adolescência. Acredita-se que as células foliculares que circundam o ovócito 
primário secretem o inibidor de maturação do ovócito, que mantem estacionado o 
processo meiótico do ovócito. 
 
 
 
Maturação Pós-Natal dos Ovócitos 
 
 Inicia-se na puberdade. Geralmente um folículo amadurece a cada mês, exceto 
quando são usados contraceptivos orais. Os ovócitos primários em prófase 
suspensa (dictióteno) são vulneráveis a agentes ambientais como a radiação. 
 Após o nascimento não se forma mais nenhum ovócito primário!; 
 Os ovócitos primários permanecem em repouso nos folículos ovarianos até a 
puberdade. Com a maturação do folículo, o ovócito primário aumenta de tamanho 
e antes da ovulação completa a primeira divisão meiótica para dar origem a um 
ovócito secundário e ao primeiro corpo polar. O ovócito secundário recebe quase 
todo citoplasma enquanto o corpo polar recebe muito pouco, sendo que é uma 
célula pequena e não funcional que logo degenera; 
 Na ovulação, o núcleo do ovócito secundário inicia a segunda divisão meiótica, 
mas progride apenas até a metáfase. Se um espermatozoide penetra o ovócito 
secundário, a segunda divisão meiótica é completada e o ovócito é fecundado. 
 
Comparação dos Gametas 
 
 O ovócito é uma célula grande, circundado pela zona pelúcida e uma camada de 
células foliculares, a corona radiata. Possui um abundante citoplasma contendo 
grânulos de vitelo, os quais fornecem nutrição para o zigoto. Existe apenas um 
tipo de ovócito secundário normal, 23, X; 
 O espermatozoide é altamente móvel, havendo dois tipos de espermatozoide 
normal, 23, X e 23,Y (23 cromossomos=22 autossomos e 1 cromossomo sexual). 
 
Útero, Tubas Uterinas e Ovário 
 
Útero 
 
 Consiste em duas porções: o corpo, que compreende os dois terços superiores e o 
colo, o terço inferior cilíndrico. O corpo se estreita desde o fundo até o istmo. O 
colo do útero é a sua porção terminal vaginal. O orifício interno comunica-se com 
a cavidade do corpo uterino, e o orifício externo comunica-se com a vagina. As 
paredes do corpo do útero são formadas pelo perimétrio, uma fina camada externa; 
miométrio, a espessa camada de músculo liso e o endométrio, a fina camada 
interna. O perimétrio é a camada fina peritoneal aderida ao miométrio. Durante a 
fase lútea (secretora) do ciclo menstrual, distinguem-se três camadas de 
endométrio: uma fina camada compacta, composta de tecido conjuntivo disposto 
densamente em torno do colo de glândulas uterinas; uma espessa camada 
esponjosa, composta de tecido conjuntivo edemaciado e uma delgada camada 
basal contendo o fundo cego das glândulas uterinas. As camadas compacta e 
esponjosa são conhecidas como camada funcional, que se desintegra e descama 
durante menstruação e parto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tubas Uterinas 
 
 Estendem-se lateralmente a partir do corno do útero.Cada tuba se abre dentro do 
corno do útero na porção proximal e na cavidade peritoneal na porção distal. Está 
dividida em quatro porções: infundíbulo, ampola, istmo e porção uterina. O sítio 
de fecundação é a ampola da tuba uterina. A tuba conduz o zigoto em clivagem 
para a cavidade uterina. 
 
Ovários 
 
 São glândulas reprodutivas de cada lado do útero que produzem ovócitos, 
estrogênio e progesterona, hormônios responsáveis por características sexuais 
secundárias e pela regulação da gestação. 
 
Ciclos Reprodutivos Femininos 
 
 Iniciam-se na puberdade por ação do hipotálamo, da hipófise, dos ovários, do 
útero, das tubas uterinas, da vagina e das glândulas mamárias; 
 O hormônio liberador da gonadotrofina (GnRH) é sintetizado por células 
neurossecretoras do hipotálamo e carreado pelo sistema porta-hipofisário até o 
lobo anterior da hipófise. O GnRH estimula a liberação de dois hormônios 
produzidos pela hipófise que agem nos ovários: o hormônio folículo-estimulante 
(FSH), que estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos e a produção de 
estrogênio por suas células foliculares e o hormônio luteinizante (LH), que 
estimula as células foliculares e o corpo lúteo a produzir progesterona e atua 
como disparador da ovulação (liberação do ovócito secundário). Ambos 
hormônios induzem o crescimento do endométrio. 
 
