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Planejamento Estratégico e o BSC 1 Planejamento Estratégio e o BSC Professor Pedro Ferreira Planejamento Estratégico e o BSC 2 Introdução 3 As organizações no geral tem uma boa estratégia, o problema real esta na execução. 3 Barreira da Visão 4 Barreira Humana 4 Barreira dos Recursos 5 Barreira Gerencial 5 Iniciando o Planejamento Estratégico 5 Estratégia boa é estratégia bem executada! 6 PLANEJAMENTO COM FOCO NA EXECUÇÃO – O uso do BSC no BANDES 7 1. INTRODUÇÃO 7 2. ANTECEDENTES E SOLUÇÃO ADOTADA 8 3. METODOLOGIA 8 4. RESULTADOS 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS 11 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 12 O líder, a equipe executiva e a execução da estratégia 12 Executivos exercendo as funções corretas 12 Equipe executiva priorizando as coisas certas 12 Planejamento Estratégico orientado para a execução – Como formular e executar estratégias vencedoras 13 Planejamento Estratégico na Prática 14 Declaração de Missão, Valores e Missão 14 Análises Estratégicas Internas e Externas 15 O Balanced Scorecard 18 A Evolução Teórica do Balanced Scorecard 21 O que é o Balanced Scorecard? 22 Os elementos que compõem a ferramenta do Balanced Scorecard 22 Gerenciamento de Projetos Estratégico, Programas e Portfólio 30 Reuniões de Gestão Estratégia 32 Plataforma para a Execução da Estratégia 32 Referência Bibliográficas 34 Sumário Planejamento Estratégico e o BSC 3 introdução “Uma estratégia sem táticas é o caminho mais lento para a vitória. Táticas sem estratégia representam o caos que antecede uma derrota.” Anônimo. A formulação de uma boa estratégia é importante, contudo não o suficiente para se alcançar os resultados necessários do sucesso integral de uma organização. Cada vez mais, gestores experientes vem buscando mecanismos que propiciem maneiras práticas para executar as estratégias fazendo com que uma visão de futuro seja traduzidapara o dia-a- dia da organização com clareza e objetividade. Esse módulo trata do Planejamento Estratégico com ênfase no que é principal para o seu sucesso: A EXECUÇÃO DA ESTRATÉGIA.Neste sentido, buscamos entender os principais fatores críticos de sucesso para formular a estratégia, mas também qual seria a melhor abordagem para realizar tudo aquilo que foi planejado. Afinal, você como gestor, acima de tudo, precisa demonstrar resultados excepcionais dentro da sua organização a fim de garantir o seu próprio crescimento através de resultados tangíveis. Vamos apresentar para você as principais ferramentas de planejamento estratégico e focalizar em uma das principais metodologias já criadas para auxiliar as organizações no desafio da execução: O BALANCED SCORECARD – BSC. Metodologia criada pelos professores e doutores Robert S. Kaplan e David P. Norton. AS orgAnizAçõeS no gerAl tem umA boA eStrAtégiA, o problemA reAl eStA nA execução. Pesquisas indicam que 60% a 80% das empresas ficam muito longe de alcançar os objetivos definidos em seus planos estratégicos. Veja o que diz o executivo britânico Tony Hayward, CEO da BP: “Nosso problema não é a estratégia em si, mas a execução da estratégia”. Na pesquisa realizada pela Balanced Scorecard Collaborative em 1996, ficou constatado que a maioria das organizações não dispõe de sistemas formais para a execução de suas estratégias. Apenas 40% delas vinculavam os orçamentos às estratégias e apenas 30% condicionavam a remuneração variável por incentivos à estratégia. Das empresas pesquisadas os colaboradores que declararam conhecer a estratégia somaram 10% na maioria das empresas. Como que os colaboradores poderão relacionar suas atividades diárias com a estratégia sem ao menos a compreender? Sem dúvida, a execução bem-sucedida da estratégia exige o envolvimento dos colaboradores de forma consciente. Existe outro fator importante para a execução em relação aos executivos, 85% das equipes executivas dedicam menos de uma hora por mês discutindo a estratégia, como se isto não fosse o pior foi descoberto que 50% dos entrevistados relatam que simplesmente não debatem a estratégia. Agora pense comigo, se os executivos que são remunerados para pensar no futuro da organização em sua maioria não o fazem, como uma empresa sobrevive? No mínimo, sem rumos e com grande riscos de insucesso. Com base nos dados acima, é possível identificar algumas barreiras à implementação da estratégia, como veremos no quadro a seguir. Planejamento Estratégico e o BSC 4 bArreirA dA ViSão A grande maioria dos colaboradores não entendem a estratégia da organização. Existiuuma época em que ovalor era gerado através da grande potência da indústria com seus ativos físicos. Atualmente, nós vivemos na era da informação e do conhecimento. No mundo dos negócios modernoo valor é geradopor ativos intangíveis. Isto significa, que a organização que melhor administrar seus relacionamentos, know-how e cultura vai gerar mais valor para seus acionistas. Para isto, usar o capital humano, organizacional e tecnológico é fundamental para o sucesso. E só é possível utilizar o máximo através do entendimento da estratégia. Contudo, muitas empresas ainda estão organizadas para a era industrial, utilizando comandos e controles que são inadequados para o mundo dos negócios atuais. bArreirA HumAnA As pessoas são movidas por incentivos. Pesquisas indicam que 69% das empresas possuem alguma forma de remuneração variável aos seus colaboradores. A estratégia precisa estar associada a um planode remuneração variável. Este tipo de iniciativa promove foco e alinhamento para o alcance dos desafios impostos pelas metas. Planejamento Estratégico e o BSC 5 bArreirA doS recurSoS 60% das organizações não integram seus orçamentos com a estratégia. Isto acontece devido ao fato de que os processos de orçamento normalmente são separados aos de planejamento estratégico. Veja bem, se um organização tem uma visão inovadora que depende de metas desafiadora, ela precisa investir à altura da visão? Ora, a resposta é obvia. Só que os recursos humanos e financeiros estão sendo investidos em iniciativas de curto-prazo e não na estratégia de longo-prazo. bArreirA gerenciAl Como o time de executivos da sua empresa gastam seus tempos durante as revisões mensais ou trimestrais? É muito comum ouvir dos executivos que as reuniões são chatas e cansativas. Elas estão cheias de gráficos difíceis de entender, comentários que nos deixam com sono e nenhum tipo de conflito ou confronto. As reuniões desta forma são uma perda de tempo e principalmente de oportunidades. Isto não deveria ser assim, a reunião de gestão estratégica tem que demandar dos executivos irem além das análises de problemas operacionais para um profundo entendimento da criação de valor ou da destruição dos mecanismos de geração de valor da empresa. iniciAndo o plAnejAmento eStrAtégico Uma execução eficiente depende de uma estratégia bem formulada. Revista Liderança Set 2010 Artigo publicado na revista Liderança (Set 2010 – n. 71) Ao iniciar a mobilização para o ciclo anual de planejamento estratégico, muitas empresas utilizam técnicas apuradas de análise, com ou sem ajuda de consultoria, outras utilizam um processo mais informal e caseiro de planejamento. Independente da forma, o conteúdo gerado deve conter em sua essência alguns aspectos que possibilitem tornar realidade algo que no início nada mais é do que um plano. O Planejamento Estratégico é o método pelo qual uma organização define como irá explorar os recursos que dispõe e as condições que desfruta visando o alcance de determinados objetivos futuros. Muitas empresas têm falhado no alcance dos objetivos futuros justamente por não levarem em consideração que a estratégia gerada deve sair do papel. Por mais incrível que possa parecer, muitos http://www.execucaodaestrategia.com.br/wp-content/uploads/2010/09/capa.jpgPlanejamento Estratégico e