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CCJ0052-WL-B-RA-13-TP Redação Jurídica-Produção de Parecer Completo

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Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Redação Jurídica 
Prof.: Carlos Kley Sobral 
Disciplina: 
CCJ0052 
Aula: 
013 
Assunto: 
Produção de Parecer completo 
Folha: 
1 de 10 
Data: 
12/11/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aula-013/WLAJ/DP 
Plano de Aula: Teoria e Prática da Redação Jurídica 
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA 
Título 
Teoria e Prática da Redação Jurídica. 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
13. 
Tema 
Produção de Parecer completo: ementa, relatório, fundamentação, conclusão e parte autenticativa. 
Objetivos 
● Produzir Parecer jurídico; 
● Desenvolver o raciocínio jurídico-argumentativo do futuro profissional do Direito. 
Estrutura do Conteúdo 
1. Ementa; 
2. Relatório; 
3. Fundamentação; 
4. Conclusão; 
5. Parte autenticativa. 
Aplicação Prática Teórica 
 
O parecer é um documento produzido, sob embasamento técnico ou jurídico, para que produza efeito 
esclarecedor e orientador. No plano jurídico, pode ser redigido em razão de três situações: 
 
1) Parecer em procedimento processual - (...) é elaborado por determinação legal, pelos membros do 
Ministério Público. É o chamado parecer de ofício, prolatado nos autos pelo Procurador de Justiça que, 
na sua condição de fiscal da lei, tem por exercício funcional opinar na questão discutida dentro dos 
autos. O MP, então, emite parecer em ação civil pública, ação de alimentos, ação popular, ação de 
investigação de paternidade, etc. 
2) Parecer em consulta - Para atender livre consulta por parte de pessoas que desejam ver algum 
assunto refletido exegeticamente por profissionais do direito (...). 
3) Parecer em procedimento administrativo público - Para servir de orientação administrativa no 
serviço público e é geralmente prolatado por funcionários, cujo cargo público tenha por determinação 
opinar juridicamente. 
 
Observação: em qualquer dessas três situações, um parecer precisará conter qualidade opinativa, devidamente 
substanciada de lógica, de fundamentação que lhe dêem credibilidade para seu convencimento. 
 
Logo o parecer é um valioso documento que precisa ser bem produzido. 
 
Quem produz parecer técnico no universo jurídico? 
 
● Ministério público (Procuradores de Justiça); 
● Advogados especializados (geralmente); 
● Servidores públicos credenciados; 
● Procuradores autárquicos e de outros órgãos. 
 
A forma de um parecer jurídico 
 
Não existe uma forma definida por qualquer dispositivo legal para apresentação de um parecer [...], 
portanto na CF, art. 129, VIII, e na Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/93, conhecida pela sigla 
LONMP) há a recomendação (art. 43, III) de que é dever do Ministério Público sempre indicar os fundamentos 
jurídicos em seus pronunciamentos processuais. Aliás, ressalte-se, nenhum parecer pode deixar de ter 
fundamentos. 
(Revista Redação Jurídica: a palavra do advogado. 
Rio de Janeiro: Edipa Ltda., nº8, 2004.) 
 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Redação Jurídica 
Prof.: Carlos Kley Sobral 
Disciplina: 
CCJ0052 
Aula: 
013 
Assunto: 
Produção de Parecer completo 
Folha: 
2 de 10 
Data: 
12/11/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aula-013/WLAJ/DP 
Estrutura formal do Parecer 
 
PARECER 
(Pular 2 linhas) 
 
EMENTA 
(Pular 1 linha) 
 
 
 
 
 
 
 
(Pular 2 linhas) 
 
RELATÓRIO 
(Pular 1 linha) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É O RELATÓRIO. 
(Pular 2 linhas) 
 
FUNDAMENTAÇÃO 
(Pular 1 linha) 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Pular 2 linhas) 
 
CONCLUSÃO 
(Pular 1 linha) 
 
