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21/07/2009 1 Oxigenoterapia Prof. Glauco Cardoso Base do conhecimento científico • O oxigênio é necessário para sustentar a vida. • Os sistemas cardíaco e respiratório servem para suprir as demandas de O2 do organismo. • O sangue é oxigenado por meio dosO sangue é oxigenado por meio dos mecanismos de ventilação, perfusão e transporte dos gases respiratórios. • Os reguladores químicos controlam a frequencia e a profundidade da respiração em resposta às demandas de O2 pelos tecidos. Anatomia do Coração Circulação Sangüínea Condução elétrica do coração ECG Normal 21/07/2009 2 Eventos elétricos Distúrbios de condução • Alguns distúrbios de condução são conseqüência de impulsos elétricos que não se originam do nó sinusal. Estes distúrbios são denominados Di iti i i ifi d d i d itDisritimias, significando um desvio do ritmo cardíaco sinusal normal. – Ex. Taquicardia sinusal, bradicardia sinusal, disritmia sinusal Taquicardia Sinusal Onda “p” presente e normal Freqüência de 100 a 180 batimentos/min – onda p normal Bradicardia Sinusal Onda “p” presente e normal Freqüência menor que 60 batimentos/min – onda p normal Disritmia Sinusal Onda “p” presente e normal Alterações no Funcionamento Respiratório • As doenças que afetam a ventilação e o transporte de oxigênio provocam alterações no funcionamento respiratório. As três principais alterações são:principais alterações são: – Hiperventilação – Hipoventilação – Hipoxia 21/07/2009 3 Objetivo da Ventilação • É produzir uma tensão arterial normal de dióxico de carbono (PaCO2) entre 35 e 45mmHg e manter uma tensão normal de Oxigênio (PaO2) entre 95 e 100mmHgOxigênio (PaO2) entre 95 e 100mmHg Hiperventilação • É um estado de ventilação superior ao necessário para eliminar o gás carbônico venoso normal produzido pelo metabolismo celularcelular. – Ansiedade, infecções, medicamentos ou desequilíbrio ácido‐básico podem induzir à hiperventilação. – A ansiedade aguda pode levar à hiperventilação e provocar desmaio devido ao excesso de expiração de PaCO2 – Febre – Para cada 1oC, ocorre aumento de 7% na taxa metabólica, tornando maior a produção de PaCO2. Hipoventilação • Ocorre quando a ventilação alveolar é inadequada para satisfazer á demanda de O2 do organismo ou eliminar o dióxico de carbono fi i t A did til ã l lsuficiente. A medida que a ventilação alveolar diminui, a PaCO2 eleva‐se. Hipoxia • É a oxigenação tissular inadequada ao nível celular, o que pode resultar de deficiência no fornecimento de oxigênio ou utilização de i ê i í l l l P d doxigênio no nível celular. Pode ser causada por: – < nível de hemoglobina e redução da capacidade de transporte de oxigênio do sangue; – Menor concentração de O2 inspirado ‐ altitudes; – Intoxicação por cianeto; – Pneumonia; – Fraturas de múltiplas costelas. Acidose respiratória • Os quatro grandes distúrbios do equilíbrio ácido‐base são de origem respiratória ou metabólica. • Os distúrbios de origem respiratória decorrem de alterações da eliminação do dióxido de carbono (CO2) do sangue, ao nível das membranas alvéolo‐capilares. Acidose respiratória • A redução da eliminação do dióxido de carbono nos pulmões, faz elevar o seu nível no sangue; em conseqüência, eleva‐se o nível do ácido bô icarbônico. • Há maior quantidade de íons hidrogênio livres no organismo e o pH cai. O distúrbio resultante é a acidose respiratória. 21/07/2009 4 Acidose respiratória • A quantidade aumentada de dióxido de carbono no sangue, em consequência da redução da sua eliminação é denominada hipercapnia. • A acidose respiratória é, portanto, consequência de alterações da ventilação pulmonar, caracterizadas por hipoventilação pulmonar e insuficiência respiratória. Acidose respiratória • A acidose respiratória pode estar relacionada a alterações de diversas naturezas que comprometem a adequada eliminação do dióxido de carbono produzido pelo organismodióxido de carbono produzido pelo organismo. – Ex. Sist. Nervoso, caixa torácica ou parênquima pulmonar. Acidose respiratória alterações laboratoriais da acidose respiratóriaacidose respiratória. 