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Resumo da Teoria Geral da Constituição - prof Vitor Cruz - v2.0

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Prof. Vítor Cruz 
 
 
Este é um material gratuito, disponibilizado pelo site “www.NOTA11.com.br – Seu Companheiro de Estudo”, e faz parte de 
uma iniciativa de democratização do ensino de qualidade. Se você quer ter acesso a maiores conteúdos e colaborar para a 
democratização do ensino de qualidade, acesse o site NOTA11. 
 
 
 
Professor Vítor Cruz (Vampiro) 
 
 
 
 
Resumo da Teoria do 
Direito Constitucional 
 
 
Versão 2.0 
 
 
Não esqueça que também está disponível o Resumo da 
Constituição Federal. 
 
 
 
AVISO e PEDIDO: 
 
Vocês podem utilizar este material como bem entenderem, mas gostaria apenas de pedir que 
respeitem os colegas e não cobrem por este material. ELE É GRATUITO ! 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Vítor Cruz 
 
 
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Viabilidade do trabalho: 
Todos os materiais gratuitos encontrados no “Nota11 – Seu Companheiro de Estudo” só são 
possíveis devido aos alunos que acreditam em nossa iniciativa e em nosso pioneiro Método 
de Fichas Interativas Nota11. Você já conheceu? Então veja este enunciado que aborda 
um assunto relativamente complexo: 
 
Ao se deparar com este enunciado, sua mente começa a trabalhar da seguinte forma: 
1- Você está aberto a recepcionar uma informação e sabe sobre o que será falado (no caso, a 
relação entre o controle de constitucionalidade e a rigidez constitucional); 
2- Mesmo que em um mínimo esforço, você tentará responder a pergunta, e isso ativará o 
seu cérebro para recepcionar a informação que será entregue em seguida; 
3- Existem três opções de status: você pode sequer ter ouvido falar sobre o tema, ter ouvido 
falar e não saber a resposta ou ter ouvido falar e saber a resposta. 
Resposta 
Parte 1 (Treino) Parte 2 (entregando o conhecimento) 
 
Prof. Vítor Cruz 
 
 
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Parte 1- O Treino: 
A primeira parte da resposta concretiza o treino. Ainda que incipiente, veja que a simples 
resposta “sim”, por si, já supera o “marcar o x” da resolução de questões de prova, pois você 
não fica induzido pela resposta, você está realmente verificando se sabe ou se não sabe o 
tema. Se o seu caso é daquele que sabe o assunto, está confirmando a sua resposta e 
ganhando segurança. 
Se você é aquele que não sabia a resposta, passou a saber rapidamente uma coisa essencial 
para o estudo, mas ainda falta saber “porquê”, completar a informação. Então seguimos para 
a segunda parte da resposta: 
 
Parte 2- Entregando o conhecimento: 
Ainda que você soubesse a resposta, pode aumentar o seu conhecimento sobre o tema. E se 
você não sabia, é hora de aprender sobre ele. Veja que, se você se deparasse com essa 
informação em um livro didático, talvez passasse os olhos e não desse a mínima importância 
para ela. Porém, quando um questionamento é posto anteriormente à informação, você fica 
atento e receptivo pela informação que será entregue. 
Assim, você aprendeu uma importante teoria, na primeira vez que teve contato com ela, sem 
que fosse preciso ficar lendo e relendo, o que mostra a eficiência do método. 
 
E ainda têm mais - 3ª Etapa - As observações: 
 
 
Algumas fichas trazem “observações”, que são campos onde os professores dão dicas, 
orientações ou exemplificam como este assunto tem sido cobrado nas provas, para dar ainda 
mais segurança para o aluno. 
Veja que com o assunto tratado em poucas linhas pela ficha interativa exemplo você seria 
capaz de acertar questões de alguns dos mais difíceis concursos públicos do país. 
Prof. Vítor Cruz 
 
 
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Sobre o autor: 
Graduado em Ciências Navais pela Escola Naval. Pós Graduado em Direito Constitucional. 
Criador do site Nota11. Professor do Ponto dos Concursos. Coordenador da coleção 1001 
questões comentadas (Ed. Método) e autor de 7 livros voltados para a preparação de 
candidatos a concursos públicos: 
1- Constituição Federal Anotada para Concursos - Ed. Ferreira. 
2- 1001 questões comentadas de Direito Constitucional ESAF - Ed. Método. 
3- 1001 questões comentadas de Direito Constitucional CESPE - Ed. Método. 
4- 1001 questões comentadas de Direito Constitucional FCC - Ed. Método. 
5- 1001 questões comentadas de Direito Tributário ESAF (co-autoria: Francisco Valente) - Ed. 
Método. 
6- Questões Comentadas de Direito Constitucional - FGV - Ed. Método. 
7- Vou ter que estudar Direito Constitucional! E Agora? - Ed. Método. 
 
Índice: 
Índice de Abreviaturas: ...................................................................................... 5 
Noções do Direito Constitucional e da Constituição ............................................ 6 
Teoria Geral do Estado (TGE) ............................................................................ 8 
Sentidos (concepções) das Constituições:.........................................................12 
Poder Constituinte: ...........................................................................................12 
Classificação das Constituições: ........................................................................14 
Histórico Constitucional Brasileiro (antes de 1988): .........................................15 
Elementos da Constituição: ...............................................................................17 
Normas Constitucionais, Regras e Princípios Constitucionais: ...........................17 
Interpretação Constitucional: ...........................................................................18 
Controle de Constitucionalidade: .......................................................................20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Vítor Cruz 
 
