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Alterações no Equilibiro Ácido-Base

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ALTERAÇÕES NO EQUILÍBRIO 
ÁCIDO - BASE 
Uma propriedade importante do 
sangue é o seu grau de acidez ou de 
alcalinidade. A acidez ou alcalinidade 
de qualquer solução, inclusive do 
sangue, é indicada pela escala de pH. 
A escala de pH varia entre 0 
(FORTEMENTE ÁCIDO) e 14 
(FORTEMENTE BÁSICO OU ALCALINO). 
O pH de 7.0, no centro da escala é o 
neutro. 
O sangue normalmente é 
levemente básico, com pH normal na 
faixa de cerca de 7.35 a 7.45. 
Normalmente o corpo mantém o pH 
sanguíneo próximo de 7.40. 
O médico avalia o equilíbrio 
ácido-base da pessoa, medindo o pH e 
os níveis de dióxido de carbono (um 
ácido) e bicarbonato (uma base) no 
sangue. 
A acidez do sangue aumenta 
quando: 
• O nível de compostos ácidos 
no corpo aumenta (por meio 
do aumento da ingestão ou 
produção, ou diminuição da 
eliminação); 
• O nível de compostos básicos 
(alcalinos) no corpo diminui 
(por meio da diminuição da 
ingestão ou produção ou do 
aumento da eliminação). 
A alcalinidade aumenta quando: 
• Os níveis de ácido no corpo 
diminuem ou quando os 
níveis de base aumentam. 
O equilíbrio do corpo entre acidez 
e alcalinidade é denominado equilíbrio 
ácido-base. 
O equilíbrio ácido-base do sangue 
é controlado com precisão, visto que 
até mesmo um pequeno desvio da 
faixa normal pode afetar gravemente 
muitos órgãos. O corpo utiliza 
mecanismos diferentes para controlar 
o equilíbrio ácido-base no sangue. 
Esses mecanismos envolvem: 
• Pulmões; 
• Rins; 
• Sistemas de tampão. 
FUNÇÃO DOS PULMÕES. 
 Um mecanismo usado pelo corpo 
para controlar o pH sanguíneo envolve 
a liberação do dióxido de carbono dos 
pulmões. 
O dióxido de carbono, que é 
ligeiramente ácido, é o produto 
residual do processamento 
(metabolismo) do oxigênio e 
nutrientes (que todas as células 
necessitam) e, como tal, é 
constantemente produzido pelas 
células. 
Depois disso, ele passa das 
células para o sangue. O sangue 
transporta o dióxido de carbono para 
os pulmões, onde é exalado. 
Quando o dióxido de carbono se 
acumula no sangue, o pH sanguíneo 
diminui (aumento da acidez). 
O cérebro regula o volume de 
dióxido de carbono que é exalado 
através do controle da velocidade e da 
profundidade da respiração 
(ventilação). 
O volume de dióxido de carbono 
exalado e, consequentemente, o pH 
sanguíneo, aumentam quando a 
ALTERAÇÕES NO EQUILÍBRIO 
ÁCIDO - BASE 
respiração se torna mais rápida e mais 
profunda. 
Por meio do ajuste da velocidade 
e da profundidade da respiração, o 
cérebro e os pulmões são capazes de 
regular o pH sanguíneo minuto a 
minuto. 
FUNÇÃO DOS RINS. 
Os rins são capazes de afetar o 
pH sanguíneo pela excreção de excesso 
de ácidos ou de bases. 
Os rins apresentam, certa 
capacidade para alterar a quantidade 
de ácido ou base que é excretada, mas 
como os rins fazem este ajuste de 
forma mais lenta do que os pulmões, 
está compensação costuma levar 
vários dias. 
SISTEMAS DE TAMPÃO 
Protegem contra as alterações 
repentinas na acides ou na 
alcalinidade. 
Os sistemas de tampão pH são 
combinações do próprio corpo que 
ocorrem naturalmente quando já 
ácidos fracos e bases fracas. Estes 
ácidos e bases fracas existem em 
pares que estão em equilíbrio sob 
condições de pH normal. 
Os sistemas de tampão de pH 
funcionam quimicamente para 
minimizar as alterações do pH da 
solução pelo ajuste da proporção de 
ácido e base. 
O sistema de tamponamento de 
pH mais importante no sangue envolve 
o ácido carbônico (um ácido fraco 
formado a partir do dióxido de carbono 
dissolvido no sangue) e os íons de 
bicarbonato (a base correspondente). 
TIPOS DE ALTERAÇÕES DO EQUILÍBRIO 
ÁCIDO-BASE 
Há duas anormalidades no 
equilíbrio ácido-base: 
• Acidose: O sangue contém 
excesso de ácido (ou 
pouquíssima base), o 
resultado em diminuição do 
pH sanguíneo. 
• Alcalose: O sangue contém 
excesso de base (ou 
pouquíssimo ácido), 
resultando em aumento do 
pH sanguíneo. 
A acidose e a alcalose não são 
doenças; elas são o resultado de uma 
grande variedade de distúrbios. A 
presença de acidose ou alcalose 
fornece um importante indício para o 
médico de que existe um problema 
grave. 
TIPOS DE ACIDOSE E ALCALOSE 
• Acidose metabólica e 
alcalose metabólica: são 
causadas por um 
desequilíbrio na produção 
de ácidos ou bases e na 
excreção renal. 
• Acidose respiratória e 
alcalose respiratória: são 
provocadas por alterações 
na exalação de dióxido de 
carbono devido a distúrbios 
pulmonares ou 
respiratórios. 
ALTERAÇÕES NO EQUILÍBRIO 
ÁCIDO - BASE 
A pessoa pode apresentar mais de 
uma alteração do equilíbrio ácido-
base. 
DISTÚRBIOS ACIDOBÁSICOS 
Examinar a direção das 
alterações de HCO3 e PCO2. 
 