1. O pH está baixo (inferior a 7,35); 2. A PCO2 está elevada (acima de 45mmHg). Tratamento da Acidose respirat. • Em linhas gerais o tratamento consiste de medidas para estimular a ventilação pulmonar que vão desde o incentivo à tosse e eliminação de secreções bronco‐ pulmonares até a entubação traqueal e ventilaçãopulmonares até a entubação traqueal e ventilação mecânica. • Um plano adequado de toilete bronco‐pulmonar e fisioterapia respiratória são importantes medidas auxiliares que, em certas circunstâncias podem contribuir para reduzir a necessidade de ventilação mecânica. Alcalose Respiratória • Os quatro grandes distúrbios do equilíbrio ácido‐base são de origem respiratória ou metabólica. • Os distúrbios de origem respiratória decorrem• Os distúrbios de origem respiratória decorrem de alterações da eliminação do dióxido de carbono (CO2) do sangue, ao nível das membranas alvéolo‐capilares. Alcalose Respiratória • A eliminação respiratória regula a quantidade de dióxido de carbono no sangue e, dessa forma, regula o nível de ácido carbônico. Quando a eliminação do dióxido de carbonoQuando a eliminação do dióxido de carbono nos pulmões é elevada, o nível sanguíneo de ácido carbônico se reduz; há menor quantidade de íons hidrogênio livres. 21/07/2009 5 Alcalose Respiratória • A quantidade reduzida de dióxido de carbono no sangue, em consequência da hiperventilação é denominada hipocapnia. • O distúrbio resultante é a alcalose respiratória• O distúrbio resultante é a alcalose respiratória. A alcalose respiratória é, portanto, consequência da hiperventilação pulmonar. Alcalose Respiratória ‐ Causas • É sempre conseqüência da hiperventilação pulmonar, tanto na forma aguda ou crônica. • Hiperventilação secundária a doença pulmon. • Resposta quimioreceptora levando aResposta quimioreceptora levando a hiperventilação. • Disfunção do SNC. • angústia, dor, febre elevada com calafrios, insuficiência hepática, meningoencefalites, sepsis e hipertireoidismo. Alcalose Respiratória • O distúrbio primário da alcalose respiratória é a eliminação excessiva de dióxido de carbono ao nível das membranas alvéolo‐capilares dos pulmõespulmões. Alcalose Respiratória alterações laboratoriais da alcalose respiratóriaalcalose respiratória. 1. O pH está elevado(acima de 7,45); 2. A PCO2 está diminuida (abaixo de 35mmHg). Tratamento Alcalose respirat. • Em geral os quadros de alcalose são leves e de baixa gravidade. • O tratamento em todos os casos consiste em remover a causa da hiperventilaçãoremover a causa da hiperventilação. Acidose metabólica • Ocorre acidose metabólica quando há predomínio da quantidade de ácidos fixos em relação às bases disponíveis para a sua neutralizaçãoneutralização. 21/07/2009 6 CAUSAS DE ACIDOSE METABÓLICA • Ocorre em quatro circunstâncias: 1. Aumento da produção de ácidos não voláteis, que supera a capacidade de neutralização ou de eliminação do organismo;neutralização ou de eliminação do organismo; 2. Ingestão de substâncias ácidas; 3. Perdas excessivas de bases do organismo; 4. Dificuldade de eliminação de ácidos fixos. Hipóxia dos tecidos (tissular) • Em condições de baixa oxigenação, os tecidos recorrem ao metabolismo anaeróbico para manter a produção de energia. • A via anaeróbica tem como produtos finais os• A via anaeróbica tem como produtos finais os ácidos fixos (lático e pirúvico) • A reduzida perfusão dos tecidos que ocorre nos quadros de choque ou de baixo débito cardíaco é a causa da hipóxia tissular.Causas da acidose metabolica • Choque hipovolêmico • Baixo débito cardíaco • Hipotensão arterial • Diabetes descompensado• Diabetes descompensado • Diarréia (principalmente em crianças) • Obstrução intestinal alta • Cirurgias prolongadas. • Insuficiência renal Acidose e parada cardíaca • Nos casos de parada cardio‐respiratória em que a recuperação não é muito rápida, sempre ocorre acidose metabólica. Esta, por sua vez reduz a qualidade da resposta àssua vez, reduz a qualidade da resposta às medidas de recuperação. Acidose na diabetes • Quando a insulina falta ou é insuficiente, como no caso do diabetes mellitus, a glicose não é corretamente utilizada; a via metabólica alternativa produz corpos cetônicos comoalternativa produz corpos cetônicos como produto final, que tem caráter ácido. A acidose metabólica, produzida pelo acúmulo dos corpos cetônicos corresponde a um tipo especial, conhecida como cetoceto‐‐acidoseacidose diabéticadiabética. Acidose em acidentes com crianças • A ingestão acidental de grande quantidade de aspirina, comum em crianças, produz acidose metabólica por absorção maciça do ácido acetil salicílicoacetil salicílico. 