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CCJ0024-WL-B-AMMA-08-Salário e Remuneração

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DIREITO DO TRABALHO I 
DIREITO DO TRABALHO 
Aula 8 – Terceirização - Características 
Terceirização– AULA 8 
DIREITO DO TRABALHO I 
Conteúdo Programático desta aula 
• Contrato de Trabalho 
 Temporário; 
• Lei 6019/74; 
• Terceirização; 
• Subempreitada; 
• Responsabilidade; 
Terceirização– AULA 8 
DIREITO DO TRABALHO I 
TERCEIRIZAÇÃO: 
CONCEITO : 
TERCEIRIZAÇÃO É A RELAÇÃO TRILATERAL 
FORMADA ENTRE TRABALHADOR, INTERMEDIADOR 
DE MÃO DE OBRA (EMPREGADOR APARENTE, 
FORMAL OU DISSIMULADO) E O TOMADOR DE 
SERVIÇOS (EMPREGADOR REAL OU NATURAL), 
CARACTERIZADA PELA NÃO COINCIDÊNCIA DO 
EMPREGADOR REAL COMO O FORMAL. 
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DIREITO DO TRABALHO I 
TERCEIRIZAÇÃO: 
SEGUNDO MAURICIO GODINHO, TERCEIRIZAÇÃO É 
O FENÔMENO PELO QUAL SE DISSOCIA A RELAÇÃO 
ECONÔMICA DE TRABALHO DA RELAÇÃO 
JUSTRABALHISTA QUE LHE SERIA 
CORRESPONDENTE. É O MECANISMO JURÍDICO QUE 
PERMITE A UM SUJEITO DE DIREITO TOMAR 
SERVIÇOS NO MERCADO DE TRABALHO SEM 
RESPONDER, DIRETAMENTE, PELA RELAÇÃO 
EMPREGATÍCIA ESTABELECIDA COM O RESPECTIVO 
TRABALHADOR. 
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INTERMEDIADOR 
 DE MÃO 
 DE OBRA 
TOMADORA 
 DE 
 SERVIÇOS 
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DIVISÃO: 
A TERCEIRIZAÇÃO PODE SER DIVIDIDA EM: 
•TERCEIRIZAÇÃO PERMANENTE OU TEMPORÁRIA- 
TEMPORÁRIA É AQUELA ADOTADA POR CURTO 
PERÍODO, PARA ATENDER DEMANDA EVENTUAL 
(TRANSITÓRIA), COMO POR EXEMPLO, A 
AUTORIZADA PELA LEI 6019/74. PERMANENTE, A 
TERCEIRIZAÇÃO QUE PODE SER CONTRATADA DE 
FORMA CONTÍNUA, PARA NECESSIDADE 
PERMANENTE DA EMPRESA, COMO É O CASO 
DOS VIGILANTES (LEI 7102/83), POR EXEMPLO. 
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DIVISÃO: 
•TERCEIRIZAÇÃO DE ATIVIDADE-FIM OU DE ATIVIDADE 
MEIO – É POSSÍVEL TERCEIRIZAR SERVIÇOS LIGADOS 
À ATIVIDADE-FIM DO TOMADOR, COMO POR EXEMPLO, 
PARA SUBSTITUIÇÃO DE PESSOAL REGULAR E 
PERMANENTE OU PARA ACRÉSCIMO 
EXTRAORDINÁRIO DE SERVIÇO, NA FORMA PREVISTA 
NA LEI 6019/74. DESTA FORMA, SE O ENGENHEIRO 
CHEFE DA EMPRESA DE ENGENHARIA SAIU DE 
FÉRIAS, OUTRO ENGENHEIRO PODERÁ SER 
TERCEIRIZADO, ATRAVÉS DE UMA EMPRESA QUE 
FORNEÇA MÃO DE OBRA TEMPORÁRIA, PARA 
SUBSTITUIR O TITULAR DURANTE SUAS FÉRIAS, POR 
EXEMPLO. 