o BSC 6 planejamentos estratégicos tem finalidade em si mesmo. Um dos grandes motivos de falha desse processo é a complexidade da estratégia gerada. Muitas estratégias são um compêndio de centenas ou milhares de diretrizes, metas e ações não interligadas. Não levam em consideração que na ponta existem recursos limitados e muitas vezes não capacitados nem ao menos em entender as estratégias. Tendo acompanhado por muitos anos execuções bem e mal sucedidas, posso afirmar que é melhor ter um conjunto reduzido de metas alcançadas do que centenas impossíveis. Outro aspecto determinante no sucesso de uma estratégia definida é a maneira como ela se traduz em ações. Toda estratégia pressupõe transformações na organização. Significa dizer que novas entregas ou entregas semelhantes de forma diferente deverão acontecer. As transformações só ocorrem a partir de iniciativas estruturadas na forma de ações ou projetos. São esses projetos, portanto, as ferramentas que farão as estratégias tornarem-se realidade. O que tenho visto nas organizações é o grande desalinhamento dos projetos com os direcionadores estratégicos. Muitas coisas são feitas ao mesmo tempo, competindo por recursos e com propósitos totalmente difusos. Qual o resultado disso? A empresa não saí do lugar com resultados inexpressivos e com pessoas exaustas de tanto trabalhar. Existe um seleto grupo de organizações que são muito bem sucedidas no planejamento estratégico e também na execução da estratégia. Alguns fatores são comuns a essas organizações: • Fundamentação técnica baseada em dados e análises consistentes. • Foco e objetividade no estabelecimento de objetivos (Querer fazer tudo é o mesmo que não fazer nada bem feito); • Diretrizes claras e alinhadas num mesmo propósito; • Objetivos estratégicos perfeitamente desdobrados em projetos e ações; • Desenvolvimento de um modelo de gestão estratégica que propicie acompanhamento constante e tomada de decisão. Eu gostaria de ressaltar dois pontos: O primeiro é que planejamento não tem nada a ver com previsão, caso contrario, algumas cartomantes seriam as mais indicadas para a equipe de planejamento. Em segundo lugar o planejamento deve estar necessariamente inserido em um modelo contínuo de gestão estratégica. Empresas falham por tratar pontualmente a estratégia sendo o ambiente extremamente dinâmico. eStrAtégiA boA é eStrAtégiA bem executAdA! Qual o valor de uma estratégia potencialmente fantástica não executada? Além de gerar grande frustração, uma estratégia não executada significa desperdício de recursos e comprometimento da própria existência da companhia. Por esse motivo, organizações dos mais diferentes tipos estão bastante preocupadas com a qualidade da execução de seus planos. O principal fator de insucesso está no fato das organizações tratarem de maneira desagregada a formulação e a implementação das estratégias. A partir do momento que a responsabilidade sobre o processo de planejamento ficar somente sobre a alta liderança executiva e a da execução apenas sobre o pessoal da linha de frente não haverá saída bem sucedida para a estratégia. Tipicamente quem participa do projeto de formulação da estratégia é a cúpula. Depois de Planejamento Estratégico e o BSC 7 formuladas, as estratégias são “informadas” ao pessoal da linha de frente para que sejam executadas. Qual a motivação dessas pessoas para executar algo da qual não participaram? É um grande erro subestimar a importância do envolvimento das pessoas com a estratégia desde a sua formulação. Outro ponto de atenção é garantir o desenvolvimento de um modelo de gestão abrangente e efetivo para o gerenciamento da implementação da estratégia. Chegou a hora das organizações tratarem a estratégia como o foco da gestão. A dinâmica dos negócios irá expulsar do jogo empresas não habilidosas o bastante para entregar valor real aos clientes ou usuários dos seus produtos e serviços. Um modelo de gestão estratégica deve, além de proporcionar a disseminação da estratégia por toda a organização, acompanhar passo a passo a execução dos planos e o desempenho perante as demandas estratégicas. Um bom modelo de gestão estratégica deve cuidar de 6 grandes vetores: - Formule: Analise o seu ambiente competitivo e formule bem a estratégia; - Mapeie: Crie o mapa da estratégia e selecione os melhores indicadores estratégicos; - Alinhe: Alinhe os processos, estruturas e tecnologias às demandas estratégicas; - Envolva: Busque o envolvimento das pessoas em todos os níveis; - Implemente: Faça a gestão do portfólio e dos projetos necessários à implementação da estratégia; Gerencie: Faça da gestão estratégica uma rotina. Esses 6 vetores são a base dos projetos de consultoria desenvolvidos pela 3GEN, há aproximadamente 6 anos. As organizações que adotam esse modelo de gestão estratégica estão obtendo resultados significativos. Com a adoção desses 6 vetores, as organizações conseguiram abandonar o modelo tradicional onde o planejamento estratégico é tratado pontualmente no ano, para um modelo onde a formulação está inserida em um contexto de gestão amplo da estratégia com foco na execução. Essas organizações perceberam que por mais genial que seja, uma estratégia só será boa se for bem executada. Artigo publicado na NewsGeneration – Edição Especial ExpoManagement 2010. plAnejAmento com Foco nA execução – o uSo do bSc no bAndeS Autor: Gilson Domingues Cardoso gilson@ bandes.com.br e gilsondc@gmail.com Apresentado no CONGESP – II CONGRESSO DE GESTÃO PÚBLICA DO ESPIRITO SANTO. 1. introdução http://www.execucaodaestrategia.com.br/wp-content/uploads/2010/04/Logo-Bandes1.jpg Planejamento Estratégico e o BSC 8 Está cada vez mais em moda, no serviço público, a utilização do planejamento e gestão orientados para resultados, a estruturação de indicadores de desempenho e o gerenciamento de projetos. O Governo do Estado do Espírito Santo avançou muito e é exemplar nesses direcionamentos. Uma das ferramentas que suportam essa contemporaneidade é o Balanced Scorecard (BSC). Citando Kaplan e Norton, “O Balanced Scorecard traduz a missão e a estratégia das empresas num conjunto abrangente de medidas de desempenho que serve de base para um sistema de medição e gestão estratégica.” E mais: “Os objetivos e as medidas utilizados no Balanced Scorecard não se limitam a um conjunto aleatório de medidas de desempenho financeiro e não-financeiro, pois derivam de um processo hierárquico (top-down) norteado pela missão e pela estratégia da unidade de negócios. O Balanced Scorecard deve traduzir a missão e a estratégia de uma unidade de negócios em objetivos e medidas tangíveis”. Com seu uso, três perguntas centrais que surgem no processo de planejamento são adequadamente respondidas. A primeira é qual a visão de longo prazo, isto é, do que nos orgulhar ao final de determinado horizonte de tempo. A segunda é como cumprir a missão social da empresa, da secretaria, do órgão e do setor. A terceira é como selecionar e priorizar os projetos estratégicos, as iniciativas inovadoras e os indicadores de desempenho críticos para o sucesso de uma gestão. Esse artigo trata, então, de mostrar como o BANDES estruturou um modelo de gestão estratégica com o uso do BSC e quais os resultados alcançados até 2009. 2. AntecedenteS e Solução AdotAdA Em 2003, o BANDES estava com as finanças equilibradas e com dois desafios colocados pelo novo governo: modernizar-se e ampliar sua atuação com foco no segmento de micro e pequenos negócios. Sob o ponto de vista operacional, o BANDES não estava conseguindo manter um padrão de desempenho e atendimento regular e sob o ponto de vista da gestão estava carente de ferramentas atualizadas que permitissem o alcance dos novos desafios. O orçamento era o principal instrumento de gestão. Era preciso, então, compartilhar ideais, galvanizar idéias e motivar e alinhar aspessoas. Em 2004, iniciou-se o uso do BSC através de um plano estratégico que iniciava a introjeção de alguns elementos dessa ferramenta, em especial os indicadores e metas anuais e projetos e iniciativas estratégicas, denominados, à época, de estruturantes. 