 
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Índice de Abreviaturas: 
Adm. – Administração 
AL – Assembléia Legislativa 
Aut. - Autarquia 
ADIN (ou ADI)– Ação Direta de 
Inconstitucionalidade 
ADECON (ou ADC) – Ação 
Declaratória de 
Constitucionalidade 
ADINPO (ou ADO) - Ação Direta 
de Inconstitucionalidade por 
Omissão. 
ADPF – Argüição de 
Descumprimento de Preceito 
Fundamental 
AGU – Advogado Geral da União 
BACEN – Banco Central do Brasil 
BC – Base de Cálculo 
BNDES – Banco Nacional do 
Desenvolvimento Econômico e 
Social 
CC– Código Civil 
CDC– Código de Defesa do 
Consumidor 
CE– Constituição Estaduall 
CF– Constituição da República 
Federativa do Brasil 
CIDE – Contribuição de 
Intervenção no Domínio 
Econômico 
CIP – Contribuição sobre 
iluminação pública 
CN – Congresso Nacional 
CNJ – Conselho Nacional de 
Justiça 
CNMP - Conselho Nacional do 
Ministério Público 
CP – Código Penal 
CS – Contribuição Social 
DF – Distrito Federal 
DP –Defensoria Pública 
DPU – Defensoria Pública da 
União 
EC – Emenda Constitucional ou 
Empréstimo Compulsório 
Est. – Estados Federados 
EP – Empresa Pública 
EPP – Empresa de Pequeno 
Porte 
FFAA – Forças Armadas 
FG – Fato Gerador 
FGTS – Fundo de garantia por 
tempo de serviço 
FP – Fundação Pública 
FPM – Fundo de Participação dos 
Municípios 
FPE – Fundo de Participação dos 
Estados/Distrito Federal 
HC – Habeas Corpus 
HD – Habeas Data 
ICMS – Imposto sobre 
Circulação de Mercadorias 
IE – Imposto de Exportação 
IGF – Imposto sobre Grandes 
Fortunas 
II – Imposto de Importação 
IOF – Imposto sobre Operações 
de Crédito, Câmbio, Seguro ou 
Valores Mobiliários 
IPI – Imposto sobre Produtos 
Industrializados 
IPTU – Imposto Predial e 
Territorial Urbano 
IPVA – Imposto sobre a 
Propriedade de Veículos 
Automotores 
IR – Imposto de Renda 
ISS – Imposto sobre Serviços de 
Qualquer Natureza 
ITBI – Imposto sobre 
Transmissão de Bens Imóveis 
ITCD ou ITDCM – Imposto sobre 
Transmissão de Bens ou Direitos 
por Doação ou causa mortis 
ITR – Imposto Territorial Rural 
LC – Lei Complementar 
LDO – Lei de Diretrizes 
Orçamentárias 
LO – Lei Ordinária 
LOA – Lei Orçamentária Anual 
MA – Maioria Absoluta 
ME - Microempresa 
MI - Mandado de Injunção 
MP – Medida Provisória ou 
Ministério Público, conforme o 
caso. 
MPU – Ministério Público da 
União 
MS – Mandado de Segurança 
Mun. - Municípios 
OAB – Ordem dos Advogados do 
Brasil 
PE – Poder Executivo 
PF – Pessoa Física 
PGR – Procurador-Geral da 
República 
PJ – Pessoa Jurídica ou Poder 
Judiciário, conforme o caso 
PL – Poder Legislativo 
PLDO – Projeto da Lei de 
Diretrizes Orçamentárias 
PLOA – Projeto da Lei 
Orçamentária Anual 
PPA – Plano Plurianual 
RFB – República Federativa do 
Brasil 
RGPS - Regime Geral de 
Previdência Social. 
RPPS - Regime Próprio de 
Previdência Social. 
SEM – Sociedade de Economia 
Mista 
STF – Supremo Tribunal Federal 
STJ – Superior Tribunal de 
Justiça 
STM – Superior Tribunal Militar 
TC – Tribunal de Contas 
TCU – Tribunal de Contas da 
União 
TCE – Tribunal de Contas do 
Estado 
TSE – Tribunal Superior Eleitoral 
TST – Tribunal Superior do 
Trabalho 
T.Sup. – Tribunais Superiores. 
 
 
 
 
 
 
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Noções do Direito Constitucional e da Constituição 
Pirâmide Clássica de Kelsen: 
 
Pirâmide de Kelsen adaptada ao ordenamento brasileiro atual 
Em 2008, o STF passou a entender que os tratados internacionais sobre direitos humanos, caso 
não fossem aprovados rito de votação de uma emenda constitucional, não iriam adquirir o status 
constitucional (emenda constitucional). Porém, por si só, já possuem um status de 
“supralegalidade” (estágio acima das leis e abaixo da Constituição), podendo revogar leis 
anteriores e devendo ser observados pelas leis futuras. Os demais tratados, que não falassem 
sobre direitos humanos, possuem status de uma lei infraconstitucional (equivalente a uma lei 
ordinária, comum). 
Assim temos a nova pirâmide no ordenamento brasileiro: 
 
OBSERVAÇÃO 1: Não existem hierarquias dentro de cada patamar da pirâmide de Kelsen (ou 
seja, não existe hierarquia entre as normas constitucionais, nem hierarquia entre leis ordinárias, 
leis complementares, medidas provisórias, leis delegadas, decretos legislativos e resoluções). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Constituição (normas originárias + emendas 
constitucionais) 
Normas infraconstitucionais (leis em sentido amplo) 
Normas infralegais 
Constituição (normas originárias + emendas 
constitucionais + tratados de direitos humanos 
aprovados como emendas constitucionais). 
Normas infraconstitucionais: (leis em 
sentido amplo) Normas da CF, art. 59: leis 
ordinárias e complementares, leis delegadas, 
decretos legislativos, medidas provisórias e 
resoluções + demais tratados internacionais 
+ outras normas como decreto autônomo do 
presidente e Regimento dos Tribunais. 
Normas supralegais (tratados de direitos 
humanos não aprovados como emendas 
constitucionais). 
Normas infralegais: Decretos (não 
autônomos), Regulamentos, Portarias e etc. 
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OBSERVAÇÃO 2: A Constituição Federal, por ser norma de imposição nacional, deve ser 
respeitada por todas as Constituições Estaduais, que não podem prever nada em desacordo com 
ela, bem como as leis orgânicas dos municípios, que devem observar os preceitos da Constituição 
daqueles estados onde se localizam, bem como da Constituição Federal. Cabe uma observação, 
não poderá a Constituição Estadual trazer imposições à autonomia municipal maiores do que 
aquelas já feitas pela Constituição Federal, esta sim (CF) é a lei maior, autônoma, soberana. 
Mas atenção: É totalmente errado falarmos que existe qualquer hierarquia entre uma lei federal, 
uma lei estadual e uma lei municipal. Cada ente de nossa federação (União, estado, distrito 
federal e município) possui uma autonomia conferida pela Constituição Federal, para que possa, 
dentro dos limites traçados pela própria CF, se autoorganizar, autolegislar, autogovernar e 
autoadministrar. Ou seja, os ordenamentos jurídicos infraconstitucionais (leis em sentido amplo 
e normas infralegais) são completamente independentes: 
 
 
 
 
 
 
Direito Constitucional quanto ao foco de investigação: 
Direito Constitucional 
Comparado 
Faz comparação entre ordenamentos constitucionais de países 
diferentes ou em tempos diferentes. 
Direito Constitucional 
Geral (ou comum) 
Estudo teórico e geral sobre os conceitos e princípios constitucionais. 
Direito Constitucional 
Positivo (ou especial) 
Estuda um ordenamento específico que esteja vigorando em um 
país. 
 
Constitucionalismo em sentido amplo: 
• Constitucionalismo Antigo - Manifestado principalmente nas civilizações hebraica e grega; 
• Constitucionalismo da Idade Média - Marcado pela Magna Carta de 1215; 
• Constitucionalismo Moderno - Marcado pela Revolução Francesa e pela Independência dos 
Estados Unidos; 
 
Conceito ocidental ou conceito ideal de Constituição: 
1. Forma escrita; 
2. Deve organizar o Estado politicamente e prever a separação de funções do Poder Político 
(tripartição dos Poderes); 
3. Deve garantir as liberdades individuais, limitando o poder do Estado; 
4. Deve prever a participação do povo nas decisões políticas. 
 
Precedentes históricos do constitucionalismo moderno: 
Pensamento iluminista, Teoria do Pacto Social, Pactos, Forais, Cartas de Franquia, Contratos de 
colonização. 
Leis federais Leis estaduais Leis municipais Leis do distrito federal 
Autonomia Autonomia Autonomia 
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Neoconstitucionalismo e pós-positivismo: 
Constituição com força normativa e ocupando o centro do ordenamento jurídico. 
Expansão do papel do Poder Judiciário e da jurisdiçãoconstitucional (controle de 
constitucionalidade e todos os mecanismos que realmente asseguram a força normativa da 
constituição). 
Reconhecimento da normatividade dos princípios. 
Equidade e moral norteando uma nova interpretação constitucional. 
Direitos fundamentais, respaldados na dignidade da pessoa humana, assumem caráter 
constitucional e normativo, tornam-se imunes de serem abolidos pelas “maiorias eventuais” e 
irradiam-se por todo o ordenamento, prevendo condições mínimas essenciais à vida humana 
digna. 
 
