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Sociologia - 2º Bimestre

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Emile Durkheim – texto 4
Emile Durkheim desenvolveu sua sociologia no contexto positivista sempre buscando independência e emancipação cientifica, bem como objetivos e métodos próprios.
Durkheim se esforçou para emancipar a sociologia das demais teorias sobre a sociedade.
Durkheim sempre teve a preocupação de definir com precisão o objeto, o método e as aplicações dessa nova ciência. Imbuído dos princípios positivistas.
Durkheim foi um pensando do final do século XIX, momento no qual as concepções teológicas e metaficas predominavam as ideias positivistas. Um pensador que busca independência da sociologia.
Fato Social
Fato social é toda a maneira de fazer, fixada ou não, suscetível de exercer sobre o individuo uma coerção exterior, ou então, que é geral no âmbito de uma dada sociedade tendo ao mesmo tempo, uma existência própria independente de sias manifestações individuais. 
Dessa maneira podemos extrair 3 características do próprio conceito de Fato Social.
1 – Coerção Social
2 – Exterioridades em Relação ao individuo
3 – Generalidade 
Para o estudo com viés criminológico, o mais importante dos três é o primeiro, coercibilidade .
A coerção pode ser estendida como a força que leva o individuo a agir de determinado modo, sendo que a coerção pode ser legal ou moral.
Legal – prescrita nas leis ( multa de transito)
Moral – conforme a sociedade ( isolamento de pessoas fumantes / rir diante de uma pessoa que se veste de forma inadequada)
Exterioridade ao individuo – essa característica tem o sentido de afirmar aos indivíduos que os fatos sociais já existem antes mesmo de nascerem, como : regras, costumes, religião, leis, sendo que são obrigados a aceitar mediante a coerção social, sem o direito de opinar.
Ex.: horário para comer, dormir, a limpeza, à obdiencia.
Generalidade – Entende-se os fatos que se repetem em todo os indivíduos, ou , pelo menos, em sua maioria. 
O que é comum a todo as sociedades.
Um fenômeno não pode ser coletivo se el não for comum a todos os membros da sociedade.
O método fundamental para o estudo do fato social é trata-lo como coisa, no sentido de afastar todas as noções previas e apreender os fatos social de modo a isolado de suas manifestações individuais.
Sociedade – Qual a finalidade do estudo dos fatos Sociais? É o estudo da própria sociedade.
Através dos fatos sociais e embebido do positivismo, Durkheim busca a compreensão da sociedade e de sua coesão. 
Para Durkheim a sociedade é como um organismo vivo, onde apresenta caráter normal ou patológico.
Consciência Coletiva – conjunto de crenças e dos sentimentos comuns a media dos membros de uma mesma sociedade.
A consciência coletiva é certo modo, o estado moral, da sociedade com a capacidade de julgar ou valorar os atos individuais.
Solidariedade Mecânica – é típica sociedade arcaica, pré-capitalista, é uma sociedade por semelhança, se identificando por meio de suas famílias, religiões, tradições e costumes. Os indivíduos dessa sociedade tem pouco individualismo, sendo que a consciência coletiva é um forte instrumento de coerção e consequentemente coesão.
A consciência individual é uma simples dependência do coletivo. Nas sociedades em que a solidariedade mecânica é desenvolvida o individuo não se pertence.
Em sociedade pré-capitalistas, por não haver uma divisão social de trabalho, a solidariedade mecânica é que mantem a coesão social, em virtude da predominância absoluta da consciência coletiva sobre a consciência individual.
Solidariedade Orgânica – é típica de sociedade capitalista onde em virtude da grande divisão do trabalho, há maior independência entre os indivíduos. Essas sociedades pós-iluministas, há uma predominância do caráter absolutamente individualista.
O que mantem esse tipo de sociedade coesa é a própria divisão social de trabalho, caracterizando por uma grande especialização profissional. 
Quanto mais independentes e especializados, mais dependentes se tornam um dos outros, pois se necessitam mutuamente para garantir a unidade da sociedade.
Anomia - Para Durkheim é a ausência de leis, de regramentos, consenso ou mesmo ordem.
Anomia se apresenta quando os sistemas sociais não mais são capazes de regulamentar a sociedade, ou seja, ausência de coesão social, ausência de uma consciência coletiva, total falência dos freios sociais.
Suicídio - É segundo Durkheim, todo o caos de morte que resulta, diretamente ou indiretamente, de um ato positivo ou negativo, executado pela própria vitima, e que ela sabia que deveria produzir esse resultado.
Há três tipos de suicídio.
Egoísta – é aquele em que o ego individual ser afirma face o ego social.