Ciclo Ovariano 
 
 FSH e LH produzem mudanças cíclicas nos ovários, sendo estas o 
desenvolvimento dos folículos, ovulação e formação do corpo lúteo. Durante cada 
ciclo, o FSH promove o crescimento de vários folículos primordiais entre 5 e 12 
folículos primários. Apenas 1 folículo primário se desenvolve e quando maduro 
se rompe na superfície do ovário, liberando o ovócito. 
 
Desenvolvimento Folicular 
 
 Com o aumento do folículo primário, o tecido conjuntivo adjacente forma uma 
cápsula, ou teca folicular, que se diferencia em duas camadas: a teca interna, 
vascularizada e glandular e a teca externa, uma camada conjuntiva. As células 
tecais produzem um fator de angiogênese que produz o crescimento de vasos 
sanguíneos na teca interna. Em torno das células foliculares se forma o antro, uma 
única e grande cavidade que contém fluido folicular. Depois que o antro se forma, 
o folículo ovariano é denominado folículo vesicular ou secundário. O 
desenvolvimento inicial dos folículos ovarianos é induzido pelo FSH, mas os 
estágios finais de maturação requerem também o LH. 
 
Ovulação 
 
 Por volta da metade do ciclo, o folículo ovariano, sob influência do FSH e do LH, 
sofre um surto de crescimento, produzindo uma saliência na superfície do ovário. 
Um ponto avascular, o estigma, aparece nessa saliência. A ovulação é disparada 
por uma onda de produção de LH, induzida por altos níveis de estrogênio no 
sangue, causando tumefação do estigma que forma uma vesícula que ao se romper 
libera o ovócito secundário com fluido folicular. O ovócito secundário expelido é 
envolvido pela zona pelúcida, formada de três glicoproteínas (ZPA, ZPB e ZPC). 
 
Corpo Lúteo 
 
 Após a ovulação, as paredes do folículo ovariano e da teca folicular colapsam e 
desenvolvem o corpo lúteo, sob influência do LH. O corpo lúteo secreta 
progesterona e alguma quantidade de estrogênio. Se o ovócito é fecundado, o 
corpo lúteo aumenta de tamanho e forma o corpo lúteo gravídico. Quando ocorre 
a gravidez, a degeneração do corpo lúteo é impedida pela produção da 
gonadotrofina coriônica humana (hCG). O corpo lúteo gravídico permanece 
funcionalmente ativo durante as primeiras semanas de gravidez, depois a placenta 
passa a produzir estrogênio e progesterona para manutenção da gestação. Se o 
ovócito não é fecundado, o corpo lúteo involui e degenera 10 a 12 dias após a 
ovulação, quando é chamado de corpo lúteo da menstruação. Posteriormente, o 
corpo lúteo é transformado no corpo albicans. Exceto durante a gravidez, os 
ciclos ovarianos persistem por toda vida reprodutiva da mulher e terminam na 
menopausa (entre 48 e 55 anos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ciclo Menstrual (Endometrial) 
 
 Período durante o qual o ovócito amadurece é ovulado amadurece, é ovulado e 
entra na tuba uterina. O ciclo menstrual médio é de 28 dias, sendo o primeiro dia 
o que se inicia o fluxo menstrual. A duração dos ciclos varia entre 23 e 35 dias. 
 Fase Menstrual: Camada funcional da parede uterina se desintegra e origina o 
sangramento mensal (dura de 4 a 5 dias). Após a menstruação, o endométrio 
erodido torna-se delgado; 
 Fase Proliferativa (folicular, estrogênica): Dura em torno de 9 dias, coincide 
com o crescimento controlado pelos folículos ovarianos e é controlada por 
estrogênio. O epitélio superficial se recompõe e recobre o endométrio. Artérias 
espiraladas se alongam. 
 Fase Lútea (secretora, progestacional): Dura em torno de 13 dias, coincide com 
a formação, crescimento e funcionamento do corpo lúteo. A progesterona 
produzida pelo corpo lúteo estimula o epitélio glandular a secretar um material 
rico em glicogênio. Artérias espiraladas crescem dentro da camada compacta 
superficial. 
 Fase Isquêmica: Ocorre quando o ovócito não é fecundado. As artérias 
espiraladas se contraem, dando ao endométrio um aspecto pálido. Essa constrição 
resulta do decréscimo de secreção de hormônios pelo corpo lúteo em degeneração, 
principalmente da progesterona. 
 