 
É O PARECER. 
(Pular 2 linhas) 
 
PARTE AUTENTICATIVA 
Data 
Assinatura 
Nº da Carteira funcional do Especialista 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Redação Jurídica 
Prof.: Carlos Kley Sobral 
Disciplina: 
CCJ0052 
Aula: 
013 
Assunto: 
Produção de Parecer completo 
Folha: 
3 de 10 
Data: 
12/11/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aula-013/WLAJ/DP 
 
QUESTÃO 
 
Fundamentar é produzir, por meio de uma ação lingüística, um sentimento de convicção. Leia atentamente 
o caso concreto e, a seguir, considerando todas as orientações dadas em aula, faça o que se pede. 
 
Elabore um parecer técnico-formal em que se observem os seguintes elementos: 
 
a) Ementa; 
b) Relatório; 
c) Fundamentação; 
d) Conclusão e parte autenticativa. 
 
Orientações: a fundamentação deverá ser desenvolvida em, no mínimo, vinte e cinco (25) linhas e apresentar 
argumentos pró-tese, de oposição à tese, por autoridade e de causa e efeito. 
 
Ao desenvolver o seu texto, considere, além da norma culta da língua, adequação vocabular, coesão e 
coerência textual, os conceitos de simplicidade e de elegância, resultados de uma escrita conscientemente 
planejada. 
 
Caso Concreto 
 
Alfredinho Pitanga, enfurecido com sua amásia Natalina Maria de Jesus, que não lhe preparara o jantar, no 
seu retorno do botequim, onde ingerira algumas doses de cachaça, agrediu-a com uma faca de cozinha, 
causando-lhe ferimentos profundos na região do tórax. Socorrida imediatamente por vizinhos, Natalina Maria foi 
levada a um hospital e submetida à intervenção cirúrgica. Em razão da gravidade de seu estado de saúde, ficou 
internada, vindo a falecer quarenta dias após a data do fato. 
Apanhado que foi em estado de flagrante delito, Alfredinho permaneceu preso e o Ministério Público aditou 
a denúncia para adequar o fato ao tipo definido no art. 121, § 2º, Inciso II do CP, isso porque restou evidenciado 
que a morte da vítima decorreu dos ferimentos causados por Alfredinho. 
No curso da ação penal, surgiram indícios de insanidade mental de Alfredinho, razão pela qual, o 
magistrado determinou a instauração do processo incidente. Os peritos concluíram que Alfredinho era 
mentalmente são, ao tempo do crime, e que sua incapacidade absoluta de compreender o caráter criminoso do 
fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento era superveniente. 
 
Art. 121, § 2º, Inciso II do CP 
 
Art. 121 - Matar alguém: 
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos. 
 
Homicídio qualificado 
 
§ 2º - Se o homicídio é cometido: 
 
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; 
II - por motivo fútil; 
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, 
ou de que possa resultar perigo comum; 
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne 
impossível a defesa do ofendido; 
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: 
 
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos. 
 
Se julgar pertinente, recorra às seguintes fontes: 
 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Redação Jurídica 
Prof.: Carlos Kley Sobral 
Disciplina: 
CCJ0052 
Aula: 
013 
Assunto: 
Produção de Parecer completo 
Folha: 
4 de 10 
Data: 
12/11/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aula-013/WLAJ/DP 
Art. 26 do CP: É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). 
 
Redução de pena 
 
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de 
saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o 
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984). 
 
Art.152 do CPP: Se se verificar que a doença mental sobreveio à infração o processo continuará suspenso até 
que o acusado se restabeleça, observado o § 2° do art. 149. 
 
§ 1º O juiz poderá, nesse caso, ordenar a internação do acusado em manicômio judiciário ou em outro 
estabelecimento adequado. 
 
§ 2º O processo retomará o seu curso, desde que se restabeleça o acusado, ficando-lhe assegurada a 
faculdade de reinquirir as testemunhas que houverem prestado depoimento sem a sua presença. 
 
