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Resumo: Estudos – ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Blog: www.vou-passar.blogspot.com Grupo no Yahoo: concursosrh Professora Cristiana Duran ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Planejamento Estratégico Introdução: As organizações não existem à toa. Elas têm uma missão, que significa dizer que elas têm uma razão de existência. A missão funciona como o propósito orientador para as atividades de uma organização e para aglutinar esforços dos seus membros. Ela define o credo da organização. A visão, define o que a organização pretende ser no futuro, ou seja, onde ela quer chegar, o que ela gostaria de ser. E isso define seus objetivos organizacionais. Os objetivos organizacionais podem ser rotineiros (do cotidiano, servem como padrões de desempenho para o dia-a-dia), inovadores (incorporam ou agregam algo de novo à organização) ou de aperfeiçoamento (servem para alavancar os atuais resultados para melhorar e incrementar o que já existe). É a partir deles que se estabelece a estratégia a ser usada, ou seja, aquela que vai permitir alcançá-los. Estratégia organizacional é um comportamento global e integrado da empresa em relação ao ambiente externo. É definida pelo nível institucional; projetada a longo prazo; envolve a empresa como um todo; mecanismo de aprendizagem organizacional. A estratégia é formulada a partir da missão, visão, objetivos organizacionais e da análise estratégica que envolve a análise ambiental (o que há no ambiente) e a análise organizacional (o que temos na empresa) para definir o que devemos fazer. Portanto, estratégia é a maneira racional de aproveitar as oportunidades externas e neutralizar suas ameaças, bem como aproveitar as forças e potenciais internas e neutralizar suas fraquezas. É a partir da estratégia que é formulado, então, o planejamento estratégico. O Planejamento Estratégico, que se tornou o foco de atenção da alta administração das empresas, volta-se para as medidas positivas que uma empresa poderá tomar para enfrentar ameaças e aproveitar as oportunidades encontradas em seu ambiente. O mais importante na utilização do Planejamento Estratégico é o seu estreito vínculo com a administração estratégica nas organizações. Não se pode tratar isoladamente o planejamento estratégico sem entrar no processo estratégico, contribuindo assim de forma mais eficaz com a gestão dos administradores na obtenção dos seus resultados. Philip KOTLER (1975), um dos defensores da sua utilização, propõe o seguinte conceito: “O Planejamento Estratégico é uma metodologia gerencial que permite estabelecer a direção a ser seguida pela organização, visando maior grau de interação com o ambiente”. A direção engloba os seguintes itens: âmbito de atuação, macropolíticas, políticas funcionais, filosofia de atuação, macroestratégia, estratégias funcionais, macroobjetivos, objetivos funcionais. Este conceito é importante, pois é a partir do planejamento estratégico da organização que são definidas as estratégias de RH. Existem dúvidas, também, sobre as diferenças entre Planos Estratégicos, Táticos e Operacionais. Russell ACKOFF (1966) esclarece que o Plano Estratégico é pertinente à organização como um todo, enquanto os Planos Táticos estão relacionados com as diversas áreas da organização. Por exemplo, um Plano Financeiro e um Plano de Marketing são Planos Táticos. Para operacionalizar os Planos Táticos, são preparados os Planos Operacionais, que orientam a alocação de recursos para cada parte dos Planos Táticos. Análise estratégica: Envolve a análise dos ambientes externo e interno da organização. Análise do ambiente externo: É por essa análise que a empresa se torna apta a implementar estratégias antecipatóras. O objetivo aqui é construir uma visão integrada das evoluções prováveis do ambiente externo, bem como antecipar OPORTUNIDADES e AMEAÇAS para seu bom desempenho, no cumprimento da missão ou em face dos seus competidores. Esse prognóstico é feito mediante a construção de cenários, que são úteis para: - unificar as visões de futuros, tornando explícitas e comuns as premissas em que se baseiam as decisões estratégicas; - configurar evoluções prováveis do mercado e do ambiente competitivo da organização; - antecipar oportunidades e ameaças para a organização. Os cenários enfatizam os fatores macroeconômicos e macropolíticos, por isso, denominados de macrocenários. Análise do ambiente interno: É preciso analisar também as características internas da organização, sob um ponto de vista estratégico. Os objetivos são: - caracterizar e avaliar a evolução do desempenho da instituição em relação ao cumprimento