 
 
 
 
 
 
 
SE a fecundação NÃO ocorre: 
 O corpo lúteo degenera; 
 Os níveis de estrogênio e progesterona caem e o endométrio secretor entra na fase 
isquêmica; 
 Ocorre a menstruação. 
SE a fecundação ocorre: 
 Ocorre clivagem do zigoto e a blastogênese (formação do blastocisto); 
 O blastocisto começa a se implantar no endométrio (6° dia da fase lútea-dia 20 de 
um ciclo de 28 dias); 
 O hCG, produzido pelo sinciciotrofoblasto, mantém o corpo lúteo secretando 
estrogênios e progesterona; 
 A fase lútea prossegue e não ocorre menstruação. 
 
*Se ocorre a gestação, os ciclos menstruais cessam e o endométrio passa por uma fase 
gravídica. Com o término da gravidez, os ciclos ovarianos e menstruais ressurgem após 
um período de 6 a 10 semanas (se a mulher não estiver amamentando). Se não ocorrer 
gravidez, os ciclos reprodutivos continuarão normalmente até a menopausa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Transporte dos Gametas 
Ovócito 
 
 Na ovulação, o ovócito secundário é expelido do folículo ovariano com o fluido 
folicular que escapa; 
 As extremidades fimbriadas da tuba uterina se aproximam intimamente do ovário; 
 A varredura das fímbrias e a corrente de fluido produzida pelos cílios das células 
mucosas das fímbrias conduzem o ovócito secundário para o infundíbulo 
afunilado da tuba. O ovócito passa para a ampola da tuba por peristalse em direção 
ao útero. 
Espermatozoides 
 
 Da cauda do epidídimo, os espermatozoides são transportados por contrações 
peristálticas do ducto deferente a uretra. As glândulas sexuais acessórias – 
seminais, próstata e bulbouretrais – produzem secreções adicionadas ao fluido 
contendo espermatozoides no ducto deferente e uretra; 
 Durante o intercurso sexual, cerca de 200 a 600 milhões de espermatozoides são 
depositados em torno do orifício externo do útero e no fórnice da vagina. Os 
espermatozoides passam pelo canal cervical através de movimentos da cauda, e a 
enzima vesiculase, produzida pelas glândulas seminais, coagula uma pequena 
quantidade de sêmen ou ejacula e forma um tampão vaginal (impedindo o retorno 
do sêmen para o interior da vagina); 
 Quando a ovulação ocorre, o muco cervical fica menos viscoso, tornando o 
transporte dos espermatozoidesmais fácil. 
 
Ejaculação 
 
 A ejaculação reflexa pode ser dividida em duas fases: 
 Emissão: O sêmen é enviado para a porção prostática da uretra através dos ductos 
ejaculatórios, após a peristalse dos ductos deferentes → Resposta autônoma 
simpática; 
 Ejaculação: O sêmen é expelido da uretra pelo orifício uretral externo, resultado 
do fechamento do esfíncter vesical no colo da bexiga, da contração do músculo 
uretral e dos bulboesponjosos 
 Prostaglandinas: Estimulam a motilidade uterina no momento do intercurso e 
ajudam no movimento dos espermatozoides para o sítio de fecundação na ampola 
da tuba uterina. 
 Frutose: Fonte de energia para os espermatozoides. 
 Durante o armazenamento no epidídimo, os espermatozoides são imóveis, mas 
tornam-se móveis no ejaculado. Movem-se lentamente no ambiente ácido da 
vagina, porém muito rapidamente no meio alcalino do útero. Os espermatozoides 
não fecundados se degeneram e são absorvidos pelo trato genital feminino. 
 
Maturação dos Espermatozoides 
 
 Os espermatozoides recém ejaculados são incapazes de fecundar ovócitos, por 
isso precisam passar por um período de condicionamento, a capacitação. A 
capacitação dura cerca de 7 horas, onde os componentes de membrana do 
espermatozoide são amplamente alterados. Uma cobertura glicoproteica e 
proteínas seminais são removidas da superfície do acrossoma do 
espermatozoide. Os espermatozoides capacitados não exibem mudanças 
morfológicas, porém são mais ativos. O processo de capacitação ocorre 
normalmente no útero ou nas tubas uterinas através de substâncias secretadas 
por essas porções do trato genital feminino. O término da capacitação permite 
que ocorra a reação acrossômica. A reação acrossômica precisa ser completada 
antes da fusão do espermatozoide com o ovócito. O acrossoma intacto do 
espermatozoide liga-se a uma glicoproteína (ZP3) na zona pelúcida. A membrana 
plasmática dos espermatozoides, íons cálcio, prostaglandinas e progesterona 
exercem importante papel nesta reação. Quando os espermatozoides capacitados 
entram em contato com a corona radiata, sofrem mudanças moleculares que 
resultam em perfurações no acrossoma, formando pontos de fusão com a 
membrana acrossômica externa. As mudanças induzidas pela reação estão 
associadas à liberação de enzimas que facilitam a fecundação, como a 
hialuronidase e a acrosina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fecundação 
 
