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O QUE VOCÊ NÃO SABE SOBRE O MULTÍMETRO
É bastante comum e sensato que os estudantes da área eletroeletrônica observem a necessidade de adquirirem um instrumento de medição logo no início da carreira, isto é praticamente um dogma que representa na verdade uma necessidade, ter um multímetro é tão importante quanto um taxista precisa de um taxímetro em seu veículo. Veja que no seu caso, está a se equipar-se de um dispositivo de medição que representa em muitos casos a capacidade de identificar uma condição que, por que não, oferece um risco. Não vou entrar no detalhe das grandezas elétricas que o multímetro nos permite identificar mas podemos rapidamente listar que a tensão, corrente e resistência são as principais. Mas a questão a ser observada aqui é: Você sabia que o multímetro possui classe de emprego e não podem ser utilizados para qualquer finalidade? É verdade, o multímetro é uma ferramenta poderosa na identificação de, por exemplo, energização de um determinado circuito, pode ser chamado de ferramenta e realmente é, mas se aplicada de forma incorreta pode se tornar uma “arma” e te expôr a situações no mínimo perigosas.
Por que existem multímetro caros como um Fluke de R$250,00 e outros tão mais baratos como um Minipa de R$60,00 ?
Minha intensão com este artigo é expor para você qual multímetro utilizar e porquê atentar-se com sua classe de emprego que pode parecer tanto quanto invisível para a grande maioria. A partir deste artigo você irá pensar um pouco mais em relação a uma dúvida que se torna bastante comum nos profissionais de nossa área:
EXPOSIÇÃO AO REALIZAR A MEDIÇÃO COM O MULTÍMETRO
1 – Transientes: É um surto de tensão elétrica que ocorre num intervalo de tempo muito pequeno. Existem duas formas de os transientes serem gerados em um equipamento eletrônico: via perturbações externas ou via resposta do próprio circuito eletrônico ao chaveamento. 
Não precisa ser um profissional da área para entender como funciona o multímetro e assim poder fazer uso de suas funcionalidades, é claro que não é recomendado que uma pessoa sem instrução o faça. Observe que no momento em que realizamos tal medição estamos nos expondo à rede de alimentação e é neste momento que o inesperado pode acontecer, uma simples medição de tensão pode estar expondo de maneira extremamente arriscada o profissional que a faz, como assim? É perfeitamente conhecido que o sistema de distribuição acaba permitindo que ocorra em algumas circunstâncias o aumento abrupto do nível de tensão, os transientes(1), e neste momento sua exposição pode estar oferecendo riscos a sua segurança se não utiliza um multímetro adequado a instalação. Adequado? Como assim adequado? Estas podem ser duas perguntas que você está se fazendo neste momento, correto? Não se preocupe, continue lendo que entenderá.
OS PADRÕES
Observe que sempre que existe a necessidade de classificar um determinado produto em relação ao emprego e utilização utilizamos padrões, para o multímetro não é diferente. O IEC-1010-1 é o padrão que desde 1988 (Quando substituiu o  IEC-348) estabelece características da construção física dos multímetro em relação a sua aplicação. Estas características estão associadas a exposição do equipamento a sobretensões (transientes) e classifica o dispositivo através distância a qual este está sendo aplicado a partir da fonte de energia.
Observe na imagem abaixo que a classificação está exemplificada de maneira que quanto mais perto da fonte de alimentação, maior a sua classificação:
Podemos observar então que será possível encontrar quatro categorias de empregos dos dispositivos de medição, são elas:
Categoria I
Categoria II
Categoria III
Categoria IV
CATEGORIA DE APLICAÇÃO
A imagem acima já revela muito sobre a aplicação e utilização dos multímetro e para que você possa entender ainda mais sobre este importantíssimo equipamento de medição irei listar abaixo um a um com as suas respectivas descrições segundo a Norma IEC-1010-1:
Categoria IV
Por possuir o maior nível de categoria de emprego, são denominados de nível primário de alimentação. Utilizasse este equipamento em sistemas de distribuição de alimentação. Suas especificações devem estar além das exigidas pela norma IEC 1010-1. Utilizados portanto no trabalho em painéis de distribuição, instalações subterrâneas, instalações externas, etc. Possuem no entanto maior nível de proteção pois são através deles que realizaremos as medições em locais mais perigosos e que oferecem maior riscos de transientes de maior intensidade.