21/07/2009 7 Acidose na diarréia • As diarréias das crianças que levam à desidratação podem gerar acidose metabólica por perda excessiva de bases; a diarréia da cólera também se acompanha de distúrbioscólera, também se acompanha de distúrbios da mesma natureza. Acidose na insuficiência renal • Quando ocorre redução da função tubular renal ou do número de néfrons funcionantes, há grande limitação na capacidade do organismo eliminar ácidos fixos originários doorganismo eliminar ácidos fixos originários do metabolismo. Isto é o que ocorre na insuficiência renal. Alterações da fisiologia • Os íons hidrogênio liberados pela dissociação do ácido em excesso reduzem o pH. Os radicais dos ácidos fixos em excesso nos líquidos do organismo e no sangue reagem com o bicarbonato do tampão, do que resulta maior produção de lactato e ácido carbônico que, sob a forma de CO2 é eliminado pelos pulmões. Como o bicarbonato do sistema tampão é consumido pelo ácido em excesso, a sua quantidade diminui; altera‐se a relação normal do sistema tampão e há déficit de bases. Quadro laboratorial Tratamento acidose metabolica • Consistem fundamentalmente na eliminação das causas de hipóxia que, em geral inclui a reposição hídrica e volêmica, normalização do débito cardíaco e correção da hipotensão arterial. • A administração de bicarbonato de sódio pode controlar a acidose metabólica. • Nos casos de PCR podemos administrar 1 a 2 mEq. de bicarbonato de sódio por quilo de peso a cada 15 ou 30 minutos. Alcalose Metabólica • Quando há acúmulo de bases no organismo, em relação à quantidade de ácidos a serem neutralizados, configura‐se o quadro da alcalose metabólica Isto pode ocorrer emalcalose metabólica. Isto pode ocorrer em conseqüência de ganho real de bases ou em conseqüência da perda de ácidos. 21/07/2009 8 CAUSAS DE ALCALOSE METABÓLICA 1. Ganho excessivo de bases. Em geral as bases em excesso são administradas, sob a forma de bicarbonato de sódio, com o intuito de tamponar acidose pré‐existentestamponar acidose pré existentes. 2. Perda de ácidos ou íons hidrogênio. A perda de íon mais comum ocorre durante vômitos que eliminam grande qtdade de ác. clorídrico. Alterações da fisiologia • Quando ocorre um excesso de bases, estas captam os íons hidrogênio, cuja concentração fica menor; o pH se eleva. As bases em excesso reagem com o ácido carbônico, produzindo bicarbonato e outros. O bicarbonato total e o bicarbonato standard se elevam. A perda de íons hidrogênio também eleva o pH. O bicarbonato deixa de ser reabsorvido do filtrado glomerular e a urina se torna mais alcalina. Quadro laboratorial 1. O pH está elevado, superior a 7,45; 2. A PaCO2 está normal; não há interferência respiratória na produção do distúrbio; 3. O bicarbonato real está elevado, acima de 28mM/L; 4. Há um excesso de bases (BE), superior a +2mEq/L. 1. O pH está elevado, superior a 7,45; 2. A PaCO2 está normal; não há interferência respiratória no distúrbio; 3. O bicarbonato real está elevado, acima de 28mM/L; 4. Há um excesso de bases (BE), superior a +2mEq/L. Tratamento da Alcalose metabólica • De um modo geral a alcalose metabólica é leve ou moderada e não requer tratamento especial a não ser a remoção da sua causa, quando possível A reposição líquida nos casosquando possível. A reposição líquida nos casos de vômitos, com freqüência contribui para normalizar o total das bases. O uso mais moderado dos diuréticos e a administração de cloreto de potássio tendem à normalizar os demais quadros.
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