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CCJ0052-WL-A-APT-06-TP Redação Jurídica-Respostas Plano de Aula

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Turma A – Manhã - 2012.1�� HYPERLINK "http://portal.estacio.br/" \o "Estácio" �� INCLUDEPICTURE "http://portal.estacio.br/img/logo.png" \* MERGEFORMATINET ������Teoria e Prática da Redação Jurídica
Prof.: Carlos Kley Sobral�Disciplina:
CCJ0052��APT:
006�Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior
Matrícula: 2012.01.140749�Folha:
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Trabalho para AV1
	
	Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-06
	
	Questão
Leia o caso concreto que segue e produza um relatório jurídico adequado a um parecer em grau de recurso, ou seja, um parecer que instrua o pedido de reforma da sentença.
Juiz manda soltar grávida que tentou furtar xampu
Um juiz de Goiás aplicou o princípio da insignificância (não positivado no ordenamento jurídico) e mandou soltar mulher que furtou xampu de supermercado. "Tanto no aspecto jurídico quando no social não se depreende que a prisão da indiciada seja recomendada", afirmou em seu despacho o juiz Wilson Safatle, que considerou tratar-se de crime de bagatela e mandou expedir o alvará de soltura da mulher.
A doméstica Regina Rocha de Carvalho foi presa em flagrante no sábado (21/1), quando tentava furtar um xampu do supermercado Bom Preço, de Goiânia. A tentativa de furto foi notada pelo proprietário do estabelecimento. Segundo ele, Regina pegou alguns produtos, pelos quais pagou devidamente, mas guardou na blusa um xampu, que custa R$ 3,75. Surpreendida, Regina foi detida e encaminhada à delegacia, onde foi presa.
O juiz observou que, ao depor, a mulher confessou o crime e se disse arrependida. Também levou em consideração o fato de tratar-se de pessoa que possui apenas o primeiro ano primário, estar desempregada, grávida e ser responsável pela mãe, que é cega. Além disso não tinha antecedentes criminais. Ele acrescentou que o supermercado não sofreu maiores prejuízos já que recuperou o xampu.
Processo 2006.002.610.20
Revista Consultor Jurídico, 24 de janeiro de 2006
RESPOSTA:
PARECER
EMENTA: FURTO. Princípio da Insignificância – Impunidade – Furto Privilegiado – Coercividade Estatal - Manutenção da Ordem Social. Parecer favorável à condenação por crime tipificado no Art. 155, §2º do Código Penal.
Conforme estabelecido nos autos, no dia 21 de janeiro, a Ré, de forma consciente e voluntária, tentou subtrair, em proveito próprio, um xampu no valor de R$ 3,75 (três reais e setenta e cinco centavos) do supermercado Bom Preço, de Goiânia. Surpreendida pelo proprietário do estabelecimento foi detida e encaminhada à delegacia, onde foi presa.
Em primeira instância, a Ré foi absolvida com base no princípio da insignificância – o qual tem o sentido de excluir ou de afastar a própria tipicidade penal, ou seja, não considera o ato praticado como um crime, por isso, sua aplicação resulta na absolvição do réu e não apenas na diminuição e substituição da pena ou não sua não aplicação. No caso em questão foram observados os requisitos necessários que justificaram a aplicação pelo magistrado do princípio da insignificância, tais como: (a) a mínima ofensividade da conduta do agente, (b) a nenhuma periculosidade social da ação, (c) o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento e (d) a inexpressividade da lesão jurídica provocada (baixo valor).
Entretanto, devemos ressaltar que tal princípio não está positivado no ordenamento jurídico, além do fato que o seu reconhecimento “vulgariza” a prática de delitos contra o patrimônio alheio, e também causa insegurança na sociedade em relação à capacidade do Estado em manter a ordem social.
Cabe ao Estado, evitar que as condutas que agridem o direito alheio não devam passar despercebidas. O fato das alegações da Ré possuir baixa escolaridade, estar desempregada, grávida, ser responsável pela mãe, que é cega, e não ter antecedentes criminais, não justificam a prática de atos ilícitos e tipificados pelo ordenamento jurídico, nem são causas que permitam lesionar o direito do próximo, causando à vitima insegurança jurídica e não acreditar na capacidade punitiva do sistema judicial.
Têm-se observado que pequenos furtos tornaram-se prática diária em estabelecimentos comerciais de todo porte. E delitos dessa natureza não devem ficar impunes. É de suma importância ressaltar, que para as hipóteses de subtração de bem de pequeno valor, o legislador criou a figura do furto privilegiado, prevista no parágrafo 2º do artigo 155 do Código Penal, que não se confunde com a conduta atípica, penalmente irrelevante. 
Parecer desfavorável à tese da defesa.
Deve a Ré, então, responder penalmente pelo crime, vez que o fato é típico e ilícito, e, assim sendo, dotado de culpabilidade. Elementos estes que alcançam o dever de punir do Estado, além da manutenção da credibilidade do Poder judiciário e também da Ordem Social.
Ante o exposto, opino pela Culpabilidade da Ré, com reforma da sentença, baseado no delito tipificado no parágrafo 2º do artigo 155 do Código Penal. É o parecer, salvo melhor juízo.
Recife, 27 de agosto de 2013.
____________________________________
Advogado
OAB
____________________________________
Waldeck Lemos de Arruda Junior
==XXX==
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aplicação Prática Teórica-006/WLAJ/DP
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aplicação Prática Teórica-006/WLAJ/DP

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