Constitucionalização dos direitos conquistados: 
• Estado Liberal - A partir da Rev. Francesa. Direitos de 1ª dimensão (civis e políticos) - Brasil 
= CF/1824 e 1891. 
• Estado Social - A partir da Constituição Mexicana e Weimar - Direitos de 2ª dimensão (sociais, 
econômicos e culturais) - Brasil = CF 1934. 
• Estado Democrático - Direitos de 3ª dimensão (coletivos e difusos) - Brasil - CF/1988. 
 
• As constituições foram ficando mais extensas com o passar do tempo, pois foram 
constitucionalizando os novos direitos conquistados. Atualmente são mais analíticas do que no 
passado. 
 
Teoria Geral do Estado (TGE) 
TGE = tem por objeto a análise da formação, organização, evolução no tempo e finalidade dos 
Estados, sob os mais variados prismas, de forma que possa buscar o aperfeiçoamento do Estado. 
Não se limita aos aspectos jurídicos, mas estuda o Estado através de uma análise jurídica, 
sociológica, política, e etc. 
 
Tese: Sociedade Natural Contratualismo 
O que dizia: 
O homem é naturalmente um 
animal social e político. 
Se opõe à idéia da sociedade 
natural, defendem que a 
sociedade é formada por uma 
associação voluntária dos 
homens, através de um 
contrato hipotético. 
Defensores: 
Aristóteles, Cícero, São Tomás 
de Aquino, dentre outros. 
Thomas Hobbes, John Locke, 
Montesquieu, Rousseu, dentre 
outros. 
 
 
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� Estado de Natureza = Os contratualistas previam o “estado de natureza”, que é o estado 
em que o homem vivia antes de se associar, possuindo total liberdade para fazer o que 
bem entender. 
o Thomas Hobbes – No estado de natureza os indivíduos são essencialmente maus, 
egoístas, agressivos, luxuriosos, animalescos, ocsionando uma constante tensão que 
leva as pessoas a agredirem antes de virem a ser agedidos. 
o Locke, Montesquieu e Rousseu – No estado de natureza os indivíduos são 
essencialmente bons. 
 
TESE QUE PREVALECE: 
Atualmente predomina o modelo misto de que a sociedade é produto de uma necessidade 
natural de associação humana, de essência naturalista, mas sem excluir, porém, que a razão 
humana tem grande papel no estabelecimento de duas bases e características. 
 
Elementos que constituem uma SOCIEDADE: 
1- Finalidade ou Valor Social: O Bem comum. 
2- Manifestação ordenada: reiteração + ordem + adequação. 
3- Poder Social: Uma vontade que predomina em prol de outras. 
 
Teorias da finalidade social: 
Deterministas - O homem se submete às leis naturais. filho de pescador vai ser pescador. 
X 
Finalistas - o homem é livre para escolher sua finalidade, mesmo que "forças" criem uma 
tendência, ele possui inteligência e vontade de fixar um objetivo próprio. 
 
TESE QUE PREVALECE: 
Prevalece a finalista e faz necessário que a finalidade social seja uma finalidade que consiga 
atender a todos os individuos livres em conjunto. Surge o conceito de bem comum formulado pelo 
Papa João XXIII: “o conjunto de todas as condições que possibilitem o desenvolvimento integral 
da personalidade humana”. 
 
Sociedade: Comunidade: 
Seus membros buscam um fim 
determinado. 
Não há busca por um objetivo definido, 
bastando a sua autopreservação. 
Vínculos jurídicos regem as relações entre 
seus membros e normas jurídicas 
regulamentam a suas manifestações 
Elo formado pela afinindade sentimental, 
psicológica ou espiritual de seus membros 
Há um poder, que é estabelecido e 
reconhecido juridicamente, capaz de 
alinhar os membros em prol dos objetivos 
comuns 
Não há lideranças institucionalizadas, no 
máximo o exercício de influências de 
membros sobre outros. 
 
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O Estado 
• O termo "Estado" aparece pela primeira vez na obra "O Príncipe" de Maquiavel (1513). 
• Alguns autores não admitem a existência do estado antes do século XVII, para eles não 
bastaria haver uma sociedade política, mas também haver características bem definidas 
como uma soberania una, o que não era presente em épocas medievais, onde existiam os 
feudos e corporações dissolvendo o poder. Outros autores dizem que o Estado sempre 
existiu, tendo o homem sempre se organizado em sociedade e sob uma autoridade. 
Se considerarmos o Estado em um termo amplo ele teria a seguinte evolução: 
Estado Antigo (Oriental ou Teocrático): 
- Hebreus, Egípcios, Sírios... 
- Marcados pela natureza unitária e religiosidade; 
- A sua natureza era unitária, pois inexiste divisões, sejam territoriais, políticas, jurídicas ou 
administrativas, no interior do Estado. 
- A sua natureza era religiosa, pois não há como dissociar a religião do governo, das leis e da 
moral. 
- monarquia absolutista de fundamento divino. Alguns autores dispõem que tal governo seria em 
alguns casos ilimitado, enquanto em outros casos seria limitado pelos sacerdotes. 
- Instabilidade territorial. 
Estado Grego: 
Embora a Grécia não tenha se organizado em uma única sociedade política, mas em diversas polis 
(cidade-estado), podemos identificar certas características comuns a elas: 
- Busca pela autossuficiência (autarquia) da polis. 
- Uma elite ("cidadãos") dominava os assuntos políticos, excluindo a massa de indivíduos das 
decisões, ainda quando o governo fosse tido por democrático. 
Estado Romano (754 a.C. até 565 d.C): 
- Base familiar; 
- Inicialmente possuía organização no modelo das cidades-Estado, posteriormente abandonada 
pelas guerras de conquista e integração dos povos conquistados. 
- Restrita parcela de indivíduos participando do Governo. 
- Famílias patrícias (fundadoras do Estado) com privilégios, inclusive ocupando durante muito 
tempo as principais magistraturas (cargos supremos do governo). 
- Ao longo do tempo, as demais camadas sociais foram apliando seus direitos. 
Estado medieval (período da queda do Império Romano Ocidental em 476 d.C. até a 
tomada de Constantinopla em 1.453): 
- Base religiosa cristã; 
- Invasões bárbaras; 
- Território fracionado em feudos; 
- Intensa instabilidade política, econômica, social e territorial; 
- A intensa instabilidade política é gerada pelo conflito entre 3 forças: o imperador, os senhores 
feudais e a igreja. 
Estado Moderno (período da tomada de Constantinopla em 1.453 até a Revolução 
Francesa em 1789): 
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Difere do Estado medieval pela "unidade e soberania".- Houve a retomadada da unidade territorial; 
- Ocorreu também a retomada da unidade política, com a existência de um poder soberano sobre 
o território; 
- A igreja perde força e deixa de ser uma das bases do Estado. 
 
