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Prof. Vítor Cruz Este é um material gratuito, disponibilizado pelo site “www.NOTA11.com.br – Seu Companheiro de Estudo”, e faz parte de uma iniciativa de democratização do ensino de qualidade. Se você quer ter acesso a maiores conteúdos e colaborar para a democratização do ensino de qualidade, acesse o site NOTA11. Professor Vítor Cruz (Vampiro) Resumo da Teoria do Direito Constitucional Versão 2.0 Não esqueça que também está disponível o Resumo da Constituição Federal. AVISO e PEDIDO: Vocês podem utilizar este material como bem entenderem, mas gostaria apenas de pedir que respeitem os colegas e não cobrem por este material. ELE É GRATUITO ! Prof. Vítor Cruz Este é um material gratuito, disponibilizado pelo site “www.NOTA11.com.br – Seu Companheiro de Estudo”, e faz parte de uma iniciativa de democratização do ensino de qualidade. Se você quer ter acesso a maiores conteúdos e colaborar para a democratização do ensino de qualidade, acesse o site NOTA11. Viabilidade do trabalho: Todos os materiais gratuitos encontrados no “Nota11 – Seu Companheiro de Estudo” só são possíveis devido aos alunos que acreditam em nossa iniciativa e em nosso pioneiro Método de Fichas Interativas Nota11. Você já conheceu? Então veja este enunciado que aborda um assunto relativamente complexo: Ao se deparar com este enunciado, sua mente começa a trabalhar da seguinte forma: 1- Você está aberto a recepcionar uma informação e sabe sobre o que será falado (no caso, a relação entre o controle de constitucionalidade e a rigidez constitucional); 2- Mesmo que em um mínimo esforço, você tentará responder a pergunta, e isso ativará o seu cérebro para recepcionar a informação que será entregue em seguida; 3- Existem três opções de status: você pode sequer ter ouvido falar sobre o tema, ter ouvido falar e não saber a resposta ou ter ouvido falar e saber a resposta. Resposta Parte 1 (Treino) Parte 2 (entregando o conhecimento) Prof. Vítor Cruz Este é um material gratuito, disponibilizado pelo site “www.NOTA11.com.br – Seu Companheiro de Estudo”, e faz parte de uma iniciativa de democratização do ensino de qualidade. Se você quer ter acesso a maiores conteúdos e colaborar para a democratização do ensino de qualidade, acesse o site NOTA11. Parte 1- O Treino: A primeira parte da resposta concretiza o treino. Ainda que incipiente, veja que a simples resposta “sim”, por si, já supera o “marcar o x” da resolução de questões de prova, pois você não fica induzido pela resposta, você está realmente verificando se sabe ou se não sabe o tema. Se o seu caso é daquele que sabe o assunto, está confirmando a sua resposta e ganhando segurança. Se você é aquele que não sabia a resposta, passou a saber rapidamente uma coisa essencial para o estudo, mas ainda falta saber “porquê”, completar a informação. Então seguimos para a segunda parte da resposta: Parte 2- Entregando o conhecimento: Ainda que você soubesse a resposta, pode aumentar o seu conhecimento sobre o tema. E se você não sabia, é hora de aprender sobre ele. Veja que, se você se deparasse com essa informação em um livro didático, talvez passasse os olhos e não desse a mínima importância para ela. Porém, quando um questionamento é posto anteriormente à informação, você fica atento e receptivo pela informação que será entregue. Assim, você aprendeu uma importante teoria, na primeira vez que teve contato com ela, sem que fosse preciso ficar lendo e relendo, o que mostra a eficiência do método. E ainda têm mais - 3ª Etapa - As observações: Algumas fichas trazem “observações”, que são campos onde os professores dão dicas, orientações ou exemplificam como este assunto tem sido cobrado nas provas, para dar ainda mais segurança para o aluno. Veja que com o assunto tratado em poucas linhas pela ficha interativa exemplo você seria capaz de acertar questões de alguns dos mais difíceis concursos públicos do país. Prof. Vítor Cruz Este é um material gratuito, disponibilizado pelo site “www.NOTA11.com.br – Seu Companheiro de Estudo”, e faz parte de uma iniciativa de democratização do ensino de qualidade. Se você quer ter acesso a maiores conteúdos e colaborar para a democratização do ensino de qualidade, acesse o site NOTA11. Sobre o autor: Graduado em Ciências Navais pela Escola Naval. Pós Graduado em Direito Constitucional. Criador do site Nota11. Professor do Ponto dos Concursos. Coordenador da coleção 1001 questões comentadas (Ed. Método) e autor de 7 livros voltados para a preparação de candidatos a concursos públicos: 1- Constituição Federal Anotada para Concursos - Ed. Ferreira. 2- 1001 questões comentadas de Direito Constitucional ESAF - Ed. Método. 3- 1001 questões comentadas de Direito Constitucional CESPE - Ed. Método. 4- 1001 questões comentadas de Direito Constitucional FCC - Ed. Método. 5- 1001 questões comentadas de Direito Tributário ESAF (co-autoria: Francisco Valente) - Ed. Método. 6- Questões Comentadas de Direito Constitucional - FGV - Ed. Método. 7- Vou ter que estudar Direito Constitucional! E Agora? - Ed. Método. Índice: Índice de Abreviaturas: ...................................................................................... 5 Noções do Direito Constitucional e da Constituição ............................................ 6 Teoria Geral do Estado (TGE) ............................................................................ 8 Sentidos (concepções) das Constituições:.........................................................12 Poder Constituinte: ...........................................................................................12 Classificação das Constituições: ........................................................................14 Histórico Constitucional Brasileiro (antes de 1988): .........................................15 Elementos da Constituição: ...............................................................................17 Normas Constitucionais, Regras e Princípios Constitucionais: ...........................17 Interpretação Constitucional: ...........................................................................18 Controle de Constitucionalidade: .......................................................................20 Prof. Vítor Cruz Este é um material gratuito, disponibilizado pelo site “www.NOTA11.com.br – Seu Companheiro de Estudo”, e faz parte de uma iniciativa de democratização do ensino de qualidade. Se você quer ter acesso a maiores conteúdos e colaborar para a democratização do ensino de qualidade, acesse o site NOTA11. Índice de Abreviaturas: Adm. – Administração AL – Assembléia Legislativa Aut. - Autarquia ADIN (ou ADI)– Ação Direta de Inconstitucionalidade ADECON (ou ADC) – Ação Declaratória de Constitucionalidade ADINPO (ou ADO) - Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão. ADPF – Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental AGU – Advogado Geral da União BACEN – Banco Central do Brasil BC – Base de Cálculo BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social CC– Código Civil CDC– Código de Defesa do Consumidor CE– Constituição Estaduall CF– Constituição da República Federativa do Brasil CIDE – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico CIP – Contribuição sobre iluminação pública CN – Congresso Nacional CNJ – Conselho Nacional de Justiça CNMP - Conselho Nacional do Ministério Público CP – Código Penal CS – Contribuição Social DF – Distrito Federal DP –Defensoria Pública DPU – Defensoria Pública da União EC – Emenda Constitucional ou Empréstimo Compulsório