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DIREITO CIVIL

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Pessoa Natural e Jurídica - Vídeo 1 - Professor: Christiano Cassettari 
PESSOA NATURAL
1) Conceito:
Pessoal natural é o ser humano considerado como sujeito de direitos e deveres.
2) Personalidade Jurídica:
Confere uma aptidão para adquirir direitos e contrair deveres.
ART 2° CC - Existem dois tipos de personalidade:
--> PERSONALIDADE FORMAL: Permite a aquisição de direitos da personalidade - ART 11 e ss CC (direito à vida, nome, imagem etc) => NASCITURO** (ART 2°, in fine)
**nascituro: aquele que foi concebido, mas ainda não nasceu com vida ≠ natimorto: aquele que nasceu morto
***Se a pessoa nasce com vida e morre, é feito 2 registros, o de nascimento e o do óbito. Já o natimorto é feito somente 1 registro, é a certidão do natimorto.
--> PERSONALIDADE MATERIAL: Permite a aquisição de direitos patrimoniais => NASCIMENTO COM VIDA (ART 2°, 1ª parte)
3) Capacidade civil: 
A) De Direito: ---SUJEITO DA RELAÇÃO JURÍDICA---
Permite que a pessoa seja sujeito de relação jurídica = é adquirida junto com a personalidade material, ou seja, do nascimento com vida
É ADQUIRIDA NO NASCIMENTO COM VIDA -> pode constar como parte de uma relação jurídica
**Criança de 2 anos pode ser parte num contrato de mandado como mandante? Pode!!
O que a criança não pode é PRATICAR pessoalmente o ato
B) De Fato: ---PRATICAR ATOS DA VIDA CIVIL---
Permite a prática de atos da vida civil
É ADQUIRIDA COM A MAIORIDADE CIVIL -> 18 anos
É possível adquirir capacidade de fato antes dos 18 anos? É possível antecipar essa aquisição?
SIM! Através da EMANCIPAÇÃO!
Emancipação confere capacidade de fato, e não maioridade. → MENOR CAPAZ
→» O emancipado pode fazer tudo o que a capacidade permite; mas não pode fazer o que a menoridade não permite.
A EMANCIPAÇÃO pode ser:
I) Emancipação Voluntária: se dá por ato dos pais mediante escritura pública, desde que o menor tenha no mínimo 16 anos. É feito no tabelionato de notas (toda escritura é feita aqui).
II) Emancipação Judicial: se dá por sentença, pois o tutor não tem força para emancipar o tutelado. Idade mínima de 16 anos.
*Pupilo: pessoa que está sob tutela, ou seja, o tutelado.
**Tutela: recai sobre menor que não tem os pais
*** Curatela: maior incapaz.
- REGISTRO de Emancipação: CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS (RCPN) } ART 9° e 10 CC
'Art. 9° Serão registrados em registro público:
I - os nascimentos, casamentos e óbitos;
***** II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz; *****
III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa;
IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida.
Art. 10. Far-se-á averbação em registro público:
I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal;
II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação;'
III) Emancipação Legal: decorre da lei. {Não tem idade mínima}
- Hipóteses:
1ª) Casamento: 
Idade núbil = idade mínima para casar = 16 a 18 anos = autorização dos pais {essa autorização não emancipa, o que emancipa é o casamento}
O menor de 16 anos em regra NÃO PODE casar!
Exceção: Gravidez!
Menina de 14 anos, grávida de um homem de 20 anos = pode casar? se houver autorização, sim {daí com o casamento ocorrerá emancipação}
ou um menino de 14 anos engravida uma menina de 20 anos = mesma coisa! pode casar, se houver autorização dos pais = casou, emancipou!
E se, nessa mesma situação, vierem a se divorciar? Não volta
A emancipação é ato IRREVOGÁVEL!
2ª) Colação de grau em curso de ensino superior;
3ª) Exercício de Emprego Público Efetivo;
4ª) Estabelecimento civil ou comercial, ou relação de emprego que permite ao menor, com no mínimo 16 anos, ter economia própria. (segundo a doutrina, basta 1 sal. mín.)
4) Incapacidade: (»Cuidado!! Assunto alterado com o advento da Lei 13145/15- ED ou EPD - Estatuto da Pessoa com Deficiência)
Existem dois tipos de incapacidade
- Incapacidade Absoluta: ART 3° CC - impede que a pessoa pratique atos da vida civil pessoalmente = deverá fazê-lo por meio de REPRESENTAÇÃO através do REPRESENTANTE LEGAL = Ausência da representação = ATO NULO! Acarreta NULIDADE!
**REPRESENTAÇÃO => PELO OUTRO!
» Casos: Com a nova lei, só existe um único caso de incapacidade absoluta => Menor de 16 anos.
- Incapacidade Relativa: ART 4° CC - o relativamente capaz pode praticar os atos da vida civil, mas desde que assistido = por meio da ASSISTÊNCIA = Ausência da assistência = ATO ANULÁVEL (**prazo/forma de contagem) Prazo: 04 anos, contados do momento em que cessar a incapacidade.