RESPOSTA: 
 
 
PARECER 
 
 
EMENTA 
 
HOMICÍDIO QUALIFICADO. Direito à Vida - Motivo Fútil 
– Insanidade Mental. Parecer favorável à condenação. 
 
 
RELATÓRIO 
 
Trata-se de Homicídio Qualificado por Motivo Fútil. 
O Réu Alfredinho Pitanga, após ter ingerido em um botequim algumas doses de bebida alcoólica (cachaça), 
ao retornar a sua residência constatou que o jantar não havia sido preparado por sua amásia Natalina Maria de 
Jesus, motivo pelo qual a agrediu com uma faca de cozinha, causando-lhe ferimentos profundos na região do 
tórax. 
Socorrida imediatamente por vizinhos, Natalina Maria foi levada a um hospital e submetida à intervenção 
cirúrgica. Em razão da gravidade de seu estado de saúde, ficou internada, vindo falecer quarenta dias após a data 
do fato. 
Apanhado que foi em estado de flagrante delito, Alfredinho permaneceu preso e o Ministério Público aditou 
a denúncia para adequar o fato ao tipo definido no art. 121, § 2º, Inciso II do CP, isso porque restou evidenciado 
que a morte da vítima decorreu dos ferimentos causados por Alfredinho. 
No curso da ação penal, surgiram indícios de insanidade mental de Alfredinho, razão pela qual, o 
magistrado determinou a instauração do processo incidente. Os peritos concluíram que Alfredinho era 
mentalmente são, ao tempo do crime, e que sua incapacidade absoluta de compreender o caráter criminoso do 
fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento era superveniente. 
 
É o relatório. 
 
 
FUNDAMENTAÇÃO 
 
(Pró-tese) O Réu Alfredinho Pitanga deve ser responsabilizado por homicídio qualificado porque causou a 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Redação Jurídica 
Prof.: Carlos Kley Sobral 
Disciplina: 
CCJ0052 
Aula: 
013 
Assunto: 
Produção de Parecer completo 
Folha: 
5 de 10 
Data: 
12/11/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aula-013/WLAJ/DP 
morte da Sra. Natalina Maria de Jesus, e também por ter sido causado por motivo fútil, além o fato do mesmo 
encontrar-se em estado de embriaguês no momento de cometimento do delito e não ter prestado socorro à vítima. 
(Oposição) Embora a defesa possa alegar insanidade mental do Réu, tal fato não deve ser levado em 
consideração, pois os peritos concluíram que Alfredinho era mentalmente são, ao tempo do crime, e que sua 
incapacidade absoluta de compreender o caráter criminoso do fato e de determinar-se de acordo com esse 
entendimento era superveniente. 
(Autoridade) Conforme a legislação brasileira todo aquele que matar alguém por motivo fútil deve 
responder penalmente pelo crime de Homicídio Qualificado (Art. 121, § 2º, Inciso II do Código Penal), como o Réu 
cometeu o delito pelo simples fato da vítima não ter preparado o jantar, deve o fato do mesmo ser enquadrado na 
devida norma. 
(Causa e efeito) O Réu agrediu a Sra. Natalina Maria de Jesus com uma faca de cozinha, causando-lhe 
ferimentos profundos na região do tórax o que levou ao seu falecimento 40 dias após sua internação hospitalar. 
 
 
CONCLUSÃO 
 
Ante o exposto, opino pela Condenação por Homicídio Qualificado por motivo fútil, conforme o artigo 121, § 
2º, Inciso II do Código Penal. É o parecer, salvo melhor juízo. 
 
 
Recife, 12 de novembro de 2013. 
Waldeck Lemos de Arruda Júnior 
Mat. 201201140749 
 
 
==XXX== 
 
 
RESUMO DE AULA (WALDECK LEMOS) 
 
13ª AULA – Parecer Completo 
 
Parecer Completo – Revisão. 
 