Est. – Estados Federados EP – Empresa Pública EPP – Empresa de Pequeno Porte FFAA – Forças Armadas FG – Fato Gerador FGTS – Fundo de garantia por tempo de serviço FP – Fundação Pública FPM – Fundo de Participação dos Municípios FPE – Fundo de Participação dos Estados/Distrito Federal HC – Habeas Corpus HD – Habeas Data ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias IE – Imposto de Exportação IGF – Imposto sobre Grandes Fortunas II – Imposto de Importação IOF – Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio, Seguro ou Valores Mobiliários IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores IR – Imposto de Renda ISS – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis ITCD ou ITDCM – Imposto sobre Transmissão de Bens ou Direitos por Doação ou causa mortis ITR – Imposto Territorial Rural LC – Lei Complementar LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias LO – Lei Ordinária LOA – Lei Orçamentária Anual MA – Maioria Absoluta ME - Microempresa MI - Mandado de Injunção MP – Medida Provisória ou Ministério Público, conforme o caso. MPU – Ministério Público da União MS – Mandado de Segurança Mun. - Municípios OAB – Ordem dos Advogados do Brasil PE – Poder Executivo PF – Pessoa Física PGR – Procurador-Geral da República PJ – Pessoa Jurídica ou Poder Judiciário, conforme o caso PL – Poder Legislativo PLDO – Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias PLOA – Projeto da Lei Orçamentária Anual PPA – Plano Plurianual RFB – República Federativa do Brasil RGPS - Regime Geral de Previdência Social. RPPS - Regime Próprio de Previdência Social. SEM – Sociedade de Economia Mista STF – Supremo Tribunal Federal STJ – Superior Tribunal de Justiça STM – Superior Tribunal Militar TC – Tribunal de Contas TCU – Tribunal de Contas da União TCE – Tribunal de Contas do Estado TSE – Tribunal Superior Eleitoral TST – Tribunal Superior do Trabalho T.Sup. – Tribunais Superiores. Prof. Vítor Cruz 6 Este é um material gratuito, disponibilizado pelo site “www.NOTA11.com.br – Seu Companheiro de Estudo”, e faz parte de uma iniciativa de democratização do ensino de qualidade. Se você quer ter acesso a maiores conteúdos e colaborar para a democratização do ensino de qualidade, acesse o site NOTA11. Noções do Direito Constitucional e da Constituição Pirâmide Clássica de Kelsen: Pirâmide de Kelsen adaptada ao ordenamento brasileiro atual Em 2008, o STF passou a entender que os tratados internacionais sobre direitos humanos, caso não fossem aprovados rito de votação de uma emenda constitucional, não iriam adquirir o status constitucional (emenda constitucional). Porém, por si só, já possuem um status de “supralegalidade” (estágio acima das leis e abaixo da Constituição), podendo revogar leis anteriores e devendo ser observados pelas leis futuras. Os demais tratados, que não falassem sobre direitos humanos, possuem status de uma lei infraconstitucional (equivalente a uma lei ordinária, comum). Assim temos a nova pirâmide no ordenamento brasileiro: OBSERVAÇÃO 1: Não existem hierarquias dentro de cada patamar da pirâmide de Kelsen (ou seja, não existe hierarquia entre as normas constitucionais, nem hierarquia entre leis ordinárias, leis complementares, medidas provisórias, leis delegadas, decretos legislativos e resoluções). Constituição (normas originárias + emendas constitucionais) Normas infraconstitucionais (leis em sentido amplo) Normas infralegais Constituição (normas originárias + emendas constitucionais + tratados de direitos humanos aprovados como emendas constitucionais). Normas infraconstitucionais: (leis em sentido amplo) Normas da CF, art. 59: leis ordinárias e complementares, leis delegadas, decretos legislativos, medidas provisórias e resoluções + demais tratados internacionais + outras normas como decreto autônomo do presidente e Regimento dos Tribunais. Normas supralegais (tratados de direitos humanos não aprovados como emendas constitucionais). Normas infralegais: Decretos (não autônomos), Regulamentos, Portarias e etc. Prof. Vítor Cruz 7 Este é um material gratuito, disponibilizado pelo site “www.NOTA11.com.br – Seu Companheiro de Estudo”, e faz parte de uma iniciativa de democratização do ensino de qualidade. Se você quer ter acesso a maiores conteúdos e colaborar para a democratização do ensino de qualidade, acesse o site NOTA11. OBSERVAÇÃO 2: A Constituição Federal, por ser norma de imposição nacional, deve ser respeitada por todas as Constituições Estaduais, que não podem prever nada em desacordo com ela, bem como as leis orgânicas dos municípios, que devem observar os preceitos da Constituição daqueles estados onde se localizam, bem como da Constituição Federal. Cabe uma observação, não poderá a Constituição Estadual trazer imposições à autonomia municipal maiores do que aquelas já feitas pela Constituição Federal, esta sim (CF) é a lei maior, autônoma, soberana. Mas atenção: É totalmente errado falarmos que existe qualquer hierarquia entre uma lei federal, uma lei estadual e uma lei municipal. Cada ente de nossa federação (União, estado, distrito federal e município) possui uma autonomia conferida pela Constituição Federal, para que possa, dentro dos limites traçados pela própria CF, se autoorganizar, autolegislar, autogovernar e autoadministrar. Ou seja, os ordenamentos jurídicos infraconstitucionais (leis em sentido amplo e normas infralegais) são completamente independentes: Direito Constitucional quanto ao foco de investigação: Direito Constitucional Comparado Faz comparação entre ordenamentos constitucionais de países diferentes ou em tempos diferentes. Direito Constitucional Geral (ou comum) Estudo teórico e geral sobre os conceitos e princípios constitucionais. Direito Constitucional Positivo (ou especial) Estuda um ordenamento específico que esteja vigorando em um país. Constitucionalismo em sentido amplo: • Constitucionalismo Antigo - Manifestado principalmente nas civilizações hebraica e grega; • Constitucionalismo da Idade Média - Marcado pela Magna Carta de 1215; • Constitucionalismo Moderno - Marcado pela Revolução Francesa e pela Independência dos Estados Unidos; Conceito ocidental ou conceito ideal de Constituição: 1. Forma escrita; 2. Deve organizar o Estado politicamente e prever a separação de funções do Poder Político (tripartição dos Poderes); 3. Deve garantir as liberdades individuais, limitando o poder do Estado; 4. Deve prever a participação do povo nas decisões políticas. Precedentes históricos do constitucionalismo moderno: Pensamento iluminista, Teoria do Pacto Social, Pactos, Forais, Cartas de Franquia, Contratos de colonização. Leis federais Leis estaduais Leis municipais Leis do distrito federal Autonomia Autonomia Autonomia Prof. Vítor Cruz 8 Este é um material gratuito, disponibilizado pelo site “www.NOTA11.com.br – Seu Companheiro de Estudo”, e faz parte de uma iniciativa de democratização do ensino de qualidade. Se você quer ter acesso a maiores conteúdos e colaborar para a democratização do ensino de qualidade, acesse o site NOTA11. Neoconstitucionalismo e pós-positivismo: Constituição com força normativa e ocupando o centro do ordenamento jurídico. Expansão do papel do Poder Judiciário e da jurisdiçãoconstitucional (controle de constitucionalidade e todos os mecanismos que realmente asseguram a força normativa da constituição). Reconhecimento da normatividade dos princípios. Equidade e moral norteando uma nova interpretação constitucional. Direitos fundamentais, respaldados na dignidade da pessoa humana, assumem caráter constitucional e normativo, tornam-se