VALORES NORMAIS. 
 
SETE PASSOS. 
1. Identificar a natureza do 
distúrbio a partir do pH: acidose 
ou alcalose; 
2. Examinar a direção das 
alterações do HCO3 e PCO3; 
3. Determinar se há hipoxia (são2 ≥ 
94%); 
4. avaliar a compensação para 
verificar se o distúrbio é simples 
ou misto. Lembrar que 
compensação não significa 
normalização do pH. 
5. Determinar se o AG HCO3 
esperado auxiliam no 
diagnostico diferencial da 
acidose metabólica; cloro 
urinário na alcalose metabólica; 
6. Fazer o diagnostico diferencial 
do DAB. Lembrar que o distúrbio 
é um sinal de uma doença de 
base; 
7. Tratar a doença de base, a 
menos que o DAB requeira uma 
intervenção imediata. 
ACIDOSE METABÓLICA 
A acidose metabólica “pura” é 
definida por um HCO3 < 22mEq/L e um 
pH < 7,35. 
Acidose metabólica grave: HCO3 
< 10mEq/L e BE < -10mEq/L – pode 
baixar o pH para níveis inferiores a 
7,10 pondo em risco a vida do paciente. 
Excesso de H+ não derivado do 
CO2 ou quando há perda de HCO3 para 
o meio externo. 
Acidose metabólica é definida por 
uma diminuição dos níveis sanguíneos 
de bicarbonato, independente do pH. 
ALCALOSES METABÓLICAS. 
A alcalose metabólica “pura” é 
definida por HCO3 > 26mEq/L e um pH 
> 7,45. 
ALTERAÇÕES NO EQUILÍBRIO 
ÁCIDO - BASE 
A alcalose metabólica é sinônimo 
de retenção de bicarbonato. 
Condições responsáveis pela 
manutenção da alcalose metabólica: 
1. Hipovolemia; 
2. Depleção de cloreto; 
3. Hiperaldosteronismo; 
4. Hipopotassemia. 
ACIDOSE RESPIRATÓRIA. 
A acidose respiratória “pura” por 
PCO2> 45mmHg e um pH < 7,35. 
Em situação crônicas, por ser 
lento e progressivo, o aumento do 
PCO2 é eficazmente compensado pela 
retenção renal de HCO3 uma espécie 
de alcalose metabólica compensatória, 
que provoca um aumento do excesso 
de base (BE) na gasometria. 
Nas acidoses respiratórias 
agudas graves o paciente costuma 
evoluir com a síndrome da 
carbonarcose, sendo tratamento 
efetivo a intubação traqueal e 
ventilação mecânica. 
A acidose respiratória crônica 
não precisa ser tratada quando no 
estado compensado, a conduta visa 
apenas o tratamento da doença de 
base. 
CAUSAS DE ACIDOSE 
RESPIRATÓRIA. 
 
