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ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES SALVADOR/BA Contratos: Negócio Jurídico: Base do efeito jurídico perseguido. Vontade humana, ordem legal, criação de obrigações: Consentimento, legalidade, ato negocial (adquirir, resguardar, transferir, conservar, modificar ou extinguir direitos) Bilateralidade: Ex: casamento (d. das famílias); Contratos administrativos (d. adm.); Demais convenções, de modo geral; Manifestação individual da ordem jurídica: contrato se assemelha a lei, embora de âmbito mais restrito. Contrato – convenção – pacto Pacto: Cláusula aposta em certos contratos a fim de lhes conferir um feitio especial, provida de sanção Convenção: Compreende além dos negócios plurilaterais, as modificações e extinção de obrigações anteriormente existentes. Contratos: Serviria tão somente para criar obrigações, apenas os acordos normativos. Obs.: No direito moderno, não se observa mais essa distinção. Aspectos históricos: Direito Romano: Caráter personalíssimo da obligatio, sujeição dos corpos (destaque para a manutenção dos seus arquétipos com poucas alterações) Direito Moderno: Impessoalidade, sujeição do Patrimônio, dos bens Obs.: subsiste no direito moderno o caráter personalíssimo? Sim, excepcionalmente. Este é o caso das obrigações personalíssimas. ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES SALVADOR/BA Princípios Contratuais Liberdade de contratar (Se quiser) X Liberdade contratual (cláusulas) Limitações: A) Limitações á liberdade de contratar: A normação dos contratos típicos, nos quais o próprio CC oferece a estrutura legal daquela espécie contratual (Art. 425, CC) Ex.: vedar, no contrato de mandato, a resolução unilateral (renúncia) do mandante não é possível, em virtude do artigo 682, CC. B) Limitações à liberdade de contratar: Art. 39, CDC. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: II- recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas responsabilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes; (vedação ao ágio) IX- recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediação regulados em leis especiais; (não discriminação) Art. 421, CC. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. Princípio da obrigatoriedade: Direito romano: se tornava em direito aquilo que a língua exprimisse” Não é lícito arrependimento: só há revogação com consentimento mútuo; Não é lícito ao juiz alterá-lo, ainda que para torná-lo mais humano Irreversibilidade da palavra empenhada As partes escolheram os termos de sua vinculação e assumiram todos os riscos (liberdade de contratar e liberdade contratual) Fundamento da obrigatoriedade: segurança jurídica Limitações: -Princípio da revisão dos contratos; -Princípio da função social dos contratos; -Princípio da eticidade contratual. Princípio da consensualidade Bilateralidade: premissa fundamental dos contratos Art. 122, CC. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. Alguns aspectos históricos: Extremo formalismo do Direito Romano, em razão das imposições do comércio. ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES SALVADOR/BA Idade média: formalismo ligado à perspectiva religiosa; Direito moderno: contratos se oram pelo consenso (exceções: contratos que exigem a observância de formalidades e a tradição) Obs.: Diferença entre princípio da consensualidade (consentimento bilateral) e princípio do consensualismo ou liberdade das formas. Princípio da relatividade: Tem sua origem no direito romano, aduz que os contratos dizem respeito, tão somente, às suas partes. Limitação: Função social do contrato? Exceções legais: estipulação em favor de terceiros; promessa de fato de terceiro. Regra da boa-fé objetiva: Art. 422, CC. Abstenção de prejudicar (CC, 16 – BOA FÉ SUBJETIVA) Dever de cooperar (CC, 2002 – BOA FÉ OBJETIVA) Não diz respeito ao estado mental subjetivo do agente, mas sim a o seu comportamento em determinada relação jurídica de cooperação. Elemento interpretativo do contrato; Elemento de criação de deveres jurídicos: correção, confiança, cuidado, segurança cooperação, sigilo); Venice contra factum proprium: veda que a conduta da parte entre em contradição om conduta anterior. Regra da função social do contrato: Modernidade: generalização da forma contratual. Circulação de mercadorias e riquezas Função civilizadora e educativa; maior individualidade humana; Art. 421, CC. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. A liberdade de contratar é exercida em razão da autonomia da vontade que a lei outorga ás pessoas. Exemplos práticos de contratos que podem ferir o interesse social: -Contratos realizados em virtude de DUMPING (crime econômico) -Fusão Sadia + Perdigão: BRF -Contratos ilícitos, de modo geral. Dirigismo contratual: maior controle da atividade das partes. ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES SALVADOR/BA Contratos, atos unilaterais e ato ilícitos Os contratos representam a principal fonte das obrigações. Eles se diferenciam dos atos ilícitos e dos atos unilaterais de vontade porque geram obrigações consentidas pelos contratantes. Bilateralidade: Bilateralidade são dois centros de interesse, dois polos da relação jurídica contratual, por isso, não existe autocontrato. Nem mesmo quando o advogado também é parte Contrato unilateral: mesmo que haja dois polos, dois centros de interesse, ele fica concentrado em uma parte apenas Ex: quando eu vou locar o imóvel de Naldo e ele me passa uma procuração para que eu mesmo alugue e loque, não é autocontrato, são dois polos representados Ex: quando um advogado representa as duas partes do contrato Função dos contratos: Garantia de segurança jurídica, confiabilidade, ética, boa-fé, honradez, lisura e bem-estar social ás relações econômicas. Dirigismo contratual: Quando o Estado intervém nas relações privadas exigindo-lhe forma específica para a sua realização, estabelecida em lei, ou mesmo quando a jurisdição estatal é provocada a se manifestar em face de efeitos sociais negativos do contrato. Ex: o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), órgão público vinculado ao poder executivo federal, responsável pela apuração de atividades econômicas que descumpram os princípios da ordem econômica, previstos no art. 170 da CF. Evitando a formação de cartéis, monopólios, oligopólios e outras violações á livre concorrência. Elementos essenciais dos contratos Subjetivos: Capacidade genérica, aptidão específica para contratar e consentimento Objetivos: Dizem respeito ao objeto do contrato, se lícito, possível, determinado ou determinável. Requisitos formais: Consensualismo em detrimento do formalismo. Requisitos subjetivos Capacidade genérica Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES SALVADOR/BA Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: I -Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II -Os ébrios habituais e os viciados em tóxico; III -Aqueles que, por causa transitória oupermanente, não puderem exprimir sua vontade; IV -Os pródigos Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: I - Pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; II - Pelo casamento; III - pelo exercício de emprego público efetivo; IV - Pela colação de grau em curso de ensino superior; V - Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. OBS: Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos cointeressados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum Capacidade contratual: aptidão específica para contratar Exemplos de incapacidade contratual no Código Civil: Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido. Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o regime de bens for o da separação obrigatória. Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública: I -Pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os bens confiados à sua guarda ou administração; II -Pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que servirem, ou que estejam sob sua administração direta ou indireta; III - pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e outros serventuários ou auxiliares da justiça, os bens ou direitos sobre que se litigar em tribunal, juízo ou ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES SALVADOR/BA conselho, no lugar onde servirem, ou a que se estender a sua autoridade; IV - pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados. Parágrafo único. As proibições deste artigo estendem-se à cessão de crédito. Consentimento � ACORDO SOBRE A EXISTÊNCIA E NATUREZA DO CONTRATO (se um dos contratantes quer aceitar uma doação e outro quer vender, contrato não há) � ACORDO SOBRE O OBJETO DO CONTRATO � ACORDO SOBRE AS CLÁUSULAS DO CONTRATO OBS: AUTOCONTRATO Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo. –Para evitar a sujeição do ato ao arbítrio exclusivo de uma das partes Requisitos OBJETIVOS � Art. 104, CC. A validade do negócio jurídico requer: I -Agente capaz; II -Objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III -Forma prescrita ou não defesa em lei. � IMPOSSIBILIDADE ABSOLUTA X RELATIVA Art. 106, CC. A impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condição a que ele estiver subordinado. � DETERMINABILIDADE: objeto deve ser discriminado quanto a sua espécie, quantidade e às suas características individuais OBS: Art. 426, CC. