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CCJ0014-WL-A-AMMA-07-AV1

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DIREITO CIVIL III
Aula 7 - Revisão
Conteúdo Programático desta aula
 Rever os principais pontos da disciplina
abordados até o momento
Teoria Geral dos Contratos
Fato Juridico “strictoFato Juridico “stricto
 sensu“sensu“
Fato Jurídico “latoFato Jurídico “lato
 sensu”sensu”
 AtosAtos
JurídicosJurídicos
“stricto“stricto
 sensusensu
Atos jurídicos “latoAtos jurídicos “lato
 sensu”sensu”
NegócioNegócio
JurídicoJurídico
UnilateralUnilateral
BilateralBilateral
Conceito de Contratos
contrato é um acordo de duas partes ou mais, para
constituir, regular ou extinguir entre elas uma relação
 jurídica patrimonial
 Código
Civil Italiano, art. 1.321
PartesPartes
Estrutura do ContratoEstrutura do Contrato
MediatoMediato
 (bem(bem
jurídico)jurídico)
ObjetoObjeto
ImediatoImediato
(operaçã)(operaçã)
Condições de validade dos contratos
Quanto à validade, os contratos seguem os mesmos requisitos do art. 104,
CC:
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
 Os contratos, enquanto negócios jurídicos que são,
 desdobram-se
em três planos distintos: existência, validade e eficácia
Os Princípio Contratuais
a) Princípio da Autonomia de vontade e
consensualismo;
-dirigismo contratual;
-reequilíbrio da balança contratual;
-hipossuficiente;
-limite e condições através de normas de
ordem pública;
-não pode haver interpretação absoluta
MODELO DE MOLDURA PARA
IMAGEM COM ORIENTAÇÃO
VERTICAL
b) Princípio da força obrigatória do contrato
- o contrato faz lei entre as partes - pacta sunt servanda; não se presta o
caráter absoluto; mecanismos jurídicos de regulação do equilíbrio
contratual
 Teoria da Imprevisão - rebus sic stantibus; teoria da
onerosidade excessiva; revisão ou resolução do contrato.
Art. 478. Nos contratos de execução
continuada ou diferida, se a prestação de uma
das partes se tornar excessivamente onerosa,
com extrema vantagem para a outra, em
virtude de acontecimentos extraordinários e
imprevisíveis, poderá o devedor pedir a
resolução do contrato. Os efeitos da sentença
que a decretar retroagirão à data da citação.
Art. 479. A resolução poderá ser evitada,
oferecendo-se o réu a modificar eqüitativamente
as condições do contrato.
Teoria da Imprevisão
Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem
a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que
a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo
de executá-la, a fim de evitar a onerosidade
excessiva.
c) Princípio da relatividade subjetiva dos efeitos dos contratos (entre
partes );
- Efeitos entre as partes; oponibilidade relativa ( versus erga omnes )
exceção: estipulação em favor de terceiros (prestação em
 benefício de terceiro) e contrato com pessoa a declarar
 ( promessa de prestação por terceiro); relativização do
 princípio.
d) Princípio da função social do contrato
- Subordinação do contrato ao interesse social
da coletividade;
- aspecto intrínseco – entre as partes, boa-fé
objetiva e lealdade negocial; tratamento
idôneo entre as partes; trato ético e leal;
deveres jurídicos gerais de cunho patrimonial e
dever jurídico colateral ou anexo decorrente
deste esforço socializante;
- aspecto extrínseco- em face da coletividade,
impacto eficial na sociedade; instrumento de
desenvolvimento social e de circulação de
riquezas; dever de informação,
confidencialidade, assistência, lealdade –
princípio da dignidade da pessoa humana;
MODELO DE MOLDURA PARA
IMAGEM COM ORIENTAÇÃO
VERTICAL
• O contrato não pode mais ser entendido como mera relação
 individual; por outro lado não se pode aniquilar os princípios da
 autonomia da vontade ou do pacta sunt servanda; trata-se de
 temperá-los à luz do bem comum;
• Função social do contrato – efeito de impor limites a liberdade de
 contratar em prol do bem comum;
“Art. 421 CC A liberdade de contratar será exercida em razão e nos
 limites da função social do contrato.”
e) Princípio da Boa-Fé objetiva;
- Princípio de substrato moral -
Boa fé subjetiva – estado de
ânimo ou espírito do agente sem
ter ciência do vício.
