Buscar

O PIBID DEFÍSICA EM UMA ESCOLA ESTADUAL DO MUNICÍPIO DE JOÃO CÂMARA RN

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO 
GRANDE DO NORTE – IFRN 
CAMPUS JOÃO CÂMARA 
CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA 
 
 
 
 
RICARDO DE OLIVEIRA GOMES 
 
 
 
 
 
 
 
O PIBID DE FÍSICA EM UMA ESCOLA ESTADUAL DO MUNICÍPIO 
DE JOÃO CÂMARA/RN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOÃO CÂMARA/RN 
2014 
 
2 
 
RICARDO DE OLIVEIRA GOMES 
 
 
 
 
 
 
 
 
O PIBID DE FÍSICA EM UMA ESCOLA ESTADUAL DO MUNICÍPIO DE JOÃO 
CÂMARA/RN 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
como requisito parcial para obtenção do título 
de licenciado em Física, do Instituto Federal de 
Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande 
do Norte. 
 
 
Orientadora: Clarissa Souza de Andrade 
 
 
 
 
 
 
 
JOÃO CÂMARA / RN 
2014 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Divisão de Serviços Técnicos. 
Catalogação da publicação na fonte. 
IFRN / Biblioteca Natanael Gomes da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
G633p Gomes, Ricardo de Oliveira. 
 
 O PIBID de física em uma escola estadual do município de 
João Câmara. / Ricardo de Oliveira Gomes – João Câmara, 2014. 
50f. 
 
Orientador: Profª Clarissa Souza de Andrade. 
Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Física)-
Instituto Federal de Educaç 
ão, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, 2014. 
 
 1. Ensino de Física. 2. PIBID. 3. Formação de professores. 
I. Título. 
 
 
 CDU 53:37 
 
 
4 
 
RICARDO DE OLIVEIRA GOMES 
 
 
 
 
O PIBID DE FÍSICA EM UMA ESCOLA ESTADUAL DO MUNICÍPIO DE JOÃO 
CÂMARA/RN 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de 
Licenciatura em Física do Instituto Federal de 
Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande 
do Norte, como requisito parcial para obtenção 
do título de licenciado em Física. 
 
 
 
Aprovada em 14 de agosto de 2014. 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
___________________________________ 
Profª. Clarissa Souza de Andrade 
IFRN - Campus João Câmara 
(Orientadora) 
 
___________________________________ 
Profª Cláudia Pereira de Lima 
IFRN - Campus EaD 
(Examinadora externa) 
 
__________________________________________ 
Profª Geneci Cavalcanti Moura de Medeiros 
(Examinadora Interna) 
 
 
 
JOÃO CÂMARA / RN 
2014 
 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Primeiramente, a Deus por ter me permitido chegar a esse momento especial 
de minha vida, me livrando de todos os males e abençoando enormemente minha 
vida, com muito amor; 
Ao meu pai, em memória, Francisco Sales Gomes, por ter sido meu exemplo, 
mesmo estando em outro plano espiritual; 
A minha mãe, Maria José de Oliveira Gomes, que muito me ajudou nessa 
caminhada, sem ela eu não teria conseguido alcançar a vitória; 
A minha orientadora, Profª Clarissa Souza de Andrade, pelo incentivo, 
atenção, paciência, confiança, e principalmente pelos ensinamentos que levarei para 
toda minha vida; 
Aos amigos que me ajudaram nesse percurso, incentivando, colaborando, 
participando. A estes, e com muito carinho, agradeço em especial: Rodolfo Ramon, 
Adeilton do Nascimento Silva, Fabio Moura, Luis Adriano, Magnos Teixeira; 
Aos excelentes professores que contribuíram para minha formação 
acadêmica e pessoal, dentre eles em especial: Moama Marques, Jaques Cousteau, 
Marcio Azevedo, Geneci Cavalcanti, Kalina Paiva; 
Aos alunos que fizeram e fazem parte da minha “ainda” curta carreira de 
professor, pois sem eles o estudo não teria sido possível; 
A todos os colegas de turma que fazem parte desta caminhada, ofereço o 
meu infindável obrigado! 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"A ciência humana de maneira nenhuma nega 
a existência de Deus. Quando considero 
quantas e quão maravilhosas coisas o homem 
compreende, pesquisa e consegue realizar, 
então reconheço claramente que o espírito 
humano é obra de Deus, e a mais notável." 
 
 GALILEU GALILEI 
 
 
7 
 
RESUMO 
 
 
 
O Trabalho de Conclusão de curso aqui apresentado tem como principal objetivo 
fazer um relato das experiências vivenciadas como bolsista de iniciação à docência 
de Física do IFRN/Campus João Câmara, desenvolvendo atividades em uma escola 
da rede estadual da cidade. A partir do objetivo geral, os objetivos específicos são: 
a) identificar as principais contribuições da experiência como bolsista para a 
formação do licenciando; b) refletir de forma crítica, com o auxílio das teorias, sobre 
a experiência vivenciada; c) refletir sobre as possíveis contribuições do PIBID ao 
grupo de alunos da escola parceira. O interesse em discorrer acerca da temática 
aqui proposta foi graças ao fato de ter sido um “pibidiano” e da grande expansão do 
Programa pelo país. Associa-se a isso o desejo de descrever o que foi vivido para 
que o público acadêmico, além dos docentes das escolas públicas de João Câmara, 
possam ter conhecimento das ações desse Programa. Para realização do trabalho, 
foram pesquisados alguns autores da área de Formação de Professores de Ciências 
e os próprios documentos sobre o Ensino de Física, como os PCN. 
Metodologicamente o estudo caracteriza-se como um relato de experiência e os 
dados foram coletados nos arquivos pessoais do bolsista (como relatórios, planos de 
intervenção didática, registros gerais e fotos). Nos resultados, um dos aspectos que 
chamou atenção foi a importância que teve a experimentação no ensino de Física na 
escola parceira como auxiliadora do processo de ensino-aprendizagem. Como 
considerações finais, destaca-se a importância que o Programa assumiu para a 
formação do licenciando. 
 
Palavras-Chave: PIBID; Ensino de Física; IFRN/ Campus João Câmara 
 
 
 
8 
 
ABSTRACT 
 
 
Work Completion of course presented here aims to give an account of experiences 
as a Fellow of initiation to teaching of Physics IFRN/Campus João Câmara, 
developing activities in a state school in the city. From the general objective, specific 
objectives are: a) identify the main contributions of the fellowship experience to the 
formation of licensing; b) reflect critically, with the aid of theories about the lived 
experience; c) reflect on the possible contributions of PIBID group of students from 
the partner school. The interest in discourse about the theme proposed here was 
thanks to having been a "pibidiano" and the great expansion of the program across 
the country. Associates with it the desire to describe what was experienced for the 
academic public, other than teachers from public schools in João Câmara, may be 
aware of the actions of this program. To perform the work, some authors in the area 
of Teacher of Science and the documents themselves on the Teaching of Physics, as 
the PCN were surveyed. Methodologically the study is characterized as an 
experience report and data were collected in the personal files of the market (such as 
reports, plans didactic intervention, general records and photos). The results, one of 
the aspects that drew attention was the importance that had experimentation in 
teaching physics at the partner school as helper of the teaching-learning process. As 
conclusion highlights the importance that the program assumed for the formation of 
licensing. 
 
Keywords: PIBID; Physics Teaching; IFRN/Campus João Câmara 
 
 
9 
 
LISTA DE ABREVIATURAS 
 
 
CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior 
 
ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio 
 
IES – Instituições de Ensino SuperiorIFRN – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte 
 
LDB – Lei de Diretrizes e Bases 
 
PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais 
 
MEC – Ministério da Educação e Cultura 
 
PIBID – Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência 
 
 
10 
 
LISTRA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1 – Construção de um eletroímã.....................................................................29 
Figura 2 - Construção do motor elétrico simples........................................................30 
Figura 3 - Motor elétrico simples................................................................................30 
Figura 4 - Construção do Periscópio..........................................................................31 
Figura 5 - Experimento sobre centro de massa.........................................................32 
Figura 6 - Experimento sobre dilatação no fio de cobre.............................................34 
Figura 7 – Vídeo sobre energia nuclear e energias renováveis.................................35 
Figura 8 - Alunos expondo seus trabalhos na feira de ciências.................................37 
Figura 9 - Feira de Ciências.......................................................................................38 
 
 
11 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................12 
 
2 O ENSINO DE FÍSICA E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES ............................14 
2.1 A CONSTITUIÇÃO FEDERAL, A LDB E A EDUCAÇÃO BRASILEIRA ..............14 
2.2 OS PCN DE FÍSICA E SUA ORIENTAÇÃO PARA O ENSINO DA DISCIPLINA 
NO ENSINO MÉDIO ..................................................................................................17 
2.3 A IMPORTÂNCIA DA EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE FÍSICA ...........18 
2.4 A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE CIÊNCIAS PARA A EDUCAÇÃO 
BÁSICA .................................................................................................. ...................20 
 
3 BREVES CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS.............................................24 
3.1 TIPO DE PESQUISA............................................................................................24 
3.2 CONTEXTO DE INVESTIGAÇÃO .......................................................................24 
3.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................24 
3.4 ANÁLISE DE DADOS ..........................................................................................25 
 