 
 
 
 
 
Alcalose respiratória 
A alcalose respiratória “pura” é 
definida por uma PCO2 < 35mmHg e 
um pH > 7,45. 
O mecanismo: HIPERVENTILAÇÃO 
PULMONAR. 
Na alcalose respiratória crônica, 
o rim elimina mais bicarbonato, na 
tentativa de compensar o pH, levando 
a um excesso de base (BE) mais 
negativo. 
O tratamento é voltado para a 
causa básica. 
ANÁLISE DA GASOMETRIA 
ARTERIAL. 
1. Há distúrbio acidobásico? 
2. O paciente está acidêmico 
ou alcalêmico? 
3. Qual o distúrbio 
acidobásico primário? 
4. Resposta compensatória 
esperada. 
5. Como reconhecer um 
distúrbio acidobásico 
misto? 
GASOMETRIA ARTERIAL X GASOMETRIA 
VENOSA 
 
 
 
 
 
 
ALTERAÇÕES NO EQUILÍBRIO 
ÁCIDO - BASE 
GASOMETRIA ARTERIAL. 
Principais indicações: 
1. Doenças infecciosas 
pulmonares: pneumonia; 
2. Doenças vasculares pulmonares: 
tromboembolismo pulmonar; 
3. Obstrução de vias aéreas: asma 
e DPOC; 
4. Doenças pulmonaresintersticiais; 
5. Patologia pleurais: derrame 
pleural; 
6. Patologia neoplásticas 
pulmonar; 
7. Patologias da caixa torácica e 
doenças neuromusculares; 
8. Síndrome da apneia obstrutiva 
do sono; 
9. Doenças cárdicas: insuficiência 
cardíaca e edema agudo de 
pulmão; 
10. Dispneia a esclarecer; 
11. Mensuração do equilíbrio 
acidobásico. 
 
 
CASO CLÍNICO 
Uma mulher, 68 anos, com doença 
renal crônica, chega á emergência 
com queixas de fraquezas, perda de 
peso, anorexia, náuseas e vômitos. Ao 
exame físico é revelado: 
• Estertores bi basais crepitantes: 
comprometimento alveolar, tal 
como ocorre na pneumonia, no 
infarto pulmonar e na fase inicial 
do edema agudo do pulmão. Em 
condições fisiológicas, é possível 
aparecerem estertores 
crepitantes nas regiões inferiores 
do pulmão de pessoas acamadas, 
que permanecem muito tempo 
numa mesma posição. 
• Ritmo cardíaco regular; 
• Ausência de visceromegalias 
abdominais; 
• Edema periférico +/4+ -> 
intensidade ao 
edema; 
Exames laboratoriais: 
Cr = 12/Ur = 250 mg/dl / k+ = 5,8 
mEq/L / Na+ = 135mEq/L 
Cl = 85mEq/L / BIC = 18mEq/L; 
Gasometria arterial: 
pH = 7,20 / PaCO2: 25mmHg/ BIC = 18mEq/L; 
Acidose Respiratória

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