Elementos do Estado a partir do Estado Moderno: 
Todo do Estado possui então necessariamente 3 elementos: 
1- Povo: É constituído somente por aquelas pessoas efetivamente ligadas ao Estado. Os nacionais 
daquele lugar. Não se confunde com "população" que é qualquer um que esteja no território. 
2- Território: O território é o limite para o exercício do poder de um Estado. 
3- Soberania: É necessário que este povo e este território tenha um governo, que dentro do 
território seja o poder supremo, não se sujeitando a nenhum outro e que permita que o Estado 
seja independente de outros na esfera internacional. 
Todo Estado é criado com uma finalidade: alcançar o bem comum. Esta "finalidade" é incluída por 
alguns autores como sendo um quarto elemento do Estado, porém, isso não é consenso. 
 
Estado X Nação: 
• A Nação é um conceito sociológico, refere-se a uma idéia de união em comunidade, 
um vinculo que o povo adquire por diversos fatores como etnia, religião, costumes... 
• O Estado é conceito jurídico, sendo uma sociedade política. 
• Comumente (e até mesmo sendo cobrado em diversos concursos) diz-se que o Estado é 
a nação política e juridicamente organizada. Esse ditado é importante para que 
didaticamente entendamos a idéia de formalização do Estado, porém, teóricos afirmam 
que é um erro, já que o conceito de nação não tem qualquer utilidade para fins jurídicos. 
• Dentro de um Estado pode haver várias nações (vários grupos vinculados), ou mesmo, 
esta nação pode estar espalhada por vários Estados, mas que continua mantendo este 
sentimento histórico de união, exemplo clássico disso é a nação judaica. 
 
Povo X Nação: 
• Assim como nação não pode ser considerado como sinônimo de Estado, também não é 
sinônimo de povo. Povo também é conceito jurídico que se refere ao elemento pessoal do 
Estado. Representa o corpo de membros que integra o Estado. 
• A Nação é conceito sociológico que se refere a vínculos emocionais, culturais, religiosos e 
etc. 
• No entanto, o comum emprego de nação como sinônimo de povo, não é por acaso. O 
termo nação foi empregado durante a Revolução Francesa (1789) como uma forma 
emocional de imbuir todos os cidadãos (como se fizessem parte de uma mesma nação) a 
lutar pela causa revolucionária. Assim, à época da Revolução, ainda que de forma 
apelativa, ambos os termos eram empregados para dar a idéia de povo. 
 
 
 
 
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Soberania: 
Soberania é a característica que o Estado possui de ser independente na ordem externa 
(autodeterminação) e, na ordem interna, ser o poder máximo presente em seu território. A 
doutrina que atualmente prevalece em nossa ordem jurídica é que o povo é que tem nas mãos 
este poder. Podemos elencar então as características essenciais da Soberania: 
� Unicidade - Ela é apenas uma, não pode haver mais de um Poder Soberano dentro do 
Estado, senão, não será mais soberano. 
� Indivisíbilidade - Não se pode permitir que haja conflitos ou fracionamentos criando 
interesses diversos daquele que é o real interesse do povo e rompendo a unicidade. 
� Indelegabilidade (ou inalienável) - O povo não pode abrir mão de seu poder. Embora haja 
representantes, estes sempre agem em nome do seu povo. 
� Imprescritibilidade - Este poder é permanente, não se acaba com o tempo. 
 
Sentidos (concepções) das Constituições: 
• Sentido sociológico � Ferdinand Lassale; 
• Sentido político � Carl Schimitt; 
• Sentido Jurídico � Hans Kelsen. 
• Sentido sociológico: a Essência da Constituição - O que é a Constituição? - Constituição é 
um fato social - Teriam 2 constituições = a constituição real e a folha de papel. A Constituição real 
é formada pela soma dos fatores reais de poder, assim, todos os países têm e sempre tiveram 
uma constituição real e efetiva. 
• Sentido Político: a constituição é uma decisão política fundamental - Diferenciava a 
Constituição das "leis constitucionais". 
• Sentido jurídico: conceito formal de constituição – existe a supremacia constitucional 
independente do conteúdo. A constituição tem 2 sentidos: (1)Lógico-jurídico: norma hipotética 
(imaterial, pensada - como deveria ser) que serve base para o (2) sentido Jurídico-Positivo: 
Constituição efetiva, escrita, capaz de se impor sobre o resto do ordenamento. 
 
• Konrad Hesse – A força normativa da Constituição (Lassale havia pecado em ignorar a 
força que a Constituição possuía de modificar a sociedade); 
• J. J. Gomes Canotilho - Sentido dirigente da Constituição; 
• Peter Häberle - A sociedade aberta dos interpretes da Constituição - todos os agentes 
que participam da realidade da Constituição deveriam participar também da interpretação 
constitucional. 
 
Poder Constituinte: 
Originário (PCO) – Seu titular é o povo, o seu exercente é a assembleia constituinte. É 
um poder inicial, político (pré-jurídico), autônomo, soberano, irrestrito, permanente. Lembrando 
que: 
• Inicial – pois dá início a um novo ordenamento jurídico; 
• Ilimitado, irrestrito, ou soberano - Não reconhece nenhuma limitação material; 
• Incondicionado – Não existe nenhuma limitação ou procedimento formal pré-
estabelecido; 
 
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Derivado (PCD) - Deriva do originário, sendo jurídico, derivado, condicionado e limitado. 
Lembrando que: 
• Condicionado – Possui limitações formais; 
• Limitado - Deve respeitar limites materiais (cláusulas pétreas – CF, art. 60 §4º). 
 
O PCD se divide em: 
1- Reformador - Poder de fazer a reforma constitucional (emendas constitucionais de reforma) 
para alterar formalmente o texto da Constituição (CF, art. 60). Manifesta-se da seguinte forma: 
Iniciativa: 
• Presidente da República; 
• Pelo menos um terço dos Deputados ou dos Senadores; 
• Mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, 
cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. 
Procedimento: 
• Votação em dois turnos em cada Casa do Congresso; 
• Deve obter 3/5 dos votos. 
Promulgação: 
• Pelas Mesas de ambas as casas (não passa pelo Presidente, ele inicia e termina no 
Legislativo). 
Limitação circunstancial: 
• A Constituição não pode ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de 
defesa ou de estado de sítio. 
Limitação Material Expressa (Cláusulas Pétreas Expressas): 
• Forma federativa de Estado; 
• voto direto, secreto, universal e periódico; 
• Separação dos Poderes; 
• Direitos e garantias individuais. 
Limitação Material Implícita (Cláusulas Pétreas Implícitas) 
• Povo como titular do poder constituinte; 
• Poder igualitário do voto. 
• Próprio art. 60 – é a vedação à dupla revisão. 
 
2- Revisor – Mesmo poder e mesmas limitações da reforma, porém através de um procedimento 
bem mais simples: bastava maioria simples em turno único. Foi instituído para se manifestar 
5 anos após a promulgação da Constituição e depois se extinguir. 
3- Decorrente - Poder para os Estados elaboraremas suas Constituições Estaduais. 
4- Difuso - É o poder de se promover a mutação constitucional (alteração informal da 
Constituição). 
 
