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PRÁTICA PROFISSIONAL 2 LICENCIATURA EM FÍSICA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
PRÁTICA PROFISSIONAL
2ªLICENCIATURA EM FÍSICA
GUARULHOS
ELABORAÇÃO DA PRÁTICA PROFISSIONAL
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
DENISE FERREIRA DA ROCHA MINHOS
PRÁTICA PEDAGÓGICA
 PROFISSIONAL
Trabalho apresentado a disciplina Prática Profissional, do Centro Universitário FAVENI, no Curso de 2ª Licenciatura em FISICA, como pré-requisito para aprovação.
GUARULHOS
 2022
1. TÍTULO
A importäncia da escola no processo da educação inclusiva: um diálogo entre docentes de Física e seus discentes, do ensino médio.
2. APRESENTAÇÃO
Para Claude (2005) a educação é um “direito de múltiplas faces”, ou seja, é, paralelamente, um direito social, econômico e cultural. Pode ser retratada como direito social pois, comunitariamente, proporciona um melhor desenvolvimento da personalidade humana. Se enquadra como direito econômico, por favorecer a autonomia econômica, quer seja por intermédio de um emprego ou do próprio trabalho autônomo. E quando se diz sobre direito cultural, é embasado no que a comunidade internacional tem orientado a educação, no ämbito de formar uma cultura universal de direitos humanos.
Tem se tornado frequente, de uns tempos para cá, debater a releväncia de se fortalecer ainda mais as relações sociais, contando superar ações de discriminação frente ao que há de desigual e diferente, entre os indivíduos.
No viés da Política Nacional de Educação Especial, para a perspectiva de inclusão, o encaminhamento inclusivo precisa favorecer o direito de cada estudante constituir sua própria identidade, e concomitantemente, saber reconhecer essa identidade, os direitos de igualdade e respeito e as diferenças dos demais (Brasil, 2008). Sendo assim, é necessário mudar este paradigma que faz parte da realidade de grande parte de nossas instituições de ensino. É preciso entender e buscar uma reconstrução na educação brasileira e dos meios envolvendo essa educação, para que só então, diminua os impáctos que a exclusão pode ocasionar e propiciar mais inclusão no processo educativo.
A Constituição Federal de 1988, já garante que todo cidadão tem direito à educação de acordo com a capacidade individual. Cabe aos pais ou responsáveis fazer valer este direito.
Para que o direito seja garantido, é necessário deixar claro a diferença entre integração e inclusão. Não basta o estudante estar integrado, ele precisa estar incluso. O integrar refere-se à uma inserção que condiciona a capacidade do individuo em acompanhar a turma a que pertença, diferentemente da inclusão. Integrar seria normalizar, ao ponto de que este público consiga experimentar o que está posto para os demais. 
De acordo com Mantoan (1997), a integração escolar, cuja metáfora é o sistema de cascata, é uma maneira condicional de inserção em que, depende do estudante, ou seja, do nível de sua capacidade de se adaptar às opções do sistema escolar, a sua integração, seja em uma sala regular, uma classe especial, ou mesmo em instituições especializadas. Ou melhor, não passa de uma alternativa onde tudo permanece como posto e em nada se questionando.
Em contraponto, a inclusão está embasada nos direitos humanos, que são os direitos de igualdade comuns a todos os cidadãos. Ela está voltada para a educação num todo, e não apenas para os estudantes com necessidades educacionais especiais, de forma individual. Estar incluso, significa estar com todos, em todos os ambientes de convivëncia daqueles que frequentam o mesmo espaço.
[...] as escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiência e crianças bem dotadas; crianças que vivem nas ruas e que trabalham; crianças de populações distantes ou nômades; crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos ou zonas desfavorecidos ou marginalizados. (BRASIL, 1987, p.17-18).