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva. Requisitos FORMAIS Consensualismo em detrimento do formalismo 3 espécies de forma: livre, especial ou solene (constitutiva ou essencial), contratual Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir. Maior das exigências: forma escrita, por instrumento público; interpretação dos Contratos Significado e alcance do ato volitivo quando houver redação ambígua ou obscura; Regras de interpretação dirigem-se primeiramente as partes (concordâncias entre estas). Não havendo entendimento entre elas, a interpretação ficará a cargo do juiz; Modalidades: Declaratórias: descoberta da intenção comum; Integrativas: complementação por norma supletiva. ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES SALVADOR/BA Classificação dos contratos Um mesmo contrato pode ser classificado de várias formas Quanto aos efeitos: Unilaterais: apenas um dos contraentes assume deveres em face do outro. Ex.: comodato, depósito, mandato, fiança e mútuo Bilaterais: há reciprocidade de informações. Ex.: compra e venda, troca ou permuta, locação, prestação de serviços, empreitada, transporte... Plurilaterais: envolve várias partes, todos possuindo direitos e obrigações, na mesma proporção. Ex.: seguro de vida em grupo, consórcio Obs.: Os contratos unilaterais são negócios jurídicos bilaterais, pois se aperfeiçoam com duas manifestações de vontade, diferentemente dos unilaterais, que se aperfeiçoam com uma única declaração de vontade Obs.2: EXCEPTIO NON ADIMPLETI CONTRACTUS (exceção do contrato não cumprido0, art. 478, CC, só se aplica aos contratos bilaterais. Quanto as vantagens patrimoniais Gratuitos ou benéficos: Apenas uma das partes aufere benefício ou vantagem (ex.: doação, comodato). Onerosos: Ambos os contratantes obtém proveito, ao qual, porém correspondem sacrifícios (sacrifícios e benefícios recíprocos)] Os contratos onerosos subdividem-se em comutativos e aleatórios: Comutativo: São os de prestações certas e determinadas. -As partes podem antever os benefícios e sacrifícios. -Equivalência de prestações. -Equivalência objetiva e subjetiva (as vezes o emocional interfere no modo como as pessoas valorizam os objetos). Aleatório: Um dos contratantes não pode antever a vantagem que receberá. Essência de incerteza. -Alea: risco, sorte. Ex.: loteria, aposta autorizada nos hipódromos, seguro (função de prevenir os efeitos negativos dos riscos – pode ser que você pague a vida inteira o seguro do carro e jamais o necessite) ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES SALVADOR/BA Quanto á formação (paritários e de adesão) -Paritários: as partes discutem livremente as condições de contratação -Adesão: são os que não permitem essa liberdade. Há preponderância da vontade de um dos contratantes, que elabora todas as cláusulas (Art. 424, CC) Quanto ao agente (personalíssimo ou intuito personae e impessoais; individuais ou coletivos) Personalíssimo: Celebrados em atenção as qualidades pessoais de um dos contratantes. O obrigado não pode fazer-se substituir por outrem. Impessoais: São aqueles cujas prestações podem ser cumpridas, indiferentemente, pelo obrigado ou por terceiro. Obs.: as obrigações personalíssimas, não podendo ser cumpridas por outrem, são intransmissíveis aos sucessores (Art. 247, CC) Individuais: Vontades são igualmente consideradas, ainda que envolva várias pessoas. Na compra e venda, por ex., pode uma pessoa contratar com outra ou com várias pessoas. Coletivos: Contrato ocorre entre duas pessoas jurídicas de direito privado, representativas de categorias profissionais, sendo denominados convenções coletivas. Classificação quanto ao momento de sua execução Essa classificação leva em consideração o momento em que os contratos devem ser cumpridos Execução instantânea: Se consumam num só ato, sendo cumpridos imediatamente após sua celebração. Execução diferida: Devem ser cumpridos também num só ato, mas em momento futuro (ex.: fornecimento periódico de mercadorias, contrato de locação) Obs.: teoria da imprevisão só se aplica aos dois últimos pois, o primeiro não há imprevisão possível. Quanto ao modo: Principais: São os que tem a sua existência própria, autônoma e não dependem, pois de qualquer acordo outro. Ex.: compra e venda; locação Acessórios: São os que têm a sua existência subordinada a existência do contrato principal, como a cláusula penal, a fiança. ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES SALVADOR/BA A função principal desses contratos é garantir o cumprimento das obrigações é garantir o cumprimento das obrigações constituídas no contrato principal (penhor, hipoteca) Princípio da gravitação O acessório segue o destino do principal. Arts.: 94, 233, 287, 364, 1.209 e .255, CC. Quanto à forma: Solenes ou formais e não solenes ou deforma livre; consensuais e reais Solenes ou formais: São os que devem obedecer a forma prescrita em lei. Quando a forma é exigida como condição de validade do contrato. **Não observada a forma, o contrato é nulo. Visam dar maior segurança ao comércio jurídico. A solenidade exigida consiste em serem lavrados por tabelião. Têm como forma a escritura pública. Ex.: compra e venda de bens imóveis, casamento) Não-solenes ou de forma livre Possuem forma livre. Basta o consentimento para a sua formação. Ex.: contratos de locação e comodato. Consensuais: São aqueles que se formam unicamente pelo acordo de vontades, independente da entrega da coisa e da observância de forma determinada. São considerados não- solenes. Ex.: venda de bens móveis. Reais: São aqueles que para se aperfeiçoarem exigem, além do consentimento das partes, a entrega da coisa que lhe serve de objeto. Ex.: comodato e mútuo. Só nasce a obrigação para as partes após a entrega da coisa. Art. 107. CC. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente exigir. Quanto ao objeto Preliminares ou pactum de contrahendo e definitivos Preliminares ou pactum de contrahendo: É aquele que tem por objetivo a celebração de um contrato definitivo. Por meio dele, as partes ou uma das partes se comprometem a celebrar um contrato no futuro. ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES SALVADOR/BA **Não se confunde com as negociações preliminares. Definitivos: Tem objetivos diversos, de acordo com a natureza de cada avença. Decorrem imediatamente do conteúdo do seu objeto. Quanto á designação Nominados Estão disciplinados no código civil Inominados Não são regulados expressamente pelo código civil ou por lei especial, porém, são permitidos juridicamente no código civil Típicos: Regido por lei própria Atípicos: Não possuem forma geral em lei escrita, estando á margem das perspectivas da liberdade contratual dos contratantes, e que assumem variadas formas estruturais e finais. ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES SALVADOR/BA Formação dos contratos Manifestação de vontade: Contrato concluso: todas as fases foram completas e o contrato pode começar. Proposta e aceitação Expressa ou tácita (quando a lei não exigir que seja expressa) Art. 111, CC. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa. Ex.: Art. 432, CC. Se o negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa, ou o proponente a tiver dispensado, reputar-se-á concluído o contrato, não chegando a tempo a recusa. Ex.: Art. 539, CC. O doador pode fixar prazo ao donatário, para declarar se aceita ou não a liberdade. Desde que o donatário, ciente do prazo, não faça, dentro dele, a declaração entender-se-á que aceitou, se a doação não for sujeita a encargo. Essa manifestação de vontade pode ocorrer de diversas maneiras: -Quem cala, consente. Até mesmo no silêncio, importa a anuência. 1ª fase - Negociações preliminares: -Sondagens, estudos, debates, diálogos. -Não há vinculação (mesmo havendo projeto ou minuta). -Só haverá responsabilidade, nas negociações preliminares, se for comprovada, a intenção do agente em exteriorizar falsa manifestação de vontade, de causar dano a outra parte, levando-a a perder outro negócio ou realizar despesas. Fundamentos da responsabilidade extracontratual ou aquiliana: Art. 186, CC. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art. 422, CC. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Dever de lealdade, correção, informação, proteção e sigilo. ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES SALVADOR/BA 2ª fase - Proposta (oblação ou policitação): Princípio da força vinculante: Art. 427, CC. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário, não resultar dos termos dela, da natureza do negócio ou das circunstâncias do caso. Não possui, em regra, forma especial Obs.: as propostas feitas ao Estado possuem inúmeras regras especiais (Ex.: Lei 8.666/93) Ofertante, Policitante e Oblato São termos que designam a pessoa a quem é direcionada a proposta de um contrato Obs.: Em caso de morte ou interdição do policitante, os herdeiros ou o curador do incapaz respondem pelas consequências jurídicas da proposta. Obs.: O princípio da força vinculante não se aplica em caso de morte ou interdição em proposta de obrigação personalíssima. CDC, CAPÍTULO V – Das práticas comerciais, Seção II, da oferta Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado. Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores. Parágrafo único. As informações de que trata este artigo, nos produtos refrigerados oferecidos ao consumidor, serão gravadas de forma indelével. (Incluído pela Lei nº 11.989, de 2009) ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES SALVADOR/BA Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão assegurar a oferta de componentes e peças de reposição enquanto não cessar a fabricação ou importação do produto. Parágrafo único. Cessadas a produção ou importação, a oferta deverá ser mantida por período razoável de tempo, na forma da lei. Art. 33. Em caso de oferta ou venda por telefone ou reembolso postal, deve constar o nome do fabricante e endereço na embalagem, publicidade e em todos os impressos utilizados na transação comercial. Parágrafo único. É proibida a publicidade de bens e serviços por telefone, quando a chamada for onerosa ao consumidor que a origina. (Incluído pela Lei nº 11.800, de 2008). Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é solidariamente responsável pelos atos de seus prepostos ou representantes autônomos. Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha: I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou publicidade; II - aceitar outro produtoou prestação de serviço equivalente; III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos. Proposta não obrigatória Art. 427, CC. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio (art. 429, CC), ou das circunstâncias do caso (art. 428, CC). Art. 428, CC. Deixa de ser obrigatória a proposta: I- Se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contata por telefone ou por meio de comunicação semelhante; II- Se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES SALVADOR/BA a resposta ao conhecimento do proponente; III- Se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado; IV- Se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente. 3ª fase: aceitação Princípio da força vinculante Tanto a aceitação quanto a proposta podem ocorrer entre contratantes ausentes Art. 430, CC. Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde ao conhecimento do proponente, este comunicá-lo-á imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos. Art. 432, CC. Se o negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa, ou o proponente a tiver dispensado, reputar-se-á concluído o contrato, não chegando a tempo a recusa. Contraproposta: Art. 431, CC. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta. Hipóteses de exceção ao princípio da força vinculante da aceitação: Art. 439 CC. Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde ao conhecimento do proponente, este comunicá-lo-á imediatamente ao aceitante, sob a pena de responder por perdas e danos. Art. 433. Considera-se inexistente a aceitação, se antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante. Momento da formação dos contratos entre ausentes: teoria da expedição Art. 434, CC. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto: I- No caso do artigo antecedente; II- Se o proponente se houver comprometido a esperar resposta; III- Se ela não chegar no prazo convencionado. Obs.: Entre presentes, a proposta pode estipular prazo ou não. Se não houver prazo, conclui-se com a aceitação. Se houver, a aceitação deve ocorrer dentro do prazo, sob ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES SALVADOR/BA pena de desvinculação do proponente. Lugar da celebração Art. 435, CC. Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto. Obs.: Foro de eleição - Cláusulas ou contratos internacionais que retiram de uma das partes o acesso ao amparo judicial deve ser declarado nulos pelos Estados, por constituírem casos de denegação de justiça. ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES SALVADOR/BA Estipulação em favor de terceiro Art. 436 a 438, CC, promessa de fato de terceiro. Exceção ao princípio da relatividade dos efeitos do contrato. Exemplos: seguros de vida, separações judiciais consensuais (cláusulas em favor dos filhos do casal), convenções coletivas e outros. Três personagens: estipulante, promitente e beneficiário (estranho à convenção). Atribuição patrimonial gratuita ao favorecido, a ser recebido sem contraprestação. Não é necessário o consentimento do beneficiário. Ele não possui, porém, a faculdade de recusar a estipulação a seu favor. A validade do contrato não depende da vontade do beneficiário. A sua eficácia, no entanto, depende. Terceiro não precisa ser desde logo determinado (ex.: prole eventual) Regulamentação pelo código civil: Art. 436, CC. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação. Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438. Art. 437, CC. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a execução, não poderá o estipulante exonerar o devedor. Art. 438, CC. O estipulante pode reservar- se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, independentemente da sua anuência e da do outro contratante. Parágrafo único. A substituição pode ser feita por ato entre vivos ou por disposição de última vontade. Promessa de fato de 3º Neste contrato, o único vinculado é a parte que promete, assumindo a obrigação de fazer que, não sendo executada, resolve-se em perdas e danos. Regulamentação no código civil: Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar. Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge do promitente, dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens. ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES SALVADOR/BA Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter obrigado, faltar à prestação. ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES SALVADOR/BA Vícios redibitórios Conceito: Fundamento jurídico: Teoria do inadimplemento contratual; boa-fé dos contratantes. Objetivo não foi concluído. A coisa apresenta um defeito (ás vezes ocultos) que inviabiliza o seu uso. Requisitos: a) Que a coisa tenha sido recebida em virtude de contrato comutativo ou de doação onerosa ou remuneratória; Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo ás doações onerosas. b) Que os defeitos sejam ocultos e graves; c) Defeitos existam no momento da celebração do contrato e que perdurem até o momento da reclamação; Art. 444, CC. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição. d) Defeitos sejam desconhecidos do adquirente. Obs.: não é mais desonerado o alienante se houver cláusula desoneratória expressa no contrato. Espécies de ações (escolha irrevogável) a) Ação redibitória b) Ação estimatória (quanti minoris) Art. 442, CC. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço. Art. 443, CC. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato. Art. 444, CC. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição. ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES SALVADOR/BA Ex.: morte de animal adquirido. Prazos decadenciais: Art. 445, CC. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de umano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade. § 1º Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis. § 2º Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo, antecedente se não houver regras disciplinando a matéria. Art. 446, CC. Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância de cláusula de garantia; mas o adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de decadência Sem má fé = restituição do valor + despesas do contrato Com má fé = restituição do valor + perdas e danos Evicção Perda da coisa adquirida em virtude de sentença judicial ou ato administrativo que declare a outrem. Para Clóvis Beviláquia (1977, p. 177) “perda, total ou parcial, da posse de uma coisa, em virtude de sentença eu a garante a alguém que a ela tinha direito anterior”. Princípio de garantia contratual legal Defeitos do direito Contratos reais Transferência de domínio, posse ou uso Personagens Alienante (aquele que vendeu), evictor (aquele que move o processo judicial e com ele é beneficiado, pode ser o poder público) e evicto (terceiro surpreendido com a atribuição da coisa por sentença judicial ou ato administrativo que ligou o bem a terceiro) Art. 447, CC: Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES SALVADOR/BA Subsiste essa garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública (leilão) Extensão da garantia Art. 448, CC: Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção. -Vedação do reforço ilimitado da garantia: responsabilidade do alienante pela evicção superar o prejuízo do evicto. Art. 449. Evicção total Perde totalmente o bem: Requerer do alienante indenização que comporta 1- Preço pago; 2- Custas contratuais e processuais; 3- Frutos que tenha tido que ressarcir ao evictor; 4- Benfeitorias. Evicção parcial Considerável que comporta segundo a doutrina 49% a 99% do bem, abre a possibilidade da parte requerer ou a devolução com ressarcimento ou abatimento. Causas extintivas Evicção pode ser aumentada, reduzida ou excluída por cláusula expressa. Requisitos Perda total ou parcial da propriedade, uso ou posse da coisa alienada -Onerosidade da aquisição -Ignorância, pelo adquirente, da litigiosidade da coisa Art. 457, CC. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa. Anterioridade do direito do evictor Obs.: se já havia decreto de desapropriação antes da execução do negócio, responde o alienante pela evicção, ainda que a expropriação se tenha efetivado posteriormente, porque a causa da perda é anterior ao contrato e o adquirente não tinha meios de evitá-la. Obs.2: subsiste a garantia da evicção ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública. ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES SALVADOR/BA Verbas devidas Art. 450, CC. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou: I- Á indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; II- Á indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção; III- Ás custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído. IV- Ás custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído. Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que de evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial. Obs.: “Perdida a propriedade do bem, o evicto há de ser indenizado com importância que lhe propicie adquirir ouro equivalente. Não constitui reparação completa a simples devolução do que foi pago, ainda que com correção monetária. (STJ – REsp 248483 MG). Obs.: são indenizáveis os prejuízos devidamente comprovados, competindo ao evicto o ônus de prová-los (inclui-se perdas e danos e lucro cessante, art. 404 do CC). Art. 451, CC. Subsiste para o alienante esta obrigação ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente. Art. 452, CC. Se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações, e não tier sido condenado a indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da quantia que lhe houver de dar o alienante. Art. 453, CC. As benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a evicção, serão pagas pelo alienante. Art. 454, CC. Se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evicção tiverem sido feitos pelo alienante, o valor delas será levado em conta na restituição devida. Se as benfeitorias tiverem sido realizadas pelo alienante após a tradição do bem ao adquirente e se este tiver recebido indenização do evictor por elas, então o alienante poderá descontar da indenização que pagar ao adquirente o valor por este recebido. ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES SALVADOR/BA Evicção parcial Art. 455, CC. Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a indenização. Resolução= NINGUÉM QUERIA QUE TERMINASSE O CONTRATO, porém efeitos maiores, fizeram terminar Resilição= uma das partes quer terminar, ou as duas querem, se for só uma, é a chamada DENÚNCIA, se for as duas DISTRATO. Rescisão= Não é nenhuma dessas duas outras? Então é rescisão, é um termo genérico. Resolução é o meio de dissolução do contrato em caso de inadimplemento culposo ou fortuito. Quando há descumprimento do contrato, ele deve ser tecnicamente resolvido. Rescisão é uma palavra com plurissignificados, podendo inclusive ter o significado de resolução em caso de inadimplemento. Há também o sentido de ser a extinção do contrato em caso de nulidade (lesão ou estado de perigo). Resilição é o desfazimento de um contrato por simples manifestação de vontade, de uma ou de ambas as partes. Ressalte-se que não pode ser confundido com descumprimento ou inadimplemento, pois na resilição as partes apenas não querem mais prosseguir. A resilição pode ser bilateral (distrato, art. 472 , CC) ou unilateral (denúncia, art. 473 , CC). Distrato é o encerramento de contrato antes do seu termo final. Denúncia cheia é empregada para a causa da extinção de instrumento de acordo de vontades, erigindo para isso um dos permissivos legais para tanto. Ex: retomada de imóvel para habitação do locador. Denúncia vazia é a falta de causa para encerramento de relação contratual. Revogação é a expressão utilizada para retirada de efeitos de determinado documento ou comando normativo. Ex: revogação de procuração, revogação de disposições em contrário. No Vocabulário Jurídico de De Plácido e Silva- Do latim revocatio, de revocare, (anular, desfazer, desvigorar), entende-se, em ampla significação, o ato pelo qual se desfaz, se anula ou se retira a eficácia ou efeito de ato anteriormente praticado.
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