- Boa-fé objetiva – natureza de
princípio jurídico, regra de
comportamento, de fundo ético
e exigibilidade jurídica; cláusula
geral; espera-se que a outra
parte aja conforme o contrato,
lealdade contratual;
comportamento comum ao
homem médio; liga-se à
eticidade.
MODELO DE MOLDURA PARA
IMAGEM COM ORIENTAÇÃO
HORIZONTAL
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na
conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de
 probidade e boa-fé.
Boa-fé objetiva e sua tríplice função
 funçãofunçãofunção
interpretativainterpretativainterpretativa
 criação de
deveres anexos
BOA-FÉ OBJETIVA
controle docontrole do
 abuso deabuso de
 direitodireito
Interpretação dos Contratos
• Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais
 à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido
 literal da linguagem.
• Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados
 conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
• Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia
 interpretam-se estritamente.
A FORMAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS
 CONTRATOS
1. Negociações Preliminares (puntuação):
nesta fase ocorrem as tratativas para a
celebração do contrato. Não há vínculo
jurídico entre os negociantes, portanto, a não
conclusão do contrato não gera
responsabilidade civil contratual. Na fase de
puntuação pode ser elaborada minuta
contratual.
2. Policitação (proposta)
É uma declaração de vontade, dirigida de uma pessoa a outra, com quem
se deseja contratar,por força da qual a primeira manifesta sua intenção
de se considerar vinculada, se a outra parte aceitar.
Vincula o policitante, que responde, se injustificadamente se
 retira do negócio.
Oferta ao Público
Art. 429. A oferta ao público equivale a
proposta quando encerra os requisitos
essenciais ao contrato, salvo se o contrário
resultar das circunstâncias ou dos usos.
Parágrafo único. Pode revogar-se a oferta
pela mesma via de sua divulgação, desde que
ressalvada esta faculdade na oferta realizada.
Deixa de Ser Obrigatória a
 Proposta
Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não
foi imediatamente aceita. Considera-se
também presente a pessoa que contrata por
telefone ou por meio de comunicação
semelhante;
Art. 428 do Código Civil
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver
decorrido tempo suficiente para chegar a
resposta ao conhecimento do proponente;
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido
expedida a resposta dentro do prazo dado;.
Art. 428 do Código Civil
IV - se, antes dela, ou
simultaneamente, chegar ao
conhecimento da outra parte a
retratação do proponente.
Contra Proposta
Considerada uma nova proposta, havendo, pois inversão da polaridade da
relação inicial (o policitante passa a ser policitado e vice-versa).
A discussão ou a modificação do conteúdo da proposta pelo policitado
importa em nova proposta, desvinculando-se o policitante do conteúdo
anterior. A alteração dos termos da proposta pode se dar: por acréscimo
ou por restrição
Art. 431. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições,
 ou modificações, importará nova proposta.
3) Fase de Conclusão do Contrato
A aceitação faz com que a vontade
contratual seja formada, fazendo
com que o contrato seja concluído
(eficácia da aceitação). O Código
Civil adota, regra geral, a teoria
da agnição (ou declaração), na
modalidade expedição.
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IMAGEM COM ORIENTAÇÃO
HORIZONTAL
Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que
 a aceitação é expedida, exceto:
I - no caso do artigo antecedente;
II - se o proponentese houver comprometido a esperar resposta;
III - se ela não chegar no prazo convencionado.
Arrependimento
Art. 433. Considera-se inexistente a aceitação, se antes dela ou com
 ela chegar ao proponente a retratação do aceitante.
Aceitação Tácita
Art. 432. Se o negócio for daqueles em que não seja costume a
 aceitação expressa, ou o proponente a tiver dispensado, reputar-
 se-á concluído o contrato, não chegando a tempo a recusa.
Aceitação Tardia
Art. 430. Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde
 ao conhecimento do proponente, este comunicá-lo-á
 imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e
 danos.