4 RELATO DAS EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS NO PIBID DE FÍSICA ...............26 
4.1 O PIBID NO CAMPUS JOÃO CÂMARA/RN .......................................................26 
4.2 ALGUMAS AÇÕES DO PIBID NA E.E. ANTÔNIO GOMES ................................27 
4.2.1 Descrevendo a forma de realização das ações na escola................................28 
4.2.2 Construindo um eletroímã.................................................................................28 
4.2.3 Construindo um motor elétrico..........................................................................29 
4.2.4 Construindo um periscópio................................................................................31 
4.2.5 Equilibrando os pregos......................................................................................32 
4.2.6 Dilação no fio de cobre......................................................................................34 
4.2.7 Energias renováveis e não-renováveis.............................................................35 
4.2.8 A visita ao campus João Câmara......................................................................36 
4.2.9 A feira de ciências.............................................................................................37 
4.3 AVALIANDO NOSSA ATUAÇÃO NA E.E. ANTÔNIO GOMES ........................38 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................40 
REFERÊNCIAS 
 
12 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 O presente trabalho de conclusão de curso tem o objetivo de apresentar um 
relato da experiência vivenciada por um bolsista do PIBID de Física do IFRN/ 
campus João Câmara. 
O motivo de escolhermos o PIBID como temática do estudo é que este 
Programa está crescendo cada vez mais em todo o Brasil e aumentando, ano a 
ano, seu número de bolsistas e de escolas parceiras. Além disso, o fato de ter sido 
“pibidiano” aqui no campus João Câmara me motivou muito a realizar meu TCC 
com esse tema. 
Acerca do PIBID é relevante comentar que o Programa é realizado a nível 
nacional, financiado pela CAPES, e é uma iniciativa para o aperfeiçoamento e a 
valorização da formação de professores para a educação básica. Através do PIBID, 
os alunos de licenciatura que participam do Programa podem adquirir bolsas, que 
além de auxiliá-los para o bom desenvolvimento de seus cursos, conseguem 
conhecer o cotidiano em sala de aula e adquirir experiência docente. 
O PIBID busca promover a inserção dos estudantes de licenciatura no 
contexto das escolas públicas desde o inicio de sua formação acadêmica, onde os 
licenciandos conseguem desenvolver atividades didáticas e pedagógicas com a 
orientação de um docente do seu curso (coordenador de área) e de um professor da 
escola que irá atuar (professor supervisor). Desse modo, o PIBID consegue inserir 
os futuros licenciados no cotidiano das escolas, contribuindo para os licenciandos 
ligarem a teoria à pratica. 
Ainda existe uma enorme carência de professores de Física na rede pública 
estadual, por isso que o MEC tem investido muito para melhorar essa situação com 
o apoio da CAPES. 
É considerável ainda comentar que o Programa incentiva as escolas públicas 
de educação básica em mais um aspecto: os professores que já atuam nas mesmas 
há algum tempo e encontram-se desmotivados, podem buscar novas práticas 
através das intervenções dos bolsistas do PIBID. 
O presente trabalho tem como objetivo geral fazer um relato das experiências 
vivenciadas como bolsista de iniciação à docência de Física do IFRN/campus João 
Câmara, desenvolvendo atividades em uma escola da rede estadual da cidade. A 
partir do objetivo geral, os objetivos específicos são: a) identificar as principais 
13 
 
contribuições da experiência como bolsista para a formação do licenciando; b) 
refletir de forma crítica, com o auxílio das teorias, sobre a experiência vivenciada; c) 
refletir sobre as possíveis contribuições do PIBID ao grupo de alunos da escola 
parceira. 
O trabalho foi organizado da seguinte forma: iniciamos com a Introdução, 
onde apresentamos breves considerações acerca do trabalho. Em seguida, 
apresentamos o referencial teórico que fundamenta o estudo. Na sequência, a 
metodologia do trabalho. Na próxima seção, nossos resultados, apresentando o 
relato da experiência, trazendo as ações desenvolvidas como bolsista e refletindo 
sobre elas. Por fim, temos as considerações finais do trabalho. 
 
14 
 
2 O ENSINO DE FÍSICA E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES 
 
O ensino no século XXI tem sido orientado para uma formação cidadã, 
independente da disciplina ministrada. O ensino da Física, por exemplo, ganhou um 
novo sentido a partir das orientações dos PCN para o ensino da Física. Nesse 
contexto, o PCN para o Ensino Médio no que diz respeito ao ensino de Física, 
mostra importante ter a compreensão de que: 
 
A Física é um conhecimento que permite elaborar modelos de evolução 
cósmica, investigar os mistérios do mundo submicroscópico, das partículas 
que compõem a matéria, ao mesmo tempo que permite desenvolver novas 
fontes de energia e criar novos materiais,produtos e tecnologias. 
Incorporado à cultura e integrado como instrumento tecnológico, esse 
conhecimento tornou-se indispensável à formação da cidadania 
contemporânea. Espera-se que o ensino de Física, na escola média, 
contribua para a formação de uma cultura científica efetiva, que permita ao 
indivíduo a interpretação dos fatos, fenômenos e processos naturais, 
situando e dimensionando a interação do ser humano com a natureza como 
parte da própria natureza em transformação. (BRASIL, 2005, p. 22) 
 
 Como podemos perceber, o ensino da Física não pode e não deve ser mais 
concebido apenas como uma mera decoreba, onde os alunos não conseguem 
assimilar os conteúdos programáticos pelo simples fato de não compreenderem o 
porquê de estarem estudando tais assuntos. 
 O conhecimento da Física na escola do século XXI ganhou novos “ares”, 
onde o aluno precisa construir uma visão da Física que esteja voltada para a 
compreensão de como usar os conteúdos estudados no seu dia a dia e em prol do 
outro. 
Veremos, no próximo item, uma breve explanação acerca da legislação para 
a educação no Brasil, tomando como base a Constituição Federal e a Lei de 
Diretrizes e Bases (LDB). Depois, passaremos às recomendações para o Ensino de 
Física. 
 
2.1 A CONSTITUIÇÃO FEDERAL, A LDB E A EDUCAÇÃO BRASILEIRA 
 
 É sabido que a educação é direito de todos e dever do estado e da família, 
como a própria Constituição mostra em seu art. 205. Vejamos: 
 
15 
 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será 
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e 
sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988, p. 34). 
 
 Como podemos perceber no art. 205 da Constituição Federal, a educação é 
um direito adquirido pelos cidadãos, onde a educação deve ser promovida e 
incentivada com a participação da sociedade, ou seja, a escola é responsável pela 
colaboração no que diz respeito à aprendizagem dos conteúdos. Assim, é 
constitucional o papel do Estado, da família e da sociedade no desenvolvimento do 
cidadão. 
Veremos agora o art. 206 (até o item IV), pois eles são os que mais 
interessam ao tema aqui proposto: 
 
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - 
igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - 
liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e 
o saber; III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e 
coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV - gratuidade 
do ensino público em estabelecimentos oficiais. (BRASIL, 1988, p. 34) 
 
 No artigo apresentado é mostrado como o ensino deve ser exercido. 
No item I fica claro que o aluno tem o direito, assistido pela Constituição, de 
acesso à escola, garantindo ainda sua permanência na mesma, ou seja, o aluno 
além de ter o direito à escola deve ter condições de continuar estudando. Para isso, 
foram criados alguns programas sociais de amparo à permanência do aluno na 
escola – esses programas garantem o material escolar, alimentação entre outros, 
teoricamente é o que deveria acontecer para as crianças e adolescentes em geral. 
O item II garante a liberdade de aprender e poder divulgar seu aprendizado, 
nesse item destaca-se que é direito de todos à aprendizagem e, por isso, a 
preocupação quando há ainda crianças e jovens fora da escola. O item III garante o 
direito de poder desenvolver novas práticas pedagógicas, através das novas 
concepções, garantindo ainda o direito da existência das instituições públicas e 
privadas de ensino. O quarto item garante o ensino público gratuito, independente 
da condição financeira. 
 Ao tomar como base a Constituição Federal, podemos compreender o quanto 
é significativo desenvolver um trabalho qualitativo através do PIBID, uma vez que 
16 
 
esse Programa incentiva os alunos a estudarem com qualidade, podendo ter uma 
aprendizagem significativa. 
No que diz respeito à Lei de Diretrizes e Bases (LDB), é sabido que a mesma 
apresenta-se como de fundamental importância para o desenvolvimento da 
educação no Brasil, a LDB é norteadora de todas as ações desenvolvidas no campo 
da Educação. A LDB é a lei orgânica e a geral da educação brasileira. Ela dita as 
diretrizes e as bases para o desenvolvimento da educação brasileira, como o próprio 
nome institui. De acordo com a LDB: 
 
Art. 1º. A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem 
na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de 
ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade 
civil e nas manifestações culturais. § 1º. Esta Lei disciplina a educação 
escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em 
instituições próprias. § 2º. A educação escolar deverá vincular-se ao mundo 
do trabalho e à prática social. (BRASIL, 1996, p. 05). 
 
 A educação é algo abrangente que engloba desde a formação oriunda da 
família, no convívio familiar, através das relações com os seres humanos, a 
educação vai acontecendo gradativamente. A LDB é importante, ainda, porque 
mostra que a educação escolar é responsável por vincular o ensino escolar com o 
mundo do trabalho e a prática no convívio social, como vimos. 
 A educação tem o dever de preparar seus alunos para pratica da cidadania, 
além de qualificar seus alunos para o trabalho. Quando nos reportamos a qualificar 
para o trabalho, não diz respeito apenas às escolas de educação profissional, a 
educação como um todo é responsável por trabalhar com seus alunos desde a 
educação infantil até o ensino médio a qualificação para o trabalho. Os alunos 
devem compreender e relacionar os conteúdos estudados com a prática no dia a dia 
e sua relevância para o trabalho. 
 A LDB orienta-se pela Constituição Federal, como podemos perceber, a LDB 
mostra que o aluno deve ter condições de ir à escola e permanecer nela, dentre 
outras orientações que auxiliam no bom desempenho dos alunos. Se a prática da lei 
fosse de fato realizada, poderíamos ter um quadro diferente na educação brasileira. 
Por esse motivo, é interessante conscientizarmos nossos alunos de seus direitos e 
também dos seus deveres civis. 
 