3. metodologiA A preparação para o uso do BSC acontece de forma convencional: - começa com análises retrospectivas e com avaliações dos ambientes internos e externos, através de seminários com a participação dos gestores, em que são destacados os pontos fortes e fracos, as ameaças e as oportunidades; - constrói-se, em reuniões e workshops, o que denominamos de identidade institucional: negócio, missão, visão e valores; - descreve-se as diretrizes estratégicas, que são produto da formulação da estratégia e determinam as posturas e as prioridades futuras que orientarão as ações do dia a dia. Mais importante do que planejar é executar e tão importante quanto executar é gerenciar a execução. A partir desse momento, entra em cena o BSC como ferramenta para gerenciar, acompanhar, avaliar e comunicar o plano. Planejamento Estratégico e o BSC 9 A identidade institucional e as diretrizes estratégicas embasam o primeiro grande produto da ferramenta BSC, o mapa estratégico, um instrumento visual que sintetiza toda a estratégia através das perspectivas, dos temas e dos objetivos estratégicos. A elaboração do mapa estratégico é a primeira fase e por isso basilar do uso do BSC. É ela que permite a participação e o comprometimento dos gestores que faz toda a diferença quando da implementação. Com os objetivos estratégicos definidos é feita a escolha dos indicadores de desempenho para cada objetivo, pelo menos um para cada objetivo. Indicadores de desempenho são a expressão que permite obter informações sobre características, atributos e resultados de um produto ou serviço, sistema ou processo, permitindo o acompanhamento do progresso do objetivo. Após a escolha dos indicadores de desempenho, são definidas as metas de curto e longo prazo que possibilitarão o acompanhamento da execução do plano e do alcance dos objetivos. Um momento importante após essas fases é o levantamento de lacunas de recursos para viabilizar o alcance das metas. Esse é o rico momento de selecionar e priorizar os projetos e as iniciativas estratégicas que suportarão a mudança institucional planejada. Com isso encerramos a fase de elaboração do plano que apresenta o seguinte conteúdo: identidade institucional (negócio, missão, visão e valores), diretrizes estratégicas, mapa estratégico, objetivos estratégicos, indicadores de desempenho, metas de curto prazo, metas de longo prazo e projetos estratégicos. Dois fatores se destacam por contribuir para o sucesso da utilização do modelo. O primeiro diz respeito a um conhecimento mínimo da metodologia por parte da equipe responsável por sua implementação, que pode ser fortalecido através de consultorias especializadas. O segundo é a existência de lideranças envolvidas e envolventes, motivadas e motivadoras, visionárias e missionárias. Comandantes de todo o processo, até que o gerenciamento do plano se transforme em rotina nas empresas, nas unidades de negócios e nos setores. 4. reSultAdoS Colhemos diversos resultados após a utilização do BSC como ferramenta para a gestão estratégica do BANDES, denominada para fins de endomarketing de “Caravela”. Quantitativamente, quando comparamos o ano de 2003 com 2009, constatamos avanços expressivos: Planejamento Estratégico e o BSC 10 Discriminação 2002 2003 2009 Evolução2009/2003 Patrimônio Líquido (R$ milhões) 54,2 63,0 132,0 110% Lucro Líquido (R$ milhões) 0,2 6,0 11,5 92% Saldo da Carteira de Crédito/ Financiamento (R$ milhões) 84,8 87,6 378,0 332% Número de Empregados 160 171 175 2,3% Liberação para Empresas (R$ milhões) 519,9 547,2 1.437,1 163% Número de Operações Aprovadas 1.007 869 4.639 434% Número de Clientes 2.873 3.265 15.957 389% Qualitativamente, podemos destacar o plano de capacitação baseado em competências estratégicas, o plano de participação nos resultados com base no alcance das metas, a implantação do escritório corporativo de projetos, o plano de crescimento e rotas de sucessão, com a adoção de metas individuais e a gestão da inovação, com um portal de idéias. Em janeiro desse ano foi aprovado o Plano Bandes 2010/2014 (Caravela 2010/2014), fruto da revisão e da atualização do modelo, cujo mapa estratégico está na Figura 1. Para ilustrar, eis alguns indicadores e suas respectivas metas para o horizonte do Caravela 2010/2014: Discriminação 2010 2011 2012 2013 2014 Patrimônio Líquido (R$ milhões) 143,2 153,0 163,0 173,0 183,0 Saldo da Carteira de Crédito/ Financiamento (R$ milhões) 460 540 620 700 800 Número de clientes 21.000 25.000 30.000 38.000 50.000 Planejamento Estratégico e o BSC 11 Figura 1: O mapa estratégico do BANDES Para alcançar esses resultados, outros indicadores de desempenho são acompanhados, medindo aspectos tangíveis e intangíveis, como a satisfação de clientes, o atendimento dos consultores certificados, o tempo de tramitação das operações de pequeno valor, o grau de execução de projetos estratégicos, o gap de competências, o clima organizacional, entre outros, totalizando 36 indicadores de desempenho para os 17 objetivos estratégicos. conSiderAçõeS FinAiS Constata-se que o BSC é uma excelente ferramenta para sedimentar ideais, clarear idéias, alinhar pessoas e gerenciar mudanças. É uma incubadora para o surgimento de uma carteira de projetos transformadores da realidade organizacional e institucional. As evidências deixadas nesse artigo pelo uso do BSC no BANDES oferecem convicção das possibilidades de sua aplicação em governos, prefeituras, instituições, empresas, unidades de negócios e sistemas de trabalho. A sociedade espera cada vez mais um serviço público de qualidade, com estratégia, eficácia, eficiência, economicidade e efetividade. O BSC pode ser um atalho para que entidades públicas se organizem para Planejamento Estratégico e o BSC 12 garantir desempenhos e resultados superiores e expressivos. reFerÊnciA bibliográFicA KAPLAN, Robert S. e NORTON, David P. A Estratégia em Ação: Balanced Scorecard. 12ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997. o líder, A equipe executiVA e A execução dA eStrAtégiA Muito já se escreveu sobre a complexidade na determinação da estratégia correta e da definição das prioridades de longo prazo nas organizações, especialmente quando estamos tratando da definição do correto posicionamento. No entanto, é na execução da estratégia que a liderança da organização encontrará sua tarefa mais árdua. A execução é um processo mais complexo, principalmente porque depende do envolvimento das pessoas em todos os níveis organizacionais. É claro que um modelo de gestão que permita a avaliação e o aprendizado estratégico pode trazer grandes benefícios à implementação, mas não é o suficiente. É preciso ter um líder que patrocine a estratégia e uma equipe executiva engajada e alinhada às prioridades para que a execução não falhe. Por mais competente que o líder seja, ele deve entender que a execução da estratégia não é tarefa de um homem só. Peter Drucker sentenciou, de forma brilhante, que o papel do líder é assegurar que as pessoas façam as coisas certas. O ponto aqui é que, para transformar a estratégia em resultados tangíveis, é preciso que o líder escolha e impulsione as pessoas certas. Quais são, portanto, os fatores críticos para que a organização tenha as pessoas adequadas, nas posições corretas, fazendo as coisas certas em prol da execução da estratégia? Equipe executiva com as pessoas certas O primeiro grande desafio é a formação de uma equipe executiva robusta. A organização precisa buscar, no mercado ou internamente, pessoas que tenham o perfil adequado à estratégia. A experiência de um executivo não é o suficiente para assegurar a sua aderência. O líder deve buscarprofissionais