 
 
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Classificação das Constituições: 
Critério Classificaçã
o 
Conceito No Brasil 
(CF/88) 
Origem 
Outorgada Imposta pelo governante. 
Promulgada 
Promulgada 
Legitimada pelo povo através de uma 
Assembléia Constituinte. 
Cesarista 
Imposta pelo governante, mas 
posteriormente levada à aprovação 
popular (não deixa de ser outorgada). 
Forma 
Escrita Documento Escrito (se único = 
codificada/se vários = legal). 
Escrita e 
Codificada. 
Não-Escrita 
Consuetudinária (costumeira). O que 
importa é o conteúdo e não como ele é 
tratado. 
Extensão 
Sintética 
Dispõe apenas sobre matérias essenciais 
(organização do Estado e limitação do 
poder). Analítica 
Analítica 
É extensa tratando de vários assuntos, 
ainda que não sejam essenciais. 
Conteúdo 
Formal 
Independe do conteúdo tratado. Se 
estiver no corpo da Constituição será um 
assunto constitucional, já que o 
importante é tão somente a forma. 
Formal 
Material 
O importante é apenas o conteúdo. Não 
precisa estar formalizado em uma 
constituição para ser um assunto 
constitucional. 
Elaboração 
Dogmática 
Necessariamente escrita. Reflete a 
realidade presente na sociedade em um 
determinado momento. Dogmática 
Histórica Consolidada ao longo do tempo. 
Alterabilidad
e ou 
estabilidade 
Flexível 
Pode ser alterada por leis de status 
ordinário. Prescinde de procedimento 
especial para ser alterada. Rígida (ou super-
rígida já que 
possui cláusulas 
pétreas). 
Em 1824 era 
semi-rígida. 
Rígida Somente pode ser alterada por um 
procedimento especial. 
Semi-rígida 
ou semi-
flexível 
Possui uma parte rígida e outra flexível. 
Imutável Não podem ser alteradas 
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Ontológica ou 
conexão com 
a realidade 
Nominalista É ignorada. 
Normativa ou 
nominalista (sem 
consenso) 
Normativa Efetivamente aplicada. 
Semântica 
Criada apenas para justificar o poder de 
um governante. 
Finalidade 
Dirigente Possui normas programáticas traçando um 
plano para o governo. 
Dirigente 
Garantia 
Constituição negativa, sintética. Não traça 
planos, apenas limita o poder e organiza o 
Estado. 
Balanço 
Utilizada para ser aplicada em um 
determinado estágio político de um país. 
Ideologia 
Ortodoxa Única ideologia 
Eclética 
Eclética Várias ideologias 
 
Histórico Constitucional Brasileiro (antes de 1988): 
Constituição de 1824: 
- Constituição outorgada; 
- Semirrígida; 
- Nominativa (não correspondia à realidade); 
- Forma de Estado: Estado Unitário; 
- Forma de Governo: Monarquia Constitucional; 
- Previa direitos individuais sob influência do liberalismo clássico; 
- O imperador possuía um "Poder Moderador", a par do Legislativo, Executivo e Judiciário; (Era a 
"quadripatição" do Poder, idealizada por Benjamin Constant) 
- Sufrágio censitário (só votava quem tinha condição econômica) e eleições indiretas. 
- Câmara dos Deputados formada por representantes eleitos e temporários; 
- Senado formado por membros vitalícios e nomeados pelo Imperador. (Câmara + Senado = 
Assembleia Geral). 
- Catolicismo como religião oficial. 
 
Constituição de 1891: 
- Influência norte-americana (devido a Rui Barbosa); 
- Constituição promulgada; 
- Rígida; 
- Forma de Estado: Federação; 
- Forma de Governo: República; 
- Regime: Representativo; 
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- Sistema de Governo: Presidencialismo. 
- Eleições diretas; 
- Os Estados foram dotados de “competências remanescentes”. 
- Aboliu o Poder Moderador, adotando a tripartição de Montesquieu. 
- Previu o habeas corpus. 
- nominativa (não correspondia à realidade). 
- Fim do catolicismo como religião oficial, havendo uma liberdade de culto. 
 
Constituição de 1934: 
- Promulgada (Após a revolução de 1930 que derrubou a política dos governadores e das 
oligarquias). 
-Previu os direitos sociais e econômicos sob influência da Constituição de Weimar de 1919, 
instaurando a democracia social no país. 
- Manteve a tripartição de poderes, o regime representativo, o sistema presidencialista, a 
república, a federação. 
- Rompeu com o “bicameralismo clássico”, transformando o Senado em mero órgão de 
colaboração da Câmara. 
- Criou a Justiça Eleitoral como órgão do Poder Judiciário. 
 
Constituição de 1937: 
- Influenciada pela Constituição da Polônia, ficou conhecida como “Constituição Polaca”. 
- Inspiração Fascista. 
- Outorgada (Período ditatorial do Estado Novo). 
- Embora previsse a Tripartição dos Poderes, eles se concentravam, no Executivo. 
- Não previa a legalidade, nem a irretroatividade das leis, nem o Mandado de Segurança. 
 
Constituição de 1946: 
- Promulgada; 
- Baseada nas Constituições de 1891 e 1934 (“Volta ao Passado”) 
- Federação, República, Presidencialismo e regime democrático representativo. 
- eleições diretas 
- Tripartição de Poderes 
- Previu a inafastabilidade da jurisdição, exclusão das penas de morte, banimento e confisco; 
- Uma EC em 1961 estabeleceu o parlamentarismo (Governo João Goulart), mas só até 1963 
quando foi rejeitado por plebiscito. 
 
Constituição de 1967: 
- Outorgada (decorrente do Golpe Militar de 1964) 
- Inspirada pela CF de 1937 
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EC 1 de 1969: 
- Outorgada 
- Aperfeiçoou o processo orçamentário e de fiscalização contábil, financeira e orçamentária. 
 
Elementos da Constituição: 
1- Orgânicos: Regulam a estrutura do Estado e do Poder. Ex. Título III – Da 
Organização do Estado; Título IV – Da organização do poderes e do 
Sistema de Governo; Forças Armadas; Segurança pública; Tributação, 
Orçamento; 
2- Limitativos: Limitam a atuação do poder do Estado. São os direitos e gatantias 
fundamentais, exceto os direitos sociais, pois eles são sócio-ideológicos; 
3- Sócio-
ideológicos: 
Tratam do compromisso entre o Estado individualista com o Estado 
Social. Ex. Direitos Sociais, Título VII – Da ordem econômica e 
financeira; Título VIII – Da Ordem Social; 
4- De Estabilização 
Constitucional: 
Tratam da solução de conflitos constitucionais, defesa do Estado, 
Constituição e instituições democrátitcas. Ex. Controle de 
Constitucionalidade, os procedimentos de reforma, o estado de sítio, 
estado de defesa e a intervenção federal; 
5- Formais de 
aplicabilidade: 
Regrasde aplicação da Constituição. Ex. ADCT, Preâmbulo e norma do 
art. 5º §1º da Constituição. 
 
Normas Constitucionais, Regras e Princípios Constitucionais: 
• Todas as normas constitucionais (exceto o preâmbulo - segundo a jurisprudência do STF) 
possuem eficácia jurídica, pois mesmo que não consigam alcançar seu destinatário, conseguem, 
ao menos, impor a sua observância às demais de hierarquia inferior. 
• Regras são mais concretas, definidores de condutas. 
• Princípios são mais abstratos, são "mandados de otimização". 
• Regras não admitem o cumprimento parcial, já os princípios admitem. 
• Se duas regras entram em conflito, o aplicador deve cumprir uma ou outra. 
• Se dois princípios entram em conflito, eles devem ser harmonizados, podendo ambos poderão 
ser cumpridos embora em graus diferentes de cumprimento. 
 