**ASSISTÊNCIA => COM O OUTRO!
» Casos:
1°) Menor entre 16 e 18 anos
2°) Ébrios habituais (alcoólatras) 
3°) Viciado em tóxico
4°) Pródigos 
5°) Pessoa que por causa transitória ou permanente não puder exprimir vontade (MUDANÇA COM O EPD)
**O deficiente hoje é PLENAMENTE CAPAZ! Inclusive o deficiente mental.
O deficiente pode inclusive casar e constituir união estável, assim como adotar uma criança.
Quando uma pessoa for INCAPAZ pode ser submetida à CURATELA = CURADOR
» A CURATELA hoje se restringe à ATOS PATRIMONIAIS.
5) Domicílio da Pessoa Natural
Domicilio é o local onde a pessoa tem a sua residência com ânimo definitivo
RESIDÊNCIA + ANIMO DEFINITIVO = DOMICILIO
- Pluralidade de Domicílio (a pessoa pode ter mais de um domicilio)
- Domicilio Profissional (para as questões profissionais, o domicilio é o do local onde a profissão é exercida)
- Pessoa que não tem residência fixa: o domicilio é o do local em que ela é encontrada
Espécies de domicilio: 
- Domicilio Voluntário: escolhido voluntariamente pela pessoa
- Domicilio de Eleição: escolhido, indicado em contrato 
- Domicilio Necessário: imposto pela lei 
{Quem tem domicilio necessário?
Incapaz = do representante ou assistente
Servidor Público = do local em que exerce PERMANENTEMENTE suas funções
Militar = é o do local em que ele servir (sendo da marinha ou aeronáutica será o da sede do comando a que se encontrar subordinado)
Marítimo = (quem mora em barco, navio) é o do local em que o navio está matriculado
Preso = é o do local em que ele CUMPRE SENTENÇA
» Cuidado! Preso temporário/preventivo não cumpre sentença, portanto não tem domicilio necessário}
6) Direitos da Personalidade
ex.: à vida, à imagem, à honra, ao nome...
São INTRANSMISSÍVEIS (não podem ser transmitidos) e IRRENUNCIÁVEIS
Quando um direito da personalidade é violado:
- cabe AÇÃO CAUTELAR para evitar o prejuízo
- cabe AÇÃO INDENIZATÓRIA se o prejuízo já ocorreu (pode pedir dano material, dano moral) -> sujeita à prazo = 3 ANOS
Quem pode propor?
- Vítima (titular do direito da personalidade)
- Parentes (em se tratando de morto)
Conforme o ART 52, aplica-se à pessoa jurídica, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.
ARTIGOS 11-21 CC
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial.
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.
Art. 15. Ninguém pode ser constrangidoa submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. (Vide ADIN 4815)
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma. 
7) Extinção da Personalidade
Se dá com a MORTE, que pode ser REAL ou PRESUMIDA
MORTE REAL = é aquela em que se tem a certeza do óbito
MORTE PRESUMIDA = aquela em que paira dúvida (se dá com a declaração de AUSÊNCIA) 
* Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos AUSENTES, nos CASOS EM QUE A LEI AUTORIZA A ABERTURA DE SUCESSÃO DEFINITIVA.
** EXCEÇÃO: Em situação de catástrofe, ou o prisioneiro de guerra que não volta
Art. 7° Pode ser declarada a morte presumida, SEM DECRETAÇÃO DE AUSÊNCIA:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
*** COMORIÊNCIA: quando eu não consigo identificar a PREMORIÊNCIA, parto para uma situação de COMUMriência, ou seja, que morreram ao mesmo tempo = PRESUNÇÃO da simultaneidade de morte.
PESSOA JURÍDICA 
1) Conceito:
Pessoa Jurídica é a unidade de pessoas ou de patrimônio que busca certa finalidade (seu objeto social) e é reconhecida pelo direito como sujeito de direitos e obrigações.
ex.: associações (conjunto de pessoas) ou fundações (conjunto de bens).
2) Personalidade 
Personalidade Jurídica distinta de seus membros, ou seja, os bens e direitos da pessoa jurídica não podem ser confundidos com os bens e direitos da pessoa.
» Cuidado! ABUSO da personalidade autoriza a DESCONSIDERAÇÃO da Personalidade Jurídica! DISREGARD DOCTRINE - Teoria da Penetração
Existe um véu que separa os BP (bens particulares) dos BS (bens da sociedade), a desconsideração permite que se penetre esse véu para atingir os bens dos membros.
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo.
§ 1o O pedido de desconsideração da personalidade jurídica observará os pressupostos previstos em lei.
§ 2o Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da personalidade jurídica.
Quando se dá o início da Personalidade Jurídica?
Pessoa Jurídica DE DIREITO PÚBLICO: Começa com a vigência da Lei que a criar.
Pessoa Jurídica DE DIREITO PRIVADO: Começa com o registro.
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.

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