17 
 
2.2 O PCN DE FÍSICA E SUA ORIENTAÇÃO PARA O ENSINO DA DISCIPLINA 
NO ENSINO MÉDIO 
 
 Ao ler acerca do que os PCN de Física orientam para o ensino da disciplina 
no Ensino Médio, foi compreendido que, na contemporaneidade, o ensino da 
disciplina é muito mais que apenas decorar fórmulas e fazer experiências, é permitir 
que os alunos aprendam o porquê das formulas e como usar as experiências no seu 
dia-a-dia. Ao ensinar a Física na escola é necessário que os alunos compreendam 
como usar a Física no seu cotidiano e assim possam mudar sua realidade. 
De acordo com o PCN de Física para o Ensino Médio: 
 
A presença do conhecimento de Física na escola média ganhou um novo 
sentido a partir das diretrizes apresentadas nos PCN. Trata-se de construir 
uma visão da Física que esteja voltada para a formação de um cidadão 
contemporâneo, atuante e solidário, com instrumentos para compreender, 
intervir e participar na realidade. Nesse sentido, mesmo os jovens que, após 
a conclusão do ensino médio não venham a ter mais qualquer contato 
escolar com o conhecimento em Física, em outras instâncias profissionais 
ou universitárias, ainda assim terão adquirido a formação necessária para 
compreender e participar do mundo em que vivem (BRASIL, 2000, p. 24-
25). 
 
 Diante disso, o ensino de Física deve acontecer de forma que os alunos 
possam compreender os fenômenos naturais e tecnológicos, presentes no seu 
cotidianoe no universo que se distancia da sua realidade. 
 É sabido que a Física possui especificidades apenas cabíveis a sua 
competência, por esse motivo, não podemos fugir das regras e normas implantadas 
pela mesma. Por esse motivo, cabe ao professor descobrir metodologias para 
desenvolver suas aulas de forma que o aluno interaja com o conteúdo, e consiga 
relacioná-lo com sua aplicabilidade no seu dia-a-dia. 
 
A Física deve apresentar-se, portanto, como um conjunto de competências 
específicas que permitam perceber e lidar com os fenômenos naturais e 
tecnológicos, presentes tanto no cotidiano mais imediato quanto na 
compreensão do universo distante, a partir de princípios, leis e modelos por 
ela construídos. Isso implica, também, na introdução à linguagem própria da 
Física, que faz uso de conceitos e terminologia bem definidos, além de suas 
formas de expressão, que envolvem, muitas vezes, tabelas, gráficos ou 
relações matemáticas. Ao mesmo tempo, a Física deve vir a ser 
reconhecida como um processo cuja construção ocorreu ao longo da 
história da humanidade, impregnada de contribuições culturais, econômicas 
e sociais, que vem resultando no desenvolvimento de diferentes tecnologias 
e, por sua vez, por elas impulsionado (BRASIL, 2000, p. 25). 
 
18 
 
Diante disso, não podemos ensinar a Física de forma isolada, como se ela fosse 
uma disciplina independente das demais. A Física é uma disciplina que se relaciona 
com inúmeras outras, como a: Química, a Matemática, a Biologia, entre outras. 
Diante disso, a disciplina de Física deve ser trabalhada sempre relacionada com as 
demais, uma vez que, a mesma apenas ganha sentido quando apresentada de 
forma articulada com as competências propostas pelas demais áreas, como aponta 
o PCN de Física: 
 
No entanto, as competências para lidar com o mundo físico não têm 
qualquer significado a quando trabalhadas de forma isolada. Competências 
em Física para a vida se constroem em um presente contextualizado, em 
articulação com competências de outras áreas, impregnadas de outros 
conhecimentos. Elas passam a ganhar sentido somente quando colocadas 
lado a lado, e de forma integrada, com as demais competências desejadas 
para a realidade desses jovens (BRASIL, 2000, p. 25). 
 
A realidade presente nas escolas ainda é diferente do que é pregado pelos 
PCN. Por esse motivo, é interessante o desenvolvimento de projetos como os do 
PIBID, que podem ajudar a mudar essa realidade, diminuindo a ponte que ainda há 
entre teoria e pratica. É interessante ainda comentar a necessidade de o professor 
ler o PCN de Física, uma vez que, o mesmo norteia a melhor forma de ensinar 
Física, contextualizando os conteúdos estudados com o cotidiano vivenciado pelos 
alunos. 
 
2.3 A IMPORTÂNCIA DA EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE FÍSICA 
 
É preciso pensar a respeito de como aproximar os conteúdos que estão 
sendo estudados com sua utilização na vida do aluno. Nesse contexto, os 
experimentos usados em sala de aula são bons para essa aproximação. 
 
O ensino de Ciências tem sempre considerado a utilização de atividades 
experimentais, na sala de aula ou no laboratório, como essencial para a 
aprendizagem cientifica. No entanto, falar em experimentação remete às 
concepções do professor sobre o que ensina, o que significa aprender, o 
que é ciência e, com isto, o papel atribuído à experimentação adquire 
diferentes significados (ROSITO in MORAES, 2000, p. 195). 
 
 Como podemos compreender de acordo com o pensamento da autora, 
ensinar através de experimentos, também nos remete a refletir sobre o que é 
19 
 
ensinar e como ensinar. Ensinar com experimentos não garante um aprendizado 
significativo se o professor não conseguir relacionar o conteúdo com o experimento 
de forma clara e objetiva. É necessário ainda desenvolver no aluno o senso crítico 
de conseguir relacionar o conteúdo estudado e sua utilização no seu dia a dia. 
 
A experimentação é essencial para um bom ensino de Ciências. Em parte, 
isto se deve ao fato de que o uso de atividades práticas permite maior 
interação entre o professor e os alunos, proporcionando, em muitas 
ocasiões, a oportunidade de um planejamento conjunto e o uso de 
estratégias de ensino que podem levar a melhor compreensão dos 
processos de ciências (ROSITO in MORAES, 2000, p. 197). 
 
Como podemos perceber, a experimentação é primordial para despertar no 
aluno, o interesse pela disciplina, uma vez que, através da experiência o aluno pode 
compreender o conteúdo estudado na prática. 
 
[...], por exemplo, o fenômeno da dissolução de um sólido colorido em água 
não desperta muita atenção quando apresentado isoladamente, apenas 
como uma informação, mas se planejado como parte de uma atividade 
experimental, este fenômeno pode se apresentar com vários detalhes 
interessantes para o aluno (ROSITO in MORAES, 2000, p. 197). 
 
É compreendido, portanto, que o experimento deve ser associado aos 
conteúdos programáticos, quando cabíveis. É relevante ainda comentar que a 
importância da utilização de experimentos nas aulas de ciências não implica dizer 
que para todo conteúdo estudado deve-se ter um experimento. É explicito que nem 
todos os conteúdos são associados a experimentos, até mesmo porque, se todas as 
aulas fossem aplicadas com experimentos, elas se tornariam desmotivantes e 
continuariam na mesmice. 
 
O objetivo das atividades relacionadas ao conhecimento cientifico é fazer os 
alunos resolverem os problemas e questões que lhes são colocados, agindo 
sobre os objetos oferecidos e estabelecendo relações entre o que fazem e 
como o objeto reage à sua ação (CARVALHO et al, 1998, p. 20). 
 
De acordo com a autora é perceptível que as aulas com experimentos 
precisam ser planejadas, ou seja, elas precisam ter objetivos. As aulas de ciências 
para motivar o conhecimento científico, precisam permitir que os alunos 
compreendam o conteúdo e compreendam como desenvolver os experimentos. 
Além de permitir que eles consigam relacionar o que esta sendo aprendido em sala 
de aula, e sua utilidade na vida fora da sala de aula. 
20 
 
A importância do trabalho prático é inquestionável na Ciência e deveria 
ocupar lugar central em seu ensino. Houve época em que os experimentos 
serviam apenas para demonstrar conhecimentos já apresentados aos 
alunos e verificar leis plenamente estruturadas. Passou-se depois a utilizar 
o laboratório didático como um local onde se pretendia que os alunos 
redescobrissem todo o conhecimento já elaborado (CARVALHO et al, 1998, 
p. 20). 
 
Como podemos perceber, as aulas de experimentação devem incentivar os 
alunos a “pensarem” e não apenas porem em prática o que estudaram. 
Compreendendo melhor a prática do que aprenderam colocadas através dos 
experimentos é apenas uma “continuação” do estudo realizado, porém, quando o 
aluno começa a pensar acerca de como aquele determinado experimento está 
sendo realizado e, novas formas de realizá-lo, certamente, o conhecimento científico 
de fato foi despertado nos alunos e, o objetivo da aula foi alcançado. 
 O ensino da Física e de Ciências deve ser visto como algo próximo da 
realidade do aluno, e não apenas como uma necessidade de aprender determinados 
conteúdos programáticos, para ser usados apenas nas questões do Enem ou 
Vestibular para os poucos alunos que disputam uma vaga universitária. 
 
2.4 A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE FÍSICA E CIÊNCIAS PARA A 
EDUCAÇÃO BÁSICA 
 
A sala de aula pode ser considerada como um laboratório vivo para a 
aprendizagem de diversas áreas. Na pratica docente, por exemplo, podemos 
considerar a sala de aula como uma forma de conseguir relacionar aquilo que 
aprendemos na teoria com o que, de fato, acontece na prática. É percebida,de 
modo geral pelos estudantes, uma grande diferença que há com o que aprendemos 
nos “bancos da faculdade” com o que desenvolvemos nas salas de aula, 
principalmente tratando-se de escolas publicas. 
Este dado pode ser resultado, dentre outras coisas, do pouco entrosamento 
destes educadores com as colaborações das pesquisas e a inovação didática. 
 