que tenham as características comportamentais adequadas à velocidade e intensidade de transformação que a estratégia exige, compondo um time executivo que se complemente e que tenha um propósito comum. executiVoS exercendo AS FunçõeS corretAS É preciso posicionar os executivos de modo que consigam fazer o melhor uso de suas potencialidades. A questão aqui está na delegação das iniciativas estratégicas de acordo com o perfil de cada executivo, e não somente com a área funcional que lidera. Projetos mais ousados e inovadores demandam um perfil capaz de pensar e executar ações fora do framework tradicional. Ao passo que, projetos de melhoria da eficiência operacional, podem demandar perfis mais disciplinados e metódicos. equipe executiVA priorizAndo AS coiSAS certAS É preciso estabelecer um modelo consistente de avaliação e aprendizado em torno da estratégia, que enfoque as prioridades organizacionais de longo prazo. Ao mesmo tempo, é necessário incentivar os membros da equipe executiva a delegar tarefas mais operacionais. Só assim terão tempo para decidir e agir de forma analítica em relação à estratégia, assegurando os resultados no longo prazo. Uma boa estratégia já é um ótimo começo para vencer o grande desafio competitivo que os mercados Planejamento Estratégico e o BSC 13 impõem. No entanto, a chave para a longevidade da organização está na execução consistente e sem falhas, alcançada somente por meio de uma equipe executiva totalmente comprometida com o seu sucesso. Roberto Campos de Lima é Sócio-Consultor da 3GEN Gestão Estratégica. Portal HSM 16/02/2011 plAnejAmento eStrAtégico orientAdo pArA A execução – como FormulAr e executAr eStrAtégiAS VencedorAS Que a execução da estratégia é um dos maiores desafios dos gestores, todos nós já sabemos. Mas a questão para reflexão é: O que faz com que grande parcela dos planejamentos estratégicos falhe na sua execução? É possível afirmar que as razões são as mais diversas. No entanto, dentre elas, é possível destacar quatro elementos: • A dinâmica do ambiente de negócios; • As barreiras de execução criadas pela própria organização; • A qualidade da estratégia; • O modelo de gestão estratégica. No caso das alterações no ambiente de negócios, é preciso considerar que são parte da equação. O nosso ambiente passará por transformações cada vez mais frequentes e profundas. As rupturas em temas como tecnologia, necessidades do consumidor, legislação, dentre outros, já fazem parte do nosso cotidiano e não nos resta, portanto, alternativas senão gerenciá- las, criando planos de resposta adequados. Por outro lado, as barreiras de execução, resultam da nossa própria gestão, ou falta dela. São barreiras que se associam diretamente ao fator humano determinante de uma execução de qualidade. A compreensão da estratégia, e o envolvimento das pessoas com a sua implementação é consequência direta do esforço organizacional para a sua comunicação e, mais que isso, para o envolvimento das pessoas na formulação e execução. Não necessariamente todos precisam se envolver na formulação. No entanto, a sua construção a partir do conhecimento organizacional acumulado na base é um importante indutor de um clima propicio à execução. Em última análise, se a estratégia fica restrita ao alto escalão, somente as pessoas mais diretamente ligadas à sua formulação ficarão envolvidas na sua execução. Outro fator de sucesso de uma estratégia é a sua própria qualidade. Se assumirmos que estratégia trata, a priori, do conjunto de escolhas organizacionais que pautam o futuro e permitem a alocação otimizada dos recursos, escassos, conseguimos então entender que a execução trata da implementação de prioridades organizacionais. Quanto mais claras e coerentes as escolhas, maior a chance de sucesso na sua execução. Uma estratégia bem elaborada nasce na correta análise do ambiente em que a organização opera. A estratégia pode até ser simples, mas não pode jamais ser descontextualizada do ambiente de negócios. É no posicionamento, no entanto, que se observa a robustez de uma estratégia. O posicionamento é o coração da estratégia, pois, é por meio dele que a organização define claramente quem é o seu cliente e qual é a sua proposta de valor para atraí-lo, que produtos irá oferecer, e até mesmo quais são os seus concorrentes. É com a definição do posicionamento que nascem as escolhas estratégicas, e a execução depende diretamente da coerência destas escolhas e do quanto elas podem pautar melhores decisões. Planejamento Estratégico e o BSC 14 As escolhas estratégicas, por sua vez, trazem consequências aos processos e estrutura da organização. O suporte à execução acontece exatamente na formulação de diretrizes organizacionais capazes de refletir, no dia a dia, as decisões tomadas no posicionamento. Para viabilizar a execução, a estrutura e os processos devem seguir a estratégia, e não o inverso. Por fim, para que uma estratégia realmente saia do papel, é preciso estabelecer um modelo de gestão que proporcione acompanhamento constante da sua evolução e que seja facilmente compreendido pelas pessoas. É preciso medir, constantemente, a execução, seu ajuste com o ambiente interno e externo, para fundamentar a tomada de decisões de forma ágil e efetiva. Artigo publicado na NewsGeneration – Edição Especial ExpoManagement 2010 plAnejAmento eStrAtégico nA práticA Todo o entendimento sobre o Planejamento Estratégico (PE) e seu principal desafio que esta na execução, fez com que entendêssemos a necessidade prática da elaboração de um plano que norteia os rumos de uma organização no longo prazo. Imagino que neste momento ficou aquela curiosidade de saber como fazer o tal planejamento estratégico da prática. Pois bem, agora vamos abordar as técnicas para elaboração do planejamento estratégico através da seleção das melhores práticas. Desenvolvimento da Estratégia Apesar das muitas críticas sobre o planejamento estratégico como sendo burocrático, muitas vezes autoritário e inflexível, essa ferramenta gerencial ainda é a preferida dos altos executivos. A pesquisa sobre ferramentas gerenciais de 2007, Surveyof Management Tools da Bain&Company, mostrou que o planejamento estratégico era a ferramenta mais usada; 88% disseram que recorrer a métodos formais de planejamento estratégico. Confirmando essa informação, uma pesquisa recente da McKinsey apontou que 79% das empresas declararam usar processo formal de planejamento estratégico. O processo de construção do plano estratégico começa com a descrição ou confirmação da missão, dos valores e da visão. Em seguida, estudam as forças externas e internas que influenciam a estratégia da empresa. Essa fase flui naturalmente para a identificação e análise de questões-chave e, depois, seguimos para a formulação da estratégia em si. Estas etapas são discutidas uma de cada vez.1 declArAção de miSSão, VAloreS e miSSão A organização precisa de uma razão de ser com as premissas básicas para desenvolver suas atividades. Depois disto, precisa ter clareza de onde quer estar para finalmente chegar ao plano. Antes de formular a estratégia, os gestores de chegar a um acordo sobre a missão, valores e a visão. Não é possível construir uma estratégia sem que os executivos não tenham concluído sobre o que exatamente eles querem. A liderança precisa estar consciente dessa etapa preliminar. Para declarar a missão, faça uma descrição breve que define a razão de ser da organização. Alguns exemplos: “A missão do Google é organizar as informações do mundo todo e torná-las acessíveis e úteis em Planejamento Estratégico e o BSC 15 caráter universal” (Google – http://www.google. com/corporate) “Queremos descobrir, desenvolver e comercializar com sucesso produtos inovadores para prevenir e curar doenças, para atenuar o sofrimento e para melhorar a qualidade de vida. Também queremos oferecer aos acionistasretorno que