Altruísta – é aquele no qual o individuo sente-se no dever em fazer em prol a outras pessoas ou grupo ( kamikazes e homens bomba)
Anomico – é aquele que ocorre em função de anomia social, quando a ausência de regras na sociedade gerando o caos. Ex. Crise financeira.
Crime e Pena
Durkheim não dava ao crime um caráter patológico, mas os qualificava com fatos sociais, dentro da normalidade e principalmente em virtude de sua generalidade.
O crime não se produz apenas em uma ou outra espécie de sociedade, mas em todas. 
Pode mudar a forma, mas em todos os lugares e tempos existiram homens que cometeram crimes.
Segundo Durkheim criminoso é quando ofende os estados fortes e definidos da consciência coletiva. 
A criminalidade é um fato social não patológico.
Durkheim parte da premissa, que é normal porque uma sociedade isenta de crime não é possível.
Durkheim afirma que mesmo em sociedades poucos desenvolvidas, onde a coesão social é mantida pela solidariedade mecânica, e que as diferenças entre os indivíduos sejam mínimas, não é possível chegar ao estado de unanimidade, pois a individualidade não é nula, havendo sempre indivíduos que apresente certo caráter criminoso. E mesmo que consciência coletiva fosse forte o suficiente para impedir tal caráter, reagiria de forma enérgica contra qualquer desvio.
O crime é, portanto necessário, este ligado as condições fundamentais de qualquer sociedade. Pois é a parti dele que ocorre a evolução normal da moral e do direito. 
O Crime além de ser um fato social, é útil a sociedade.
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Max Weber
Weber viveu numa época em que as ideias de Freud impactavam as ciências sociais e em que os valores do individualismo moderno começavam a se consolidar.
A grande inovação que Weber trás para a sociologia é o individualismo metodológico.
Para Weber o individuo escolher ser o que é, embora as escolhas sejam limitadas pelo grau de conhecimento do individuo e pelas oportunidades oferecidas pela sociedade, logo são condicionados.
O individuo é levado a escolher a todo instante, o que possibilita mudanças constantes. Essas possibilidades de mudanças faz com que o sentido da vida seja dado pelo próprio individuo.
Ação Social.
Para Weber a sociedade não seria algo exterior e superior ao individuo, como Durkheim pensa. Para ele a sociedade pode ser compreendida a parti do conjunto de ações do individuo. Weber define como objeto da sociologia a Ação Social.
Mas o que é a Ação Social? Para Weber ação social é qualquer ação que o individuo faz orientando-se pela ação dos outros.
Pra Weber, a função sociólogo é compreender o sentido das ações sociais, e faze-lo é encontrar os nexos causais que os determinam.
Os tipos de ideias servem como modelo, e podemos resumir em 4 ações fundamentais.
1 – Ação Social Racional com relação a fins = na qual a ação é estritamente racional, torna-se um fim, e racionalmente buscado. Sempre com escolhas dos melhores meios para se realizar.
2 – Ação Social Racional com relação de valores = na qual não é o fim que orienta a ação, mas o valor; seja ele ético, religioso, politico.
3 – Ação Social Afetiva = em que a conduta é movida por sentimentos, tais como: orgulho, loucura, vinganças, paixão.
4 – Ação Social tradicional = que tem como fonte motivadora os costumes hábitos.
A Ação Social é uma conduta humana dotadade sentido. A motivação é que da sentido a ação individual.
Para Weber, cada sujeito age levado por um motivo que se orienta pela tradição, por interesses racionais ou pela emotividade. 
O objeto que aparece na ação social permite entender o seu sentido, que é social à medida que cada individuo age levando em conta a resposta ou reação de outros indivíduos.
Para Weber, toda vez que se estabelecer uma relação significativa, algum tipo de sentidos entre varias ações sociais, teremos então Relações Sociais.
A ação social gera efeitos sobre a realidade em que ocorre. É o individuo que através dos valores sociais e da sua motivação, produz o sentido da ação social.
A transmissão destes valores comuns de uma geração a outra é chamada socialização, que é uma forma inconsciente de coerção social. Ex: respeito, virgindade, honestidade.
Agir em sociedade implica em algum grau de racionalidade por parte de quem age. A racionalidade de cada individuo sempre será referida ao outros indivíduos que os cercam. Isso é fundamental para Weber.
Dominação e Burocracia.
Agir em sociedade implica em Racionalidade... A sociedade moderna é um crescente processo de racionalização (abandono das explicações do mundo pelas tradições, religiões e magias).
A modernidade se valoriza nas explicações cientificas e tecnológicas, logo racionais.
