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6. EXAME DO MOVIMENTO

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EXAME DO MOVIMENTO
PROF. ESP. LARISSA DE MAGALHÃES
EXAME DOS MOVIMENTOS
OBJETIVO: Avaliar as características gerais dos movimentos e padrões de compensação funcional 
TÓPICOS 
	➢Movimentos ativos
	➢Movimentos passivos 
	➢Diagnóstico de tecidos inertes 
Durante o exame de movimentos o terapeuta deve:
Buscar achados clínicos objetivos 
Notar se a dor ou restrição são predominantes 
Se a dor predomina: a condição é mais aguda e os testes devem ser mais suaves 
• Se a restrição predomina: a condição é subaguda ou crônica e uma avaliação mais vigorosa deve ser realizada 
EXAME DOS MOVIMENTOS
Movimento da articulação produzido pela contração ativa dos músculos que cruzam a articulação.
Combina teste de amplitude articular, controle motor e força muscular 
MOVIMENTO ATIVOS
MOVIMENTO ATIVOS
Garantir no movimento testado: 
	➢Velocidade constante 
	➢Direção específica 
	➢Amplitude completa 
 • Músculos principais e sinergistas serão avaliados de forma integrada e sincronizada 
Cuidado ao avaliar ativamente fraturas ou lesões de tecidos moles em recente estado de recuperação
MOVIMENTO ATIVOS
 Terapeuta deve notar especificamente: 
	✓Quando e onde ocorre o início da dor 
	✓Intensidade e qualidade da dor 
	✓A reação do paciente a dor
	 ✓A magnitude da restrição observável
 	✓O padrão do movimento 
	 ✓Ritmo e qualidade do movimento 
	✓Instabilidade
	 ✓Compensação do movimento 
MOVIMENTO PASSIVOS
Movimento da articulação produzido inteiramente por uma força externa, ou seja, não há contração muscular produzindo o movimento articular.
MOBILIDADE ARTICULAR É RELATIVA
 
FLEXIBILIDADE
É a maior amplitude de movimentos possíveis em uma ou mais articulações, alcançada voluntariamente
É a qualidade física responsável pela amplitude do movimento disponível em uma articulação ou conjunto de articulações
A flexibilidade é formada pela: 
✓Elasticidade dos músculos
✓Mobilidade das articulações 
✓Plasticidade dos ligamentos
 ✓Maleabilidade da pele
FLEXIBILIDADE
MEDIDAS DE FLEXIBILIDADE
Tomar as medidas à mesma hora do dia 
Não realizar atividade física ou exercício extenuante anterior ao teste 
O avaliado deve manter-se o mais relaxado possível 
Todas as medidas devem ser realizadas pelo mesmo avaliador para uma melhor objetividade 
Explicar de forma clara o comportamento do avaliado 
Demonstrar o movimento que ele deve executar
Cada movimento deve ser comparado ao lado contralateral
 O terapeuta deve determinar a presença de: 
➢Limitação de movimento (hipomobilidade) 
➢Excesso de movimento (hipermobilidade ou lassidão) 
➢Dor 
EXAME DO ARCO DE MOVIMENTO
Medida da movimentação articular 
Passo essencial na avaliação da função do paciente com incapacidade muscular, neurológica ou esquelética 
Goniômetro - instrumento mais comumente utilizado na prática clínica.