reflita desempenho notável e recompensar de maneira adequada as pessoas que investem ideias e trabalho em nossa empresa.” (Novartis – http://www.novartis.co.uk/about/our_ mission.shtml) Os valores são definidos para deixar claro quais as atitudes, comportamentos e caráter que a organização acredita para realizar seus negócios. Se a missão declara a razão de ser, independente do tempo e os valores são os comportamentos necessários para realizar as ações, então precisamos declarar aquilo que será alcançado num determinado momento da empresa: a visão que define os objetivos de médio e longo prazo (três a dez anos) da organização. Como sua empresa quer ser vista pelo mundo? Toda empresa precisa ter suas aspirações claras e objetivas. Com isto, melhoramos o entendimento de todos e facilitamos a definição dos planos necessários para alcançar a estratégia. Veja um exemplo: “Ter um milhão de clientes on- line até o fim da década” (Divisão de internet banking da Wells Fargo em 1997). Para declarar uma visão com sucesso, utilize 3 componentes fundamentais: - Objetivo ousado: Número de clientes (1 milhão) - Definição de nicho: Internet Banking - Horizonte temporal: Até o fim da década (2000) É necessário ser ambicioso ao definir objetivos e o presidente tem que assumir a liderança. O líder aqui tem o papel importante de infundir senso de urgência e determinar objetivos desafiadores para todos os empregados. Sem liderança forte, a organização fica estagnada e no melhor caso, vai conquistar melhoria contínua através de processos. Lembre-se: a complacência é o maior inimigo. Um exemplo é Jack Welch, antigo CEO da GE, que declarou que todas as unidades de negócios se tornassem a número um ou número 2 do setor para continuarem em andamento dentro do portfólio da empresa. Definir objetivos desafiadores e horizontes de tempo específicos é uma das atribuições mais importantes da liderança. A declaração da visão deve explicitar, no mais alto nível organizacional, metas ousadas para a estratégia, inclusive indicadores de sucesso e horizontes temporais nítidos. O começo do processo de desenvolvimento da estratégia exige que a equipe de liderança reafirme a missão, os valores e a visão do empreendimento, talvez atualizando as metas da declaração de visão quando necessário. Se o empreendimento estiver na eminência de adotar nova estratégia e de promover transformações organizacionais, a equipe de liderança deve elaborar e divulgar uma agenda de mudança estratégica para descrever as necessárias transições culturais, estruturais e operacionais, no avanço do passado para o futuro. AnáliSeS eStrAtégicAS internAS e externAS Algumas ferramentas importantes durante o desenvolvimento da estratégia tem haver com o entendimento dos ambientes internos e externos dos negócios. Isto porque, você precisa saber sua capacidade em relação a situação dos seus concorrentes. Planejamento Estratégico e o BSC 16 A análise externa visacompreender os impactos de tendências macroeconômicas e setoriais no seu planejamento estratégico. Para realizar análises externas existe um exercício conhecido como PESTAL que abrange os seguintes componentes: Análise Política –risco de invasão militar, estrutura legal para a garantia de execução dos contratos, proteção à propriedade intelectual, legislação comercial e tributária, parceiros comerciais mais favorecidos. Análise Econômica –tipo de sistema econômico nos países de operação, intervenção do governo no mercado livre, vantagens comparativas do país anfitrião, taxas de câmbio e estabilidade monetária do país anfitrião, eficiência dos mercados financeiros, qualidade da infraestrutura, nível de qualificação da força de trabalho, custos trabalhistas, estágio do ciclo de negócios (isto é, prosperidade, recessão, recuperação), taxa de crescimento econômico, rendimentos arbitrários, taxa de inflação, taxa de juros. Análise Social –demografia, estrutura de classes, educação, cultura (papéis dos gêneros etc.), espírito empreendedor, atitudes (saúde, consciência ambiental, nutrição), interesses de lazer. Análise Tecnológica – desenvolvimento tecnológico recente, impacto da tecnologia sobre a oferta dos produtos, impacto sobre a estrutura de custos, impacto sobre a estrutura da cadeia de valor, taxa da difusão tecnológica. Análise Ambiental – emissões de gases do efeito estufa, produção de resíduos sólidos, descarga de resíduos líquidos, consumo de energia, reciclagem, consumo de água limpa, total de pegadas ambientais. Análise Legal – leis de defesa da concorrência, regulamentação de preços, tributação: alíquotas tributárias e incentivos fiscais, legislação salarial: salário mínimo e pagamento de horas extras, semana de trabalho, benefícios obrigatórios aos empregados, regulamentação de segurança industrial, exigências quanto à rotulagem de produtos. Outra ferramenta ótima para a análise externa são as cinco forças de Michael Porter, que considera cinco fatores, as “forças“ competitivas, que devem ser estudadas para desenvolver uma estratégia eficiente. Porter avalia que a estratégia competitiva de uma empresa deve aparecer a partir da abrangência das regras da concorrência que definem a atratividade de uma indústria. - As Cinco Forças de Porter são: - Rivalidade entre os concorrentes - Poder de negociação dos clientes - Pode de negociação dos fornecedores - Ameaça de entrada de novos concorrentes - Ameaça de produtos substitutos Planejamento Estratégico e o BSC 17 A análise interna abrange o desempenho e competências da organização para competir no setor. Empresas podem aqui usar de seus indicadores como ferramentas de análise do desempenho interno. Aquelas que já possuem metodologias como o Balanced Scorecard podem avaliar a organização através de ativos tangíveis e também os intangíveis. Aquelas que ainda não implementaram nenhum tipo de abordagem como o Balanced Scorecard, recorrem a informações financeiras para avaliar o desempenho recente. Para a análise interna uma técnica muita utilizada é a identificação dos pontos fortes, dos pontos fracos, das oportunidades e das ameaças (SWOT). SWOT é a sigla em inglês para Strenghts (Fortalezas), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades), Threats (Ameaças). Planejamento Estratégico e o BSC 18 Os atributos externos e internos são classificados, respectivamente, como oportunidades e ameaças e os atributos internos como pontos fortes e pontos fracos. Isto acontece durante o processo de planejamento estratégico. o bAlAnced ScorecArd Até agora, a nossa jornada demonstrou o incrível desafio das organizações em executar as suas estratégias e desenvolver um sistema de mensuração do desempenho que mede as coisas certas. E o necessário é um sistema que balanceie os números dos resultados financeiro históricos com aquilo que direcione ao desempenho futuro, enquanto que simultaneamente fortalece os ativos intangíveis e principalmente suporte a organização a implementar suas estratégias diferenciadoras. O Balanced Scorecard é a ferramenta que atende a esta complexidade toda. O Balanced Scorecard foi desenvolvido por dois homens: Robert Kaplan Professor de contabilidade da universidade de Harvard David Norton Consultor da região de Boston nos EUA Em 1990, Kaplan e Norton conduziram uma pesquisa com uma dúzia de empresas explorando novos métodos de mensuração da performance. Esse estudo observou que as tradicionais métricas financeiras eram ineficientes para as empresas modernas. Com o estudo, as empresas foram convencidas por Kaplan e Norton que depender somente da performance dos indicadores financeiros estavam impactando nas suas habilidades para criação de valor.Depois de discutir muitas alternativas o grupo chegou no ideal de construção de um scorecard com métricas de performance que cruza toda a organização, a saber: questões relacionadas aos clientes, processos internosde