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REPRESENTAÇÃO DO INDÍGENA EM FILMES NO TERRITÓRIO AMAZÔNICO

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REPRESENTAÇÃO DO INDÍGENA EM FILMES NO TERRITÓRIO AMAZÔNICO
Xingu e O abraço da serpente
O abraço da serpente
Ano de produção: 2015
Diretor: Ciro Guerra
Países de origem: Argentina, Colômbia, Venezuela.
Único longa metragem latino-americano na disputa de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2016
O Filme - Baseado nos diários do etnologista alemão Theodor Koch-Grünberg e do botânico americano Richard Evans Schultes, que entraram na Amazônia Colombiana na primeira metade do século XX e que se deparam com um universo totalmente desconhecido. A história é contada pela perspectiva do índio Karamakate. 
Xingu
Ano produção: 2011
Dirigido por Cao Hamburger 
Países de origem: Brasil
3º melhor filme entre os 33 de ficção exibidos na mostra Panorama, da 62ª edição do Festival de Berlim
O Filme: o processo de criação do Parque Nacional do Xingú, dando ênfase na história dos irmãos Villas-Boas e no processo de aproximação aos índios, além dos entraves políticos e sociais do mesmo. A trama é narrada pelo viés dos irmãos.
A Amazônia de cada filme: 
XINGU - Conhecer e ocupar terras “desconhecidas” do Brasil Central. Abrir picadas, campos de pouso, fazer reconhecimentos e tomar posse do território. Amazônia é mostrada, na maioria das vezes, por planos abertos, visto de cima. Sobrevoo mostra a diversidade de aldeias e exalta a grandeza da mata. 
Contexto histórico: Início das obras da Transamazônica, Brasil dos anos 40, Estado Novo (1937-1945), Fundação Brasil Central é criada para desenvolver o Centro-Oeste, junto nasce a expedição Roncador - Xingu (1943).
Parque Nacional do Xingu é demarcado por decreto de Jânio Quadros (1961).
O ABRAÇO DA SERPENTE – Mostra a riqueza cultural dos povos nativos e grandiosidade botânica do noroeste da Amazônia, na fronteira entre Colômbia e Brasil. Rio Amazonas e a mata fechada são importantes elementos na trama. 
Contexto histórico: Início do século XX, interesse pela exploração da borracha na Amazônia. Missões religiosas. 
Temas centrais nas relações entre indígenas e homens brancos:
XINGU Território 
O ABRAÇO DA SERPENTE Cultura
O Abraço da Serpente – A trama mostra o reconhecimento da sabedoria dos povos nativos: relação do indígena com a natureza: cultura alimentar, sabedoria etnobotânica e rituais. Como pano de fundo percebe-se a tentativa de imposição da cultura hegemônica do colonizador: religião, idioma, vestimentas ocidentais e trabalho escravo na exploração das riquezas naturais (Seringueiras e ervas medicinais). 
Xingu – O filme mostra o primeiro contato de populações indígenas com outra civilização. Os irmãos Villas-Boas reconhecem o valor do território para aquelas populações e passam a lutar pela proteção dos territórios. Os indígenas são vistos de forma infantilizada e sem criticidade para reagir aos avanços do homem branco. O filme ignora elementos da cultura indígena e não a valoriza como elemento a ser preservado. 
Nas duas produções há a mostra de populações escravizadas e dizimadas pela ambição do homem branco em busca da matéria prima para a fabricação da borracha.
Referencias Bibliográficas
Bosi, E. (1977). Cultura de massa e cultura popular: leituras de operárias (3a ed.). Petrópolis, RJ: Vozes. (11a ed. rev. aum. de 2007).
CANCLINI, Néstor García. Culturas Híbridas. São Paulo: EDUSP, 2008.Introdução à Edição de 2001. As Culturas Híbridas em Tempos de Globalização.
http://www.museudoindio.gov.br/educativo/pesquisa-escolar/245-mito-e-cosmologia

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