 
==XXX== 
 
 
RESUMO DE AULA (PROFESSOR - AULA MAIS - ESTÁCIO) 
 
13ª AULA – VER 
 
Teoria e Prática da Redação Jurídica 
Professora Alda da Graça Marques Valverde 
Aula 13 
 
Produção de Parecer completo: ementa, relatório, fundamentação, conclusão e parte autenticativa. 
 
Objetivos: 
- Produzir Parecer jurídico; 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Redação Jurídica 
Prof.: Carlos Kley Sobral 
Disciplina: 
CCJ0052 
Aula: 
013 
Assunto: 
Produção de Parecer completo 
Folha: 
6 de 10 
Data: 
12/11/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aula-013/WLAJ/DP 
- Desenvolver o raciocínio jurídico-argumentativo do futuro profissional do Direito. 
 
Estrutura do Conteúdo: 
 
1. Ementa; 
2. Relatório; 
3. Fundamentação; 
4. Conclusão; 
5. Parte autenticativa. 
 
Aplicação e prática teórica 
 
O parecer é um documento produzido, sob embasamento técnico ou jurídico, para que produza efeito 
esclarecedor e orientador. No plano jurídico, pode ser redigido em razão de três situações: 
 
1) Parecer em procedimento processual - (...) é elaborado por determinação legal, pelos membros do 
Ministério Público. É o chamado parecer de ofício, prolatado nos autos pelo Procurador de Justiça que, 
na sua condição de fiscal da lei, tem por exercício funcional opinar na questão discutida dentro dos 
autos. O MP, então, emite parecer em ação civil pública, ação de alimentos, ação popular, ação de 
investigação de paternidade, etc. 
2) Parecer em consulta - Para atender livre consulta por parte de pessoas que desejam ver algum 
assunto refletido exegeticamente por profissionais do direito (...). 
3) Parecer em procedimento administrativo público - Para servir de orientação administrativa no 
serviço público e é geralmente prolatado por funcionários, cujo cargo público tenha por determinação 
opinar juridicamente. 
 
Observação: em qualquer dessas três situações, um parecer precisará conter qualidade opinativa, devidamente 
substanciada de lógica, de fundamentação que lhe dêem credibilidade para seu convencimento. 
 
Logo o parecer é um valioso documento que precisa ser bem produzido. 
 
Quem produz parecer técnico no universo jurídico? 
 
● Ministério público (Procuradores de Justiça); 
● Advogados especializados (geralmente); 
● Servidores públicos credenciados; 
● Procuradores autárquicos e de outros órgãos. 
 
A forma de um parecer jurídico 
 
Não existe uma forma definida por qualquer dispositivo legal para apresentação de um parecer [...], 
portanto na CF, art. 129, VIII, e na Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/93, conhecida pela sigla 
LONMP) há a recomendação (art. 43, III) de que é dever do Ministério Público sempre indicar os fundamentos 
jurídicos em seus pronunciamentos processuais. Aliás, ressalte-se, nenhum parecer pode deixar de ter 
fundamentos. 
(Revista Redação Jurídica: a palavra do advogado. 
Rio de Janeiro: Edipa Ltda., nº8, 2004.) 
 
Caso concreto para a elaboração de um parecer: 
 