da missão ou ao seu desempenho competitivo. - identificar e hierarquizar os PONTOS FORTES E FRACOS que determinam esse potencial; - identificar as principais causas das FORÇAS E FRAQUEZAS. Essa análise se baseia nos conceitos: Desempenho: performance da organização avaliada segundo critérios estabelecidos; Força: fenômeno ou condição interna à instituição, atual ou potencial, capaz de auxiliar, substancialmente e por longo tempo, o seu desempenho ou o cumprimento de sua missão e dos objetivos; Fraqueza: fenômeno ou condição interna à instituição, atual ou potencial, capaz de dificultar substancialmente o seu desempenho ou o cumprimento de sua missão e dos objetivos; Determinante: variável, fenômeno ou fator interno ou externo à organização que produzem força; Causa: variável, fenômeno ou fator, interno ou externo à organização que produzem a fraqueza. Avaliação e síntese estratégica: Resumo: Estudos – ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Blog: www.vou-passar.blogspot.com Grupo no Yahoo: concursosrh Professora Cristiana Duran Visa mapear e interpretar as interações entre oportunidades e ameaças X forças e fraquezas da organização para cada cenário. É uma análise sistêmica realizada com o auxílio da MATRIZ SWOT (Strenghts, Weakness, Opportunities, Threats), ou matriz de análise estratégica, mediante a ponderação das interações forças e fraquezas com oportunidades e ameaças. Assim, é possível caracterizar: - potencialidades de atuação ofensiva da organização; - capacidade defensiva; - restrição de atuação ofensiva; - vulnerabilidades ou problemas; - ameaças à organização. ALAVANCA Quando uma oportunidade do ambiente encontra um conjunto de pontos fortes na empresa, que podem ajudá-la a tirar o máximo de proveito da situação. RESTRIÇÃO Quando uma oportunidade não pode ser aproveitada pela empresa devido aos seus pontos fracos. DEFESAS Quando existe uma ameaça à vista, mas a empresa possui pontos fortes que possam amenizá-la. PROBLEMA / VULNERABILIDADE Quando uma ameaça do ambiente torna a empresa ainda mais vulnerável, devido aos seus pontos fracos. Assim, é possível identificar, para cada cenário analisado, as oportunidades mais atrativas, as ameaças com maior potencial de impacto, as forças mais atuantes e as fraquezas mais prejudiciais. Ela fornece subsídios relevantes para a formulação de estratégias com maior potencial de eficácia, na medida que priorizem os quadrantes e fatores mais importantes. Implementação e controle estratégico: Vias operacionais mais comuns: 1) Programa de objetivos: conjunto de resultados desejados que, obrigatoriamente, precisam concretizar-se no horizonte temporal do plano estratégico. Contem indicadores de resultados observáveis e analisáveis; 2) Conjunto de macroações: é como os objetivos serão atingidos, dentro dos limites estabelecidos pela política da organização e pelas escolhas estratégicas. 3) Projetos Estratégicos: são iniciativas específicas, de grande magnitude e efeito duradouro, com início, meio e fim previstos no horizonte temporal do plano estratégico, que exigem gerenciamento diferenciado e prioridade de alocaçãode recursos; 4) Indicadores de desempenho: relações numéricas que resultam de medidas quantitativas e caracterizam a situação ou o estado de um processo ou seu resultado – produto ou serviço. 5) Plano de metas: define os alvos quantitativos, com prazos e valores; as metas são etapas necessárias para atingir os objetivos; 6) Planos de ação: auxiliam a estabelecer períodos de tempo para observação e acompanhamento das atividades e os resultados requeridos para atingir um objetivo específico, e a implementar uma solução. É uma estratégia que identifica o suporte para essas atividades e o compromisso com elas. 7) Orçamento estratégico: é a identificação, dimensionamento e alocação de RH, físicos e financeiros, tendo em vista a realização do plano estratégico. Metodologia Balanced Scorecard – BSC: Desenvolvido por Robert Kaplan e David Norton, de Harvard, o BSC é uma filosofia prática e inovadora de gestão do desempenho das empresas e organizações. O objetivo é permitir uma gestão eficaz do desempenho organizacional, baseando-se na visão da estratégia da empresa e traduzindo-a em indicadores de desempenho. Ao contrário dos métodos de gestão tradicionais, o BSC permite sustentar a estratégia da empresa com indicadores financeiros e não financeiros (os tradicionais baseiam-se apenas nos financeiros). É uma abordagem estratégica de longo prazo, sustentada num sistema de gestão, comunicação e medição do desempenho, cuja implementação permite criar uma visão partilhada dos objetivos a atingir em todos os níveis organizacionais. O