Classificação dos Contratos
1-Quanto à qualidade dos sujeitos
contratantes, os contratos podem ser:
a) Contratos de direito comum: são regulados
pelo direito civil. São considerados contratos
paritários, em decorrência do princípio da
igualdade formal que informa o direito civil.
b) Contratos de consumo: são contratos cuja
polarização se dá entre consumidor e
fornecedor. Os contratos de consumo
são regulados pelas normas do Código de
Defesa do Consumidor(Lei nº 8.078/90)
MODELO DE MOLDURA PARA
IMAGEM COM ORIENTAÇÃO
VERTICAL
2- Quanto ao momento do
aperfeiçoamento do contrato, os
contratos podem ser:
a) Contratos consensuais: são
aqueles que se aperfeiçoam
simplesmente pela declaração da
vontade dos contratantes.
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IMAGEM COM ORIENTAÇÃO
HORIZONTAL
b ) Contratos reais: são aqueles que, para se aperfeiçoarem, precisam da
efetiva entrega da coisa (traditio rei). A declaração de vontade é
elemento necessário, porém insuficiente, devendo ocorrer a entrega do
bem para que o contrato seja celebrado.
Obs: aperfeiçoamento é diferente de cumprimento
3- Quanto à forma, os contratos
podem ser:
a) Solenes: aqueles cuja forma é
determinada pela lei. A
desobediência à forma prevista
em lei gera invalidade do
negócio jurídico.
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HORIZONTAL
b) Não solenes: aqueles em que não há forma especial para sua
celebração, seguindo, pois, o princípio da liberdade das formas.
Obs: parte da doutrina diferencia o contrato solene do contrato formal.
Segundo esta linha de pensamento, os contratos solenes são aqueles em
que há exigência de escritura pública para a sua celebração. Por outro
lado, os contratos formais são aqueles em que há regras especiais para sua
formação, como a exigência de forma escrita.
4- Quanto à tipicidade, os contratos podem ser:
a) Típicos: regulamentados por lei.
b) Atípicos: não regulamentados por lei.
OBS: Há parte da doutrina que não identifica como sinônimas as
 expressões típico e nominado, admitindo hipóteses de contratos
 nominados e atípicos, como o contrato de locação de garagem ou
 estacionamento, previsto no art. 1°, parágrafo único, da Lei n°
 8.245/90 (Lei de Locação).
5-Quanto as Pessoas de Direito Público e
Privado:
a) Contratos de Direito Público: são os
contratos em que a Administração Pública
figura em um dos pólos.
b) Contratos de Direito Privado: travados
entre particulares e regidos pelas normas de
direito privado. Os contratos de direito
privado podem ser de direito comum,
mercantis ou de consumo.
6-Quanto às obrigações recíprocas, os contratos podem ser:
a) unilaterais: impõem deveres a apenas uma das partes.
b) bilaterais: impõem deveres recíprocos a ambas as partes. São chamados
de contratos sinalagmáticos.
Obs: atentar para os chamados contratos bilaterais
 imperfeitos.
7- Quanto ao sacrifício patrimonial das
partes, o contrato pode ser:
a) Gratuito ou benéfico: é aquele em que só
há sacrifício de uma das partes.
b) Oneroso: é aquele em que há sacrifício
patrimonial de ambas as partes, de modo que
inexiste uma prestação e uma
contraprestação a ela correlata e
proporcional
7.b.1) Comutativos - quando
ambas as partes sabem com
exatidão suas prestações e
Contraprestações.
7.b.2) Aleatórios - quando há a
presença do risco (álea), que
pode recair tanto na própria
existência da coisa (contrato
aleatório emptio spei – de coisa
esperada), quanto na quantidade
da coisa (contrato aleatório
emptio rei speratae).
MODELO DE MOLDURA PARA
IMAGEM COM ORIENTAÇÃO
HORIZONTAL
8-Quanto às relações recíprocas, os contratos podem ser:
a) Principais: são independentes, existindo por si só.
b) Acessórios: são aqueles que guardam uma relação de dependência com
outro contrato, existindo em função dele
Os contratos coligados constituem situação intermediária, pois
se tratam de dois contratos principais por natureza, mas que,
por vontade das partes, estão unidos por um nexo funcional.
9- Quanto ao momento de seu cumprimento, os contratos
 podem ser:
a) de execução imediata (instantâneos): aqueles cujo
 vencimento ocorre concomitantemente com o
 aperfeiçoamento do contrato.
b) de execução diferida: são contratos a termo, que
 deverão ser adimplidos em sua totalidade na data do
 vencimento ajustada.
c) de execução continuada (execução sucessiva ou trato
 sucessivo): aqueles cuja execução se dará de forma
 periódica.