Princípios sensíveis (CF, art. 34, VII) São aqueles que, se não respeitados, poderão ensejar 
a intervenção federal. 
Princípios federais 
extensíveis 
São os princípios federais aplicáveis pela simetria federativa aos demais 
entes políticos, como por exemplo, as diretrizes do processo legislativo, 
dos orçamentos e das investiduras nos cargos eletivos. 
Princípios 
estabelecidos 
Estão dispostos expressamente ou implicitamente no texto da 
Constituição Federal limitando o poder constituinte do Estado-membro. 
 
 
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• Normas de Reprodução Obrigatória - São aquelas normas da Constituição da República que 
são de observância obrigatória pelas Constituições Estaduais. 
• Normas de Imitação - São as normas que podem, facultativamente, estar presentes na 
Constituição Estadual. 
• Normas formalmente e materialmente constitucionais - São as normas da Constituição 
que, além de formais, tratam de assuntos essenciais a uma Constituição. 
• Normas apenas formalmente constitucionais - São as normas da Constituição que não 
tratam de assuntos essenciais a uma Constituição, porém, não deixam de ser formais já que 
possuem a roupagem de Constituição, apenas não são materiais. 
 
Eficácia e aplicabilidade das normas 
Segundo a José Afonso da Silva: 
Eficácia Plena – São de aplicação direta e imediata e independem de uma lei que venha mediar 
os seus efeitos. As normas de eficácia plena também não admitem que uma lei posterior venha a 
restringir o seu alcance. 
Eficácia Contida – Assim como a plena é de aplicação direta e imediata não precisando de lei 
para mediar os seus efeitos, porém, poderá ver o seu alcance limitado pela superveniência de 
uma lei infraconstitucional, por outras normas da própria constituição estabelece ou ainda por 
meio de preceitos ético-jurídicos como a moral e os bons costumes. 
Eficácia Limitada – São de aplicação indireta ou mediata, pois há a necessidade da existência de 
uma lei para “mediar” a sua aplicação. Caso não haja regulamentação por meio de lei, não são 
capazes de gerar os efeitos finalísticos (apenas os efeitos jurídicos que toda norma constitucional 
possui). Pode ser: 
a) Normas de princípio programático (normas-fim)- Direcionam a atuação do Estado 
instituindo programas de governo. 
b) Normas de princípio institutivo - Ordenam ao legislador a organização ou instituição de 
órgãos, instituições ou regulamentos. 
 
Segundo a Maria Helena Diniz: 
Eficácia absoluta ou supereficazes: seriam as clásulas pétreas (CF, art. 60 §4º); 
Eficácia plena = Eficácia plena de J.A. Silva; 
Eficácia relativa restringível = Eficácia contida de J.A. Silva; 
Eficácia relativa complementável = Eficácia limitada de J.A. Silva. 
 
Interpretação Constitucional: 
• Não só o STF, mas qualquer juiz pode interpretar a Constituição. 
• Interpretação não é atividade exclusiva do Judiciário (existe a interpretação autêntica). 
 
 
 
 
 
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Princípios de interpretação: 
a) Princípio da unidade da 
Constituição: 
 
• Constituição é um corpo único; 
• Não existem contradições entre os dispositivos constitucionais. 
Pode haver apenas uma "aparência" de contradição; 
• Não há hierarquia entre as normas constitucionais; 
• Não existem normas constitucionais originárias 
inconstitucionais. 
b) Princípio da 
concordância prática ou da 
harmonização: 
Harmonização de princípios que estejam colidindo no caso 
concreto. 
c) Princípio da correição 
funcional (ou conformidade 
funcional): 
Não se pode perturbar a repartição de competências 
estabelecidas pela Constituição. 
d) Princípio da eficácia 
integradora: 
Favorecer a integração política, social ou reforçar a unidade 
política. 
e) Princípio da força 
normativa da Constituição: 
interpretação deve garantir maior eficácia e permanência das 
normas. 
f) Princípio da máxima 
efetividade: 
interpretação, notadamente dos direitos fundamentais, de forma 
a tornar tais normas mais densas e fortalecidas. 
g) Princípio da 
interpretação conforme a 
Constituição e da 
presunção de 
constitucionalidade das 
leis: 
• Não se declara inconstitucional uma norma a qual possa ser 
atribuída uma interpretação constitucional; 
• A constituição sempre deve prevalecer – a interpretação é 
sempre das leis conforme a Constituição, nunca se interpreta 
a Constituição conforme as leis; 
• Aplicável a normas que admitirem interpretações diversas. 
h) Razoabilidade Origem anglo-saxã. Uso subjetivo e abstrato do "senso comum", 
vedação ao excesso; 
i) Proporcionalidade Origem germânica, princípio racional e objetivo, informado por 3 
sub-princípios: Adequação (ou pertinência), Necessidade e 
Proporcionalidade em sentido estrito. 
Métodos de interpretação: 
a) Método Jurídico (ou 
método hermenêutico 
clássico): 
Interpreta-se a Constituição como se fosse uma lei. 
b) Método tópico-
problemático: 
parte-se do problema para a norma, “primazia do problema sobre 
a norma” 
c) Método 
hermenêutico-
concretizador: 
parte-se da pré-compreensão da norma abstrata para chegar ao 
problema, “primazia da norma sobre o problema”. 
d) Método científico-
espiritual: 
análise de valores sociais para integrar a constituição com a 
realidade social. 
e) Método normativo-
estruturante: análise da norma com a sua função estruturadora do Estado. 
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Correntes interpretativistas e não-interpretativistas: 
a) Corrente interpretativista: Menor autonomia. Deve-se evitar o uso de princípios implícitos e 
valores substantivos. 
b) Não-interpretativismo: Maior autonomia. Liberdade para que o juiz aplique valores e 
princípios substantivos. 
 
Controle de Constitucionalidade: 
• Somente em constituições formais e rígidas é que podemos verificar o fenômeno da 
"supremacia da constituição" e assim haver possibilidade de existir o "Controle de 
Constitucionalidade". 
• A inconstitucionalidade é sempre congênita, ou seja, é um defeito ao sefazer a lei, no seu 
"nascimento", é um vício. Uma lei para ser considerada inconstitucional já deve estar com esse 
defeito desde a sua edição, logo não existe no Brasil o que chamamos de 
“inconstitucionalidade superveniente”, aquela que se dá ao longo do tempo, após a 
vigência da lei. 
Inconstitucionalidade formal 
(nomodinâmica) 
A lei adquiriu um vício no seu processo de formação. Ou 
seja, quem tomou a iniciativa não era competente para tal, 
ou o modo de votação não foi de acordo com o previsto, ou 
qualquer outro vício no processo. 
Inconstitucionalidade 
material (nomoestática) 
Embora tenha se observado todo o processo legislativo de 
forma correta, o conteúdo veiculado pela norma é 
incompativel com certos ditames constitucionais. 
 
Controle de Constitucionalidade quanto à natureza ou órgão controlador: 
Político Quando exercido por órgãos que não pertencem ao Judiciário. Existem alguns 
países da Europa que possuem um tribunal constitucional desvinculado dos 
demais poderes do Estado. A existência deste tribunal constitucional tem o 
objetivo quase exclusivo de proteger a Constituição, controlando a 
constitucionalidade dos atos. 
Jurisdicional Quando exercido por órgãos pertencentes ao Judiciário; 
Misto Quando existe uma reserva - algumas espécies de normas são controladas 
exclusivamente pelo controle político e outras normas sofrem controle por parte 
do judiciário. 
 