imunes de serem abolidos pelas “maiorias eventuais” e irradiam-se por todo o ordenamento, prevendo condições mínimas essenciais à vida humana digna. Constitucionalização dos direitos conquistados: • Estado Liberal - A partir da Rev. Francesa. Direitos de 1ª dimensão (civis e políticos) - Brasil = CF/1824 e 1891. • Estado Social - A partir da Constituição Mexicana e Weimar - Direitos de 2ª dimensão (sociais, econômicos e culturais) - Brasil = CF 1934. • Estado Democrático - Direitos de 3ª dimensão (coletivos e difusos) - Brasil - CF/1988. • As constituições foram ficando mais extensas com o passar do tempo, pois foram constitucionalizando os novos direitos conquistados. Atualmente são mais analíticas do que no passado. Teoria Geral do Estado (TGE) TGE = tem por objeto a análise da formação, organização, evolução no tempo e finalidade dos Estados, sob os mais variados prismas, de forma que possa buscar o aperfeiçoamento do Estado. Não se limita aos aspectos jurídicos, mas estuda o Estado através de uma análise jurídica, sociológica, política, e etc. Tese: Sociedade Natural Contratualismo O que dizia: O homem é naturalmente um animal social e político. Se opõe à idéia da sociedade natural, defendem que a sociedade é formada por uma associação voluntária dos homens, através de um contrato hipotético. Defensores: Aristóteles, Cícero, São Tomás de Aquino, dentre outros. Thomas Hobbes, John Locke, Montesquieu, Rousseu, dentre outros. Prof. Vítor Cruz 9 Este é um material gratuito, disponibilizado pelo site “www.NOTA11.com.br – Seu Companheiro de Estudo”, e faz parte de uma iniciativa de democratização do ensino de qualidade. Se você quer ter acesso a maiores conteúdos e colaborar para a democratização do ensino de qualidade, acesse o site NOTA11. � Estado de Natureza = Os contratualistas previam o “estado de natureza”, que é o estado em que o homem vivia antes de se associar, possuindo total liberdade para fazer o que bem entender. o Thomas Hobbes – No estado de natureza os indivíduos são essencialmente maus, egoístas, agressivos, luxuriosos, animalescos, ocsionando uma constante tensão que leva as pessoas a agredirem antes de virem a ser agedidos. o Locke, Montesquieu e Rousseu – No estado de natureza os indivíduos são essencialmente bons. TESE QUE PREVALECE: Atualmente predomina o modelo misto de que a sociedade é produto de uma necessidade natural de associação humana, de essência naturalista, mas sem excluir, porém, que a razão humana tem grande papel no estabelecimento de duas bases e características. Elementos que constituem uma SOCIEDADE: 1- Finalidade ou Valor Social: O Bem comum. 2- Manifestação ordenada: reiteração + ordem + adequação. 3- Poder Social: Uma vontade que predomina em prol de outras. Teorias da finalidade social: Deterministas - O homem se submete às leis naturais. filho de pescador vai ser pescador. X Finalistas - o homem é livre para escolher sua finalidade, mesmo que "forças" criem uma tendência, ele possui inteligência e vontade de fixar um objetivo próprio. TESE QUE PREVALECE: Prevalece a finalista e faz necessário que a finalidade social seja uma finalidade que consiga atender a todos os individuos livres em conjunto. Surge o conceito de bem comum formulado pelo Papa João XXIII: “o conjunto de todas as condições que possibilitem o desenvolvimento integral da personalidade humana”. Sociedade: Comunidade: Seus membros buscam um fim determinado. Não há busca por um objetivo definido, bastando a sua autopreservação. Vínculos jurídicos regem as relações entre seus membros e normas jurídicas regulamentam a suas manifestações Elo formado pela afinindade sentimental, psicológica ou espiritual de seus membros Há um poder, que é estabelecido e reconhecido juridicamente, capaz de alinhar os membros em prol dos objetivos comuns Não há lideranças institucionalizadas, no máximo o exercício de influências de membros sobre outros. Prof. Vítor Cruz 10 Este é um material gratuito, disponibilizado pelo site “www.NOTA11.com.br – Seu Companheiro de Estudo”, e faz parte de uma iniciativa de democratização do ensino de qualidade. Se você quer ter acesso a maiores conteúdos e colaborar para a democratização do ensino de qualidade, acesse o site NOTA11. O Estado • O termo "Estado" aparece pela primeira vez na obra "O Príncipe" de Maquiavel (1513). • Alguns autores não admitem a existência do estado antes do século XVII, para eles não bastaria haver uma sociedade política, mas também haver características bem definidas como uma soberania una, o que não era presente em épocas medievais, onde existiam os feudos e corporações dissolvendo o poder. Outros autores dizem que o Estado sempre existiu, tendo o homem sempre se organizado em sociedade e sob uma autoridade. Se considerarmos o Estado em um termo amplo ele teria a seguinte evolução: Estado Antigo (Oriental ou Teocrático): - Hebreus, Egípcios, Sírios... - Marcados pela natureza unitária e religiosidade; - A sua natureza era unitária, pois inexiste divisões, sejam territoriais, políticas, jurídicas ou administrativas, no interior do Estado. - A sua natureza era religiosa, pois não há como dissociar a religião do governo, das leis e da moral. - monarquia absolutista de fundamento divino. Alguns autores dispõem que tal governo seria em alguns casos ilimitado, enquanto em outros casos seria limitado pelos sacerdotes. - Instabilidade territorial. Estado Grego: Embora a Grécia não tenha se organizado em uma única sociedade política, mas em diversas polis (cidade-estado), podemos identificar certas características comuns a elas: - Busca pela autossuficiência (autarquia) da polis. - Uma elite ("cidadãos") dominava os assuntos políticos, excluindo a massa de indivíduos das decisões, ainda quando o governo fosse tido por democrático. Estado Romano (754 a.C. até 565 d.C): - Base familiar; - Inicialmente possuía organização no modelo das cidades-Estado, posteriormente abandonada pelas guerras de conquista e integração dos povos conquistados. - Restrita parcela de indivíduos participando do Governo. - Famílias patrícias (fundadoras do Estado) com privilégios, inclusive ocupando durante muito tempo as principais magistraturas (cargos supremos do governo). - Ao longo do tempo, as demais camadas sociais foram apliando seus direitos. Estado medieval (período da queda do Império Romano Ocidental em 476 d.C. até a tomada de Constantinopla em 1.453): - Base religiosa cristã; - Invasões bárbaras; - Território fracionado em feudos; - Intensa instabilidade política, econômica, social e territorial; - A intensa instabilidade política é gerada pelo conflito entre 3 forças: o imperador, os senhores feudais e a igreja. Estado Moderno (período da tomada de Constantinopla em 1.453 até a Revolução Francesa em 1789): Prof. Vítor Cruz 11 Este é um material gratuito, disponibilizado pelo site “www.NOTA11.com.br – Seu Companheiro de Estudo”, e faz parte de uma iniciativa de democratização do ensino de qualidade. Se você quer ter acesso a maiores conteúdos e colaborar para a democratização do ensino de qualidade, acesse o site NOTA11. Difere do Estado medieval pela "unidade e soberania".- Houve a retomadada da unidade territorial; - Ocorreu também a retomada da unidade política, com a existência de um poder soberano sobre o território; - A igreja perde força e deixa de ser uma das bases do Estado. Elementos do Estado a partir do Estado Moderno: Todo do Estado possui então necessariamente 3 elementos: 1- Povo: É constituído somente por aquelas pessoas efetivamente ligadas ao Estado. Os nacionais daquele lugar. Não se confunde com "população" que é qualquer um que esteja no território. 