Na última década do século passado, intensificou-se a discussão e a luta por uma escola inclusiva. Foi a partir daí que puderam ser notados diversos movimentos em prol desta causa, contra a segregação e discriminação aos que são considerados diferentes. Pode-se destacar entre estes movimentos o acontecido na Itália, pelo fim dos manicômios e posteriormente, com o surgimento das salas de educação especial. Período em que a luta pela causa das minorias, segregadas, discriminadas por destoar do que era considerado padrão, começou a ganhar destaque.
Encontramos em Brasil/Unesco (1994), que a Declaração de Salamanca defende a ideia de que “todas as crianças devem aprender juntas, sempre que possível, independentemente de suas dificuldades e diferenças”. Portanto, recomenda-se também que aconteça a escolarização em classes e escolas especiais, quando for o caso, nos quais se demonstre que a educação nas classes comuns, não pode satisfazer as necessidades educativas ou sociais do individuo, ou quando necessário, para o bem-estar deste, ou dos demais. 
De acordo com Mantoan (1997) e Santos (1997), dentre outras bandeiras, defendem que, para se fazer valer o processo de inclusão, seria indispensável equipar os estabelecimentos de ensino com recursos e corpo docente especializados, instrumentos técnicos para o apoio pedagógico e prédios adaptados. E de fato, com todo esse aparato, os benefícios seriam muito mais positivos para a educação, porém, poderia não ser suficiente para efetivar a inclusão.
Desde que a Constituição Federal foi promulgada em 1988, onde o Art. 208 vem retratando a necessidade do atendimento especializado às pessoas com deficiência e logo em seguida, obrigou-se a matrícula nas instituições de ensino, subsequentemente, diversas conquistas aconteceram para assegurar o direito desses estudantes, entre tais conquistas, a necessidade de professores especializados está contemplada.
 Glat (2000), relata que a escola pública, criada a partir dos ideais da Revolução Francesa como veículo de inclusão e ascensão social, tem sido em nosso país inexoravelmente um campo de exclusão - não só de deficientes, mas de todos os que não se enquadram dentro do padrão imaginário do estudante ‘normal”. As classes especiais, por sua vez, se tornaram verdadeiros depósitos de todos aqueles que, por uma razão ou outra, não pertencem ao perfil do sistema escolar. Na formação acadëmica dos professores é muito superficial a parte dedicada ao público com necessidades educacionais especiais. Apesar de que o Ministério da Educação tem investido nesta área. 
Enquanto isso, Prado e Freire (2001), reiteram que cabe ao professor, a partir de observações criteriosas, realizar suas intervenções pedagógicas conforme as necessidades exigidas pelo processo de aprendizagem dos diversos estudantes, possibilitando um ganho significativo do ponto de vista educacional, afetivo e sociocultural.
Dito isto, ressalta-se a importäncia depositada nos ombros da escola no processo da educação inclusiva, neste caso específico, no componente curricular de Física. Além da importäncia de se debater o tema com os discentes do ensino médio, já que a inclusão só acontece realmente, quando todos os envolvidos abraçam a causa.
3. OBJETIVOS
O Objetivo geral 
Debater o processo da educação inclusiva com os professores e estudantes do ensino médio. 
Os objetivos específicos 
Entender os motivos que favorecem à exclusão no ambiente escolar;
Discutir como é possivel propiciar um ambiente inclusivo na prática escolar;
Buscar metodologias de ensino que colaborem para a efetivação da inclusão.
4. METODOLOGIA
O presente trabalho será desenvolvido na Escola Estadual Olívia Paula, Municipio de Itaporã, Distrito de Pira Porã - Estado de Mato Grosso do Sul. Serão realizados debates, abordando como se dá o processo da educação inclusiva, com os estudantes do ensino médio e os professores que lecionan Física nesta etapa do ensino. 
Após as discussões, serão buscadosmecanismos que permitam o entendemento dos motivos que favorecem à exclusão no ambiente escolar, para que cada participante consiga refletir sobre suas práticas. 