Pode se chegar assim à conclusão de que nós professores de ciências, não 
só carecemos de uma formação adequada, mas não somos sequer 
conscientes das nossas influencias. Como consequência, concebe-se a 
formação do professor como uma transmissão de conhecimentos e 
destrezas que, contudo, têm demonstrado reiteramente suas insuficiências 
na preparação dos alunos e dos próprios professores (PEREZ e 
CARVALHO, 2011, p. 15). 
21 
 
 Os autores apontam para a necessidade da formação profissional adequada 
aliada às pesquisas na área de ensino. 
Os professores das disciplinas como: Ciências, Química e Física, em 
especial, encontram algumas dificuldades especificas, dentre elas podemos citar a 
falta de recursos materiais e alguns profissionais ainda descapacitados, ou os que 
ainda possuem alguma capacitação profissional não se atualizam com os novos 
conhecimentos. Contudo, há ainda aqueles profissionais que embora possuam 
conhecimento, capacitação profissional, enfrentam as dificuldades da falta estrutura 
física e material. 
As disciplinas de Física, Ciências e Química, durante muitos anos 
apresentaram desinteresse por parte dos alunos. No cotidiano escolar, pode-se ver 
com frequência essa realidade, grande parte dos alunos não gosta dessas 
disciplinas, porque as consideram desnecessárias para suas vidas. Ao ensinar 
essas disciplinas, deve-se motivar os alunos a gostarem da disciplina mostrando 
como a Física está presente no seu cotidiano, desde acender uma lâmpada até 
conseguir ficar de pé e caminhar. 
Acerca do ensino na área da Física, o mesmo vem sofrendo reformulações, 
mostrando que a Física não pode ser ensinada apenas na teoria, e que na prática o 
educando consegue assimilar melhor e relacionar com praticidade o que está sendo 
estudado. 
 
Tradicionalmente, o ensino da Física é voltado para o acúmulo de 
informações e o desenvolvimento de habilidades estritamente operacionais, 
em que, muitas vezes, o formalismo matemático e outros modos simbólicos 
(como gráficos, diagrama e tabelas) carecem de contextualização. Na sala 
de aula, essa prática de ensino, que se fundamenta em um ensino por 
transmissão, dificulta a compreensão por parte dos alunos sobre o papel 
que diferentes linguagens representam na construção dos conceitos 
científicos (CAPECCHI e CARVALHO, 2006 apud CARVALHO et al, 2010, 
p. 57). 
 
 De acordo com o pensamento dos autores, podemos compreender melhor o 
quanto é necessário contextualizar o que está sendo ensinado em sala de aula. Ao 
ensinar como construir um periscópio, por exemplo, deve-se mostrar que, além de 
ser um acessório fundamental dos submarinos, ele pode ser utilizado - assim como 
nos submarinos - para captar imagens acima da água, trabalhando o pensamento 
cientifico e motivando os alunos a serem inventores. Nessa perspectiva é cabível ao 
22 
 
professor inovar suas aulas, tornando-as mais dinâmicas e interativas para 
conseguir a “atenção” e participação dos seus alunos. 
 
Um ensino que tenha por objetivo levar os alunos a se alfabetizarem 
cientificamente [...], preparando os nossos jovens para uma participação 
ativa na sociedade, deve procurar desenvolver novas visões de mundo por 
parte dos estudantes, considerando o entrelaçamento entre estas e 
conhecimentos anteriores. No caso da aprendizagem de Física, isto 
significa, sobretudo, a aquisição pelos alunos de novas praticas e 
linguagem, sem deixar de relacioná-las com as linguagens e práticas do 
cotidiano (CAPECCHI e CARVALHO, 2006 apud CARVALHO et al, 2010, p. 
57). 
 
 Como podemos perceber, os autores reforçam o pensamento de que ensinar 
os conteúdos de forma isolada, pouco contribui para o aprendizado dos educandos. 
É necessário ao ensinar um determinado conteúdo, seja realizada a relação entre 
ele e o que o aluno vivencia. Contudo, a linguagem especifica é necessária, porém, 
ela deve ser relacionada e comparada com a linguagem utilizada pelos alunos em 
seu cotidiano. 
Motivar o pensamento de saber discernir o que usar e quando usar, não é 
uma tarefa fácil, mas, também não é impossível. Por esse motivo a relevância de 
trabalhar com experimentos em sala de aula. Muitas vezes, os experimentos podem 
ser realizados até mesmo com materiais de baixo custo e acessíveis à maioria dos 
alunos. 
Como podemos perceber, os autores citados apontam para a importância de, 
no ensino da Física, a teoria caminhar junto com a prática, para que assim o 
conhecimento seja solidificado e interpretado com melhor qualidade pelo aluno. 
Podemos acrescentar ainda que é necessário ter conhecimento pedagógico, 
por exemplo, nas áreas de licenciatura é relevante para a obtenção de bons 
resultados na aplicabilidade das aulas em sala de aula, seja de qual disciplina for. 
As transformações da prática docente requerem ainda a iniciativa partida do 
próprio profissional que está em sala de aula. Embora, existam muitos profissionais 
que buscam atualizar-se e capacitar-se profissionalmente, a maioria dos professores 
efetivos da rede publica de ensino, restringem-se aos métodos ultrapassados, e, não 
estão adeptos às mudanças exigidas pela contemporaneidade. Ressaltamos, 
portanto, nesse contexto a importância do PIBID nas escolas públicas, porque além 
de motivar os alunos a gostarem da ciência e da física, mostra aos professores 
23 
 
efetivos dessa rede de ensino novas metodologias a serem aplicadas em sala de 
aula. 
Como aponta Pérez (2011): 
 
Parece lógico que os professores deverão ser os primeiros beneficiários das 
descobertas da pesquisa educativa. Porém, como indica Tyler (1979), existe 
uma autêntica barreira entre “pensadores” (pesquisadores) e “realizadores” 
(professores). Surge assim a ideia de que, para que os professores 
considerem as implicações da pesquisa e examinem criticamente sua 
atividade docente à luz de tais implicações, deverão inserir-se de alguma 
forma no processo de pesquisa (Verma e Beard, 1981). (PÉREZ et al, 2011, 
p. 62) 
 
Como pode ser percebido, de acordo com o pensamento dos autores, é 
relevante que os professores precisam ser pesquisadores, eles não devem mais ser 
apenas os que repassam o conhecimento “pronto e acabado”, principalmente porque 
esse pensamento já foi “desmanchado” por inúmeros autores. “Somos seres 
inacabados”, como aponta Paulo Freire (1996). 
24 
 
3 BREVES CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS 
 
3.1 TIPO DE PESQUISA 
 
O estudo busca relatar a experiência como bolsista do PIBID de Física do 
IFRN/João Câmara, em especial na Escola Estadual Antônio Gomes. Pretende 
assim, como consequência, identificar a relevância do programa tanto para o 
licenciando em questão, quanto para os alunos da escola parceira do PIBID. 
A pesquisa desenvolvida é caracterizada como um relato de experiência, 
uma vez que apresenta um relato das experiências vivenciadas como bolsista do 
PIBID. Essa forma de pesquisa é descrita por Fontanella (2011) como: 
 
O relato de experiência tem como principal objetivo dar uma orientação 
geral ao autor com relação à estruturação de relatos de experiência 
profissional. A relevância de um relato de experiência está na pertinência e 
importância dos problemas que neles expõem, assim como o nível de 
generalização na aplicação de procedimentos ou de resultados da 
intervenção em outras situações similares, ou seja, serve como uma 
colaboração à práxis metodológicada área a qual pertence (FONTANELLA, 
2011). 
 
3.2 CONTEXTO DE INVESTIGAÇÃO 
 
O contexto onde foi realizada a pesquisa foi a Escola Estadual Antônio 
Gomes, localizada na cidade de João Câmara/RN. A escola foi escolhida por ter sido 
a escola onde o bolsista, autor deste trabalho, desenvolveu suas ações de iniciação 
à docência. 
 
3.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
Para dar inicio à elaboração do presente trabalho foi percebida a necessidade 
de realizar uma revisão bibliográfica sobre o tema. Assim, pesquisamos sobre: o 
PIBID (ou seja, o que é o programa a nível nacional), a formação de professores e 
sobre a experimentação no ensino de Física. Foram lidos alguns trabalhos como 
artigos que descreviam em seu conteúdo assuntos que se relacionavam ao tema 
proposto. As diretrizes e PCN para o ensino da Física, também foram fundamentais 
para embasar teoricamente o tema proposto. Algumas obras também foram 
25 
 
relevantes como: Formação de Professores de Ciências e Ensino de Física, entre 
outras obras. Para o desenvolvimento do trabalho também foram analisados artigos 
acadêmicos relacionados ao tema, entre pesquisas em sites, monografias e livros. 
Em seguida, foram coletados os dados necessários para o relato de 
experiência. Para isso, utilizamos os arquivos adquiridos durante a experiência 
vivenciada como bolsista PIBID, como, por exemplo: as fotos, os relatórios e os 
planos de intervenção didática. As fotos elaboradas durante a maioria das ações 
auxiliaram na demonstração do empenho e desempenho dos alunos durante as 
intervenções didáticas. Os relatórios - que eram exigência do programa - ajudaram a 
nortear como foi desenvolvida a experiência e relembrar as vitórias e dificuldades 
enfrentadas durante o tempo como bolsista. Os planos de intervenção didática 
auxiliaram na organização de cada ação na escola, como também no 
desenvolvimento da pesquisa, uma vez que eles explicam como foram elaboradas e 
desenvolvidas cada intervenção. 
 
