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ALTERAÇÕES DO ÓRGÃO DENTÁRIO Radiologia Odontológica Prof. José Rivaldo Lino Alterações do órgão dentário Radiograficamente dividiremos o dente em duas porções distintas Porção coronária Porção radicular Porção coronária Constituição: esmalte, dentina e câmara pulpar; Alterações: Fraturas coronárias Desgastes incisais e oclusais Imagens radiolúcidas no esmalte Mineralização da dentina Nódulos pulpares. Porção coronária ‘Fraturas’ Presença de linha radiolúcida – aspecto de descontinuidade do contorno coronário Simulação de presença de fratura – traumatismos dentários. Porção coronária ‘Desgastes’ Classificação: Atrição Abrasão Erosão Atrição É caracterizada pela perda de estrutura dentária na porção incisal ou oclusal por processos fisiológicos ou patológicos . Os contatos oclusais fisiológicos exercidos durante a mastigação são responsáveis pela perda gradual idiopática gradual do esmalte durante os anos, afetando a função do dente. Pode ser considerada patológica quando o indivíduo apresentar contatos prématuros, bruxismo e apertamento dental. Abrasão É a perda patológica do tecido dentinário por meio meio de ação mecânica e parafuncional. A escovação traumática no sentido horizontal é a causa mais comum, seguida da má adaptação de grampos de próteses parciais removíveis. Hábitos parafuncionais como : ponta de cachimbo, palitos de dentes, pregos( sapateiros) entre outros. Aspecto radiográfico; pode variar muito; dependendo da causa, entretanto sempre será uma área radiolúcida na junção amelo-cementária. Erosão É a dissolução química progressiva dos tecidos dentais mineralizados sem o envolvimento bacteriano. As lesões de erosão podem ser extrínsecas quando causadas pela exposição contínua aos ácidos cítricos e alguns refrigerantes. Também pelo uso contínuo de alguns medicamentos como: aspirina, vitamina C e ácido hidroclorídrico. Intrínsecas podem ser causadas pela acidez estomacal em indivíduos com bulimia e\ou com enfermidades sistêmicas ,levando à desmineralização das superfícies oclusais dos dentes posteriores e linguais (palatinas) dos anteriores e posteriores. Porção coronária ‘imagens radiolúcidas’ Cárie interproximais Cárie oclusais Cárie vestibulares – palatinas e linguais Cárie cementárias Cárie É a doença infecciosa mais comum, que afeta mais da metade da população mundial. As radiografias têm papel importante na detecção da cárie , uma vez que a desmineralização do esmalte permite uma maior penetração dos raios-x, produzindo no filme uma imagem radiolúcida (mais escura ). Porém com o avanço da dentística restauradora e materiais dentários não se deve confiar´única e exclusivamente na imagem radiográfica. As resina podem ir de radiolúcidas até radiopacas. Estas imagens radiolúcidas podem ou não invadir os tecidos adjacentes como dentina, cemento e polpa. O uso de adesivos e vernizes por serem constituídos de materiais de baixo número atômico podem produzir imagens radiolúcidas que podem ser confundidos com recorrência de cárie. Porção coronária ‘ mineralização’ Dentina secundária, reacional ou irregular. É dentina formada frente a um estímulo agressivo de baixa intensidade, tal como um trauma ou uma condição patológica. Ela é depositada sobre a dentina primária e é produzida pelos odontoblastos na tentativa de impedir que o agente agressor chegue à polpa. Radiograficamente não há diferença entre as dentinas primária e secundária. Porém é visível a diminuição da câmara pulpar e canais radiculares, podendo ser obliterados total ou parcialmente. Porção coronária ‘nódulos pulpares’ Formato arredondado ou ovalado e agulhado Dentro da câmara pulpar ou no conduto radicular Radiopaco São calcificações presentes na polpa e sua etiologia é desconhecida, não tendo predileção por gênero e idade. Esclerose pulpar É caracterizado por calcificações na polpa dentária . Possui padrões idênticos aos nódulos entretanto possui imagem radiográfica difusa; por isso alguns autores consideram que a esclerose seria a fase inicial dos nódulos pulpares. Porção radicular Alterações: Reabsorções Fraturas Perfurações ou trepanações Hipercementoses Reabsorção radicular É uma reabsorção progressiva inflamatória em resposta a um processo infeccioso ou traumático , decorrente de uma lesão do órgão dentário. Porção radicular ‘reabsorções’ Fisiológicas Reabsorção dos dentes decíduos ( Rizólise) Patológicas - Reabsorção radicular interna Caracterizam-se por um aumento de tamanho ocupado pelo tecido pulpar. Porção mediana - Reabsorção radicular externa Qualquer região do dente. Traumas violentos Dentes reimplantados Tratamentos ortodônticos Neoplasias de natureza expansiva Odontomas Ameloblastomas Reabsorção radicular Reabsorção radicular externa Reabsorção radicular interna Reabsorção radicular cervical ( idiopática) Reabsorção radicular externa Pode ter como causas prováveis : Um processo infeccioso, como uma necrose pulpar bacteriana; Um processo traumático, como um trauma do órgão dentário ; Movimentação ortodôntica com força excessiva ; Tratamento endodôntico sem os cuidados necessários para uma boa obturação. Algumas lesões benignas podem causar reabsorções . Todas estas causas podem trazer consequências imediatas ou tardias, diagnosticadas em uma radiografia de rotina pois a lesão é assintomática. Reabsorção radicular interna Possui imagem radiográfica forma oval caracterizada pelo alargamento do espaço do canal radicular ou câmara pulpar . Etiologia incerta Porém sabe-se que as células gigantes multinucleares adjacentes ao tecido de granulação estão presentes . Dente pode ou não apresentar vitalidade . Quando a reabsorção interna encontra-se na câmara pulpar o dente pode apresentar uma coloração rósea (dente de Mummery) e pode ser observado clinicamente . Reabsorção Radicular cervical É uma reabsorção progressiva, assintomática, frequentemente rápida, de origem inflamatória, situando-se abaixo da linha cervical do dente envolvido ( inserção epitelial). Radiograficamente pode apresentar de diferentes formas e padrões o que causa dificuldade na interpretação. Mais comum nas proximais dos dentes. Quando atinge a Vestibular o exame clínico é que será o diagnóstico diferencial de abrasão. Fraturas radiculares Causas Variáveis Idade Comuns em pacientes jovens Característica radiográfica Aparecimento de um traço radiolúcido, que dá uma solução de continuidade do contorno da porção radicular . Trepanações ou perfurações Causas São causadas por imperícia do cirurgião dentista. Aspecto radiográfico É uma imagem radiolúcida , geralmente acompanhada de uma rarefação óssea circunscrita , no tecido adjacente. Hipercementose Deposição excessiva não neoplásica de cemento nas superfícies radiculares sobre o cemento normal. Sua etiologia é incerta Pode estar ligada a rarefações ósseas periapicais (inflamatórias), quando ocorre perda de dente antagonista e trauma oclusal . Quando vários dentes estão envolvidos pode suspeitar de Doença de Paget ou hiperpituitarismo, gigantismo e acromegalia
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