 Início: Contato entre espermatozoide e ovócito; 
 Fim: Mistura dos cromossomos maternos e paternos na metáfase da primeira 
divisão mitótica do zigoto, um embrião unicelular; 
 Estimula o ovócito penetrado a completar a segunda divisão meiótica; 
 Restaura o número diploide normal de cromossomos (46) no zigoto; 
 Promove variabilidade através da mistura dos cromossomos maternos e paternos; 
 Determina o sexo cromossômico do embrião; 
 Causa a ativação metabólica do ovócito e inicia clivagem do zigoto; 
 Processo leva em torno de 24h. Local de fecundação: ampola da tuba uterina. Caso 
não seja fecundado, o ovócito passa em direção ao útero, onde se degenera e é 
reabsorvido. 
 
Fases da Fecundação 
 
 Passagem do espermatozoide através da corona radiata; 
 Penetração na zona pelúcida; 
 Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozoide; 
 Término da segunda divisão meiótica e formação do pronúcleo feminino; 
 Formação do pronúcleo masculino; 
 Logo que os pronúcleos se fundem em uma agregação de cromossomos única e 
diploide, a oótide torna-se um zigoto; 
 Um fator inicial de gravidez, uma proteína imunossupressora, é secretada pelas 
células trofoblásticas e surge no soro materno dentro de 24h a 48h após a 
fecundação. Tal fator forma a base do teste de gravidez durante os 10 primeiros 
dias de desenvolvimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Clivagem do Zigoto 
 
 Divisões mitóticas repetidas do zigoto → Blastômeros tornam-se menores a cada 
divisão por clivagem (inicia-se 30h após a fecundação); 
 Ocorre normalmente quando o zigoto passa pela tuba uterina em direção ao útero; 
 Durante a clivagem, o zigoto situa-se dentro da zona pelúcida; 
 Após o estágio de 9 células→ compactação → mediada por glicoproteínas de 
adesão de superfície celular→ pré-requisito para formação do embrioblasto do 
blastocisto; 
 Mórula→ massa celular com 12 a 32 blastômeros→ se forma 3 dias após a 
fecundação e alcança o útero. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formação do Blastocisto 
 
 Após a mórula ter alcançado o útero (4 dias após a fecundação), surge seu interior 
a cavidade blastocística. O fluido da cavidade uterina passa através da zona 
pelúcida para formar esse espaço. Como o fluido aumenta na cavidade 
blastocística, ele separa os blastômeros em duas partes: 
 Trofoblasto: delgada camada celular externa que formará a parte embrionária da 
placenta; 
 Embrioblasto: massa celular interna que dará origem ao embrião; 
 Na blastogênese, o concepto é chamado de blastocisto; 
 O embrioblasto se projeta para a cavidade blastocística e o trofoblasto forma a 
parede do blastocisto. Após o blastocisto permanecer livre e suspenso nas 
secreções uterinas por cerca de 2 dias, a zona pelúcida gradualmente se degenera 
e desaparece; 
 Cerca de 6 dias após a fecundação (20° dia de um ciclo menstrual de 28 dias), o 
blastocisto adere ao epitélio endometrial, normalmente adjacente ao pólo 
embrionário. Logo que ele adere ao epitélio endometrial, o trofoblasto começa a 
proliferar rapidamente e se diferencia em duas camadas: 
 Citotrofoblasto: uma camada interna; 
 Sinciciotrofoblasto: massa externa formada por uma massa protoplasmática 
multinucleada; 
 Em torno de 6 dias, prolongamentos digitiformes do sinciciotrofoblasto se 
estendem para o epitélio endometrial e invadem o tecido conjuntivo. No fim da 
primeira semana, o blastocisto está superficialmente implantado; 
 O sinciciotrofoblasto se expande no pólo embrionário, adjacente ao embrioblasto. 
Ele produz enzimas que erodem os tecidos maternos, possibilitando ao blastocisto 
implantar-se no endométrio. Em torno de 7 dias, o hipoblasto (endoderma 
primitivo), surge na superfície do embrioblasto voltada para a cavidade 
blastocística. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bons estudos!

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