2- Território: O território é o limite para o exercício do poder de um Estado. 3- Soberania: É necessário que este povo e este território tenha um governo, que dentro do território seja o poder supremo, não se sujeitando a nenhum outro e que permita que o Estado seja independente de outros na esfera internacional. Todo Estado é criado com uma finalidade: alcançar o bem comum. Esta "finalidade" é incluída por alguns autores como sendo um quarto elemento do Estado, porém, isso não é consenso. Estado X Nação: • A Nação é um conceito sociológico, refere-se a uma idéia de união em comunidade, um vinculo que o povo adquire por diversos fatores como etnia, religião, costumes... • O Estado é conceito jurídico, sendo uma sociedade política. • Comumente (e até mesmo sendo cobrado em diversos concursos) diz-se que o Estado é a nação política e juridicamente organizada. Esse ditado é importante para que didaticamente entendamos a idéia de formalização do Estado, porém, teóricos afirmam que é um erro, já que o conceito de nação não tem qualquer utilidade para fins jurídicos. • Dentro de um Estado pode haver várias nações (vários grupos vinculados), ou mesmo, esta nação pode estar espalhada por vários Estados, mas que continua mantendo este sentimento histórico de união, exemplo clássico disso é a nação judaica. Povo X Nação: • Assim como nação não pode ser considerado como sinônimo de Estado, também não é sinônimo de povo. Povo também é conceito jurídico que se refere ao elemento pessoal do Estado. Representa o corpo de membros que integra o Estado. • A Nação é conceito sociológico que se refere a vínculos emocionais, culturais, religiosos e etc. • No entanto, o comum emprego de nação como sinônimo de povo, não é por acaso. O termo nação foi empregado durante a Revolução Francesa (1789) como uma forma emocional de imbuir todos os cidadãos (como se fizessem parte de uma mesma nação) a lutar pela causa revolucionária. Assim, à época da Revolução, ainda que de forma apelativa, ambos os termos eram empregados para dar a idéia de povo. Prof. Vítor Cruz 12 Este é um material gratuito, disponibilizado pelo site “www.NOTA11.com.br – Seu Companheiro de Estudo”, e faz parte de uma iniciativa de democratização do ensino de qualidade. Se você quer ter acesso a maiores conteúdos e colaborar para a democratização do ensino de qualidade, acesse o site NOTA11. Soberania: Soberania é a característica que o Estado possui de ser independente na ordem externa (autodeterminação) e, na ordem interna, ser o poder máximo presente em seu território. A doutrina que atualmente prevalece em nossa ordem jurídica é que o povo é que tem nas mãos este poder. Podemos elencar então as características essenciais da Soberania: � Unicidade - Ela é apenas uma, não pode haver mais de um Poder Soberano dentro do Estado, senão, não será mais soberano. � Indivisíbilidade - Não se pode permitir que haja conflitos ou fracionamentos criando interesses diversos daquele que é o real interesse do povo e rompendo a unicidade. � Indelegabilidade (ou inalienável) - O povo não pode abrir mão de seu poder. Embora haja representantes, estes sempre agem em nome do seu povo. � Imprescritibilidade - Este poder é permanente, não se acaba com o tempo. Sentidos (concepções) das Constituições: • Sentido sociológico � Ferdinand Lassale; • Sentido político � Carl Schimitt; • Sentido Jurídico � Hans Kelsen. • Sentido sociológico: a Essência da Constituição - O que é a Constituição? - Constituição é um fato social - Teriam 2 constituições = a constituição real e a folha de papel. A Constituição real é formada pela soma dos fatores reais de poder, assim, todos os países têm e sempre tiveram uma constituição real e efetiva. • Sentido Político: a constituição é uma decisão política fundamental - Diferenciava a Constituição das "leis constitucionais". • Sentido jurídico: conceito formal de constituição – existe a supremacia constitucional independente do conteúdo. A constituição tem 2 sentidos: (1)Lógico-jurídico: norma hipotética (imaterial, pensada - como deveria ser) que serve base para o (2) sentido Jurídico-Positivo: Constituição efetiva, escrita, capaz de se impor sobre o resto do ordenamento. • Konrad Hesse – A força normativa da Constituição (Lassale havia pecado em ignorar a força que a Constituição possuía de modificar a sociedade); • J. J. Gomes Canotilho - Sentido dirigente da Constituição; • Peter Häberle - A sociedade aberta dos interpretes da Constituição - todos os agentes que participam da realidade da Constituição deveriam participar também da interpretação constitucional. Poder Constituinte: Originário (PCO) – Seu titular é o povo, o seu exercente é a assembleia constituinte. É um poder inicial, político (pré-jurídico), autônomo, soberano, irrestrito, permanente. Lembrando que: • Inicial – pois dá início a um novo ordenamento jurídico; • Ilimitado, irrestrito, ou soberano - Não reconhece nenhuma limitação material; • Incondicionado – Não existe nenhuma limitação ou procedimento formal pré- estabelecido; Prof. Vítor Cruz 13 Este é um material gratuito, disponibilizado pelo site “www.NOTA11.com.br – Seu Companheiro de Estudo”, e faz parte de uma iniciativa de democratização do ensino de qualidade. Se você quer ter acesso a maiores conteúdos e colaborar para a democratização do ensino de qualidade, acesse o site NOTA11. Derivado (PCD) - Deriva do originário, sendo jurídico, derivado, condicionado e limitado. Lembrando que: • Condicionado – Possui limitações formais; • Limitado - Deve respeitar limites materiais (cláusulas pétreas – CF, art. 60 §4º). O PCD se divide em: 1- Reformador - Poder de fazer a reforma constitucional (emendas constitucionais de reforma) para alterar formalmente o texto da Constituição (CF, art. 60). Manifesta-se da seguinte forma: Iniciativa: • Presidente da República; • Pelo menos um terço dos Deputados ou dos Senadores; • Mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. Procedimento: • Votação em dois turnos em cada Casa do Congresso; • Deve obter 3/5 dos votos. Promulgação: • Pelas Mesas de ambas as casas (não passa pelo Presidente, ele inicia e termina no Legislativo). Limitação circunstancial: • A Constituição não pode ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. Limitação Material Expressa (Cláusulas Pétreas Expressas): • Forma federativa de Estado; • voto direto, secreto, universal e periódico; • Separação dos Poderes; • Direitos e garantias individuais. Limitação Material Implícita (Cláusulas Pétreas Implícitas) • Povo como titular do poder constituinte; • Poder igualitário do voto. • Próprio art. 60 – é a vedação à dupla revisão. 2- Revisor – Mesmo poder e mesmas limitações da reforma, porém através de um procedimento bem mais simples: bastava maioria simples em turno único. Foi instituído para se manifestar 5 anos após a promulgação da Constituição e depois se extinguir. 3- Decorrente - Poder para os Estados elaboraremas suas Constituições Estaduais. 