Regina Duarte, 35 anos, casou-se com Ivanildo Peixoto Vieira, 38 anos. Após três anos de casados, tiveram 
uma filha, P. L. D., atualmente com 4 anos. Antes de nascer a menina, viviam razoavelmente bem, embora os 
ciúmes de Regina atrapalhassem um pouco a relação. 
Com o nascimento da criança, por ter que ficar mais tempo em casa cuidando da menina, as brigas se 
tornaram mais constantes. 
Ivanildo disse: “Pedi a separação, mas Regina não admitiu tal decisão. Nos separamos de forma litigiosa. 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Redação Jurídica 
Prof.: Carlos Kley Sobral 
Disciplina: 
CCJ0052 
Aula: 
013 
Assunto: 
Produção de Parecer completo 
Folha: 
7 de 10 
Data: 
12/11/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aula-013/WLAJ/DP 
Regina deixou a menina comigo. Ela disseque não tinha dinheiro nem paciência para cuidar da criança. Com a 
ajuda da minha mãe, assumi a guarda de fato da minha filha.” Ele afirmou que deixa a filha na creche, via para o 
hospital São Francisco, onde faz um estágio e, à noite, frequentava um curso de enfermagem. Nesse período, 
deixa a filha aos cuidados da avó. 
Em 12/09/2005, Regina procurou o marido e disse que ia querer a filha de volta. Ivanildo, então, propôs 
uma ação de guarda da criança. Ao saber disso, Regina decidiu pedir a guarda e posse da filha. Disse que já tem 
condições de cuidar da criança, porque está empregada na empresa XXXXX, onde recebe R$ 416,50. Afirmou que 
o pai não tem possibilidades de cuidar da menina, porque só recebe R$ 200,00, como estagiário do Hospital São 
Francisco e que larga a criança, à noite, com a avó. Acrescentou: “Na petição eles mentiram! Não abandonei 
minha filha, estava muito descontrolada, eu e o pai deixamos ela com a avó. Agora já tenho condições de cuidar 
da minha menina.” 
Ivanildo disse: “Eu e Regina não nos damos bem. Ela faz cenas de ciúmes sempre que a gente se 
encontra. Quero que a justiça me conceda a guarda da minha filha, mas não posso pagar por isso.” 
Não houve conciliação e o juiz concedeu a guarda provisória à avó. Foi solicitado estudo social do caso. 
Este se encontra a fls. Na fl. 28, se lê que “sob a guarda do pai, P. está convivendo em ambiente salutar, propício 
ao seu desenvolvimento, não havendo razões plausíveis, neste momento, que justifiquem uma mudança”. Na fl. 
29, está registrado: “Assim, a partir da situação apresentada, das considerações pertinentes e, de acordo com a 
percepção de sentimentos e emoções expressados, do ponto de vista social, neste momento, somos de parecer 
favorável à permanência de P. L. D. V. sob a guarda do genitor, Sr. I. P. V.” 
Testemunhas ouvidas em audiência, (fls. 48/51) afirmaram que a criança está feliz com o pai, que ele é 
muito dedicado. 
O juiz decidiu procedente, em parte, o pedido e deferiu ao pai e à mãe a guarda alternada da menina (fls. 
58/71) 
Regina não concordou e disse: “Isso vai ser péssimo para a cabecinha da minha filha: ela só tem 4 anos! 
Eu tenho mais condição de cuidar dela do que o pai. Vou deixar ele visitar ela sempre.” 
Ivanildo argumentou: “Nem pensar, dividir a guarda com a Regina! Nós brigamos muito: isso vai deixar 
nossa filha confusa! Ela abandonou a menina, foi cuidar da vida dela e agora vem disputar a criança comigo! 
Sempre cuidei muito bem da nossa filha e posso continuar cuidando. Vou lutar até o fim pela guarda dela.” 
 
Exemplo de um parecer completo 
 
Ementa 
 
DISPUTA PELA GUARDA DE MENOR – Separação 
litigiosa – Guarda provisória com a avó paterna – 
Alegação da mãe de melhor condições de assistência à 
filha — Decisão pela guarda alternada – Apelação dos 
pais contra a guarda alternada – Avaliação da 
assistência social favorável ao pai – Bem-estar da menor 
– Inteligência do artigo 1584 CC – Parecer favorável ao 
pai. 
 