Além de discutir como é possivel propiciar um ambiente inclusivo na prática escolar, serão debatidas metodologias de ensino que colaborem para a inclusão. 
Serão utilizados materiais impressos para leituras que darão embasamento teórico às discussões. 
Uma educação inclusiva só avançará se as escolas forem capazes de assegurar que a homogeneização dê lugar à individualização do ensino, na qual os objetivos, a sequência e ordenação de conteúdos, o processo avaliativo e a organização do trabalho escolar, em tempos e espaços diferentes, contemplem os distintos ritmos e habilidades dos estudantes, favorecendo seu desempenho e sua aprendizagem. 
Apesar das diferenças, o atendimento igualitário tem que existir, ou seja, todas as instituições de ensino público, necessitam se capacitar para oferecer atendimento especializado ao ponto de proporcionar independência e autonomia na sua formação. 
As escolas devem receber a todos os individuos, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Além daqueles com altas habilidades; os vivem em situações de rua ou que já trabalham; os de populações distantes ou nômades; os de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e de outros grupos ou zonas desfavorecidos ou marginalizados, nada mais próprio que debater a educação inclusiva com os protagonistas da educação, que são os estudantes.
Sendo assim, o projeto de intervenção acontecerá em parceria entre professores e estudantes, a fim de que todos se sensibilizem com a causa e possam contribuir para uma educação inclusiva.
 (
6
)
5. CRONOGRAMA
	O que fazer?
	Quando Fazer? Datas:
	Responsáveis:
	Definição do tema (Seleção de materiais de estudo relacionados à educação inclusiva)
Leitura de materiais (Distribuição dos materiais selecionados nas turmas do ensino médio)
Debates 
(Reunião para debater o tema com a turma do 1º ano
Reunião para debater o tema com a turma do 2º ano
Reunião para debater o tema com a turma do 3º ano)
Entrega do trabalho 
	Junho
Julho
Setembro
Outubro
	Denise
Professores das turmas
Parceria com os professores das turmas
Denise
6. RECURSOS NECESSÁRIOS
Utilização de subsídios das mais variadas fontes pesquisadas com relação ao tema que está sendo apresentado, focando nas concepções de Educação Inclusiva, seus conceitos, ideias e as opiniões dos profissionais que atuam diretamente com o público alvo da educação especial e também com os demais. Ënfase ao desenvolvimento do processo de inclusão, apontando as dificuldades encontradas pelo caminho e nas condições indispensáveis para que de fato, ela ocorra. Com o material impresso em mãos, debater após distribuição e leitura do mesmo. 
7. RESULTADOS ESPERADOS
Ninguém melhor que os pais de crianças especiais, para saber o quanto é desafiador encontrar escolas públicas na rede regular de ensino que estão realmente preparadas para atender este público.
Há casos em que ao invés da inclusão, a prática percebida é a da exclusão. A exclusão pode ser notada onde o espaço fisico não está adaptado para receber cadeirantes, que não tenha rampas para este fim ou até mesmo, sem elevadores, sem banheiros próprios conforme determina a legistação, entre outros. 
É se suma importäncia compreender a diversidade em que estamos inseridos, pois podem ser encontradas as mais variadas delas. De acordo com Silva (2000), a efetivação das ações que de fato propiciam melhor reconhecimento e respeito por todos, aparenta esbarrar no entendimento de conceitos básicos como: identidade, diversidade e diferença. Identidade e diferença, por vezes são vistos como sinônimos, devido suas consideráveis interdependências. Já a identidade, é dependente da diferença, e vice-versa. 
É impossivel falar de educação inclusiva que se dá dentro da sala de aula, sem antes garantir que este público tenha possibilidade de chegar até ela.
O avanço na educação está profundamente relacionado ao avanço da inclusão, entre os ítens que favorecem positivamente tal parceria, sem dúvida, está a capacitação e aperfeiçoamento dos profissionais que atendem ao público alvo da educação especial. È urgente saber desfrutar das políticas educacionais que já existem, aplicando em cada contexto, de modo a transformar em ações e atitudes para possibilitar um ensino de qualidade e inclusivo.