4- Difuso - É o poder de se promover a mutação constitucional (alteração informal da Constituição). Prof. Vítor Cruz 14 Este é um material gratuito, disponibilizado pelo site “www.NOTA11.com.br – Seu Companheiro de Estudo”, e faz parte de uma iniciativa de democratização do ensino de qualidade. Se você quer ter acesso a maiores conteúdos e colaborar para a democratização do ensino de qualidade, acesse o site NOTA11. Classificação das Constituições: Critério Classificaçã o Conceito No Brasil (CF/88) Origem Outorgada Imposta pelo governante. Promulgada Promulgada Legitimada pelo povo através de uma Assembléia Constituinte. Cesarista Imposta pelo governante, mas posteriormente levada à aprovação popular (não deixa de ser outorgada). Forma Escrita Documento Escrito (se único = codificada/se vários = legal). Escrita e Codificada. Não-Escrita Consuetudinária (costumeira). O que importa é o conteúdo e não como ele é tratado. Extensão Sintética Dispõe apenas sobre matérias essenciais (organização do Estado e limitação do poder). Analítica Analítica É extensa tratando de vários assuntos, ainda que não sejam essenciais. Conteúdo Formal Independe do conteúdo tratado. Se estiver no corpo da Constituição será um assunto constitucional, já que o importante é tão somente a forma. Formal Material O importante é apenas o conteúdo. Não precisa estar formalizado em uma constituição para ser um assunto constitucional. Elaboração Dogmática Necessariamente escrita. Reflete a realidade presente na sociedade em um determinado momento. Dogmática Histórica Consolidada ao longo do tempo. Alterabilidad e ou estabilidade Flexível Pode ser alterada por leis de status ordinário. Prescinde de procedimento especial para ser alterada. Rígida (ou super- rígida já que possui cláusulas pétreas). Em 1824 era semi-rígida. Rígida Somente pode ser alterada por um procedimento especial. Semi-rígida ou semi- flexível Possui uma parte rígida e outra flexível. Imutável Não podem ser alteradas Prof. Vítor Cruz 15 Este é um material gratuito, disponibilizado pelo site “www.NOTA11.com.br – Seu Companheiro de Estudo”, e faz parte de uma iniciativa de democratização do ensino de qualidade. Se você quer ter acesso a maiores conteúdos e colaborar para a democratização do ensino de qualidade, acesse o site NOTA11. Ontológica ou conexão com a realidade Nominalista É ignorada. Normativa ou nominalista (sem consenso) Normativa Efetivamente aplicada. Semântica Criada apenas para justificar o poder de um governante. Finalidade Dirigente Possui normas programáticas traçando um plano para o governo. Dirigente Garantia Constituição negativa, sintética. Não traça planos, apenas limita o poder e organiza o Estado. Balanço Utilizada para ser aplicada em um determinado estágio político de um país. Ideologia Ortodoxa Única ideologia Eclética Eclética Várias ideologias Histórico Constitucional Brasileiro (antes de 1988): Constituição de 1824: - Constituição outorgada; - Semirrígida; - Nominativa (não correspondia à realidade); - Forma de Estado: Estado Unitário; - Forma de Governo: Monarquia Constitucional; - Previa direitos individuais sob influência do liberalismo clássico; - O imperador possuía um "Poder Moderador", a par do Legislativo, Executivo e Judiciário; (Era a "quadripatição" do Poder, idealizada por Benjamin Constant) - Sufrágio censitário (só votava quem tinha condição econômica) e eleições indiretas. - Câmara dos Deputados formada por representantes eleitos e temporários; - Senado formado por membros vitalícios e nomeados pelo Imperador. (Câmara + Senado = Assembleia Geral). - Catolicismo como religião oficial. Constituição de 1891: - Influência norte-americana (devido a Rui Barbosa); - Constituição promulgada; - Rígida; - Forma de Estado: Federação; - Forma de Governo: República; - Regime: Representativo; Prof. Vítor Cruz 16 Este é um material gratuito, disponibilizado pelo site “www.NOTA11.com.br – Seu Companheiro de Estudo”, e faz parte de uma iniciativa de democratização do ensino de qualidade. Se você quer ter acesso a maiores conteúdos e colaborar para a democratização do ensino de qualidade, acesse o site NOTA11. - Sistema de Governo: Presidencialismo. - Eleições diretas; - Os Estados foram dotados de “competências remanescentes”. - Aboliu o Poder Moderador, adotando a tripartição de Montesquieu. - Previu o habeas corpus. - nominativa (não correspondia à realidade). - Fim do catolicismo como religião oficial, havendo uma liberdade de culto. Constituição de 1934: - Promulgada (Após a revolução de 1930 que derrubou a política dos governadores e das oligarquias). -Previu os direitos sociais e econômicos sob influência da Constituição de Weimar de 1919, instaurando a democracia social no país. - Manteve a tripartição de poderes, o regime representativo, o sistema presidencialista, a república, a federação. - Rompeu com o “bicameralismo clássico”, transformando o Senado em mero órgão de colaboração da Câmara. - Criou a Justiça Eleitoral como órgão do Poder Judiciário. Constituição de 1937: - Influenciada pela Constituição da Polônia, ficou conhecida como “Constituição Polaca”. - Inspiração Fascista. - Outorgada (Período ditatorial do Estado Novo). - Embora previsse a Tripartição dos Poderes, eles se concentravam, no Executivo. - Não previa a legalidade, nem a irretroatividade das leis, nem o Mandado de Segurança. Constituição de 1946: - Promulgada; - Baseada nas Constituições de 1891 e 1934 (“Volta ao Passado”) - Federação, República, Presidencialismo e regime democrático representativo. - eleições diretas - Tripartição de Poderes - Previu a inafastabilidade da jurisdição, exclusão das penas de morte, banimento e confisco; - Uma EC em 1961 estabeleceu o parlamentarismo (Governo João Goulart), mas só até 1963 quando foi rejeitado por plebiscito. Constituição de 1967: - Outorgada (decorrente do Golpe Militar de 1964) - Inspirada pela CF de 1937 Prof. Vítor Cruz 17 Este é um material gratuito, disponibilizado pelo site “www.NOTA11.com.br – Seu Companheiro de Estudo”, e faz parte de uma iniciativa de democratização do ensino de qualidade. Se você quer ter acesso a maiores conteúdos e colaborar para a democratização do ensino de qualidade, acesse o site NOTA11. EC 1 de 1969: - Outorgada - Aperfeiçoou o processo orçamentário e de fiscalização contábil, financeira e orçamentária. Elementos da Constituição: 1- Orgânicos: Regulam a estrutura do Estado e do Poder. Ex. Título III – Da Organização do Estado; Título IV – Da organização do poderes e do Sistema de Governo; Forças Armadas; Segurança pública; Tributação, Orçamento; 2- Limitativos: Limitam a atuação do poder do Estado. São os direitos e gatantias fundamentais, exceto os direitos sociais, pois eles são sócio-ideológicos; 3- Sócio- ideológicos: Tratam do compromisso entre o Estado individualista com o Estado Social. Ex. Direitos Sociais, Título VII – Da ordem econômica e financeira; Título VIII – Da Ordem Social; 4- De Estabilização Constitucional: Tratam da solução de conflitos constitucionais, defesa do Estado, Constituição e instituições democrátitcas. Ex. Controle de Constitucionalidade, os procedimentos de reforma, o estado de sítio, estado de defesa e a intervenção federal; 5- Formais de aplicabilidade: Regrasde aplicação da Constituição. Ex. ADCT, Preâmbulo e norma do art. 5º §1º da Constituição. Normas Constitucionais, Regras e Princípios Constitucionais: • Todas as normas constitucionais (exceto o preâmbulo - segundo a jurisprudência do STF) possuem eficácia jurídica, pois mesmo que não consigam alcançar seu destinatário, conseguem, ao menos, impor a sua observância às demais de hierarquia inferior. • Regras são mais concretas, definidores de condutas. • Princípios são mais abstratos, são "mandados de otimização". • Regras não admitem o cumprimento parcial, já os princípios admitem. • Se duas regras entram em conflito, o aplicador deve cumprir uma ou outra. • Se dois princípios entram em conflito, eles devem ser harmonizados, podendo ambos poderão ser cumpridos embora em graus diferentes de cumprimento. Princípios