3.4 ANÁLISE DE DADOS 
 
 A análise dos dados foi feita selecionando algumas experiências como 
pibidiano na Escola Estadual Antônio Gomes e refletindo sobre essas experiências, 
com a ajuda das fontes teóricas. 
 Essas fontes teóricas ajudaram a compreender melhor aquilo que foi 
vivenciado na pratica, pode-se entender, portanto, a necessidade de ter 
conhecimento na prática para que a teoria, de fato, seja compreendida. 
 
26 
 
4 RELATO DAS EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS NO PIBID DE FÍSICA 
 
Nesta seção, relataremos, de forma reflexiva, as experiências vividas como 
bolsista do PIBID de Física do campus João Câmara, do período de Dezembro de 
2012 a Dezembro de 2013. Daremos ênfase ao período em que desenvolvemos 
nossas ações de intervenção didática na Escola Estadual Antônio Gomes. 
 
4.1 O PIBID NO CAMPUS JOÃO CÂMARA 
 
O subprojeto de Física do PIBID de João Câmara teve sua aprovação com o 
edital 2009 da CAPES/PIBID, com o inicio de suas atividades no período 2010.1. 
Este suprojeto teve como instituição proponente o IFRN - Campus João 
Câmara. Como escolas conveniadas ou parceiras do subprojeto, estavam: a Escola 
Estadual Antonio Gomes, a Escola Estadual Francisco de Assis Bittencourt e a 
Escola Estadual Senador Jessé Pinto Freire de Ensino de 2º Grau (essa última no 
município de Parazinho). 
Teve à frente, no inicio das atividades do subprojeto, como coordenador de 
área, o professor Cousteau, da disciplina de Física do campus, coordenando 12 
bolsistas do curso de Licenciatura em Física. 
Em 2012, assumiu a coordenação de área a professora Geneci, também da 
disciplina de Física do nosso campus, aumentando o número de bolsistas para 24, 
com o edital 2012, como uma ampliação do subprojeto que estava vigente. Foi por 
meio deste edital, que ingressei no Programa, iniciando minhas atividades como 
bolsista em dezembro de 2012 e encerrando em dezembro de 2013. 
Tínhamos reuniões quinzenalmente com a nossa coordenadora e reuniões 
semestrais com o coordenador institucional do IFRN. Tais reuniões tinham a 
presença de todos os participantes do PIBID aqui de João Câmara/RN. 
A atuação como bolsista era desenvolvida no campus João Câmara e nas 
duas escolas parceiras: no campus estudávamos e preparávamos as atividades 
para levar às escolas; nas escolas desenvolvíamos nossas ações nas salas de aulas 
de Ensino Fundamental (9º ano) e Ensino Médio. Os bolsistas eram divididos em 
grupos para atuação nas escolas e em grupos menores para trabalhar com os 
grupos de alunos das diferentes séries e turmas de cada escola. 
27 
 
Em nosso caso, desenvolvemos nossas ações na Escola Estadual Antônio 
Gomes, em dupla. Eram intervenções didáticas a um grupo de alunos de 9º ano, 
sempre no contraturno desses estudantes. 
Utilizando métodos de ensino sempre voltados para o aluno, os bolsistas 
procuravam atender todos esses estudantes, empregando o método de ensino que 
consideravam adequados, muitas vezes, utilizando o material da própria escola que 
o projeto faz parte. O bolsista do programa PIBID podia utilizar o livro didático, 
projetor, sala de vídeo, laboratório de informática ou outros recursos que precisar. 
Tudo isso fazia com que as intervenções didáticas se tornassem mais adequadas 
para esses estudantes e para os bolsistas. 
Todos os participantes tinham o compromisso de realizar suas atividades na 
escola como, por exemplo, nós os bolsistas tínhamos o compromisso de fazer todas 
as atividades da melhor maneira possível para ajudar os alunos a melhor entender 
os conteúdos que eram repassados para eles. 
É relevante ainda comentar que todos os bolsistas do PIBID tinham que 
elaborar seus planos de aula (para as intervenções didáticas), obedecendo ao 
calendário escolar. Isso proporcionava um melhor desempenho nas ações, uma vez 
que, sem planejamento, o trabalho não sai com a qualidade almejada. 
 
4.2 ALGUMAS AÇÕES DO PIBID NA ESCOLA ESTADUAL ANTÔNIO GOMES 
 
As atividades de intervenção didática nas salas de aula da Escola Estadual 
Antônio Gomes, localizada no Bairro Bela Vista, João Câmara/RN, foram iniciadas 
juntamente com um colega, também bolsista do PIBID. Aconteciam sempre nas 
terças-feiras, das 8 às 10 horas da manhã. 
Tínhamos cerca de 9 alunos no inicio, mas com o decorrer das atividades, 
esse contingente foi aumentando e passamos a realizar atividades com cerca de 22 
alunos. 
É interessante comentar ainda, que as ações na escola iniciaram no mês de 
março de 2013 e encerraram em dezembro do mesmo ano. Onde as experiências 
vivenciadas nesse curto, porém, relevante tempo, ajudaram a compreender melhor a 
dinâmica das salas de aula. Nessa perspectiva, foi possível ainda interagir de forma 
dinâmica com os alunos e adquirir conhecimento com os professores efetivos e 
alunos. 
28 
 
4.2.1 Descrevendo a forma de realização das ações na escola 
 
O PIBID é de suma importância em todas as cidades em que ele é 
desenvolvido, e os alunos das escolas muitas vezes procuram os bolsistas do 
Programa para entender sobre assuntos de Física. Por esse motivo, as nossas 
ações de intervenção didática também serviam como um momento de tirar dúvidas 
na sala de aula. 
Para desenvolver as ações, procurávamos utilizar uma metodologia diferente 
da tradicional para que os alunos começassem a gostar da Física, principalmente na 
prática, por isso, optamos por privilegiar atividades experimentais. 
As metodologias continham vídeos, exposições no quadro e experimentos que eram 
fabricados na própria sala de aula e se transformava num verdadeiro laboratório de 
Física. Os conteúdos utilizados durante nosso tempo como “pibidianos” eram 
diversificados e foramselecionados a partir do que o professor supervisor estava 
ministrando para a turma. 
A nossa primeira ação na escola aconteceu com uma pequena apresentação 
de cada um dos alunos, e logo após essa apresentação, começamos a fazer 
perguntas sobre: O que eles achavam do ensino da Física? Gostavam dessa 
disciplina? Já tinham algum conhecimento sobre essa matéria? Alguns alunos já 
tinham assistido aula e lido alguns livros que continham fórmulas e imagens 
relacionadas à Física. Aos poucos os alunos começaram a participar. 
As ações de intervenção didática que serão descritas a seguir são alguns 
exemplos foi que fizemos na escola como pibidianos. 
 
4.2.2 Construindo um eletroímã 
 
A intervenção didática sobre eletroímã (apêndice A) foi bastante satisfatória, 
os alunos conseguiram interagir de forma significativa, eles perguntaram como era 
feito um eletroímã, qual a sua utilidade. Diante desse contexto, foi explicado aos 
alunos que existe o imã comum de geladeira e os eletroímãs, que são usados em 
sucatas para empilhar carros. 
 Para a realização da ação, foram utilizados os seguintes materiais: pregos, 
fios de cobre, pilhas, suporte para pilhas. No desenvolvimento da aula, os alunos 
29 
 
além de construir o eletroímã, eles puderam compreender sua utilidade e a diferença 
entre o imã comum e o eletroímã através da prática. 
 
Figura 1 – Construção de um eletroímã 
 
Fonte: Elaborada pelo autor 
 
Uma das abordagens de ensino encontradas na revisão bibliográfica é o 
ensino de Física através de experimentos. Um de seus objetivos é fazer com que 
os alunos interajam com os conteúdos aplicados, através das experiências 
realizadas em sala de aula, de forma a construir conhecimento. 
 
Se for uma demonstração para a classe, podem ser feitas perguntas do tipo: 
“Qual a questão estamos investigando?”, procurando observar as 
expressões dos alunos. Se for um laboratório, onde os alunos estão 
divididos em pequenos grupos, o professor deve interagir com os grupos, 
para se certificar de que todos entenderam o problema experimental, mas 
sempre tomando o cuidado de não dar as respostas nem indicações de 
como resolver o problema (CARVALHO et al, 2010, p. 61). 
 
 Como podemos perceber, de acordo com a autora, mais que repassar 
conteúdos, o ensino da Física precisa ajudar os alunos a compreender de fato o que 
estão estudando, conseguindo entender o que está sendo investigado com o 
experimento. 
 A nosso ver, conseguimos cumprir com esse objetivo por meio da construção 
do eletroímã. 
 
4.2.3 Construindo um motor elétrico 
 
 Para esta ação, foi proposta a construção de um motor elétrico simples 
(Apêndice B). 
30 
 
Figura 2 - Construção do motor elétrico simples 
 
Fonte: Elaborada pelo autor 
 
Foram utilizados os seguintes materiais: pilhas, fios de cobre, alicate de corte, 
durex, estiletes. O principal objetivo da ação foi construir um motor elétrico simples e 
entender seu funcionamento, que ocorre pela repulsão e atração devido aos campos 
magnéticos. 
Os alunos conseguiram construir esse motor e, no final da aula, mostraram 
seu funcionamento. Sabendo que a corrente contínua utiliza o mesmo principio de 
diversos aparelhos eletrodomésticos, os alunos perceberam que a teoria é 
aplicável à pratica, ou seja, aquele conteúdo de Física muitas vezes considerado 
“chato” e exaustivo é algo presente no nosso cotidiano. Dessa forma, utilizamos aqui 
o princípio de contextualização dos conteúdos, utilizando o contexto da vida 
pessoal e cotidiano (BRASIL, 1999), que o contexto mais próximo da vida do 
aluno. 
Figura 3 - Motor elétrico simples 
 
Fonte: Elaborada pelo autor 
 
Com a imagem acima, podemos reforçar o conhecimento de que a Física 
experimental motiva os alunos a gostarem da disciplina. 
 