Brasil = controle jurisdicional, pois, ainda que o Legislativo e o Executivo possam também 
realizar o controle de constitucionalidade todas as normas estão sujeitas a um controle por parte 
do judiciário. Não há reservas feitas ao outros poderes. 
 
Controle Preventivo Controle sobre o projeto de lei. 
Controle Repressivo Controle sobre a lei já promulgada. 
 
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Princípio da reserva de plenário (CF, art. 97): "Somente pelo voto da maioria absoluta de 
seus membros (pleno) ou dos membros do respectivo órgão especial (OE) poderão os 
tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público". 
Código de Processo Civil, art. 481, Parágrafo único: Os órgãos fracionários dos tribunais não 
submeterão ao plenário, ou ao órgão especial, a argüição de inconstitucionalidade, quando já 
houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão. 
 
Súmula Vinculante nº 10: "Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a 
decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no 
todo ou em parte". 
 
Controle difuso e seus sinônimos: 
O controle difuso pode vir na prova com os seguintes nomes: 
.Controle concreto: Pois analisa-se o caso concreto, ou seja, os efeitos que a lei produziu 
naquela situação, e não a lei em si, em abstrato. 
.Controle incidental (incidenter tantum): Na verdade o que o autor do pedido quer é que 
tenha o seu problema resolvido, sendo a declaração de inconstitucionalidade apenas o caminho 
para que alcance isso, a inconstitucionalidade é apenas um “acidente”. 
.Controle difuso (ou aberto): Pois não fica circunscrito a um único órgão (STF ou no TJ), mas, 
está aberto à qualquer juiz ou tribunal. 
.Controle indireto - pois é incidental e não diretamente feito. 
.Controle por via de exceção: exeção = defesa, recursos... (grosseiramente falando). 
.Controle com uso da competência recursal ou derivada: Pois no caso do STF, ele 
reconhecerá a causa através de um recurso extraordinário e não no uso da sua competência 
originária. 
.Controle norte-americano: Pois, tem sua origem histórica no direito norte-americano, no 
célebre caso Marbury versus Madison em 1803. 
 
Controle Concentrado (abstrato): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Controle Concentrado e seus sinônimos: 
O controle concentrado pode vir na prova com os seguintes nomes: 
STF 
Guardião da Constituição Estadual = Julga às ofensas de leis 
perante a constituição estadual (no controle abstrato). 
Porém, no controle difuso irá proteger a Constituição 
Estadual e também a Federal. 
TJ 
Guardião da Constituição Federal = Julga às ofensas de leis 
perante a Constituição Federal somente. 
 
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.Controle em abstrato, ou da lei em tese: Pois se faz o controle da norma em si, independente 
dos efeitos concretos que ela tenha gerado, discute-se a sua validade no campo abstrato do 
direito. 
.Controle Concentrado (ou reservado): O controle concentrado é feito diretamente no órgão 
responsável por guardar a Constituição, logo, será no STF em se tratando de Controle Federal, ou 
no TJ, em se tratando de Controle Estadual. 
.Controle direto: Pois não é incidental. 
.Controle por via de ações: Pois o instrumento para se chegar ao “órgão guardião” será 
obrigatoriamente uma das 3 ações (ADI, ADC ou ADPF). 
.Controle com uso da competência originária: Pois o órgão guardião é o primeiro a julgar a 
causa, ela chegou diretamente a ele e não através de recursos advindos de outros órgão. 
.Controle austríaco: Pois foi idealizado por Hans Kelsen, jurista austríaco defensor da 
supremacia da Constituição, e da Constituição em sentido jurídico e formal. 
 
ADI/ADC/ADPF: 
1. ADI (ou ADIN) – É impetrada quando se quer mostrar que uma norma é inconstitucional. É 
dividida em 3 tipos: 
a) ADI genérica. 
b) ADI por omissão. 
c) ADI interventiva: Na ADI interventiva, somente o PGR é legitimado. 
 
2. ADC (ou ADECON) – Aqui não se pede a declaração de inconstitucionalidade da lei, é 
justamente o contrário, está se pedindo que se afirme a constitucionalidade dela. Só é possível 
após ocorrer o que a lei chama de “controvérsia judicial relevante” – que é requisito para admiti-
la. 
3. ADPF – É uma ação que poderá ser proposta segundo a lei 9882/99 “quando for relevante o 
fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou 
municipal” desde que haja um importante requisito: “não exista nenhum outro meio hábil capaz 
de resolver esse problema”. Então a ADPF só pode ser usada em caráter residual, ou seja, como 
último recurso para resolver a controvérsia. Outra importante disposição da lei é o fato de ela 
dizer: “Caberá ADPF inclusive contra atos anteriores à Constituição” 
 
Leis anteriores a 1988 X Constituição da época em que foram criadas: 
� Só caberá controle concreto; 
� Este controle poderá verificar a compatibilidade tanto material quanto formal entre a lei e a 
“sua” CF; 
� A decisão será: A lei é inconstitucional ou a lei é constitucional. 
 
Leis anteriores a 1988 x CF/88: 
� Poderá ser usado além do controle concreto, a ADPF, 
� O controle será para verificar apenas a compatibilidade material; 
� Pois, como não existe inconstitucionalidade superveniente, a decisão dirá: A lei foi 
recepcionada ou a lei não foi recepcionada (foi revogada). 
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Muita atenção a isso: 
ADIN – Só pode veicular (tratar sobre) leis federais ou estaduais; 
ADECON – Só veicula leis federais; 
ADPF – Pode veicular qualquer lei: federal, estadual ou municipal. 
 
Legitimados para propor ADI, ADC e ADPF: 
Legitimados Universais: Não precisam demonstrar pertinência temática. 
1- O Presidente da República; 
2- O PGR; 
3- O CONSELHO FEDERAL da OAB; 
4- Partido político com representação no CN; 
5- A Mesa de qualquer das Casas Legislativas; 
Legitimados Especiais: Precisam demonstrar pertinência temática. 
6- A Mesa de Assembléia Legislativa Estadual ou Câmara Legislativa do DF; 
7- O Governador de Estado/DF; 
8- Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
Observações: 
1- Observe que a Mesa do CN não tem legitimidade para propor ADIN e ADECON; 
2- A perda da representação do partido político junto ao CN NÃO prejudica a ação já 
impetrada; 
3- O STF reconhece, desde 2004 após rever a sua jurisprudência, a legitimidade ativa das 
chamadas associação de associações para fins de ajuizamento da ADI. 
 