10- Quanto a elaboração:
a) Paritário – elaborado conjuntamente pelas partes
b) Adesão – art. 54, CDC: Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas
 tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou
 estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou
 serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar
 substancialmente seu conteúdo.
Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou
 contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável
 ao aderente.
Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que
 estipulem renúncia antecipada do aderente a direito resultante da
 natureza do negócio.
Efeitos dos contratos perante
 terceiros
Estipulação em favor de terceiros
É aquela em que uma das partes
beneficiará terceiro.
Elementos:
•estipulante
•promitente ou devedor
• terceiro ou beneficiário
Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir
 o cumprimento da obrigação.
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se
 estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la,
ficando, todavia, sujeito às condições e normas do
 contrato, se a ele anuir, e o estipulante não inovar nos
 termos do art. 438.
Art. 437. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o
 contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a
 execução, não poderá o estipulante exonerar o
 devedor.
Promessa de Fato de Terceiro
Ocorre quando uma parte declara uma
vontade que será realizada por terceiro;
Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de
terceiro responderá por perdas e danos,
quando este o não executar.
Parágrafo único. Tal responsabilidade não
existirá se o terceiro for o cônjuge do
promitente, dependendo da sua anuência o
ato a ser praticado, e desde que, pelo regime
do casamento, a indenização, de algum
modo, venha a recair sobre os seus bens.
MODELO DE MOLDURA PARA
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VERTICAL
Dos Vícios Redibitórios
São defeitos ocultos em coisa recebida em
virtude de contrato comutativo, que a
tornem imprópria ao uso a que se destina,
ou lhe diminua o valor.
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato
 comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos
 ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é
 destinada, ou lhe diminuam o valor.
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às
 doações onerosas.
Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato
 (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no
 preço.
Efeitos dos Vícios Redibitórios
Art. 443. Se o alienante conhecia
o vício ou defeito da coisa,
restituirá o que recebeu com
perdas e danos; se o não
conhecia, tão-somente restituirá
o valor recebido, mais as
despesas do contrato.
Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda
 que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecerpor vício oculto, já existente ao tempo da tradição.
Prazos Decadenciais:
Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou
 abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel,
 e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já
 estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à
 metade.
§ 1o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais
 tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência,
 até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de
 bens móveis; e de um ano, para os imóveis.
§ 2o Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por
 vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta
 desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo
 antecedente se não houver regras disciplinando a matéria.
Garantia
Art. 446. Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância
 de cláusula de garantia; mas o adquirente deve denunciar o
 defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu
 descobrimento, sob pena de decadência.
Da Evicção
É a perda do bem por sentença judicial
que atribui a outrem a propriedade da
coisa, em virtude de causa jurídica
anterior ao contrato.
O alienante é obrigado, não apenas a
entregar a coisa, mas garantir seu uso e
gozo
Requisitos da Evicção
1. Perda total ou parcial da propriedade
2. Onerosidade da Aquisição
3. Ignorância pelo adquirente da litigiosidade da coisa
4. Anterioridade do direito do evictor
5. Denunciação da lide do alienante
Art. 456. Para poder exercitar o direito que da evicção lhe resulta, o
 adquirente notificará do litígio o alienante imediato, ou qualquer
 dos anteriores, quando e como lhe determinarem as leis do
 processo.
Parágrafo único. Não atendendo o alienante à denunciação da lide, e
 sendo manifesta a procedência da evicção, pode o adquirente
 deixar de oferecer contestação, ou usar de recursos.
Código de Processo Civil:
Art. 70 - A denunciação da lide é obrigatória:
I - ao alienante, na ação em que terceiro reivindica a
 coisa, cujo domínio foi transferido à parte, a fim de
 que esta possa exercer o direito que da evicção lhe
 resulta;
O Posicionamento do STJ
O STJ tem entendimento atual de que a não
denunciação da lide não impede a indenização
por evicção.
Apenas, a mesma, somente será pleiteada
mediante ação própria.