 
Relatório 
 
Trata-se da disputa da guarda de P. L. D., quatro anos, entre Regina Duarte, 35 anos, divorciada, 
comerciaria e Ivanildo Peixoto Vieira, 38 anos, divorciado. O fato teve início em 12/09/05. 
Segundo Ivanildo, após sete anos de casamento, separou-se judicialmente de sua esposa. Como ela não 
tinha condições financeiras de educar a criança e garantir a sua manutenção, além de estar passando por um 
período de instabilidade emocional, a guarda de fato da menor lhe foi concedida. Afirmou que não mantém um 
bom relacionamento com a mulher, já que ela nunca admitiu a separação e frequentemente promove cenas de 
ciúmes quando se encontram. 
Relatou que a criança frequenta a creche e que, quando vai para o curso de Enfermagem, à noite, ela fica 
sob os cuidados da avó paterna. Requereu assistência judiciária gratuita, a guarda da filha e a procedência da 
ação. 
Frustrada a tentativa de conciliação, o juiz deferiu a guarda provisória à avó paterna. Regina contestou, 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Redação Jurídica 
Prof.: Carlos Kley Sobral 
Disciplina: 
CCJ0052 
Aula: 
013 
Assunto: 
Produção de Parecer completo 
Folha: 
8 de 10 
Data: 
12/11/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aula-013/WLAJ/DP 
dizendo da mentira das afirmações constantes da exordial e que os litigantes, de comum acordo, deixaram a filha 
sob a responsabilidade da avó paterna, a quem deram a guarda de fato da criança. Entretanto, entende que o 
autor não tem condições de cuidar de P. L. D. V. porque não trabalha e recebe apenas uma bolsa do Hospital São 
Francisco, no valor de R$ 200,00 mensais. Ademais, além de passar todas as manhãs nesse hospital, o autor 
frequenta o curso de enfermagem noturno. Disse que, quando deixou a filha aos cuidados da avó, não tinha 
condições de sustentá-la, situação já superada, pois trabalha na XXXX, recebendo salário de R$ 416,50 mensais. 
Requereu o deferimento da guarda de P. L. D. V. em seu favor. 
O estudo social foi apresentado a fls. 23/29. Nele registrou-se que “sob a guarda do pai, P. está convivendo 
em ambiente salutar, propício ao seu desenvolvimento, não havendo razões plausíveis, neste momento, que 
justifiquem uma mudança”. 
E ainda, “Assim, a partir da situação apresentada, das considerações pertinentes e, de acordo com a 
percepção de sentimentos e emoções expressados, do ponto de vista social, neste momento, somos de parecer 
favorável à permanência de P. L. D. V. sob a guarda do genitor, Sr. I. P. V.”(fl. 29). 
Em audiência, realizou-se a oitiva das testemunhas (fls. 48/51), que relataram que o pai é extremamente 
dedicado e que a criança demonstra estar feliz em sua companhia. 
O MM. Juiz de Direito julgou procedente em parte o pedido, deferindo a ambos os genitores a guarda 
alternada de P. L. D. V. (fls. 58/71). 
Regina apelou, dizendo que a guarda alternada trará prejuízos ao desenvolvimento psíquico da criança, que 
conta apenas quatro anos de idade, sendo ela, a mãe, a que melhores condições reúne para cuidar da filha. 
Afirmou ainda que não criará dificuldades para que o pai visite a menina e requereu a guarda definitiva de 
P. L. D. V. 
Ivanildo também apelou, afirmando que a guarda alternada irá prejudicar o desenvolvimento emocional de 
P. L. D. V., pois os litigantes não se relacionam de forma harmoniosa. Salientou ter melhores condições para 
cuidar e educar a filha, já que Regina deixou de priorizar a criança para tratar de interesses pessoais logo após a 
separação do casal. Aduziu estar com a guarda de fato da filha, inexistindo motivos que justifiquem a mudança na 
rotina de P. L. D. V. 
Requereu o deferimento da guarda da filha em seu favor. 
 
É o Relatório. 
 