O corpo docente e demais envolvidos necessitam priorizar o olhar para a causa da inclusão, ampliando o conhecimento ao ponto de atingir o patamar de profissional qualificado e capacitado, de excelëncia, para proporcionar e oferecer um espaço escolar onde há participação de todos. Os estudantes ditos normais, também precisam ter conhecimento, ser empáticos, ter e dar voz para que só então consigam quebrar tabus, e se apropriem da aplicabilidade.
Espera-se que aconteça uma virada de chave, onde todos os profissionais da educação envolvidos, percebam que uma capacitação só se torna satisfatória, se for contínua, pois só assim será possivel ampliar o conhecimento frente à inclusão. E mais, que os estudantes aprendam, entendam e pratiquem a inclusão.
8. REFERÊNCIAS
BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Inclusão. 2008. 
BRASIL/UNESCO/MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA DA ESPANHA. (1994) Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Espanha, Brasília: CORDE.
BRASIL. SEPLAN – Pr. CORDE. (1987). Primeiro Plano de Ação da Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. Brasília.
CLAUDE, Richard Pierre. Direito à educação e educação para direitos humanos. SUR: Revista Internacional de Direitos Humanos. Ano 2, n. 2, 2005 p. 37-63, Ed. em português. São Paulo: Rede Universitária de Direitos Humanos.
GLAT, R. Inclusão total: mais uma utopia? Revista Integração.Brasília: Ministério da Educação/Secretaria Nacional de Educação Básica, ano 8. n. 20, p. 26-8, 1998.
MANTOAN, M. T. E. (1997) A Inclusão Escolar de Deficientes Mentais: contribuições para o Debate. In. Revista Integração, Brasília, ano 7, n. 19, p. 50-57.
PRADO, M. E. B. B.; FREIRE, F. M. P. A formação em serviço visando a reconstrução da prática educacional. In: FREIRE, F. M. P.; VALENTE, A . (Orgs) Aprendendo para a Vida: os Computadores na Sala de Aula. São Paulo: Cortez, 2001.
RODRIGUES, D. (2003) “Educação Inclusiva: as boas e as más notícias”, in: David Rodrigues (Org.) “Perspectivas sobre a Inclusão; da Educação à Sociedade”, Porto Editora, Porto.
SILVA, T. T. A produção social da identidade e da diferença. In: SILVA, T. T. (org.). Identidade e Diferença a perspectiva dos estudos culturais. Rio de Janeiro: Vozes, 2000. (pp. 73 –102).
RELATÓRIO FINAL DO PROJETO DE INTERVENÇÃO
Hoje, mais que nunca, fala-se de uma educação que alcance a qualquer indivíduo, e para que a educação se torne inclusiva é mais que importante que a escola esteja pronta para participar e executar o processo. Essas discussões a respeito da inclusão escolar, em hipótese alguma, podem entrar no campo do modismo, para que não perca seu real significado.
Durante o mês de setembro aconteceram os encontros presenciais com as turmas do ensino médio, durante as aulas de Física. Destinou-se uma semana para cada ano, já que todos os anos participaram. As discussões foram bastante produtivas, onde participaram ativamente e mostraram interesse pelo tema.
É fato que a quantidade de estudiosos que se interessam e estão engajados na causa, tem aumentado cada vez mais e justamente por este motivo, precisam estar atentos se as políticas existentes tem sido eficientes e contribuido para a inclusão daqueles que possuem qualquer necessidade especial escolar. A educação inclusiva precisa atender ao anseio de quem necessita e de quem a oferece, portanto, mais uma vez cabe mencionar a importäncia do estar preparado para oferecer o melhor.