sensíveis (CF, art. 34, VII) São aqueles que, se não respeitados, poderão ensejar a intervenção federal. Princípios federais extensíveis São os princípios federais aplicáveis pela simetria federativa aos demais entes políticos, como por exemplo, as diretrizes do processo legislativo, dos orçamentos e das investiduras nos cargos eletivos. Princípios estabelecidos Estão dispostos expressamente ou implicitamente no texto da Constituição Federal limitando o poder constituinte do Estado-membro. Prof. Vítor Cruz 18 Este é um material gratuito, disponibilizado pelo site “www.NOTA11.com.br – Seu Companheiro de Estudo”, e faz parte de uma iniciativa de democratização do ensino de qualidade. Se você quer ter acesso a maiores conteúdos e colaborar para a democratização do ensino de qualidade, acesse o site NOTA11. • Normas de Reprodução Obrigatória - São aquelas normas da Constituição da República que são de observância obrigatória pelas Constituições Estaduais. • Normas de Imitação - São as normas que podem, facultativamente, estar presentes na Constituição Estadual. • Normas formalmente e materialmente constitucionais - São as normas da Constituição que, além de formais, tratam de assuntos essenciais a uma Constituição. • Normas apenas formalmente constitucionais - São as normas da Constituição que não tratam de assuntos essenciais a uma Constituição, porém, não deixam de ser formais já que possuem a roupagem de Constituição, apenas não são materiais. Eficácia e aplicabilidade das normas Segundo a José Afonso da Silva: Eficácia Plena – São de aplicação direta e imediata e independem de uma lei que venha mediar os seus efeitos. As normas de eficácia plena também não admitem que uma lei posterior venha a restringir o seu alcance. Eficácia Contida – Assim como a plena é de aplicação direta e imediata não precisando de lei para mediar os seus efeitos, porém, poderá ver o seu alcance limitado pela superveniência de uma lei infraconstitucional, por outras normas da própria constituição estabelece ou ainda por meio de preceitos ético-jurídicos como a moral e os bons costumes. Eficácia Limitada – São de aplicação indireta ou mediata, pois há a necessidade da existência de uma lei para “mediar” a sua aplicação. Caso não haja regulamentação por meio de lei, não são capazes de gerar os efeitos finalísticos (apenas os efeitos jurídicos que toda norma constitucional possui). Pode ser: a) Normas de princípio programático (normas-fim)- Direcionam a atuação do Estado instituindo programas de governo. b) Normas de princípio institutivo - Ordenam ao legislador a organização ou instituição de órgãos, instituições ou regulamentos. Segundo a Maria Helena Diniz: Eficácia absoluta ou supereficazes: seriam as clásulas pétreas (CF, art. 60 §4º); Eficácia plena = Eficácia plena de J.A. Silva; Eficácia relativa restringível = Eficácia contida de J.A. Silva; Eficácia relativa complementável = Eficácia limitada de J.A. Silva. Interpretação Constitucional: • Não só o STF, mas qualquer juiz pode interpretar a Constituição. • Interpretação não é atividade exclusiva do Judiciário (existe a interpretação autêntica). Prof. Vítor Cruz 19 Este é um material gratuito, disponibilizado pelo site “www.NOTA11.com.br – Seu Companheiro de Estudo”, e faz parte de uma iniciativa de democratização do ensino de qualidade. Se você quer ter acesso a maiores conteúdos e colaborar para a democratização do ensino de qualidade, acesse o site NOTA11. Princípios de interpretação: a) Princípio da unidade da Constituição: • Constituição é um corpo único; • Não existem contradições entre os dispositivos constitucionais. Pode haver apenas uma "aparência" de contradição; • Não há hierarquia entre as normas constitucionais; • Não existem normas constitucionais originárias inconstitucionais. b) Princípio da concordância prática ou da harmonização: Harmonização de princípios que estejam colidindo no caso concreto. c) Princípio da correição funcional (ou conformidade funcional): Não se pode perturbar a repartição de competências estabelecidas pela Constituição. d) Princípio da eficácia integradora: Favorecer a integração política, social ou reforçar a unidade política. e) Princípio da força normativa da Constituição: interpretação deve garantir maior eficácia e permanência das normas. f) Princípio da máxima efetividade: interpretação, notadamente dos direitos fundamentais, de forma a tornar tais normas mais densas e fortalecidas. g) Princípio da interpretação conforme a Constituição e da presunção de constitucionalidade das leis: • Não se declara inconstitucional uma norma a qual possa ser atribuída uma interpretação constitucional; • A constituição sempre deve prevalecer – a interpretação é sempre das leis conforme a Constituição, nunca se interpreta a Constituição conforme as leis; • Aplicável a normas que admitirem interpretações diversas. h) Razoabilidade Origem anglo-saxã. Uso subjetivo e abstrato do "senso comum", vedação ao excesso; i) Proporcionalidade Origem germânica, princípio racional e objetivo, informado por 3 sub-princípios: Adequação (ou pertinência), Necessidade e Proporcionalidade em sentido estrito. Métodos de interpretação: a) Método Jurídico (ou método hermenêutico clássico): Interpreta-se a Constituição como se fosse uma lei. b) Método tópico- problemático: parte-se do problema para a norma, “primazia do problema sobre a norma” c) Método hermenêutico- concretizador: parte-se da pré-compreensão da norma abstrata para chegar ao problema, “primazia da norma sobre o problema”. d) Método científico- espiritual: análise de valores sociais para integrar a constituição com a realidade social. e) Método normativo- estruturante: análise da norma com a sua função estruturadora do Estado. Prof. Vítor Cruz 20 Este é um material gratuito, disponibilizado pelo site “www.NOTA11.com.br – Seu Companheiro de Estudo”, e faz parte de uma iniciativa de democratização do ensino de qualidade. Se você quer ter acesso a maiores conteúdos e colaborar para a democratização do ensino de qualidade, acesse o site NOTA11. Correntes interpretativistas e não-interpretativistas: a) Corrente interpretativista: Menor autonomia. Deve-se evitar o uso de princípios implícitos e valores substantivos. b) Não-interpretativismo: Maior autonomia. Liberdade para que o juiz aplique valores e princípios substantivos. Controle de Constitucionalidade: • Somente em constituições formais e rígidas é que podemos verificar o fenômeno da "supremacia da constituição" e assim haver possibilidade de existir o "Controle de Constitucionalidade". • A inconstitucionalidade é sempre congênita, ou seja, é um defeito ao sefazer a lei, no seu "nascimento", é um vício. Uma lei para ser considerada inconstitucional já deve estar com esse defeito desde a sua edição, logo não existe no Brasil o que chamamos de “inconstitucionalidade superveniente”, aquela que se dá ao longo do tempo, após a vigência da lei. Inconstitucionalidade formal (nomodinâmica) A lei adquiriu um vício no seu processo de formação. Ou seja, quem tomou a iniciativa não era competente para tal, ou o modo de votação não foi de acordo com o previsto, ou qualquer outro vício no processo. Inconstitucionalidade material (nomoestática) Embora tenha se observado todo o processo legislativo de forma correta, o conteúdo veiculado pela norma é incompativel com certos ditames constitucionais. Controle de Constitucionalidade quanto à natureza ou órgão controlador: Político Quando exercido por órgãos que não pertencem ao Judiciário. Existem alguns países da Europa que possuem