Fundamentação 
 
As constantes alterações e a forma de convívio no mundo contemporâneo deixam cicatrizes profundas para 
as gerações futuras. Convivemos com um crescente clima de separações. A família, considerada a célula mater 
da sociedade, rompe-se com a mesma facilidade com que se cria. O resultado deste rompimento, por vezes, é o 
fruto desta cisão virar objeto de contenda. Cabe ao judiciário interferir, como mão mais forte, e garantir a este 
inocente a melhor condição para o seu desenvolvimento. 
Ressalte-se que, conforme consta dos autos, tal condição está presente no convívio atual desta criança 
com seu pai, porque o ambiente em que ela se encontra é salutar. E também foram verificadas as condições 
propícias para o seu desenvolvimento, não havendo, portanto, razões que justifiquem a alteração. Além disso, 
Ivanildo tem demonstrado preocupação em oferecer estabilidade emocional à criança, porquanto, nos momentos 
em que se empenha em progredir na vida, mediante os estudos noturnos, deixa-a aos cuidados zelosos de sua 
mãe. 
Não podemos esquecer que a inteligência do artigo 1584 do Código Civil institui que, a partirda separação 
judicial, a guarda dos filhos deverá ser atribuída a quem revelar melhores condições de assumi-la. Com efeito, 
confirma-se, mediante os fatos anteriormente enunciados, que a situação deve ser mantida em seu status quo. 
Importa avaliar que, embora a mãe argumente que tem condições de sustentar a criança, esta possibilidade 
não remete, diretamente, ao interesse ou bem-estar da menina, visto que, nas condições atuais, esta e outras 
necessidades estão plenamente preenchidas. Assim, a melhor condição para a menor não seria a alteração da 
guarda, transformando um desenvolvimento encaminhado numa aposta vã. 
Em relação à guarda compartilhada, anteriormente deferida, fica clara a sua impossibilidade, devido aos 
intermitentes conflitos entre os litigantes, o que iria prejudicar o desenvolvimento da criança, que seria colocada 
em linha de confronto. Tal entendimento é reforçado pela decisão proferida no Rio Grande do Sul pela 7ª Câmara 
Cível do Tribunal de Justiça, nos autos de Agravo interno n. 70010991990, de que foi relatora a Desembargadora 
Maria Berenice “Descabido impor a guarda compartilhada, que só obtém sucesso quando existe harmonia e 
convivência pacífica entre os genitores”. 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Redação Jurídica 
Prof.: Carlos Kley Sobral 
Disciplina: 
CCJ0052 
Aula: 
013 
Assunto: 
Produção de Parecer completo 
Folha: 
9 de 10 
Data: 
12/11/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aula-013/WLAJ/DP 
Dessa forma, por considerar que o bem-estar da criança deva prevalecer acima de qualquer outro interesse 
e por reconhecer que, na presente data, o pai desfruta de melhores condições de assegurá-lo, a posse e guarda 
deverão ser concedidas ao progenitor. 
 
 
Conclusão: 
 
Em face do exposto, opina-se que a posse e a guarda da criança sejam deferidas ao pai. 
 
É o parecer. 
 
Rio de Janeiro, 4 de dezembro de 2008 
XXXXXXXXXXX 
 
QUESTÃO 
 
Fundamentar é produzir, por meio de uma ação lingüística, um sentimento de convicção. Leia atentamente 
o caso concreto e, a seguir, considerando todas as orientações dadas em aula, faça o que se pede. 
 
Elabore um parecer técnico-formal em que se observem os seguintes elementos: 
 
a) Ementa; 
b) Relatório; 
c) Fundamentação; 
d) Conclusão e parte autenticativa. 
 
Orientações: a fundamentação deverá ser desenvolvida em, no mínimo, vinte e cinco (25) linhas e apresentar 
argumentos pró-tese, de oposição à tese, por autoridade e de causa e efeito. 
 
Ao desenvolver o seu texto, considere, além da norma culta da língua, adequação vocabular, coesão e 
coerência textual, os conceitos de simplicidade e de elegância, resultados de uma escrita conscientemente 
planejada. 
 
