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CCJ0053-WL-B-AMRP-11-Processo - Conceito Natureza Jurídica e Classificação

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TEORIA GERAL DO PROCESSO. Aula nº 11. 
Professor: Rodolfo Kronemberg Hartmann / www.rodolfohartmann.com.br 
 
 
Pressupostos processuais. 
 O processo, conforme já visto, se constitui em um conjunto de atos 
processuais que é praticado de forma seqüenciada até que seja prestada a 
tutela jurisdicional pretendida pelo demandante. Cada ato processual que 
compõem o processo (v.g. petição inicial, citação, contestação, dentre outros) 
pode ser analisado sob o mesmo prisma dos atos jurídicos em geral, ou seja, 
cada um deverá ser inicialmente verificado se reúne os requisitos mínimos para 
que possa ter “existência” jurídica. Caso o ato processual exista, passa-se a 
verificação se o mesmo tem ou não “validade” e, por fim, restará tão somente 
analisar se o mesmo possui ou não “eficácia”. É, portanto, uma apuração que 
deve ser realizada individualmente, ou seja, para cada ato processual e, 
dependendo da situação, o vício ocorrente em um dos atos pode praticar 
aqueles outros que dele derivarem. 
 No entanto, deixando de lado esta visão “micro”, ou seja, individual de 
cada ato processual que compõe o processo, também há a necessidade de 
verificar se este existe, é válido e gera efeito ou, em outras palavras, o que se 
realiza por meio de uma análise “macro”, que é a de todo processo. E, neste 
desiderato, é que se apresentam os pressupostos processuais. Com efeito, os 
pressupostos processuais de existência são aqueles que permitirão constatar 
se o processo, como um todo, tem existência jurídica ou se o mesmo se reduz 
a um mero amontoado de papéis completamente irrelevantes para o Direito. E, 
acaso confirmada a existência jurídica do processo, se passa a verificação se o 
mesmo é válido, o que é realizado por meio do enfrentamento dos 
pressupostos processuais de validade ou de desenvolvimento. Portanto, 
embora a natureza jurídica do processo seja discutível, o mesmo se submete a 
uma verificação que é extremamente semelhante a dos atos jurídicos em 
gerais, ou seja, se o mesmo possui existência jurídica e, em caso afirmativo, se 
é válido e pode continuar a se desenvolver. 
 As leis processuais não estabelecem um rol de quais seriam os 
pressupostos processuais de existência. De uma forma geral, diversos 
doutrinadores enumeram que para que um processo tenha existência jurídica, 
no mínimo há a necessidade que: a) o mesmo tenha sido instaurado perante 
um órgão jurisdicional; b) que no processo hajam partes; c) que haja uma 
demanda; 
 Já os pressupostos processuais de validade se destinam a legitimar e 
tornar válido o processo já que se encontra instaurado e existente. Logo, não 
basta apenas que haja um órgão jurisdicional, pois o mesmo também precisa 
ser “competente”. Da mesma maneira, as partes que estão no processo devem 
ser “capazes” e a demanda instaurada também deve ser “regular”. Portanto, 
usualmente são apontados como pressupostos de desenvolvimento: a) 
competência do órgão jurisdicional; b) capacidade das partes; c) regularidade 
da demanda. 
Por fim, os pressupostos processuais negativos se encontram 
relacionados no art. 267, inciso V, que enumera a litispendência, coisa julgada 
e perempção. É que, uma vez detectado pelo magistrado a presença de 
alguma dessas situações, o processo não mais poderá se desenvolver e terá 
que ser imediatamente sentenciado justamente com fundamento neste 
dispositivo. 
 
 
Síntese extraída da obra: HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Teoria Geral 
do Processo. Niterói: Impetus, 2012.

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