negócios, atividades dos colaboradores, e claro os interesses dos acionistas. Com isto, os drs. Kaplan e Norton chamaram a nova ferramenta de Balanced Scorecard e depois escreveram o primeiro artigo na Harvard Business Review: “The Balanced Scorecard – Indicadores de Impulsionam o Desempenho”. Planejamento Estratégico e o BSC 19 Veja abaixo um pequeno resumo sobre o primeiro artigo publicado originalmente e janeiro-fevereiro de 1992. Balanced Scorecard – Indicadores que Impulsionam o Desempenho Frustrados com as inadequações dos sistemas tradicionais de mensuração do desempenho, alguns gerentes deixaram de lado os indicadores financeiros, como retorno sobre o patrimônio líquido e lucro por ação. “Efetue melhorias operacionais e os números as refletirão”, é o argumento. Mas os gerentes não querem escolher entre os indicadores financeiros e operacionais. Os executivos almejam um conjunto equilibrado de indicadores que lhes permita visualizar a empresa sob várias perspectivas ao mesmo tempo. Ao longo de um projeto de pesquisa de um ano, entre 12 empresas de vanguarda em mensuração do desempenho, os autores desenvolveram o “BalancedScorecard”, novo sistema de mensuração do desempenho que oferece à alta administração uma visão rápida, embora abrangente, da empresa. O BalancedScorecard inclui indicadores financeiros, que mostram o resultado das ações do passado, e os complementa com três conjuntos de indicadores operacionais, relacionados com a satisfação dos clientes, com os processos internos e com a capacidade da organização de aprender e melhorar – atividades que impulsionam o desempenho financeiro futuro. Os gerentes serão capazes de criar um BalancedScorecard ao traduzirem as declarações de estratégia e missão da empresa em metas e indicadores específicos. Ao desenvolverem a parte do scorecard que se concentra na perspectiva do cliente, por exemplo, os executivos da Eletronic Circuits Inc. definiram metas gerais para o desempenho em relação aos clientes: acelerar o lançamento de produtos padronizados no mercado; melhorar o time tomarket dos clientes; transformar-se no fornecedor preferido dos clientes, por meio de parcerias; e desenvolver produtos inovadores, feitos sob medida para atender às necessidades dos clientes. Os gerentes converteram esses elementos da estratégia em quatro metas específicas e identificaram um indicador para cada uma. Depois de aproximadamente 4 anos após a publicação do primeiro artigo de lançamento da ferramenta Balanced Scorecard, as empresas que adotaram os conceitos alcançaram resultados imediatos. Contudo, os Drs Kaplan e Norton descobriram que essas empresas não estava usando o scorecard apenas para complementar métricas financeiras com direcionadores da performance futura, mas sim também comunicavam suas estratégias através das métricas selecionadas em seus Balanced Scorecard. Tendo o scorecard ganhado corpo em todo o mundo como uma ferramenta chave para a implementação da estratégia, os Drs. Kaplan e Norton lançaram o conceito e seus aprendizados no primeiro livro de 1996 “Balanced Scorecard – A estratégia em ação”. Durante esse período foram publicados outros artigos, sendo um dos mais importantes lançado na edição da Harvard Business Review de setembro-outubro de 1993: “Colocando em funcionamento o Balanced Scorecard”, como veremos no resumo a seguir. Planejamento Estratégico e o BSC 20 Colocando em funcionamento o Balanced Scorecard A mensuração eficaz deve ser parte integrante do processo gerencial. O scorecard complementa os indicadores financeiros tradicionais, como retorno sobre investimentos e lucro operacional, com medidas de desempenho referentes aos clientes, aos processos internos e às atividades de inovação e melhoria. Muito mais do que mero exercício de mensuração, o BalancedScorecard é um sistema gerencial capaz de motivar melhorias drásticas em áreas críticas como produtos, processos, clientes e mercados. Vários exemplos – Rockater, Apple Computer e Advanced Micro Devices – ilustram como o scorecard combina mensuração e gerenciamento em diferentes empresas. Kaplan e Norton oferecem aos gerentes que pretendem implementar seu próprio scorecard alguns conselhos sensatos, passo a passo. Os leitores também têm acesso ao relato em primeira mão de um processo de implementação, por meio da entrevista de Kaplan com Larry D. Brady, vice-presidente executivo da FMC Coporation. Com base nas experiências dessas e de outras empresas, os autores descobriram que o BalancedScorecard apresenta melhores resultados quando utilizado para impulsionar o processo de mudança. A década de 1990 o Balanced Scorecard foi adotado por mais da metade de todas as 1000 organizações da FORTUNE. A ferramenta até o momento é imbatível para empresas grandes, médias e pequenas tirarem vantagem de uma ferramenta altamente simples e efetiva. Outro artigo que foi lançado no auge da ferramenta buscou consolidar a ferramenta como a principal metodologia para a gestão estratégica das organizações. Em 1996 foi publicado o artigo “Utilizando o BalancedScorecard como sistema gerencial estratégico” na edição de janeiro-fevereiro da Harvard Business Review. Planejamento Estratégico e o BSC 21 Utilizando o BalancedScorecard como sistema gerencial estratégico À medida que as empresas se transformam para competir no mundo das informações, a capacidade de explorar ativos intangíveis torna-se mais decisiva do que a capacidade de gerenciar ativos físicos. Vários anos atrás, Robert S. Kaplan e David P. Norton apresentaram o BalancedScorecard, que complementava os indicadores financeiros tradicionais com critérios que mensuram o desempenho sob as perspectivas dos clientes, dos processos organizacionais internos e do aprendizado e crescimento. O scorecard capacita as empresas a acompanhar os resultados financeiros ao mesmo tempo em que monitoram o progresso na construção das capacidades necessárias ao crescimento. Recentemente, algumas empresas foram ainda mais longe e descobriram o valor do scorecard como pedra angular de um novo sistema gerencial estratégico. Os sistemas gerenciais tradicionais fundamentam- se em indicadores financeiros, que apresentam pouca relação com o progresso na realização dos objetivos estratégicos de longo prazo. O scorecard introduz quatro novos processos que ajudam as empresas a conectar os objetivos de longo prazo às ações de curto prazo. O primeiro – tradução da visão – ajuda os gerentes a desenvolver o consenso em torno da estratégia da empresa, expressando-a em ternos que orientam a ação no nível local. O segundo – comunicação e conexão – permite que os gerentes comuniquem a estratégia para cima e para baixo na organização e a conectem às metas das unidades e dos indivíduos. O terceiro – planejamento de negócios – permite que a empresa integre o plano de negócios e o plano financeiro. O quarto – feedback e aprendizado - proporciona à empresa a capacidade de aprendizado estratégico, que consiste em reunir feedback, testar as hipóteses em que se baseou a estratégia e efetuar os ajustamentos necessários. A eVolução teóricA do bAlAnced ScorecArd Planejamento Estratégico e o BSC 22 o que é o bAlAnced ScorecArd? “O Balanced Scorecard é um modelo de gestão estratégica que auxilia a mensuração do progresso das organizações rumo á suas metas de longo prazo, a partir da tradução da visão em objetivos, indicadores, metas e projetos estratégicos” (Fonte: 3GEN Gestão Estratégica). A definição acima, na minha opinião, é a que melhor define o Balanced Scorecard, contudo é possível dizer ainda sobre a ferramenta: É um conjunto de métricas quantificáveis cuidadosamente selecionadas derivando de uma estratégia da organização. Além disto, é uma ferramenta que líderes usam para comunicar para os colaboradores e stakeholders externos os resultados e direcionadores da performance com os qual a organização irá alcançar