31 
 
4.2.4 Construindo um periscópio 
 
Figura 4 - Construção do Periscópio 
 
Fonte: Elaborada pelo autor 
 
Nessa ação os alunos puderam construir um periscópio (Apêndice C) 
utilizando espelhos (com 2,5 cm de largura por 20 cm de comprimento) e cartolina. O 
periscópio é um acessório fundamental dos submarinos, usados para captar 
imagens acima da água. 
Um periscópio básico utiliza dois espelhos paralelos, a certa distância um do 
outro. Os espelhos devem estar num ângulo de 45°, pois, caso contrário, a imagem 
não ficará perfeita. Os raios luminosos atingem o primeiro espelho, que os reflete 
para o segundo espelho; assim, são novamente refletidos para o visor. O trajeto 
completo da luz possui a forma aproximada da letra "Z", onde por uma das 
extremidades a luz refletida pelos corpos a serem observados entra, e pela outra ela 
atinge os olhos do observador, possibilitando que este veja o que, a princípio, estaria 
fora do seu alcance de visão. 
Nesta ação, apesar dos alunos se divertirem e interagirem para construir o 
periscópio, não conseguimos perceber se os alunos compreenderam de fato os 
conteúdos. A prática experimental não pode sempre garantir que os alunos 
aprendam, como vimos em Rosito in Morae (2000), em nosso referencial teórico. 
Contudo, a prática experimental é incentivadora para que a aprendizagem aconteça, 
uma vez que, os alunos conseguem interagir entre si, e, com o professor. Além 
disso, podemos acrescentar que as aulas experimentais: 
32 
 
As aulas experimentais: mesmo imbuídos e cientes da importância deste 
referencial teórico que é o construtivismo, alguns professores tem realizado 
atividades experimentais nas aulas de física utilizando o modelo tradicional 
de ensino. Este modelo, presente desde a década de 1960, conforme 
exposto por Pinho-Alves, valorizava a experimentação como decorrente de 
um processo que prima pela observação e pela realização de atividades 
realização de atividades guiadas por passos, como um receituário. Mas tal 
modelo vem sendo fortemente criticado pelos pesquisadores, que ao 
mesmo tempo em que o criticam, se eximem de propor aos docentes 
sugestões de como tais atividades poderiam ser organizadas segundo a 
concepção construtivista. (ROSA e ROSA, 2012, p. 13). 
 
Nesse contexto, podemos ter a certeza e ao mesmo tempo a preocupação 
com a realização da prática experimental que prime pela construção dos 
conhecimentos, e não por uma simples construção de conjuntos de procedimentos. 
Todo esse assunto busca propor uma estrutura didática para a realização das 
atividades experimentais em Física na orientação construtivista. Essa proposta toma 
por referencial o construtivismo e estrutura-o em três momentos que são 
denominados: pré-experimental, experimental e pós-experimental. A ênfase está 
nas etapas anteriores e posteriores à experimentação, oportunizando que os 
estudantes em conjunto com o professor discutam e reflitam sobre o que irão fazer 
ou o que fizeram na atividade. 
 
4.2.5 Equilibrando os pregos 
 
Figura 5 - Experimento sobre centro de massa 
 
Fonte: Elaborada pelo autor 
33 
 
Esse experimento sobre centro da massa reforçou o conhecimento sobre a 
concentração do centro de massa, aplicado através de um outro experimento 
anterior. (Apêndice D) 
Foram utilizados onze pregos. Foi fixado um prego no centro da tábua. Os 
dez pregos que sobraram foram colocados sobre o único pregado na madeira, 
demonstrando assim que, o centro de massa está localizado no único prego na parte 
central da tábua. O objetivo principal foi demonstrar que é possível colocarmos dez 
pregos sobre apenas um. 
Este outro experimento foi realizado várias vezes para podermos chegar a o 
resultado positivo, pois este tipo de experiência é mais complicado e requer um 
pouco de paciência. Todos os alunos tiveram sua participação e o maisinteressante 
é que, quando um determinado aluno não conseguia realizar a colocação sobre este 
único prego que estava pregado na tabua, passava a vez para um próximo 
preponente. Observem que a aluna da foto acima está tentando finalizar este 
experimento com uma concentração enorme. 
Depois de várias tentativas de todos os alunos, no final, conseguimos 
realmente achar o centro de massa. Aproveitamos para discutir que é preciso 
realmente a participação de todos para obtermos um resultado positivo, muitas 
vezes. Além disso, explicamos o porquê da dificuldade. Às vezes, como é o caso da 
experiência, o centro de massa acaba sendo fora do próprio objeto. Para que o 
equilíbrio seja estável, é necessário que o ponto de apoio esteja exatamente ou 
abaixo do ponto de apoio, e isso é demonstrado na experiência. 
Essa ação com os alunos nos mostrou que a prática experimental permite, 
de fato, que os alunos cheguem a algumas conclusões a partir do que eles mesmos 
vão fazendo, como mostra Carvalho (1998): 
 
[...] É exatamente isso o que queremos com nossas atividades: 
primeiramente, criar condições em sala de aula para que os alunos 
consigam “fazer”, isto é, resolver o problema experimentalmente; depois, 
que eles compreendam o que fizeram, isto é, que busquem, agora em 
pensamento, o “como” conseguiram resolver o problema e o “porque” de ele 
ter dado certo (CARVALHO et al, 1998, p. 22). 
 
Estávamos, aos poucos, percebendo o quanto era necessário ensinar a Física 
na prática. 
 
34 
 
4.2.6 Dilatação no fio de cobre 
 
Aqui temos mais um experimento que foi o da dilatação, utilizando fios de 
cobre e uma lâmpada, pilhas, fósforos e tábua (Apêndice E). Tivemos que refazer 
com uma enorme paciência até o fio chegar a uma dilatação e, a partir deste 
momento, que o fio dilata, as extremidades se aproximam e a lâmpada 
automaticamente acende, demonstrando que houve uma dilatação por causa do 
aquecimento das extremidades do fio. 
 
Figura 6 - Experimento sobre dilatação no fio de cobre 
 
Fonte: Elaborada pelo autor 
 
A intervenção teve como objetivo principal mostrar a dilatação no fio de cobre 
através do aquecimento do fio. Para desenvolver a experiência, nós utilizamos uma 
vela acesa e as duas extremidades deste fio foram aquecidas, chegando a dilatar 
onde o mesmo sofreu uma dilatação linear e acendendo a lâmpada que estava 
fixada na tábua, como mostra a foto acima. 
Vale comentar que as atividades experimentais eram realizadas na própria 
sala de aula, pois a escola não tem laboratório de Física, assim como outras aqui do 
nosso município. Acrescenta-se ainda, a importância dessa aula, onde mesmo sem 
a maioria dos recursos materiais necessários para elaboração dessa e das outras 
aulas, a aula foi realizada com êxito e participação dos alunos envolvidos. Assim, é 
percebida, a necessidade dos professores efetivos buscarem inovar suas aulas 
através de experiências relacionadas ao conteúdo programático estudado. 
 
35 
 
4.2.7 Energias renováveis e não-renováveis 
 
Utilizamos, para esta ação, como recurso material um vídeo. Tratamos das 
energias renováveis e não-renováveis, dando ênfase, para essa última, à energia 
nuclear (Apêndice F). 
Os alunos puderam compreender as implicações e complicações das usinas 
nucleares, e os benefícios e malefícios das energias renováveis. 
 
Figura 7 – Vídeo sobre energia nuclear e energias renováveis 
 
Fonte: Elaborada pelo autor 
 
Apesar da energia nuclear ter chamado atenção de alguns alunos, por toda a 
questão dos males que ela proporciona, e, recentemente ter acontecido um acidente 
nuclear na usina de Fukushima, no ano de 2011, algo recente e de grande 
repercussão, onde muitos alunos tiveram acesso as informações desse fato, a 
maioria dos alunos tiveram interesse em tomar conhecimento sobre as energias 
renováveis. Acreditamos que isso aconteceu pelo fato da grande presença das 
usinas eólicas em João Câmara e nas cidades circunvizinhas, como Parazinho e 
Jandaíra. 
Os alunos questionaram a respeito das características da energia eólica, 
referenciaram os parques eólicos presentes na região, tiveram curiosidade de 
36 
 
conhecer um parque eólico, enfim, a aula rendeu inúmeros questionamentos e os 
alunos tiveram muito interesse acerca da temática proposta. 
É interessante que o professor consiga compreender que deve levar em 
consideração a realidade do aluno e as questões que interessam a eles. 
 
A Física seria, portanto, um meio e não um fim, e passa a ser vista como um 
instrumento para a compreensão do mundo. Todavia, não se pode reduzir, 
segundo os PCNs+, os conhecimentos a serem aprendidos na física a uma 
dimensão pragmática, mas de entendê-los “dentro de uma concepção 
humanista abrangente, tão abrangente quanto o perfil do cidadão que se 
quer ajudar a construir” (BRASIL, 2002, p.61 apud RICARDO, 2004, p.18). 
 