OBJETIVO:
Analisar função articular 
Delimitar ADM
Desenvolver objetivos do tratamento 
Documentar resultados
Reavaliar
Tomar decisão para indicação de Órteses / adaptações
GONIOMETRIA
PROCEDIMENTO:
Articulações livres 
Definir ADM utilizada / esclarecer movimento 
Alinhamento corporal (postura anatômica) 
Localizar o eixo do movimento (inspeção / palpação) 
Comparação (tabela / membro contralateral) 
Medir sequênciadamente 
Registro cuidadoso
GONIOMETRIA
PRINCÍPIOS GERAIS:
Eixo: eixo da articulação
Braço móvel: 
Paralela e lateralmente ao eixo longitudinal do segmento corporal móvel 
Alinhamento com o segmento distal 
Braço fixo:
Paralela e lateralmente ao eixo longitudinal do segmento corporal fixo
Alinhamento com o segmento proximal
GONIOMETRIA
PRINCÍPIOS GERAIS:
Sistema de mensuração: 0 a 180 graus 
Registro: 
	▪Posição inicial: posição anatômica em 0 graus 
	▪Exceto para rotação e movimentos de tornozelo: início a 90 graus 
	▪Goniômetro alinhado: feito leitura no início e final
GONIOMETRIA
LEITURA DO GONIÔMETRO
LEITURA DO GONIÔMETRO
CERVICAL
Flexão (0 – 45º) 
Extensão (45 a 0º) 
Eixo: meato auditivo externo Braço fixo: perpendicular ao solo Braço móvel: linha paralela à borda inferior do nariz
MEDIDA DE AMPLITUDE POR SEGMENTO
CERVICAL
Flexão (0 – 45º) 
Extensão (45 a 0º) 
Eixo: meato auditivo externo Braço fixo: perpendicular ao solo Braço móvel: linha paralela à borda inferior do nariz
MEDIDA DE AMPLITUDE POR SEGMENTO
CERVICAL
Rotação (0-60°)
MEDIDA DE AMPLITUDE POR SEGMENTO
CERVICAL
Flexão/ inclinação lateral (0-40º)
- Posição Ideal: sentada ou de pé
- Eixo: processo espinhoso de C7 
- Braço fixo: paralelo ao solo ou ao longo dos processos espinhosos 
-Braço móvel: na linha média da coluna cervical, dirigido para a protuberância occipital externa
MEDIDA DE AMPLITUDE POR SEGMENTO
LOMBAR
Flexão/ inclinação Lateral (0-40º)
	-Posição Ideal: em pé, alinhado, inclinando para o lado que vai ser avaliado; 
	-Braço Fixo: no nível das espinhas ilíacas póstero superiores; 
	-Braço Móvel: na direção do processo espinhoso de C7; 
	-Eixo: entre as espinhas ilíacas póstero-superiores. 
MEDIDA DE AMPLITUDE POR SEGMENTO
LOMBAR
Rotação (0-35º)
	-Posição Ideal: sentado, ereto, com a pelve fixa, rodando para o lado que vai ser avaliado; 
	-Braço Fixo: inicialmente os dois braços devem ser colocados no centro da cabeça, paralelos ao solo, com a ponta voltada na direção do acrômio; 
	-Braço Móvel: acompanha o movimento permanecendo paralelo ao solo, sempre na direção do acrômio 
	-Eixo: Centro da Cabeça 
Obs: Pelve e cervical permanecem fixas
MEDIDA DE AMPLITUDE POR SEGMENTO
OMBRO
Flexão (0-180º)
	Posição ideal: paciente sentado 
	Braço fixo: linha axilar média do tronco, apontando para o trocânter maior do fêmur 
	Braço móvel: superfície lateral do corpo do úmero voltado para o epicôndilo lateral 
	Eixo: próximo ao acrômio
MEDIDA DE AMPLITUDE POR SEGMENTO
OMBRO
Extensão (0-45º)
	Posição ideal: sentado, em pé, ou deitado em decúbito ventral 
	Braço fixo: linha axilar média do tronco, apontando para o trocanter maior do fêmur 
	Braço móvel: superfície lateral do corpo do úmero voltado para o epicôndilo lateral 
	Eixo: látero-lateral da articulação glenoumeral / 3 cm ou dois dedos abaixo do acrômio
MEDIDA DE AMPLITUDE POR SEGMENTO
OMBRO
Adução e Abdução (0-180º e 180-0º)
	-Posição Ideal: sentado ou em pé, de costas para o terapeuta 
	-Braço Fixo: sobre a linha axilar posterior do tronco 