sua missão e objetivos estratégicos. Fica muito difícildefinir tudo sobre o Balanced Scorecard com uma única frase, e um escritor reconhecido mundialmente sobre gestão de performance e o Balanced Scorecard diz que a ferramenta por ser vista de 3 maneiras: a) ferramenta de comunicação, b) sistema de mensuração, c) sistema de gestão estratégica. oS elementoS que compõem A FerrAmentA do bAlAnced ScorecArd Minha formação foi em tecnologia da informação, porém fiz especialização internacional em estratégia e marketing. O entendimento do BSC para mim foi muito fácil devido à lógica consistente na qual o modelo esta fundamentado sendo esta minha principal competência por formação. O BSC é um método extremamente simples quando se entende a lógica por traz dele. Antes de entrar a fundo nos elementos do BSC, quero mostrar uma ilustração que vai ajudar a entender um conceito importante da metodologia. Veja abaixo como gerenciar através de objetivos: 1) Esse cidadão tem um objetivo relativamente simples: TER UM BALÃO INFLADO. A pergunta aqui é: como saber se o objetivo foi alcançado ou não? 2) Podemos medir se o balão foi inflado ou não através de um indicador, também conhecido como Key Performance Indicator (KPI). Neste caso, o KPI usado é a pressão do ar que deverá ser mensurado em Kgf/cm2.. Esse será o indicador será de Resultado, pois é determinante para o sucesso do alcance do desafio impostos pelo objetivo. 3) Agora, como podemos criar métricas que influenciem a maneira que esse cidadão irá realizar o serviço? Através de outros indicadores do tipo Esforço. Para ele chegar no resultado será cobrado também o número de pressão na bomba por segundo e para que o cidadão consiga um melhor desempenho também será cobrado as horas que ele passa na academia. 4) Para que esse cidadão consiga chegar mais rápido ao seu objetivo, existe um recurso que é o desenvolvimento de projetos. O projeto de usar uma bomba mais moderna poderá contribuir para ele chegar mais rápido ao resultado. 5) O que ele não pode esquecer é que existem fatores de risco associados ao desenvolvimento do seu objetivo, tais riscos podem fazê-lo obter baixa performance ou até mesmo perder todo o Planejamento Estratégico e o BSC 23 investimento. Estes riscos vão desde a mangueira estar solta até o balão estourar ou o homem ter um ataque cardíaco. A minha impressão que tenho é que a maioria das metodologias estão sempre buscando realizar a gestão da performance através da criação de objetivos com indicadores e metas associadas. Só que ter objetivos e metas não é uma novidade, pois talvez até mesmo na construção das pirâmides do Egitodeve ter sido necessário definir objetivos e metas. Então, qual seria o grande diferencial inovador que a metodologia do Balanced Scorecard nos proporcionou? Podemos entender o BSC através de alguns elementos básicos, que são os objetivos, indicadores, metas e projetos estratégicos. Cada um destes elementos se complementam: a. Precisamos ter objetivos estratégicos claros e definidos; b. Para cada objetivo estratégico é preciso no mínimo 1 indicador para medir sua performance; c. Cada indicador precisa de uma meta desafiadora para ser realizada; d. As metas podem ser planejadas no longo prazo, isto é para 3 ou 5 anos, porém serem desdobradas para acompanhamento em tempos mais curtos como mensal, trimestral, quadrimestral e semestral. Por exemplo, uma meta de Receita Líquida pode ser definida como o alcance de 5 milhões em 5 anos, porém para cada mês a meta ficaria 83.333. e. Os objetivos estratégicos tem características desafiadores e necessitam de resultados que vão além dos ganhos operacionais oriundos do status quo da organização, a isto chamamos do ganho estratégico que só é conseguido através de projetos estratégicos criados para impactar um ou mais objetivos estratégicos. Planejamento Estratégico e o BSC 24 O grande diferencial da metodologia do Balanced Scorecard esta em um de seus elementos chamado MAPA ESTRATÉGICO. O mapa estratégico permite que uma organização visualize todos os seus objetivos estratégicos com relações de causa-efeito. Além disto, ele busca cobrir toda a organização através das perspectivas estratégicas de uma organização que são: - A perspectiva financeira – trata de todo o valor gerado para os acionistas; - A perspectiva de mercado ou clientes – trata de todo o valor gerado para os clientes; - A perspectiva de processos internos – trata do mapeamento dos processos críticos para a geração de valor segundo os atributos definidos para a estratégia; - A perspectiva de aprendizado e crescimento – trata do capital humano, organizacional e tecnológico da organização; Podemos definir que o Mapa Estratégico é uma representação gráfica da estratégia, que evidencia os desafios que a organização terá que superar para concretizar sua missão e visão de futuro. O mapa é estruturado por meio de objetivos estratégicos distribuídos nas perspectivas do negócio, interligados por relações de causa e efeito. (fonte: 3GEN Gestão Estratégica). Quero enfatizar aqui o uso das perspectivas e a relação de causa-efeito entre os objetivos estratégicos. O topo de um mapa estratégico é a visão de futuro e cada perspectiva seria um degrau para alcançar a visão de futuro como veremos a seguir: Planejamento Estratégico e o BSC 25 Um recurso muito importante nos mapas estratégicos são os Temas Estratégicos. Eles funcionam com pilares da estratégia e normalmente são usados na perspectiva de processos internos. Além de agrupar objetivos estratégicos comuns ao tema, é possível fazer relações de causa-efeito diretamente ao tema estratégico. Veja alguns exemplos de temas estratégicos: - Excelência Operacional: agrupa objetivos estratégicos que tem haver com a operação em si (Ex.: a Disney poderia ter objetivos estratégicos neste tema como “garantir a segurança aos clientes do parque” ou “maximizar o tempo de diversão dos clientes”.) - Relacionamento com o cliente: agrupa objetivos estratégicos que põem foco no cliente (Ex.: “reinventar a experiência dos clientes”.) - Inovação: agrupa objetivos que fazem a organização a criar novos produtos ou serviços (Ex.: “desenvolver novos serviços e atrações”). - Responsabilidade social: agrupa objetivos estratégicos que atendem a premissas de reponsabilidade social da organização (ex.: “Observância dos maisaltos padrões de qualidade,saúde e segurança”) Antes de apresentar alguns exemplos de mapas estratégicos, quero que fique claro qual é o modelo conceitual dessa ferramenta: Planejamento Estratégico e o BSC 26 Planejamento Estratégico e o BSC 27 Com esse conhecimento sobre mapas estratégicos e seus elementos fica mais fácil de visualizar como uma boa estratégia planejada pode ser executada. Quero reforçar o entendimento dos indicadores que estão por traz do mapa estratégico, demonstrando se os objetivos estão sendo alcançados ou não. Para isto, precisamos entender o que são os indicadores: “Indicadores de desempenho são medidas quantitativas que reduzem a incerteza sobre a performance da organização.” (Adaptado de How to Measure Anything – Douglas W. Hubbard) “Indicadores Estratégicos são escolhidos pela alta administração para medir o desempenho dos objetivos estratégicos da organização.” (Fonte: 3GEN Gestão Estratégica) Para trabalhar com indicadores, lembre-se de que nenhum deles é suficiente para medir com exatidão o sucesso ou insucesso. Eles apenas indicam que algo que não estar indo bem e cabe ao gestor responsável por esse indicador a avaliação de seus resultados com a análise do seu desempenho e tendência dando recomendações de como melhorar seu desempenho. Por dentro do mapa estratégico com objetivos, existe uma espécie de esqueleto de indicadores: Existem sistemas capazes de acompanhar os indicadores do mapa estratégico, além é claro de acompanhar o próprio mapa estratégico. Veja abaixo uma tela de