Quadro-resumo do controle de constitucionalidade: 
 Controle Preventivo Controle Repressivo 
Conceito Realizado sobre projetos de lei ou 
propostas de emendas constitucionais 
Realizado sobre a lei ou emenda já 
promulgadas 
No Legislativo Feito pelas comissões de constituição 
e justiça (CCJ). 
Ocorre quando o CN usando sua 
prerrogativa do art. 49, V susta leis 
delegadas exorbitantes ou quando o 
CN aprecia os pressupostos 
constitucionais da medida provisória. 
No Executivo Feito pelo veto JURÍDICO do 
presidente. 
Pela prerrogativa que o Presidente 
tem (e somente o Presidente) de 
ordenar que seus subordinados não 
apliquem certa lei que ele considera 
inconstitucional 
No Judiciário Feito através de mandado de 
segurança impetrado por parlamentar 
que considera que um projeto de lei 
inconstitucional está sendo levado à 
votação no Legislativo e a CCJ não 
impediu o seu trâmite. 
Feito através das vias concentradas 
(ADI, ADC e ADPF) ou pelas vias 
difusas (diante de um caso 
concreto). 
Prof. Vítor Cruz 
 
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Quadro-resumo dos Efeitos: 
Controle Regra Exceção 
STF no controle abstrato 
Alcance 
subjetivo 
Erga-Omnes - 
Alcance 
temporal Ex-tunc Ex-nunc (decisão de 2/3) 
Controle difuso 
 
Alcance 
subjetivo 
Inter-partes 
Erga-omnes se o STF publicar 
súmula vinculante ou se 
remeter ao Senado. 
Alcance 
temporal Ex-tunc Ex-nunc (analogia ao abstrato) 
Suspensão do ato pelo 
Senado 
(não é controle de 
constitucionalidade) 
Alcance 
subjetivo 
Erga-Omnes - 
Alcance 
temporal 
Ex-nunc 
Ex-tunc para a adm. pública 
federal. 
Medida Cautelar de Ações 
Alcance 
subjetivo Erga-Omnes - 
Alcance 
temporal 
Ex-nunc 
Ex-tunc se o tribunal assim 
entender (previsto somente 
para a cautelar de ADI) 
 
Quadro Comparativo - ADINPO X MI 
 ADI por omissão Mandado de Injunção 
Motivo Falta de uma normatização 
(ou adoção de providências 
administrativas) que 
regulamente algo que é 
versado, tão somente, em 
abstrato. 
Opera-se diante de um caso concreto. A falta 
da norma está impedindo o exercício dos 
direitos e liberdades constitucionais e das 
prerrogativas inerentes à nacionalidade, a 
soberania e à cidadania. 
Efeitos da 
decisão 
Erga omnes. Em regra, inter partes - salvo se o tribunal 
decidir pelo uso da posição concretista geral. 
Legitimado 
para propor 
Somente os elencados no art. 
103 da Constituição. 
Qualquer pessoa ou grupo de pessoas (no caso 
de MI coletivo, vide legitimados para o MS 
coletivo - CF, art. 5º, LXX). 
Legitimado 
para julgar 
Somente o STF (ou o TJ no 
caso de ADI por omissão 
estadual). 
STF, STJ ou TJ. 
 
Objetivo Dar efetividade a normas de 
eficácia limitada. 
Garantir o exercício dos direitos e 
prerrogativas que estão sendo frustrados. 
 
Inconstitucionalidade Reflexa ou indireta: O STF não admite controle de constitucionalidade 
concentrado, quando a inconstitucionalidade é indireta ou reflexa. Ou seja, alguns atos, 
normalmente normas infralegais não cometem inconstitucionalidade diretamente, eles comentem 
uma ilegalidade e só de forma indireta é que contrariam a Constituição. Desta forma, se um ato, 
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antes de ser inconstitucional, é um ato ilegal, deve ser submetido a um controle de legalidade, 
não podendo ser objetos de ADI. 
Atos que podem ser impugnados através de ADI: 
- Qualquer lei ou ato normativo primário (que retira seu fundamento direto da Constituição); 
- Emendas Constitucionais; 
- Leis do DF no uso de sua competência Estadual; 
- Decreto Autônomo; 
- Regimento de tribunais; 
- Resoluções Administrativas dos Tribunais e órgãos do Poder Judiciário; 
- Resoluções do TRT, salvo as convenções coletivas de trabalho; 
- Tratados internacionais (eles se internalizam como leis ou emendas constitucionais); 
Não poderão ser objetos de impugnação por ADI: 
- Súmulas, ainda que vinculantes; 
- Respostas dadas pelos tribunais às consultas a eles formuladas; 
- Decretos que não sejam autônomos. 
- Normas originárias, pois estas são frutos de um poder inicial, ilimitado e incondicionado - é a 
posição majoritária brasileira - diferentemente do que pregava Otto Bachof; 
- Normas já revogadas; 
- Leis do DF no uso de sua competência Municipal; 
OBS - A lista é exemplificativa, existem vários outros diplomas que o STF aceita ou poderá vir a 
aceitar como passíveis de controle concentrado e muitos outros, que igualmente, não aceita ou 
não virá a aceitar. 
Processo da ADI: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Petição 
Inicial. 
O relator 
deverá pedir 
informações ao 
emissor do ato. 
O AGU deve 
ser ouvido 
para 
"defender" o 
ato. 
30 dias para prestar as 
informações. 
15 dias 
O PGR 
deve se 
manifestar 
sobre o 
ato. 
15 dias 
Antes de fixar o dia para o julgamento, caso o relator perceba que ainda há necessidade de 
esclarecimento de matéria ou circunstância de fato, ou ainda, que há insuficiência das 
informações existentes nos autos, ele pode requisitar informações adicionais, bem como 
designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou 
fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com 
experiência e autoridade na matéria. 
Poderá ainda solicitar informações aos tribunais (superiores, federais ou estaduais) 
sobre como eles têm aplicado a norma impugnada. 
 
30 dias, se necessário, 
para informações 
perícias e audiência. 
Se indeferida, 
cabe agravo. 
O relator deverá 
lançar o 
relatório, com 
cópia a todos os 
Ministros, e 
pedirá dia para 
julgamento. 
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Histórico do controle de constitucionalidade no Brasil 
Sobre o sistema de controle de constitucionalidade no Brasil, podemos traçar, superficialmente, a 
segunite linha do tempo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1824: 
Controle 
Político a 
cargo do 
Legislativo 
1934: 
Além de manter o 
controle difuso, previu: 
1- a representação 
interventiva; 
2- a necessidade de 
maioria absoluta para 
que os tribunais 
declarassem a 
inconstitucionalidade; 
3- a possibilidade de o 
Senado suspender, no 
todo ou em parte, o ato 
declarado 
inconstitucional. 
1937: 
Começa a ditadura e 
ocorre um retrocesso 
em quase tudo, 
inclusive no controle de 
const. Continua o 
controle difuso, mas o 
Presidente poderia 
submeter a declaração 
de inconstitucionalidade 
à apreciação do Poder 
Legislativo, que poderia 
derrubá-la pelo voto de 
2/3. 
1946: 
Restauração, 
inclusive do Poder 
Judiciário, como 
único legitimado 
para o controle de 
constitucionalidade. 
EC 16 /65 (ainda na CF/46): 
Mantém o controle difuso, mas agora 
temos a instituição do controle 
abstrato no Brasil através de ADI 
impetrada junto ao STF. O único 
legitimado era o PGR. 
1988: 
- Ampliação do rol de legitimado 
no controle abstrato. 
- Criação da ADPF e ADI por 
omissão. 
- Instituição da ADC pela EC de 
revisão 3/93. 
- Controle abstrato estadual. 
- Com a EC 45/04: 
.Cria-se a súmula vinculante; 
.Os legitimados da ADC e ADI 
passam a ser os mesmos; 
. O efeito vinculante se estende 
a todas as ações diretas e 
passam a vincular toda a 
administração pública direta e 
indireta. 
1891: 
Início do 
controle 
Jurisdicional - 
apenas difuso 
- por 
influência 
norte-
americana 
1967/69: 
- Manutenção do 
que vinha sendo 
feito. 
- A EC 7/77 
instituiu o efeito 
vinculante nas 
decisões em tese.

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