	-Braço Móvel: sobre a superfície posterior do braço, voltado para a região dorsal da mão 
	-Eixo: 3 cm ou 2 dedos abaixo e atrás do acrômio (bordo posterior do acrômio) 
MEDIDA DE AMPLITUDE POR SEGMENTO
OMBRO
Adução e Abdução na linha horizontal
	-abdução de 0 à 100º e adução de 0 à 40º 
	-Posição Ideal: sentado ou em pé; 
	-Braço Fixo: paralelo à linha mediana anterior; 
	-Braço Móvel: sobre a superfície lateral do úmero (acompanha o braço de movimento); 
	-Eixo: sobre o eixo Ântero-posterior da articulação glenoumeral (2 cm ou um dedo abaixo do acrômio) 
MEDIDA DE AMPLITUDE POR SEGMENTO
OMBRO
Rotação medial e lateral (0-90º)
	-Posição Ideal: decúbito dorsal, o úmero sobre apoio e só cotovelo sobressai da borda da maca; 
	-Braço Fixo: paralelo ao solo 
	-Braço Móvel: sobre a região posterior do antebraço, dirigido para o 3º dedo; 
	-Eixo: olécrano 
MEDIDA DE AMPLITUDE POR SEGMENTO
COTOVELO
Flexão e extensão (0-145º e 145-0º)
	-Posição Ideal: sentado, em pé ou em decúbito dorsal, com o MS junto ao tronco respeitando a posição anatômica; 
	-Braço Fixo: ao longo da superfície lateral do úmero, orientado para o acrômio;
	 -Braço Móvel: sobre a superfície lateral do rádio apontando para o processo estilóide do mesmo 
-Eixo: interlinha articular do cotovelo, na face lateral. Obs.: Extensão: ADM normal ! 
MEDIDA DE AMPLITUDE POR SEGMENTO
RÁDIO-ULNAR
Pronação e Supinação (0-90º)
	-Posição Ideal: sentado; -Braço Fixo: sobre a superfície dorsal dos metacarpos, paralelo ao eixo longitudinal do úmero; 
	-Braço Móvel: paralelo ao eixo de um lápis oudo polegar, devendo acompanhar o movimento; 
	-Eixo: sobre a articulação metacarpofalangeana do 3º dedo
MEDIDA DE AMPLITUDE POR SEGMENTO
PUNHO
Flexão e Extensão (0-90º)
	-Posição Ideal: sentado com o antebraço em pronação e cotovelo fletido a 90º; 
	-Braço Fixo: sobre a face medial da ulna; 
	-Braço Móvel: sobre a face medial o 5º metacarpo; 
	-Eixo: na interlinha articular do punho, face ulna
MEDIDA DE AMPLITUDE POR SEGMENTO
PUNHO
Desvio Radial (0-20º)
	-Posição Ideal: sentado com o cotovelo fletido e o antebraço em pronação ou posição neutra; 
	-Braço Fixo: sobre a região posterior do antebraço, apontando para o epicôndilo lateral; 
	-Braço Móvel: sobre a superfície dorsal do 3º metacarpo; 
	-Eixo: na interlinha distal da articulação radiocárpica, face dorsal
MEDIDA DE AMPLITUDE POR SEGMENTO
PUNHO
Desvio Ulnar (0-45º)
	-Posição Ideal: sentado com o cotovelo fletido e o antebraço em pronação ou posição neutra; 
	-Braço Fixo: sobre a região posterior do antebraço, apontando para o epicôndilo lateral; 
	-Braço Móvel: sobre a superfície dorsal do 3º metacarpo; 
	-Eixo: na interlinha distal da articulação radiocárpica, face dorsal. 
Obs.: Não se deve utilizar a falange como ponto de referência.
MEDIDA DE AMPLITUDE POR SEGMENTO
QUADRIL
Flexão e extensão (0-125º e 125-0º)
	-Posição Ideal: decúbito dorsal; 
	-Braço Fixo: acompanha o alinhamento do corpo em direção à axila; 
	-Braço Móvel: sobre a superfície lateral da coxa, em direção ao côndilo lateral do fêmur; 
	-Eixo: em nível do trocânter maior do fêmur
MEDIDA DE AMPLITUDE POR SEGMENTO
QUADRIL
Hiperextensão (0-10º)
	-Posição Ideal: decúbito ventral e alternativamente em decúbito lateral; 
	-Braço Fixo: acompanha o alinhamento do corpo em direção à axila; -Braço Móvel: sobre a superfície lateral da coxa, em direção ao côndilo lateral do fêmur; 
	-Eixo: em nível do trocânter maior do fêmur. 