Esse processo produziu o “ Desencantamento do mundo”
Nesse processo, o poder ( capacidade de fazer valer a própria vontade) também se transformou. A dominação legitima pode ser:
# tradicional – cuja legitimidade se baseia na tradição
# carismática – cuja legitimidade se baseia no carisma do líder
# Racional – legal - cuja legitimidade se baseia na lei e na racionalidade
Para Weber, quanto mais complexas as sociedades, maior será sua racionalização, maior o numero de regras a serem obedecidas. Quanto mais complexo, mais conflitiva tender a ser a interação do individuo e grupos.
Para Weber as complexficações geram conflitos, o que por sua vez gera necessidade de regras.
A regulamentação mais desenvolvida das lutas das sociedades aparece como um aparato especializado de domínio, que é o Estado moderno.
As regras devem ser seguidas de forma involuntárias, e as regras são feitas por meio da força, da imposição da vontade alguns indivíduos e grupos sobre outros.
Para garantir a aceitação, a dominação baseia, ou na tradição, ou no carisma, ou na força do direito racional.
No caso de dominação pela tradição e carisma, os dominados obedecem porque assim foram educados ( compartilham de uma tradição)
Em sociedades modernas e complexas, a força do direito racional, a obediência não é pela figura do líder, mas pela posição ocupada, onde esta garantida por uma legislação de caráter racional.
O exercício da autoridade racional depende de um quadro administrativo hierarquizado e profissional, que se caracteriza pela existência de uma burocracia,
Para Weber, a racionalização das sociedades se deu através da transformação dos modos informações de tradicionais em instituições organizadas racionalmente e legalmente para a obtenção da obediência.
A logica da racionalidade, obediência à lei e do treinamento das pessoas para administrar as tarefas burocráticas do Estado, aos poucos foram sendo disseminados.
NA formação do Estado moderno e do capitalismo moderno que são inseparáveis, Weber da atenção a dois aspectos: direito racional, que é um dos pilares da racionalização da vida, e o outro, administração racional em moldes burocráticos.
Para Weber a educação é sistemática, onde possui conteúdos e disposições voltadas para que o individuo tivesse condições de fato para operar funções de administrar o Estado, empresas, a politica de um modo racional. E pra que isso ocorra é necessário à formação de uma administração burocrática em moldes racionais.
Para Weber a burocracia é a mais bem acabada forma de dominação legitima e racional.
A burocracia baseia-se na crença da legalidade ou racionalidade de uma ordem.
A burocracia é uma consequência do processo de racionalização da vida social moderna.
A burocracia é uma forma de organizar o trabalho, é um padrão de regras.
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Karl Marx – O pensamento sociológico 
O objeto de estudo de Karl Marx foi à sociedade capitalista de seu tempo. Ele combinou em seu pensamento duas perspectivas diferentes, dois modos diversos de encarrar a realidade. Por um lado seu pensamento analítico, isto é, pretende ver a realidade como ela é. Nesse sentido ele foi praticante das ciências sócias. Por outro lado seu pensamento normativo, isto é, pretende vislumbrar como a realidade deveria ser construindo uma utopia em nome da qual seria necessário agira para transformar esta realidade.
Para Marx o que move a historia é a luta entre as classes sociais.
Marx diz que é através do trabalho que o homem muda a natureza, colocando-a a seu serviço.
O ser humano ao longo da historia desenvolveu cada vez mais aquilo que Marx da o nome de “forças produtivas”. O desenvolvimento das forças produtivas foi o responsável pelo incremento da produtividade e pelo aumento do domino do homem sobre a natureza. E forças produtivas não são mais machadinhas e arados, mas também as tecnologias desenvolvidas pela capacidade reflexiva do homem.
Da mesma forma que o trabalho é o intermédio da relação do homem com a natureza, também é o intermédio do homem com outros homens. Pois os trabalhos que são obrigados a desenvolver dita a forma que as sociedades humanas se estruturam. Para aumentar a produtividade social e desenvolver as forças de trabalho produtivas, o homem foi também organizando a produção junto a seus semelhantes, distribuindo tarefas e benefícios entre os membros da sociedade. Foi este o ponto de partida para o processo de divisão do trabalho. Primeira divisão sexual, entre homens e mulheres, depois entre agricultura e criação de animais e por assim adiante. Nesse sentido, como esta organização da produção advém da capacidade humana de racionalizar tarefas no sentido de aumentar a produtividade social, a divisão do trabalho é parte também do conjunto das forças produtivas.
A divisão social do trabalho não é uma simples divisão de tarefas, ela é também a expressão da existência de diferentes formas de propriedade no seio de uma dada sociedade num dado tempo. As relações de propriedade dizem respeito aos tipos de relações sociais predominantes numa sociedade a parti dos tipos de propriedade.