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•TERCEIRIZAÇÃO REGULAR OU IRREGULAR: 
•REGULAR : 
•PREVISTA EM LEI; 
•NÃO PREVISTA EM LEI, MAS EM ATIVIDADES- 
MEIO, QUANDO AUSENTES OS REQUISITOS DOS 
ARTIGOS 2 E 3 DA CLT COM O TOMADOR DE 
SERVIÇOS; 
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•TERCEIRIZAÇÃO IRREGULAR: 
•ILÍCITA – QUANDO FERE A LEI OU QUANDO 
PRATICADA EM FRAUDE AO DIREITO 
•IRREGULAR – ATIVIDADE FIM – AUSENTES OS 
REQUISITOS DA CLT OU NA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
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•SÃO CASOS DE TERCEIRIZAÇÃO MAIS COMUNS NO 
DIREITO DO TRABALHO: 
•ARTIGO 455, CLT – CONTRATO SUBEMPREITADA 
•A EMPREITADA É UM CONTRATO NO QUAL UMA DAS 
PARTES (EMPREITEIRO) REALIZA UM TRABALHO À 
OUTRA (DONO DA OBRA), “[...] MEDIANTE PAGAMENTO 
DE REMUNERAÇÃO GLOBAL OU PROPORCIONAL AO 
SERVIÇO FEITO”, PODENDO OU NÃO HAVER 
FORNECIMENTO DE MATERIAL NECESSÁRIO À OBRA, 
INEXISTINDO SUBORDINAÇÃO (MARTINS, 2007, P. 53). 
ELA É DISCIPLINADA PELO CÓDIGO CIVIL, NOS ARTS. 
610 A 626. 
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•ENTRETANTO, SE A RELAÇÃO DE TRABALHO 
ENVOLVER TERCEIRA PESSOA, OU SEJA, SE O 
EMPREITEIRO CONTRATA OUTRA PESSOA PARA A 
REALIZAÇÃO DA OBRA, RESTARÁ CONFIGURADA A 
SUBEMPREITADA. ESTA FOI A PRIMEIRA 
TERCEIRIZAÇÃO LEGALMENTE PRESENTE NO 
NOSSO ORDENAMENTO JURÍDICO PREVISTA NO 
ART. 455 DA CLT!!!! 
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•RESPONSABILIDADE 
•ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL 191, SDI – 1, TST 
 (ALTERAÇÃO 2011) 
 CONTRATO DE EMPREITADA. DONO DA OBRA DE 
 CONSTRUÇÃO CIVIL. RESPONSABILIDADE 
DIANTE DA INEXISTÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL ESPECÍFICA, O 
CONTRATO DE EMPREITADA DE CONSTRUÇÃO CIVIL ENTRE O 
 DONO DA OBRA E O EMPREITEIRO NÃO ENSEJA 
 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA OU SUBSIDIÁRIA NAS 
 OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS CONTRAÍDAS PELO 
 EMPREITEIRO, SALVO SENDO O DONO DA OBRA UMA 
 EMPRESA CONSTRUTORA OU INCORPORADORA. 
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•TERCEIRIZAÇÃO NO SERVIÇO PÚBLICO 
•CONFORME EXPLICITADO PELA MULTICITADA 
SÚMULA 331, DO TST, A RESPONSABILIDADE 
DERIVADA DA TERCEIRIZAÇÃO TAMBÉM ATINGE A 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. CONTUDO, EXISTE UMA 
PARTICULARIDADE, POIS, PARA A CONTRATAÇÃO 
DE UM EMPREGADO PÚBLICO, A CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL DE 1988, ART. 37, INCISO II, EXIGE PRÉVIA 
APROVAÇÃO EM CONCURSO PÚBLICO. 
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•SÚMULA 331, TST 
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE 
I – A contratação de trabalhadores por empresa interposta é 
ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos 
serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei no 6.019, de 
03.01.1974). 
II – A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa 
interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da 
administração pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, 
da CF/1988). 
III – Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação 
de serviços de vigilância (Lei no 7.102, de 20.06.1983) e de 
conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados 
ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a 
pessoalidade e a subordinação direta.NTRATO DE PRESTAÇÃO 
DE SERVIÇOS. LEGALIDADE 
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IV – O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do 
. 
empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador de 
serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da 
relação processual e conste também do título executivo judicial. 
(acrescenta os itens V e VI) 
V – Os entes integrantes da administração pública direta e indireta 
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso 
evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações 
da Lei n. 8.666/93, especialmente na fiscalização do cumprimento das 
obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como 
empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero 
inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa 
regularmente contratada. 
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange 
todas as verbas decorrentes da condenação. 
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•SÚMULA 331, TST 
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EXERCÍCIOS: 
(OAB/RJ, adaptado) O Banco Delta S/A, pretendendo reduzir 
 custos, decidiu terceirizar o setor de segurança patrimonial. 