um tribunal constitucional desvinculado dos demais poderes do Estado. A existência deste tribunal constitucional tem o objetivo quase exclusivo de proteger a Constituição, controlando a constitucionalidade dos atos. Jurisdicional Quando exercido por órgãos pertencentes ao Judiciário; Misto Quando existe uma reserva - algumas espécies de normas são controladas exclusivamente pelo controle político e outras normas sofrem controle por parte do judiciário. Brasil = controle jurisdicional, pois, ainda que o Legislativo e o Executivo possam também realizar o controle de constitucionalidade todas as normas estão sujeitas a um controle por parte do judiciário. Não há reservas feitas ao outros poderes. Controle Preventivo Controle sobre o projeto de lei. Controle Repressivo Controle sobre a lei já promulgada. Prof. Vítor Cruz 21 Este é um material gratuito, disponibilizado pelo site “www.NOTA11.com.br – Seu Companheiro de Estudo”, e faz parte de uma iniciativa de democratização do ensino de qualidade. Se você quer ter acesso a maiores conteúdos e colaborar para a democratização do ensino de qualidade, acesse o site NOTA11. Princípio da reserva de plenário (CF, art. 97): "Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros (pleno) ou dos membros do respectivo órgão especial (OE) poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público". Código de Processo Civil, art. 481, Parágrafo único: Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário, ou ao órgão especial, a argüição de inconstitucionalidade, quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão. Súmula Vinculante nº 10: "Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte". Controle difuso e seus sinônimos: O controle difuso pode vir na prova com os seguintes nomes: .Controle concreto: Pois analisa-se o caso concreto, ou seja, os efeitos que a lei produziu naquela situação, e não a lei em si, em abstrato. .Controle incidental (incidenter tantum): Na verdade o que o autor do pedido quer é que tenha o seu problema resolvido, sendo a declaração de inconstitucionalidade apenas o caminho para que alcance isso, a inconstitucionalidade é apenas um “acidente”. .Controle difuso (ou aberto): Pois não fica circunscrito a um único órgão (STF ou no TJ), mas, está aberto à qualquer juiz ou tribunal. .Controle indireto - pois é incidental e não diretamente feito. .Controle por via de exceção: exeção = defesa, recursos... (grosseiramente falando). .Controle com uso da competência recursal ou derivada: Pois no caso do STF, ele reconhecerá a causa através de um recurso extraordinário e não no uso da sua competência originária. .Controle norte-americano: Pois, tem sua origem histórica no direito norte-americano, no célebre caso Marbury versus Madison em 1803. Controle Concentrado (abstrato): Controle Concentrado e seus sinônimos: O controle concentrado pode vir na prova com os seguintes nomes: STF Guardião da Constituição Estadual = Julga às ofensas de leis perante a constituição estadual (no controle abstrato). Porém, no controle difuso irá proteger a Constituição Estadual e também a Federal. TJ Guardião da Constituição Federal = Julga às ofensas de leis perante a Constituição Federal somente. Prof. Vítor Cruz 22 Este é um material gratuito, disponibilizado pelo site “www.NOTA11.com.br – Seu Companheiro de Estudo”, e faz parte de uma iniciativa de democratização do ensino de qualidade. Se você quer ter acesso a maiores conteúdos e colaborar para a democratização do ensino de qualidade, acesse o site NOTA11. .Controle em abstrato, ou da lei em tese: Pois se faz o controle da norma em si, independente dos efeitos concretos que ela tenha gerado, discute-se a sua validade no campo abstrato do direito. .Controle Concentrado (ou reservado): O controle concentrado é feito diretamente no órgão responsável por guardar a Constituição, logo, será no STF em se tratando de Controle Federal, ou no TJ, em se tratando de Controle Estadual. .Controle direto: Pois não é incidental. .Controle por via de ações: Pois o instrumento para se chegar ao “órgão guardião” será obrigatoriamente uma das 3 ações (ADI, ADC ou ADPF). .Controle com uso da competência originária: Pois o órgão guardião é o primeiro a julgar a causa, ela chegou diretamente a ele e não através de recursos advindos de outros órgão. .Controle austríaco: Pois foi idealizado por Hans Kelsen, jurista austríaco defensor da supremacia da Constituição, e da Constituição em sentido jurídico e formal. ADI/ADC/ADPF: 1. ADI (ou ADIN) – É impetrada quando se quer mostrar que uma norma é inconstitucional. É dividida em 3 tipos: a) ADI genérica. b) ADI por omissão. c) ADI interventiva: Na ADI interventiva, somente o PGR é legitimado. 2. ADC (ou ADECON) – Aqui não se pede a declaração de inconstitucionalidade da lei, é justamente o contrário, está se pedindo que se afirme a constitucionalidade dela. Só é possível após ocorrer o que a lei chama de “controvérsia judicial relevante” – que é requisito para admiti- la. 3. ADPF – É uma ação que poderá ser proposta segundo a lei 9882/99 “quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal” desde que haja um importante requisito: “não exista nenhum outro meio hábil capaz de resolver esse problema”. Então a ADPF só pode ser usada em caráter residual, ou seja, como último recurso para resolver a controvérsia. Outra importante disposição da lei é o fato de ela dizer: “Caberá ADPF inclusive contra atos anteriores à Constituição” Leis anteriores a 1988 X Constituição da época em que foram criadas: � Só caberá controle concreto; � Este controle poderá verificar a compatibilidade tanto material quanto formal entre a lei e a “sua” CF; � A decisão será: A lei é inconstitucional ou a lei é constitucional. Leis anteriores a 1988 x CF/88: � Poderá ser usado além do controle concreto, a ADPF, � O controle será para verificar apenas a compatibilidade material; � Pois, como não existe inconstitucionalidade superveniente, a decisão dirá: A lei foi recepcionada ou a lei não foi recepcionada (foi revogada). Prof. Vítor Cruz 23 Este é um material gratuito, disponibilizado pelo site “www.NOTA11.com.br – Seu Companheiro de Estudo”, e faz parte de uma iniciativa de democratização do ensino de qualidade. Se você quer ter acesso a maioresconteúdos e colaborar para a democratização do ensino de qualidade, acesse o site NOTA11. Muita atenção a isso: ADIN – Só pode veicular (tratar sobre) leis federais ou estaduais; ADECON – Só veicula leis federais; ADPF – Pode veicular qualquer lei: federal, estadual ou municipal. Legitimados para propor ADI, ADC e ADPF: Legitimados Universais: Não precisam demonstrar pertinência temática. 1- O Presidente da República; 2- O PGR; 3- O CONSELHO FEDERAL da OAB; 4- Partido político com representação no CN; 5- A Mesa de qualquer das Casas Legislativas; Legitimados Especiais: Precisam demonstrar pertinência temática. 