 Como podemos perceber de acordo com o pensamento do autor, baseado no 
PCN+ de Física, a disciplina deve ser ensinada de forma que os alunos 
compreendam o mundo que os cercam, fazendo sempre uma relação com os 
conteúdos estudados, buscando formas de melhorias para seu convívio social. 
 É necessário, portanto, que os alunos consigam compreender os conteúdos 
nas salas de aula, mas, também é necessário que eles ultrapassem os muros 
escolares com seu conhecimento, ou seja, os levem para casa, pensem a 
respeito desse conhecimento, e, se inquietem em buscar meios de usa-los no seu 
cotidiano. A respeito desse pensamento temos: 
 
A relação didática está inserida em um espaço-tempo definido: a escola. No 
entanto, existe uma dimensão longa da aquisição do conhecimento em um 
tempo extraclasse, no qual se espera que o aluno disponha de “ferramentas 
intelectuais” para mobilizá-las em diferentes contextos. Essa transposição 
para novos contextos não está ao alcance do professor, pois se dará fora da 
escola na maioria das vezes e não há garantias que de fato ocorra. É 
possível que o aluno tenha uma “física” para a sala de aula e exames, e 
uma “física” para seu cotidiano. (RICARDO, 2004, p. 08) 
 
 Em sala de aula, o professor deve ser motivador para que seus alunos 
compreendam a necessidade de usar o que se aprende em sala de aula, fora dela. 
 
4.2.8 A visita ao campus João Câmara 
 
Levamos os alunos da escola para conhecer o laboratório do IFRN, no 
Campus aqui mesmo de João Câmara. Foram demonstrados vários experimentos, 
entre eles o gerador de Van de Graaff, e em seguida aplicamos outro experimento 
37 
 
na parte externa do laboratório. Além disso, mostramos as instalações do prédio e 
falamos dos benefícios em estudar neste instituto. 
Vale ressaltar a satisfação em perceber o interesse dos alunos pelo 
conhecimento. 
 Ao pensar em formar alunos autônomos, precisamos ultrapassar as 
barreiras das quatro paredes das salas de aula. Por esse motivo foi pensado em 
desenvolver uma visita de campo, onde os alunos puderam além de conhecer a 
estrutura de uma escola técnica, perceber o quanto eles através do conhecimento 
podem “crescer” como seres humanos. 
 
4.2.9 A feira de ciências 
 
 A Feira de Ciências realizada na escola Estadual Professor Antonio Gomes 
foi considerada um grande acontecimento na história da escola, pois não havia 
ainda uma “feira de ciências” de fato, onde os alunos expusessem suas 
experiências e seus conhecimentos científicos adquiridos através das aulas 
(Apêndice G). 
 
Figura 8 - Alunos expondo seus trabalhos na feira de ciências 
 
Fonte: Elaborada pelo autor 
 
 Na foto acima é mostrado o inicio do experimento do foguete na garrafa 
pet, que contou com a participação de todosos alunos do período vespertino. Esse 
38 
 
experimento chamou atenção de todo o publico presente, a área livre que fica no 
centro da escola foi um excelente lugar para a realização do experimento. 
 
Figura 9 - Feira de Ciências 
 
Fonte: Elaborada pelo autor 
 
Na imagem acima podemos observar os alunos interessados em descobrir 
como o experimento do foguete de garrafa Pet seria desenvolvido. 
 
4.3 AVALIANDO NOSSA ATUAÇÃO NA ESCOLA ESTADUAL ANTÔNIO GOMES 
 
Não diferente de todos os demais trabalhos, as dificuldades também foram 
encontradas no inicio do desenvolvimento do projeto, e algumas se perpetuaram até 
o término do mesmo. Dentre elas, pode ser citada a dificuldade com relação à falta 
de laboratório de física experimental ou até mesmo de uma sala de aula onde as 
atividades desempenhadas pelo projeto pudessem ser desenvolvidas. 
Iniciamos nossas ações de intervenção didática na biblioteca, depois fomos 
para a sala de informática e terminamos tendo que realizar nossas atividades na 
sala de vídeo, onde passamos todo o restante do nosso período. 
Muitas vezes tivemos que comprar alguns materiais para as ações de 
intervenção didática em lojas de materiais de construção, como fio, pregos, 
interruptores, pilhas, tubos de PVC. Certa vez, numa intervenção sobre Óptica, 
compramos, de última hora, um material para tentar demonstrar para os alunos o 
caminho que a luz percorre: usando uma lanterna a laser colocamos esse material 
no percurso da luz e os alunos observaram que a luz faz um percurso em linha reta. 
39 
 
Tudo isso graças a nossa dedicação, onde demonstramos total força de vontade do 
início ao fim. 
As nossas dificuldades foram sendo superadas e continuamos sempre 
otimistas a cada dia na escola. A cada encontro com os alunos, buscávamos usar 
um método diferente para poder melhor transmitir o ensino, sempre tirando as 
dúvidas apresentada pelos alunos a cada tema. 
Um ponto que se destacou em nossa avaliação foi a riqueza de 
aprendizagem que trouxe a prática experimental. Trabalhar com os experimentos 
mostrou-se extremamente relevante para que os alunos se motivassem, quisessem 
participar das ações e interagissem conosco e com seus colegas. 
Percebemos também que realizar experimentos na sala de aula tem as 
suas “delicadezas”. Em alguns experimentos realizados com os alunos, o 
resultado não era de imediato positivo. Nos experimentos construídos com a 
participação dos alunos foi necessário refazer o experimento, em muitos casos. 
Percebemos que essa é uma prática “normal” de aulas de Física, já que nem 
sempre contamos com as condições ideais na execução no experimento. Por isso, 
compreendemos que todo professor de Física precisa – ao se preparar para uma 
aula experimental – contar com algumas possíveis falhas no experimento. 
Para desenvolver as ações foi muito importante também o acompanhamento 
da nossa coordenadora de área nas reuniões quinzenais, nos auxiliando no que 
precisássemos e nos dando autonomia para escolher o que trabalharíamos na sala 
de aula e de que forma. 
A cada dia e em cada ação na escola podíamos ver que os alunos estavam 
cada vez mais interessados em participar, tanto que – ao final de nossa atuação - foi 
realizada uma breve enquete entre os alunos participantes deste projeto. As 
respostas foram positivas, perguntamos a respeito do projeto, onde gostaríamos de 
saber o interesse dos alunos acerca de continuar participando do mesmo. Como 
resposta foi constatado que 80% dos entrevistados responderam positivamente para 
a continuação do projeto, alegando ser uma forma de trabalhar o ensino da Física de 
forma dinâmica, interativa e onde os alunos “aprendem de verdade”. 
As intervenções didáticas divididas entre teoria e prática proporcionaram 
um aprendizado relevante para grande parte dos alunos, além dos bolsistas que 
puderam também colocar em prática seus conhecimentos adquiridos na licenciatura. 
Esse foi um ponto de aprendizagem muito importante para nós. 
40 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O trabalho desenvolvido e aqui apresentado teve como principal objetivo 
relatar as experiências vivenciadas como bolsista de PIBID de Física do IFRN/ 
Campus João Câmara, refletindo sobre cada uma delas. 
Para nós, com os resultados do trabalho, vale destacar a relevância do 
desenvolvimento do projeto do PIBID, pela possibilidade de significativas 
mudanças no aprendizado de Física dos alunos na rede pública da cidade de João 
Câmara. Além de João Câmara, esse projeto traz de mudanças em demais cidades 
que o mesmo atua nas regiões circunvizinhas. 
Foi observado ao longo do desenvolvimento das ações na escola o aumento 
do número de alunos nas salas de aula. Quando iniciamos, tínhamos doze alunos, 
depois ficaram vinte e dois. Mesmo próximo do final do ano letivo, estes alunos 
demonstraram grande pelo aprendizado da Física. Ao término das atividades foi 
verificado que a maioria dos estudantes participantes ficaram satisfeitos com o 
programa de iniciação à docência. O fato de atuar no 9º ano foi muito bom porque 
pensamos que podemos ter contribuído para esses alunos enxergarem a Física de 
uma forma diferente e assim, seguir para o Ensino Médio com uma visão boa da 
disciplina. 
Ainda, um dos pontos que mais nos marcou foi a importância de trabalhar 
com experimentos em Física, concordando com o que dizem as pesquisas em 
Ensino de Física. Vimos que, mesmo sem laboratórios, foi possível realizar uma 
prática experimental. Em uma escola que tinha aulas de Física somente mais 
teóricas, esse foi um importante resultado. 
Depois de 1 ano vivenciado no PIBID, opinamos que é importante que o 
projeto continue aqui na cidade de João Câmara, para trazer o conhecimento da 
disciplina de Física de forma diferenciada para os alunos da região e para contribuir 
com a nossa formação como futuros professores de Física, trazendo o 
conhecimento para todos. Depois de nossa saída como bolsistas, um novo grupo de 
bolsista ingressou e mais escolas e professores supervisores foram contemplados 
pelo programa. 
É valido ainda dizer que a prática em sala de aula não é uma tarefa fácil. 
Contudo, não é impossível para aqueles profissionais que desejam desenvolver um 
trabalho de qualidade, porém para isso, é necessário que haja além da capacitação 
41 
 
profissional um empenho por parte do professor. Se o professor deixar-se abater 
com as dificuldades encontradas, ele jamais conseguirá êxito em seu processo de 
ensino-aprendizagem. 
A experiência de participar do PIBID, como bolsista, fez fortalecer os 
conhecimentos em relação ao ensino de Física, principalmente na parte 
experimental. Através dessa experiência também fortaleceu o preparo para poder 
exercer atividades em sala de aula como um docente. Foi uma ano inserido aqui no 
projeto PIBID, sempre pontual com os planejamentos e relatórios que eram 
entregues a cada final de mês a coordenadora de área do PIBID. Esse trabalho era 
uma exigência do programa e facilitava o desenvolvimento qualitativo do mesmo. A 
pontualidade era primordial e nos dias de intervenção na escola, o comprometimento 
com os horários era primordial. 
Ao terminar esse TCC, compreende-se a significativa mudança no 
pensamento como licenciando em Física. Ao relatar e refletir sobre as 
experiências vivenciadas no PIBID - na elaboração deste trabalho - foi exercitado um 
pensamento crítico a respeito da educação como um todo e do ensino da Física, em 
particular. Assim, destaca-se a relevância da elaboração de um relato de 
experiência, porque ele auxilia o licenciando a compreender de forma critica sua 
própria atuação em sala de aula. 
 