BSC direciona a organização para o seu sucesso no futuro, definindo quais os objetivos a atingir e medindo seu desempenho a partir de 4 perspectivas: de aprendizagem e crescimento, do cliente, financeira e dos processos internos. O BSC constitui-se em um efetivo processo de aprendizado, uma vez que integra: (a) uma estrutura estratégica compartilhada, que comunica a estratégia e permite que cada participante possa ver sua contribuição para a realização da estratégia global; (b) um processo de feedback que coleta dados de desempenho sobre a estratégia e permite formular hipóteses sobre inter- relacionamentos entre os objetivos e iniciativas estratégicas a serem testadas e (c) um processo de solução de problemas em equipe, que realiza análises, aprende sobre os dados de desempenho e, então, adapta a estratégia, de acordo com o surgimento de novas condições e assuntos a serem analisados (KAPLAN; NORTON, 1996). Essa metodologia permite que os gerentes olhem para o negócio sob quatro importantes perspectivas integradas, obtendo, desse modo, uma visão holística da organização. Tais perspectivas fornecem respostas para quatro perguntas básicas para a gestão (KAPLAN; NORTON, 1992): (a) Como os clientes nos vêem? (perspectiva do cliente); (b) Em que devemos nos superar? (perspectiva interna); (c) Nós podemos continuar a melhorar e criar valor? (perspectiva da inovação e aprendizado) e (d) Como nós somos vistos pelos acionistas? (perspectiva financeira). Resumo: Estudos – ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Blog: www.vou-passar.blogspot.com Grupo no Yahoo: concursosrh Professora Cristiana Duran Perspectiva de aprendizagem e crescimento: Direciona a sua atenção para as pessoas e para as infra-estruturas de recursos humanos necessárias ao sucesso da organização. Os investimentos a realizar nessa vertente são fator crítico para a sobrevivência e o desenvolvimento das organizações a longo prazo. Esse desenvolvimento tem de ser sustentado por uma análise e intervenção constante nos processos internos (processos-chave do negócio). Indicadores: pessoas / organização: desenvolvimento de competências de equipe, infra-estrutura tecnológica, cultura organizacional e clima para ação. Perspectiva dos processos internos ou operações: Essa perspectiva permite direcionar todo o negócio e atividade da empresa para as necessidades e satisfação dos seus clientes. Indicadores: inovação (desenvolvimento de novos produtos e processos), operação (produção, distribuição e vendas), serviços pós-venda (assistência técnica, atendimento a solicitações dos clientes). Perspectiva do cliente: Permite direcionar todo o negócio e atividade da empresa para as necessidades e satisfação dos seus clientes. Indicadores: participação no mercado, retenção de clientes, aquisição de novos clientes, satisfação dos clientes, rentabilidade dos clientes, qualidade do produto, relacionamento com clientes, imagem e reputação. Perspectiva financeira: Permite medir e avaliar resultados que o negócio proporciona e de que necessita para o seu crescimento e desenvolvimento, assim como para a satisfação dos seus acionistas. Indicadores: acionistas / negócios: lucro, crescimento e composição da receita, redução de custos, melhoria da produtividade, utilização dos ativos, estratégia de investimentos. Quando integradas, essas perspectivas proporcionam uma análise e uma visão ponderadas da situação atual e futura do desempenho do negócio. Todas as medições devem ser parte de um relacionamento “causa-e-efeito” que culmine na melhoria do desempenho financeiro sustentável no longo prazo. O Balanced Scorecard é uma representação da estratégia, começando com os objetivos financeiros de longo prazo e vinculando-os às iniciativas focadas nos clientes, nos processos internos e nos investimentos a serem feitos em recursos humanos e sistemas, de forma que a combinação desses aspectos resulte no desempenho econômico esperado. Direção da definição dos indicadores: Financeiros Clientes Processos Internos Aprendizagem e Crescimento. Direção dos investimentos: Aprendizagem e Crescimento Processos Internos Clientes Financeiros. Referências utilizadas: Alday, H.E.C. O planejamento estratégico dentro do conceito de administração estratégica. Revista FAE, Curitiba, Vol. 3, n. 2, p. 9-16, mai-ago 2000. Lourenço, J.T.V. Balanced Scorecard: uma tecnologia articuladora. Artigo. XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produção - Ouro Preto, MG, Brasil, 21 a 24 de out de 2003. Teixeira, G.M.; Silveira, A.C.; Bastos Neto, C.P.S.; Oliveira, G.A. Gestão estratégica de pessoas. RJ: Editora FGV, 2005.
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