Obs.: Manter as espinhas ilíacas ântero-superiores apoiadas no leito, a fim de garantir a não movimentação da coluna lombar.
MEDIDA DE AMPLITUDE POR SEGMENTO
QUADRIL
Abdução (0-45º)
	-Posição Ideal: decúbito dorsal; 
	-Braço Fixo: sobre a linha traçada entre as espinhas ilíacas ânterosuperiores; 
	-Braço Móvel: sobre a região anterior da coxa, ao longo da diáfise do fêmur; 
	-Eixo: sobre o eixo ântero-posterior da articulação do quadril. 
Obs.: Procurar manter o paralelismo do braço fixo e evitar que os MMII adotem a posição de rotação medial ou lateral. 
MEDIDA DE AMPLITUDE POR SEGMENTO
QUADRIL
Adução (0-15º)
	-Posição Ideal: decúbito dorsal; 
	-Braço Fixo: sobre a linha traçada entre as espinhas ilíacas ânterosuperiores; 
	-Braço Móvel: sobre a região anterior da coxa, ao longo da diáfise do fêmur; 
	-Eixo: sobre o eixo ântero-posterior da articulação do quadril. 
MEDIDA DE AMPLITUDE POR SEGMENTO
QUADRIL
Rotação medial e lateral (0-45º)
	-Posição Ideal: sentado com o joelho e o quadril fletidos a 90º e em posição neutra; 
	-Braço Fixo: sobre a linha média anterior da tíbia e permanece perpendicular ao solo; 
	-Braço Móvel: os dois braços podem coincidir com a linha média da tíbia, mantendo-se o eixo fixo, e o móvel acompanha o movimento; 
	-Eixo: na face anterior da patela 
MEDIDA DE AMPLITUDE POR SEGMENTO
JOELHO
Flexão e extensão (0-140º e 140-0º)
	-Posição Ideal: decúbito dorsal ou ventral; 
	-Braço Fixo: paralelo à superfície lateral do fêmur dirigido para o trocânter maior; 
	-Braço Móvel: paralelo à face lateral da fíbula dirigido para o maléolo lateral; 
	-Eixo: sobre a linha articular do joelho (face lateral) 
MEDIDA DE AMPLITUDE POR SEGMENTO
TORNOZELO
Dorsiflexão (0-20º)
	-Posição Ideal: sentado ou decúbito dorsal ou ventral com o pé em posição neutra; 
	-Braço Fixo: deve ser colocado paralelo à face lateral da fíbula; 
	-Braço Móvel: paralelo à superfície lateral do 5º metatarso; 
	-Eixo: na borda externa do pé, na direção do maléolo lateral.
MEDIDA DE AMPLITUDE POR SEGMENTO
TORNOZELO
Flexão plantar (0-45º)
	-Posição Ideal: sentado ou decúbito dorsal ou ventral com o pé em posição neutra; 
	-Braço Fixo: deve ser colocado paralelo à face lateral da fíbula; 
	-Braço Móvel: paralelo à superfície lateral do 5º metatarso; 
	-Eixo: na borda externa do pé, na direção do maléolo lateral.
MEDIDA DE AMPLITUDE POR SEGMENTO
FLEXITESTE
Graduação de 0 a 4 
Posições intermediárias!menor resultado 
Mesmo observador para todas as medidas 
A prática aprimora a técnica do observador em acuidade e objetividade 
Avaliação passiva máxima de 20 movimentos articulares (36 se bilateral) 
Soma dos resultados! Índice global
FLEXITESTE
OUTRA MEDIDA DE FLEXIBILIDADE
 BANCO DE WELLS
Testa flexibilidade/alongamento da parte posterior do tronco e pernas 
Aluno deverá inclinar-se lentamente e projetar-se para frente até onde for possível, deslizando os dedos ao longo da régua 
A distância total alcançada representa o escore final, sendo que serão realizados 3 tentativas de alcance
PARÂMETROS 
até 11cm = fraco 
de 12 a 13cm = regular 
de 14 a 18cm = médio 
de 19 a 21cm = bom 
22cm ou + = excelente 
BANCO DE WELLS

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