42REFERÊNCIAS 
 
 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 02 de 
dezembro de 2013. 
 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases. Disponível em 
portal.mec.gov.br arquivos pdf ldb.pdf . Acesso em: 10 de dezembro de 2013. 
 
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC, 2004. Disponível em: 
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/08Fisica.pdf. Acesso em: 18 mar. 2014. 
 
___________. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio – Bases Legais. 
Brasília: MEC, 1999. 
 
CARVALHO, A. M. P. de; RICARDO, E. C.; SASSERON, L. H.; ABID, M. L. V. dos 
S.; PIETROCOLA, M. Ensino de Física. São Paulo: Cengage Learning, 2010. 
 
CARVALHO, Anna M.Pessoa de. Formação de Professores de Ciências: 
tendências e inovações. São Paulo: Cortez, 2011. 
 
__________. et al. Ciências no Ensino Fundamental: O conhecimento físico. 
São Paulo: Scipione, 1998. 
 
FONTANELLA, v. 6, n. 21 (2011). Iniciação científica com pesquisas qualitativas: 
relato da experiência de um grupo de professores e alunos de Medicina. Disponível 
em: http://www.rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/411. Acesso em: 06 de agosto de 
2014. 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática 
educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. 
 
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2008. 
Disponível em: http://wp.ufpel.edu.br/ecb/files/2009/09/Tipos-de-Pesquisa.pdf. 
Acesso em: 30 de julho de 2014. 
 
MORAES, Roque (Org.). Construtivismo e ensino de ciências: reflexões 
epistemológicas e metodológicas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2000. 
RICARDO, Elio Carlos. Física. Brasília: MEC, 2004. Disponível em: 
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/08Fisica.pdf. Acesso em: 04 de agosto de 
2014. 
 
ROSA, C. T. Werner da; ROSA, Álvaro Becker da. Física na Escola. V. 13, n.1, 
2012. 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
APÊNDICE A - PLANO DE AULA (ELETROÍMÃ) 
 
 
 
 
I. Plano de Aula: Data: 14/05/2013 
 
 
II. Dados de Identificação: 
Escola: Escola estadual Profº Antonio Gomes 
Professor: Ricardo De Oliveira Gomes 
Disciplina: Física 
Série/Turma: 9º Ano B 
 
 
III. Tema: 
•eletroímã 
 
 
IV. Objetivos: No final da aula espera-se que os alunos; Compreendam como 
funciona um eletro imã. 
 
 
V. Conteúdo: 
•vídeo aula, e diálogos como, por exemplo, perguntas e respostas dos alunos a 
respeito dos assuntos abordados, e uma lista de exercícios e o experimento 
 
 
VI. Desenvolvimento do tema (metodologia) sequencialmente; 
•Inicialmente teremos um dialogo a respeito do vídeo e em seguida, uma lista de 
exercícios, e experimento com base no assunto estudado. 
 
 
VII. Recursos didáticos: 
• Lousa; Pincel, Lista De exercícios prego grande,fios esmaltados estiletes pilhas 
clipes. 
 
 
VIII. Avaliação: 
• Por enquanto, só na observação das participações nos debates. Respondendo a lista 
de Exercícios. 
 
 
XIX. Bibliografia: 
• http www.brasilescola.com fisica como-fazer-um-eletroima.htm 
 
 
 
 
 
45 
 
APÊNDICE B - PLANO DE AULA (MOTOR ELÉTRICO SIMPLES) 
 
 
 
 
 
I. Plano de Aula: Data: 07/05/2013 
 
 
II. Dados de Identificação: 
Escola: Escola estadual Profº Antonio Gomes 
Professor: Ricardo De Oliveira Gomes 
Disciplina: Física 
Série/Turma: 9º Ano B 
 
 
III. Tema: 
•motor elétrico simples 
 
 
IV. Objetivos: No final da aula espera-se que os alunos compreendam como funciona 
um motor elétrico simples. 
 
V. Conteúdo: 
•vídeo aula, e diálogos como, por exemplo, perguntas e respostas dos alunos a 
respeito dos assuntos abordados, e uma lista de exercícios e o experimento. 
 
 
VI. Desenvolvimento do tema (metodologia) sequencialmente: 
•Inicialmente teremos um dialogo a respeito do vídeo e em seguida, uma lista de 
exercícios, e experimento com base no assunto estudado. 
 
 
VII. Recursos didáticos: 
• Lousa; Pincel, Lista de exercícios 80 cm de fio de cobre esmaltado 34AWG (0,160 
mm de diâmetro), 1 ímã, 1 pilha AA, 2 clipes de papel, fita crepe. 
 
 
VIII. Avaliação: 
• Por enquanto, só na observação das participações nos debates, e, respondendo a 
lista de Exercícios. 
 
 
XIX. Bibliografia: 
• http www.amigosdaciencia.org.br default. aspx?section=25&favorite=7&tipoId=1 
 
 
 
 
46 
 
APÊNDICE C - PLANO DE AULA (PERISCÓPIO) 
 
 
 
 
I. Plano de Aula: Data: 30/04/2013 
 
 
II. Dados de Identificação: 
Escola: Escola estadual Profº Antonio Gomes 
Professor: Ricardo De Oliveira Gomes 
Disciplina: Física 
Série/Turma: 9º Ano B 
 
 
III. Tema: 
•construção do periscópio 
 
 
IV. Objetivos: 
No final da aula espera-se que os alunos compreendam como funciona um periscópio 
que são muito utilizados em submarinos. 
 
 
V. Conteúdo: 
•vídeo aula, e diálogos como, por exemplo, perguntas e respostas dos alunos a 
respeito dos assuntos abordados, e uma lista de exercícios e o experimento 
 
 
VI. Desenvolvimento do tema (metodologia) sequencialmente: 
•Inicialmente teremos um dialogo a respeito do vídeo e em seguida, uma lista de 
exercícios, e experimento com base no assunto estudado. 
 
 
VII. Recursos didáticos: 
• Lousa; Pincel, Lista de exercícios; Cartolina preta ou papelão recoberto com papel 
preto; Dois espelhos planos comuns de 9 cm por 14 cm; Régua; Tesoura; Cola. 
 
 
VIII. Avaliação: 
• Por enquanto, só na observação das participações nos debates, e, espondendo a 
lista de Exercícios. 
 
 
XIX. Bibliografia: 
• http www.feiradeciencias.com.br sala09 09_14.asp 
 
 
 
 
47 
 
APÊNDICE D - PLANO DE AULA (CENTRO DE MASSA) 
 
 
 
 
I. Plano de Aula: Data: 23/04/2013 
 
 
II. Dados de Identificação: 
Escola: Escola estadual Profº Antonio Gomes 
Professor: Ricardo De Oliveira Gomes 
Disciplina: Física 
Série/Turma: 9º Ano B 
 
 
III. Tema: 
•Centro de massa 
 
 
IV. Objetivos: No final da aula espera-se que os alunos compreendam onde se 
localiza o centro de massa em uma tabua com um prego fixado. 
 
 
V. Conteúdo: 
•vídeo aula, e diálogos como, por exemplo, perguntas e respostas dos alunos a 
respeito dos assuntos abordados, e uma lista de exercícios. 
 
 
VI. Desenvolvimento do tema (metodologia) sequencialmente: 
•Inicialmente teremos um dialogo a respeito do vídeo e em seguida, uma lista de 
exercícios, e experimento com base no assunto estudado. 
 
 
VII. Recursos didáticos: 
• Lousa; Pincel; Lista de exercícios; Apagador e uma tabua onze pregos. 
 
 
VIII. Avaliação: 
• Por enquanto, apenas na observação das participações nos debates, e, espondendo 
a lista de Exercícios. 
 
 
XIX. Bibliografia: 
• http www.manualdomundo.com.br 2011 06 o-desafio-do-centro-de-gravidade. 
 
 
 
 
 
48 
 
APÊNDICE E - PLANO DE AULA (DILATAÇÃO DO FIO DE COBRE) 
 
 
 
I. Plano de Aula: Data: 02/04/2013 
 
 
II. Dados de Identificação: 
Escola: Escola estadual Profº Antonio Gomes 
Professor: Ricardo De Oliveira Gomes 
Disciplina: Física 
Série/Turma: 9º Ano B 
 
 
III. Tema: 
• Aula Dilatação linear no fio de cobre 
 
 
IV. Objetivo: 
 Espera-se que os alunos: 
 Compreendam como funciona a dilatação linear e volumétrica. 
 
 
V. Conteúdo: 
•vídeo aula, e diálogos como, por exemplo, perguntas e respostas dos alunos a 
respeito dos assuntos abordados, e uma lista de exercícios. 
 
 
VI. Desenvolvimento do tema (metodologia) sequencialmente; 
•Inicialmente teremos um dialogo a respeito do

Outros materiais