sistema automatizado via web para indicadores do BSC: Planejamento Estratégico e o BSC 28 PlanejamentoEstratégico e o BSC 29 Para você usar como referência, veja abaixo um pequeno painel de indicadores do BSC que podem ser usados durante construção de um modelo de gestão: Planejamento Estratégico e o BSC 30 Por último, quanto aos indicadores, lembre- se que os indicadores podem ser desdobrados e segmentados. Isto significa que alguns indicadores podem ser usados em várias áreas da empresa. Tenhamos como exemplo um indicador de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) que o mesmo pode ser usado por todos os países do mundo e com isto podemos comprar o mesmo indicador de IDH do Brasil com o da China, Iraque, EUA, França etc. gerenciAmento de projetoS eStrAtégico, progrAmAS e portFólio Até este momento, vimos como uma estratégia pode ser traduzida através dos mapas estratégicos e acompanhada através de indicadores. Porém, o que realmente causa as transformações dentro da organização são os Projetos Estratégicos. Estes são criados para atender aos desafios impostos pela estratégia. Vejamos a melhor definição dos projetos estratégicos: “Projetos Estratégicos são iniciativas que auxiliam as organizações no alcance dos desafios estratégicos impostos pelas metas de longo prazo. São programas, projetos ou ações de intervenção que estão diretamente associados à implementação da estratégia” (Fonte: 3GEN Gestão Estratégica) Veja o gráfico abaixo: Os projetos estratégicos são usados para que uma organização deixe de ter apenas o ganho operacional e alcance o ganho estratégico de acordo com o desafio de desempenho futuro determinado pelos indicadores. Todo processo é gerado e/ou transformado por projetos. Para realizar a gestão de projetos de uma organização de maneira estratégica, pense que à partir da visão e missão é construído o mapa estratégico e depois são avaliados projetos estratégicos para suprir a estratégia do mapa. Com esses projetos definidos, os gestores precisam realizar o gerenciamento dos projetos através dos processos de iniciação, planejamento, execução, controle e encerramento. Para isto, recomendo a utilização das melhores práticas do PMI (Project Management Institute). Mas, não para por aqui. O conjunto de muitos projetos constituem o portifólio de projetos da organização. Pense comigo, todas as ideias de projetos podem ser executadas? Temos recursos disponíveis para executar qualquer projeto? Todos os projetos podem contribuir igualmente para a estratégia? Um projeto pode não mais atender a uma estratégia ao longo do tempo? Por isto, outra prática comum é a Gestão do Portfólio de Projetos que em algumas organizações é feita por um escritório de projetos ou SPMO (Strategic Project Management Office). Essa gestão de portfólio é feita com um processo de seleção do projeto específico, priorização dos projetos mais importantes, Despriorização daqueles que não atendem mais aos Planejamento Estratégico e o BSC 31 desafios da estratégia, Alinhamento entre os projetos em execução e a Comunicação integrada dos projetos. Do gerenciamento de cada projeto recebemos o status de andamento e da gestão do portfólio são levadas decisões e ajustes necessários a cada projeto. Para que você tenha uma visão integrada da gestão estratégica até chegar no gerenciamento de projetos veja a imagem a seguir: Planejamento Estratégico e o BSC 32 reuniõeS de geStão eStrAtégiA O acompanhamento da estratégia é algo que precisa estar na agenda da liderança. Por isto, são instituídas reuniões periódicas com toda a liderança para realizarem uma reflexão sobre a estratégia e que tomem decisões importantes quanto ao futuro da organização sob a ótica da estratégia traduzida no modelo do Balanced Scorecard. Questões relativas ao processodevem ser levantadas:Porque não estamos atingindo o resultado necessário? O que deveríamos fazer diferente?O que deveríamos fazer a mais do que estamos fazendo? Sobre o portfólio são necessárias decisões: Manter projeto/ programa, Desacelerar, Acelerar, Paralisar, Incluir projetos. A reunião de gestão estratégia precisa ser pensada no antes, durante e depois. Nada pode ser improvisado! Os gestores precisam entender qual o papel deles na reunião. Precisamos que os objetivos estratégicos, indicadores e projetos estratégicos sejam devidamente analisados para que durante a reunião o foco seja totalmente na tomada de decisões. Depois da reunião, precisamos implementar as mudanças. Os passos para a reunião são: plAtAFormA pArA A execução dA eStrAtégiA Antes de encerrar a nossa jornada sobre execução da estratégia quero propor um framework para que você aplique dentro da sua organização seja ela a atual ou a futura. A execução da estratégia é a soma de quatro pilares fundamentais que você já aprendeu: Antes de pensar no planejamento estratégico ou execução da estratégia, faça esses questionamentos: Seus processos de negócios estão alinhados com a estratégia? Planejamento Estratégico e o BSC 33 Sua visão e estratégia estão traduzidas em métricas de performance claras e objetivas? Você esta comunicando a estratégia eficientemente e promovendo um diálogo com seus colaboradores? Os colaboradores estão capacitados a agir, tomar melhores decisões e serem pró-ativos? Não esqueça que a estratégia da sua organização envolve todas as áreas, porém tudo gira em torno da estratégia. Todas as áreas devem andar de acordo com a estratégia que foi traduzida. Processos Qualidade Projetos Riscos Financeiro Operações RH ESTRATÉGIA Antes de dar início ao projeto de implementação de um modelo de gestão estratégica com o uso do Ba- lanced Scorecard, é necessário pensar sobre os se- guintes assuntos: - Patrocínio da liderança executiva - Planejamento do projeto - Times do projeto A liderança executiva tem papel fundamental e primordial para o projeto de BSC. Através da liderança conseguimos o seguinte: 1. Criar visões inspiradoras de novas estratégias 2. Prover conhecimento e informações sobre a estratégia 3. Estar comprometido com o programa de gestão estratégica 4. Poder e responsabilidade para a tomada de decisão 5. Criar uma nova cultura de gestão da performance estratégica Planejamento Estratégico e o BSC 34 reFerÊnciA bibliográFicAS A Execução Premium, Autores: Robert Kaplan e David Norton BALANCED SCORECARD - PASSO A PASSO, Autor: NIVEN, PAUL R. 3GEN Gestão Estratégia – www.3gen.com.br CORPORATER – www.corporater.com EPM Review – www.epmreview.com http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/catalogo/busca.asp?parceiro=OTAAXX&nautor=469827&refino=1&sid=0173156359319363893798353&k5=167BFB50&uid= http://www.3gen.com.br http://www.corporater.com http://www.epmreview.com Introdução As organizações no geral tem uma boa estratégia, o problema real esta na execução. Barreira da Visão Barreira Humana Barreira dos Recursos Barreira Gerencial Iniciando o Planejamento Estratégico Estratégia boa é estratégia bem executada! PLANEJAMENTO COM FOCO NA EXECUÇÃO – O uso do BSC no BANDES 1. INTRODUÇÃO 2. ANTECEDENTES E SOLUÇÃO ADOTADA 3. METODOLOGIA 4. RESULTADOS CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA O líder, a equipe executiva e a execução da estratégia Executivos exercendo as funções corretas Equipe executiva priorizando as coisas certas Planejamento Estratégico orientado para a execução – Como formular e executar estratégias vencedoras Planejamento Estratégico na Prática Declaração de Missão, Valores e Missão Análises Estratégicas Internas e Externas O Balanced Scorecard A Evolução Teórica do Balanced Scorecard O que é o Balanced Scorecard? Os elementos que compõem a ferramenta do Balanced Scorecard Gerenciamento de Projetos Estratégico, Programas e Portfólio Reuniões de Gestão Estratégia Plataforma para a Execução da Estratégia Referência Bibliográficas
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