6- A Mesa de Assembléia Legislativa Estadual ou Câmara Legislativa do DF; 7- O Governador de Estado/DF; 8- Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. Observações: 1- Observe que a Mesa do CN não tem legitimidade para propor ADIN e ADECON; 2- A perda da representação do partido político junto ao CN NÃO prejudica a ação já impetrada; 3- O STF reconhece, desde 2004 após rever a sua jurisprudência, a legitimidade ativa das chamadas associação de associações para fins de ajuizamento da ADI. Quadro-resumo do controle de constitucionalidade: Controle Preventivo Controle Repressivo Conceito Realizado sobre projetos de lei ou propostas de emendas constitucionais Realizado sobre a lei ou emenda já promulgadas No Legislativo Feito pelas comissões de constituição e justiça (CCJ). Ocorre quando o CN usando sua prerrogativa do art. 49, V susta leis delegadas exorbitantes ou quando o CN aprecia os pressupostos constitucionais da medida provisória. No Executivo Feito pelo veto JURÍDICO do presidente. Pela prerrogativa que o Presidente tem (e somente o Presidente) de ordenar que seus subordinados não apliquem certa lei que ele considera inconstitucional No Judiciário Feito através de mandado de segurança impetrado por parlamentar que considera que um projeto de lei inconstitucional está sendo levado à votação no Legislativo e a CCJ não impediu o seu trâmite. Feito através das vias concentradas (ADI, ADC e ADPF) ou pelas vias difusas (diante de um caso concreto). Prof. Vítor Cruz 24 Este é um material gratuito, disponibilizado pelo site “www.NOTA11.com.br – Seu Companheiro de Estudo”, e faz parte de uma iniciativa de democratização do ensino de qualidade. Se você quer ter acesso a maiores conteúdos e colaborar para a democratização do ensino de qualidade, acesse o site NOTA11. Quadro-resumo dos Efeitos: Controle Regra Exceção STF no controle abstrato Alcance subjetivo Erga-Omnes - Alcance temporal Ex-tunc Ex-nunc (decisão de 2/3) Controle difuso Alcance subjetivo Inter-partes Erga-omnes se o STF publicar súmula vinculante ou se remeter ao Senado. Alcance temporal Ex-tunc Ex-nunc (analogia ao abstrato) Suspensão do ato pelo Senado (não é controle de constitucionalidade) Alcance subjetivo Erga-Omnes - Alcance temporal Ex-nunc Ex-tunc para a adm. pública federal. Medida Cautelar de Ações Alcance subjetivo Erga-Omnes - Alcance temporal Ex-nunc Ex-tunc se o tribunal assim entender (previsto somente para a cautelar de ADI) Quadro Comparativo - ADINPO X MI ADI por omissão Mandado de Injunção Motivo Falta de uma normatização (ou adoção de providências administrativas) que regulamente algo que é versado, tão somente, em abstrato. Opera-se diante de um caso concreto. A falta da norma está impedindo o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, a soberania e à cidadania. Efeitos da decisão Erga omnes. Em regra, inter partes - salvo se o tribunal decidir pelo uso da posição concretista geral. Legitimado para propor Somente os elencados no art. 103 da Constituição. Qualquer pessoa ou grupo de pessoas (no caso de MI coletivo, vide legitimados para o MS coletivo - CF, art. 5º, LXX). Legitimado para julgar Somente o STF (ou o TJ no caso de ADI por omissão estadual). STF, STJ ou TJ. Objetivo Dar efetividade a normas de eficácia limitada. Garantir o exercício dos direitos e prerrogativas que estão sendo frustrados. Inconstitucionalidade Reflexa ou indireta: O STF não admite controle de constitucionalidade concentrado, quando a inconstitucionalidade é indireta ou reflexa. Ou seja, alguns atos, normalmente normas infralegais não cometem inconstitucionalidade diretamente, eles comentem uma ilegalidade e só de forma indireta é que contrariam a Constituição. Desta forma, se um ato, Prof. Vítor Cruz 25 Este é um material gratuito, disponibilizado pelo site “www.NOTA11.com.br – Seu Companheiro de Estudo”, e faz parte de uma iniciativa de democratização do ensino de qualidade. Se você quer ter acesso a maiores conteúdos e colaborar para a democratização do ensino de qualidade, acesse o site NOTA11. antes de ser inconstitucional, é um ato ilegal, deve ser submetido a um controle de legalidade, não podendo ser objetos de ADI. Atos que podem ser impugnados através de ADI: - Qualquer lei ou ato normativo primário (que retira seu fundamento direto da Constituição); - Emendas Constitucionais; - Leis do DF no uso de sua competência Estadual; - Decreto Autônomo; - Regimento de tribunais; - Resoluções Administrativas dos Tribunais e órgãos do Poder Judiciário; - Resoluções do TRT, salvo as convenções coletivas de trabalho; - Tratados internacionais (eles se internalizam como leis ou emendas constitucionais); Não poderão ser objetos de impugnação por ADI: - Súmulas, ainda que vinculantes; - Respostas dadas pelos tribunais às consultas a eles formuladas; - Decretos que não sejam autônomos. - Normas originárias, pois estas são frutos de um poder inicial, ilimitado e incondicionado - é a posição majoritária brasileira - diferentemente do que pregava Otto Bachof; - Normas já revogadas; - Leis do DF no uso de sua competência Municipal; OBS - A lista é exemplificativa, existem vários outros diplomas que o STF aceita ou poderá vir a aceitar como passíveis de controle concentrado e muitos outros, que igualmente, não aceita ou não virá a aceitar. Processo da ADI: Petição Inicial. O relator deverá pedir informações ao emissor do ato. O AGU deve ser ouvido para "defender" o ato. 30 dias para prestar as informações. 15 dias O PGR deve se manifestar sobre o ato. 15 dias Antes de fixar o dia para o julgamento, caso o relator perceba que ainda há necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato, ou ainda, que há insuficiência das informações existentes nos autos, ele pode requisitar informações adicionais, bem como designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na matéria. Poderá ainda solicitar informações aos tribunais (superiores, federais ou estaduais) sobre como eles têm aplicado a norma impugnada. 30 dias, se necessário, para informações perícias e audiência. Se indeferida, cabe agravo. O relator deverá lançar o relatório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá dia para julgamento. Prof. Vítor Cruz 26 Este é um material gratuito, disponibilizado pelo site “www.NOTA11.com.br – Seu Companheiro de Estudo”, e faz parte de uma iniciativa de democratização do ensino de qualidade. Se você quer ter acesso a maioresconteúdos e colaborar para a democratização do ensino de qualidade, acesse o site NOTA11. Histórico do controle de constitucionalidade no Brasil Sobre o sistema de controle de constitucionalidade no Brasil, podemos traçar, superficialmente, a segunite linha do tempo: 1824: Controle Político a cargo do Legislativo 1934: Além de manter o controle difuso, previu: 1- a representação interventiva; 2- a necessidade de maioria absoluta para que os tribunais declarassem a inconstitucionalidade; 3- a possibilidade de o Senado suspender, no todo ou em parte, o ato declarado inconstitucional. 1937: Começa a ditadura e ocorre um retrocesso em quase tudo, inclusive no controle de const. Continua o controle difuso, mas o Presidente poderia submeter a declaração de inconstitucionalidade à apreciação do Poder Legislativo, que poderia derrubá-la pelo voto de 2/3. 1946: Restauração, inclusive do Poder Judiciário, como único legitimado para o controle de constitucionalidade. EC 16 /65 (ainda na CF/46): Mantém o controle difuso, mas agora temos a instituição do controle abstrato no Brasil através de ADI impetrada junto ao STF. O único legitimado era o PGR. 1988: - Ampliação do rol de legitimado no controle abstrato. - Criação da ADPF e ADI por omissão. - Instituição da ADC pela EC de revisão 3/93. - Controle abstrato estadual. - Com a EC 45/04: .Cria-se a súmula vinculante; .Os legitimados da ADC e ADI passam a ser os mesmos; . O efeito vinculante se estende a todas as ações diretas e passam a vincular toda a administração pública direta e indireta. 1891: Início do controle Jurisdicional - apenas difuso - por influência norte- americana 1967/69: - Manutenção do que vinha sendo feito. - A EC 7/77 instituiu o efeito vinculante nas decisões em tese.
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