Categoria III
Os equipamentos que compreendidos nesta categoria são denominados de nível de distribuição e permitirá com que o multímetro seja utilizado para a verificação de tensões nas tomadas empregadas em ambientes Residenciais e Comerciais, bem como em iluminação e em circuitos de distribuição destes ambientes. Diferentemente dos multímetros da categoria III, estes poderão ser aplicados até onde exista os transformadores de isolamento na instalação elétrica. Trata-se então de dispositivos que oferece menor grau de proteção, logo, não será permitida a utilização destes equipamentos em ambientes que sejam classificados como Categoria IV por não possuírem os níveis de transientes permissíveis para tal.
Categoria II
Nesta categoria ampara-se os multímetros que serão utilizados em medições locais como é o caso de tomadas de eletrodomésticos equipamentos eletrônicos de baixo e médio consumo e na análise de circuitos de equipamentos portáteis. Este equipamento não será utilizado portanto na análise de uma instalação elétrica, podendo ser utilizado na maioria das vezes em equipamentos que estejam interligados a uma bancadas. Obviamente este dispositivo tem menor capacidade de suportar os transientes comparado as categorias anteriores – III e IV.
Categoria I
Estes equipamentos são destinados a medições de sinais como por exemplo em telecomunicações. Destinados a medições de baixa tensão e usados em circuitos isolados da rede elétrica de alimentação, são os que possuem menor proteção a exposição do profissional. Um profissional que faz uso deste tipo de equipamento jamais deverá utilizá-lo para medições de tomadas e/ou circuitos de alimentação principal. poderá sim utilizá-lo na medição de circuitos como os de rádio transmissor, TV’s, circuitos eletrônicos, etc…
Observe atentamente a figura abaixo que é a mesma que utilizamos no cabeçalho do artigo e identifique nela a razão pela qual a escolhi como imagem perfeita para representar o que tínhamos a passar a você:
Então podemos afirmar com clareza que: Certamente um multímetro de categoria inferior jamais deve ser empregado em medições de circuitos e/ou dispositivos que estejam em categorias acima deste, no entanto, multímetros de categorias superiores podem sim ser utilizados para medição de circuitos de categorias mais baixas.
TABELA DE TENSÕES MÁXIMAS ADMISSÍVEIS
Entenda o que você deve reconhecer ao identificar a Categoria de seu Multímetro:
	CATEGORIA
	TENSÃO MÁXIMA DE TRABALHO
	TRANSIENTE MÁXIMO DE PICO 
	II
	600 V
	Transiente de 4 000 V de pico
	II
	1000 V
	Transiente de 6 000 V de pico
	III
	600 V
	Transiente de 6 000 V de pico
	III
	1000 V
	Transiente de 8 000 V de pico
	IV
	600 V
	Transiente de 8 000 V de pico
	IV
	1000 V
	Transiente de 12 000 V de pico
CONCLUSÃO
Eu, particularmente, preso muito pela segurança quando se trata de trabalhos com eletricidade - e também em outras áreas – por isto escolhi este assunto para tratar com você neste artigo. Note que o valor pago em um multímetro, muito tem a ver sim com sua marca, isto não dá para negar, mas esta variação de valores, principalmente esta relacionada a Categoria de Emprego deste equipamento de medição.
Se quer ser um profissional responsável, este é mais um dos inúmeros detalhes a qual você precisa se antecipar. Faça o seguinte, comente aqui no artigo se você já conhecia esta característica do instrumento que mais vai te acompanhar durante toda a sua vida profissional. Umforte Abraço.

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