 Contratou a empresa Vigiforte, especializada nos serviços de 
 vigilância e segurança. Os empregados da Vigiforte recebiam 
 ordens diretas do corpo diretivo da empresa tomadora dos 
 serviços, que lhes determinavam horário de trabalho, 
 atribuíam tarefas e responsabilidades, e, inclusive, chegando a 
 aplicar advertências escritas e suspensões. Diante do caso 
 apresentado, resposta justificadamente: 
• É possível a responsabilização do Banco Delta pelo 
 pagamento de verbas trabalhistas de um empregado 
 contratado pela empresa Vigiforte? 
• Se positivo, em que grau se dará tal responsabilização, 
 exclusiva, solidária ou subsidiária? Fundamente. 
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EXERCÍCIOS: 
(OAB/RS I 2005) - Paulo, empregado da empresa X (prestadora de 
 serviços na área de vigilância), a qual é integrante do grupo 
 econômico controlado pela empresa Y, trabalhou como 
 terceirizado, de forma pessoal e subordinada à empresa Z 
 (empresa pública federal). Despedido sem justa causa, não 
 recebeu as parcelas rescisórias a que faz jus, em virtudedas 
 dificuldades financeiras de X. 
Diante desses fatos, responda, fundamentadamente: 
Contra quem e de que forma a ação trabalhista deverá ser 
 proposta, relativamente ao pólo passivo? 
A sentença a ser proferida poderá declarar o vínculo 
 empregatício de Paulo com a empresa Z? 
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EXERCÍCIOS: 
1ª) (OAB/RJ – 26º EXAME- Dez. 2004) Genésio, 
 empregado da empresa XXX, recebe de seu 
 empregador a determinação de assinar contrato 
 social de uma cooperativa na qualidade de 
 cooperativado. A partir de então, embora Genésio 
 permanecesse realizando as mesmas funções e 
 recebendo salário, a empresa não mais efetuou o 
 pagamento das férias, 13º salário e adicional de 
 horas extras. Sobre a hipótese, se pode afirmar 
 como VERDADEIRO: 
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a) Genésio deixou de ser empregado posto que sua 
 qualidade de cooperativado exclui a relação de 
 emprego, nos termos do art.442, parágrafo único da 
 CLT; 
b) Houve sucessão de empregadores, nos termos dos 
 arts. 10 e 448 da CLT, passando Genésio a 
 subordinar-se à cooperativa; 
c) Constatou-se a permanência dos elementos fático- 
 jurídicos caracterizadores da relação deemprego e 
 incompatíveis com o cooperativismo tal qual 
 imposto pela Lei 5.764/71; 
d) Genésio acumulou o contrato de emprego com o 
 contrato de cooperativado. 
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EXERCÍCIOS 
2ª) (OAB/FGV 2010.3) João da Silva decidiu ampliar o seu 
 consultório médico e, para isso, contratou o serviço do 
 empreiteiro Vivaldo Fortuna. Ambos ajustaram o valor de R$ 
 5.000,00, cujo pagamento seria feito da seguinte maneira: 
 metade de imediato e a outra metade quando do encerramento 
 do serviço. Logo no início dos trabalhos, Vivaldo contratou os 
 serventes Reginaldo Nonato e Simplício de Deus, prometendo- 
 lhes o pagamento de um salário mínimo mensal. Ocorre que, 
 passados três meses, Reginaldo e Simplício nada receberam. 
 Tentaram entrar em contato com Vivaldo, mas este tinha 
 desaparecido. Por conta disso, abandonaram a obra e 
 ajuizaram uma ação trabalhista em face de João da Silva, 
 pleiteando os três meses de salários atrasados, além das 
 verbas resilitórias decorrentes da rescisão indireta provocada 
 por Vivaldo. 
Diante desse caso concreto, é correto afirmar que João da Silva 
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EXERCÍCIOS 
(A) não deve ser condenado a pagar os salários atrasados e as 
 verbas resilitórias decorrentes da rescisão indireta, uma vez 
 que é o dono da obra e não desenvolve atividade de 
 construção ou incorporação. 
(B) deve ser condenado a pagar apenas os salários atrasados, 
 mas não as verbas resilitórias, uma vez que não foi ele quem 
 deu causa à rescisão indireta. 
(C) não deve ser condenado a pagar os salários atrasados e as 
 verbas resilitórias decorrentes da rescisão indireta, uma vez 
 que a obra não foi devidamente encerrada. 
(D) deve ser condenado a pagar os salários atrasados e as 
 verbas resilitórias decorrentes da rescisão indireta, uma vez 
 que é o sucessor trabalhista de Vivaldo Fortuna. 
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