Se hoje, nossas escolasprecisam ter espaço para todo estudante que necessite de educação, a conquista também se deve aos movimentos que foram iniciados lá atrás. Independentemente de credo, raça, ou situação social, é obrigação da escola contemplar a todos que dela precisem e para que isso se efetive, ela carece estar apta para receber e oferecer uma educação que venha ao encontro dos anseios de cada um. Ser escola para todos precisa saber respeitar, reconhecer e receber de forma inclusiva acolhendo as diversidades culturais, de credo, de saberes e de necessidades individuais.
É possível perceber, após análise da atual situação que só se faz inclusão educacional integralmente, quando todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem estão alinhados no planejar de ações e programas que contemplem a problemática da inclusão. A deficiëncia de conhecimento de alguns professores e demais envolvidos no ambiente escolar, tem se tornado um grande obstáculo para a educação inclusiva. Urge a disponibilização de mais políticas públicas voltadas à formação acadëmica dos profissionais da educação, pois o déficit de qualificação e especialização prejudica a efetivação da mesma. 
É de grande releväncia que aconteça uma sensibilização para formação de consciências críticas, autônomas e criativas, aptas a formar sociedades mais justas, que sejam solidárias e repeitem o próximo. Algo possível de ser atingido, desde que os interesses coletivos se sobressaiam aos individuais. 
Quando, de fato, ocorre a inclusão, todos ganham. Quando a diferença comum ao grupo de uma classe heterogênea, é válido responder à heterogeneidade com estratégias de ensino-aprendizagem que alcance as diferenças. A educação inclusiva nunca deixou de ser um desafio. Além disso, eles só serão superados por intermédio de debates e ações voltadas às práticas inclusivas. E é nesse ponto que entra a importäncia que toda comunidade escolar esteja envolvida em torno de um bem maior, para que só então ocorra a inclusão, quando todos tiverem voz e forem atendidos em suas necessidades especiais. Ficou muito claro a falta de conhecimento sobre o assunto de muitos dos que participaram das rodas de debates. 
Capacitar os professores para lidar com o público alvo da educação especial precisa ser algo contínuo, considerando a diversidade de especificidades. Cada docente precisa se sentir estimulado para refletir sobre sua prática onde está inserido. De acordo com as afirmações de Rodrigues (2003), a formação deficitária traz sérias consequências à efetivação do princípio inclusivo, pressupondo custos e rearranjos posteriores que poderiam ser evitados. 
Destaca-se, porém, que a formação docente não pode restringir-se à participação em cursos eventuais, mas sim, necessita ir mais além, abrangendo programas de capacitação, supervisão e avaliação que sejam realizados de forma integrada e permanente. Em conversa com os próprios docentes envolvidos no projeto, eles assumiram não se sentem preparados para enfrentar os problemas que surgem no cotidiano escolar.
Toda e qualquer pessoa esta amparada por lei ao direito à educação. Não seria diferente com o público alvo da educação especial, este que inclusive, tem direito à educação em escolas de ensino regulares e por conta disso, cabe aos docentes fazer as adequações e adaptações pedagógicas, sempre que necessário, visando o pleno desenvolvimento do estudante.
De acordo com a legislação brasileira que rege a Educação Especial, está entre os deveres do Estado, fomentar assistência técnica e financeira, arcando inclusive, com os gastos com especialistas capacitados para acompanhar o desempenho escolar.
A necessidade da inclusão é uma tema que precisa ser retomado constantemente, pois, aquilo que para muitos é uma tarefa simples de se realizar, naturalmente, para outros, pode ser algo complexo ao ponto de se tornar impossível. 
Um dos espaços mais adequados para tais discussões, sem dúvida alguma, é o ambiente escolar, pois é nele que podem acontecer as mudanças, a idealização de metodologias que favoreçam a acessabilidade, independente da necessidade do indivíduo. O desafio para atingir o ideal, não é pequeno, mas também é possível desde que os envolvidos façam sua parte, em prol de uma educação com equidade e qualidade para todos.
 
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