Do ponto de vista de Marx implica uma separação básica: entre os instrumentos ou meios utilizados para o trabalho de um lado, e de outro, o próprio trabalho. Isso significa que no processo de divisão de trabalho nem sempre os homens que possuem os meios para realizar o trabalho trabalham e nem sempre os que trabalham possuem esses meios. As relações de propriedade, portanto são à base da desigualdade social. 
A esse modo especifico de organização do trabalho e da propriedade Marx deu o nome de “relação sociais de produção”.
Cada época da historia possui um conjunto de forças produtivas desenvolvidas sob o controle dos homens que nessa época vivem, e ao mesmo tempo um conjunto instituído de relações sociais de produção, que são o modo pelo qual os homens assumem o controle dessas forças produtivas, isso Marx chama de “modo de produção”.
Assim para compreender a realidade social, o objeto de estudo deve ser o modo de produção ( forças produtivas mais relações sociais de produção), pois a esfera produtiva ( econômica) compõe a infraestrutura da sociedade, sobre a qual se constituem as demais instituições sociais, não econômicas.
As instituições não econômicas são definidas como sendo a superestruturas da sociedade, tendo a esfera econômica como determinadora de sua atuação. A superestrutura é formada pelas ideologias politicas, concepções religiosas, códigos morais e estéticos, sistemas legais de ensino e comunicação. 
Assim podemos dizer que as grandes transformações pela quais passou a humanidade foram às transformaçõesde um modo de produção para o outro. Do modo de produção escravista para o modo de produção feudal e depois par ao modo de produção capitalista.
Dessas diferentes relações de propriedade, e da posição do homem em relação às formas de propriedades vigente é que surgem as classes sociais. 
As transformações de uma forma para outra no modo de produção, se da pelos conflitos abertos por causa da luta entre a classe dominadora e a classe dominante de cada época.
Para Marx a consciência esta liga as condições matérias de vida. As ideias e concepções de como funcionam o mundo, são representações que os homens fazem a respeito de suas vidas em suas experiências cotidianas. Essas representações implicam num primeiro momento, numa falsa aparência, numa consciência invertida, pois não são capazes de captar a essência das relações às quais estão submetidos.
Existe uma diferença fundamental entre Durkheim e Marx. Durkheim mostra o peso da sociedade sobre o individuo, diz que a consciência individual é dada pela preponderância da consciência coletiva. Os indivíduos não pensam por conta própria. Marx diz que o caráter coercitivo e dominador não se manifestam igualmente por parte da sociedade em geral, sobre todos os homens indistintamente, mas sim de uma parte da sociedade sobre outra.
Para Marx o trabalhador foi separado, pelo capitalismo, do controle autônomo que exercia sobre seu trabalho e também do fruto desse trabalho. O trabalho é então percebido pelo trabalhador como algo fora de si, que pertence a outro, e a isso Marx da o nome de alienação.
Por causa do trabalho alienado a que estão submetidos, os homens adquirem uma consciência falsa do mundo em que vivem, veem o trabalho alienado e a dominação de um classe social sobre a outra como fatos naturais. Somente tem acesso as aparências, sem ser capazes de compreender o processo histórico real. Isso Marx chama de ideologia. Ideologia é portanto o sistema ordenado de ideias, de concepções, de normas e de regras, que obrigam os homens a comporta-se segundo a vontade do sistema, como se estivessem se comportando segundo suas próprias vontades. 
Essa coerção do sistema sobre o indivíduo, na verdade é a coerção da classe dominante sobre a classe dominada segundo Marx.
No capitalismo, ao contrario, o trabalhador acha que é justo que ele seja separado do fruto de seu trabalho mediante a pagamento de salario. Marx diz, porem, que o salario não remunera todo o trabalho realizado, mas apenas uma parte dele. A outra parte é apropriada pelo capitalista e se transforma em lucro. Marx da o nome de mais-valia, o tempo excedente trabalhado e não remunerado e que se constitui no lucro. 
Existem dois tipos de mais-valia – relativa e absoluta: absoluta é o excedente as horas a mais que trabalha depois de ter produzido o valor equivalente ao seu salario. A Relativa é a produção de mais bens em menos tempo, aumentando o lucro.
Em resumo a teoria de Marx afirma que qualquer tipo de salario é injusto pq qualquer relação de assalariamento é injusta em si. Porque separa o trabalhador do resultado de seu trabalho e isso o aliena e o descaracteriza como ser humano. E mais ainda essa injustiça não pode ser percebida pelo trabalhador por causa da ideologia, que é uma concepção de mundo gerada pela classe dominante e assumida pela classe dominada como se fosse sua. A suprema ironia do capitalismo é que o dominado pensa com a cabeça do dominador.

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