Do Contrato Preliminar
Contrato preliminar, também conhecido como
pré-contrato, promessa de contratar, contrato
preparatório ou compromisso, é a convenção
de que se valem as partes, em uma fase inicial
de entabulamento de negócio, para obrigarem,
ou uma delas, à outorga futura de um contrato
definitivo. É fonte de uma obrigação de fazer,
qual seja, celebrar um contrato definitivo.
Requisitos de Validade do Contrato Preliminar:
Requisito Subjetivo – sujeito capaz (art. 104,I do Código
 Civil) e legitimado
Requisito Objetivo – lícito, possível, determinado ou
 determinável (art. 104, II do Código Civil)
Requisito Formal - Art. 462. O contrato preliminar,
 exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos
 essenciais ao contrato a ser celebrado.
Da Promessa de Compra e Venda
É a espécie de contrato preliminar
mais comum. Nesse tipo de
contrato as partes se obrigam a
contratação de compra e venda
definitiva posteriormente.
Art. 1.417. Mediante promessa de compra e venda, em
 que se não pactuou arrependimento, celebrada por
 instrumento público ou particular, e registrada no
 Cartório de Registro de Imóveis, adquire o promitente
 comprador direito real à aquisição do imóvel.
Art. 1.418. O promitente comprador, titular de direito
 real, pode exigir do promitente vendedor, ou de
 terceiros, a quem os direitos deste forem cedidos, a
 outorga da escritura definitiva de compra e venda,
 conforme o disposto no instrumento preliminar; e, se
 houver recusa, requerer ao juiz a adjudicação do
 imóvel.
STJ Súmula nº 239 
    O direito à adjudicação compulsória não se condiciona
 ao registro do compromisso de compra e venda no
 cartório de imóveis.
Extinção do Contrato
1. Modo normal de extinção do contrato.
Cumprimento:
“O vínculo contratual é, por natureza,
passageiro e deve desaparecer, naturalmente,
tão logo o devedor cumpra a prestação
prometida ao credor”.
(Humberto Theodoro Junior)
2. Modos anormais de extinção do
 contrato. Extinção do contrato
 sem cumprimento.
2.1. Causas anteriores ou
contemporâneas à formação do
contrato:
a) Nulidade absoluta e relativa.
b) Cláusula resolutiva.
Na execução do contrato, cada
contraente pode pedir a resolução do
acordo, se o outro não cumpre as
obrigações avençadas. Essa faculdade
pode resultar de estipulação ou de
presunção legal.
Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno
 direito; a tácita depende de interpelação judicial.
Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir
 a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o
 cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos,
 indenização por perdas e danos.
c) Direito de arrependimento.
Desde que expressamente previsto
no contrato, o arrependimento
autoriza qualquer das partes a
rescindir o ajuste, mediante
declaração unilateral da vontade,
sujeitando-se à perda do sinal, ou
à sua devolução em dobro, sem,
no entanto, pagar indenização
suplementar. Estamos diante das
arras penitenciais
Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de
 arrependimento para qualquer das partes, as arras ou
 sinal terão função unicamente indenizatória. Neste
 caso, quem as deu perdê-las-á em benefício da outra
 parte; e quem as recebeu devolvê-las-á, mais o
 equivalente. Em ambos os casos não haverá direito a
 indenização suplementar.
2. Modos anormais de extinção do
 contrato. Extinção do contrato
 sem cumprimento.
2.2. Causas supervenientes à
formação do contrato:
a) Resolução- tem como causa a
inexecução por um dos
contratantes.
Exceção do contrato não cumprido
Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos
contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode
exigir o implemento da do outro.
b) Resilição
b.1) Distrato
Art. 472. O distrato faz-se pela
mesma forma exigida para o
contrato.
b.2) Resilição unilateral:
Art. 473. A resilição unilateral, nos
casos em que a lei expressa ou
implicitamente o permita, opera
mediante denúncia notificada à
outra parte.
Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato,
uma das partes houver feito investimentos consideráveis
para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá
efeito depois de transcorrido prazo compatível com a
natureza e o vulto dos investimentos.
c) Morte de um dos contratantes
A morte de um dos contratantes só
acarreta a dissolução dos
contratos personalíssimos, que não
poderão ser executados pela
morte daquele em consideração do
qual foi ajustado. Subsistem as
prestações cumpridas, pois seu
efeito é ex nunc.

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