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CCJ0014-WL-D-SIA- Contratos - Promessa de Recompensa

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Silvio Venosa: fixação de recompensa pela
realização de ato, ação ou conduta, com obtenção
de certo resultado, de acordo com o anúncio feito
com divulgação. O negócio jurídico unilateral
caracteriza-se tão-só pela manifestação di
promitente, independentemente do consentimento
de outra parte, de oblato ou de eventual credor.
(Direito civil. Vol. III. 8.ed. São Paulo: Atlas, 2008. p. 409).
Conceito
Art. 854. Aquele que, por anúncios públicos, se
comprometer a recompensar, ou gratificar, a quem
preencha certa condição, ou desempenhe certo
serviço, contrai obrigação de cumprir o prometido.
Art. 855. Quem quer que, nos termos do artigo
antecedente, fizer o serviço, ou satisfizer a
condição, ainda que não pelo interesse da
promessa, poderá exigir a recompensa estipulada.
Código Civil – Art. 854 e 855
É negócio jurídico unilateral, por prescindir de
interferência do eventual credor para se aperfeiçoar.
Não se confunde com contrato preliminar de
doação, eis que os contratos preliminares exigem a
aceitação do promitente-donatário. Logo, a falta de
participação do eventual credor para a formação do
negócio afasta a natureza contratual da promessa
de recompensa.
Natureza Jurídica
a) declaração de vontade do promitente;
b) inexigibilidade de recepção do eventual credor;
c) objeto determinado.
Elementos
O direito subjetivo de receber o prêmio surgirá
quando a conduta for praticada por um dos
destinatários (art. 855, CC). Se mais de uma pessoa
praticar a conduta tipificada na declaração de
vontade, os critérios de identificação do beneficiário
estão estabelecidos nos arts. 857 e 858, CC
Direito ao Prêmio
Art. 857. Se o ato contemplado na promessa for
praticado por mais de um indivíduo, terá direito à
recompensa o que primeiro o executou.
Art. 858. Sendo simultânea a execução, a cada um
tocará quinhão igual na recompensa; se esta não
for divisível, conferir-se-á por sorteio, e o que
obtiver a coisa dará ao outro o valor de seu
quinhão.
Código Civil – Art. 857 e 858
É lícito ao promitente revogar a promessa,
desde que o faça conforme os requisitos do art.
856, CC:
“Art. 856. Antes de prestado o serviço ou
preenchida a condição, pode o promitente revogar a
promessa, contanto que o faça com a mesma
publicidade; se houver assinado prazo à execução
da tarefa, entender-se-á que renuncia o arbítrio de
retirar, durante ele, a oferta.
Parágrafo único. O candidato de boa-fé, que
houver feito despesas, terá direito a reembolso.”
Revogabilidade
No concurso, o prêmio é atribuído a quem
demonstrar maior mérito, nos termos do anúncio.
Na promessa de recompensa, caberá a quem
praticou o serviço em primeiro lugar, independente
de suas qualidades pessoais. (TEPEDINO, et. al. Código
civil interpretado: de acordo com a Constituição da República. Vol. II.
Rio de Janeiro: Renovar, 2006. p. 698).
Concurso

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