Caso Concreto 
 
Estado acusado de não dar remédio 
Fila para ser incluído no cadastro tem mais de 500 pacientes. 
Adaptação de O Globo, Rio de Janeiro, 25 jun. 2005. p. 16. 
 
A doceira Alda Maria, de 49 anos, descobriu há cerca de dois anos ter hepatite C. Tenta, desde então, 
receber gratuitamente o remédio Interferon Pequilado, um dos medicamentos usados para controlar o avanço da 
doença. Sem conseguir entrar na fila de espera para receber o remédio, ela também não consegue comprá-lo, por 
ser pobre, e, por isso, não está recebendo qualquer tratamento. Como Alda, dezenas de outros pacientes têm 
reclamado da dificuldade de conseguir o remédio com o Estado. 
Segundo o Grupo Otimismo, de apoio a portadores de hepatite C, a Secretaria Estadual de Saúde não tem 
dado conta da obrigação legal de fornecer esse tipo de medicamento. Carlos Eduardo, presidente do grupo, afirma 
que, além de não garantir a entrega aos pacientes cadastrados, a secretaria não registra novos doentes desde o 
ano passado, formando uma longa fila de pessoas que precisam do remédio de forma continuada e não podem 
pagar até R$ 1.100,00 (mil e cem reais) por semana pelo tratamento. 
- Há muito tempo, a Secretaria tem falhado na entrega dos remédios e desde dezembro ela não cadastra 
mais ninguém. Muita gente desconhece que o Estado tem a obrigação de fornecer esses medicamentos e, ainda 
assim, estimamos que já há mais de 500 pessoas à espera do cadastro – diz ele. 
O governo garante que os pacientes cadastrados até dezembro têm recebido normalmente o medicamento 
e que o processo de distribuição a novos pacientes foi interrompido porque o pregão para a compra está sendo 
reavaliado. Segundo a Secretaria de Saúde, a compra foi interrompida porque o preço do medicamento era 
superior ao conseguido na Bahia. Pacientes com o vírus da hepatite C irão à Justiça na próxima semana e 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Redação Jurídica 
Prof.: Carlos Kley Sobral 
Disciplina: 
CCJ0052 
Aula: 
013 
Assunto: 
Produção de Parecer completo 
Folha: 
10 de 10 
Data: 
12/11/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aula-013/WLAJ/DP 
pedirão, mais uma vez, a prisão do secretário de Saúde. 
 
Material de apoio: 
 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 
 
Art. 6° - São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a 
previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma 
desta Constituição. 
 
Art. 196 - A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas 
que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações 
e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 
 
LEI No 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 
 
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o 
funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências: 
 
Art. 1º - Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou 
conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público 
ou privado. 
 
Art. 2º - A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições 
indispensáveis ao seu pleno exercício. 
§ 1º - O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas 
econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no 
estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos 
serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. 
§ 2º - O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade. 
 
Art. 3º - A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, 
o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso 
aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e 
econômica do País. 
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo 
anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental 
e social. 
 
Jurisprudência 
 
MANDADO DE SEGURANÇA. CONCESSÃO. MENOR PORTADOR DE DOENÇA RARA, NECESSITANDO DE 
MEDICAMENTO IMPORTADO. INOCORRENCIA DE VIOLAÇÃO AO ARTIGO 1., DA LEI Nº. 1.533/51. ALEM DO 
ELEVADO SENTIDO SOCIAL DA DECISÃO, A CONCESSÃO DA SEGURANÇA, PARA COMPELIR O ORGÃO 
COMPETENTE A FORNECER O MEDICAMENTO INDISPENSAVEL AO MENOR IMPUBERE PORTADOR DE 
MOLESTIA RARA, NÃO VIOLA A LEI E SE HARMONIZA COM A JURISPRUDENCIA SOBRE O TEMA. 
 
RESPOSTA: VER. VER. 
 
 
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