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Direito Civil III - contratos

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ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES 
ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES 
SALVADOR/BA 
Contratos: 
Negócio Jurídico: 
Base do efeito jurídico perseguido. 
Vontade humana, ordem legal, criação de 
obrigações: 
Consentimento, legalidade, ato negocial 
(adquirir, resguardar, transferir, conservar, 
modificar ou extinguir direitos) 
Bilateralidade: 
Ex: casamento (d. das famílias); 
Contratos administrativos (d. adm.); 
Demais convenções, de modo geral; 
 Manifestação individual da ordem 
jurídica: contrato se assemelha a lei, 
embora de âmbito mais restrito. 
 Contrato – convenção – pacto 
Pacto: 
Cláusula aposta em certos contratos a fim 
de lhes conferir um feitio especial, provida 
de sanção 
Convenção: 
Compreende além dos negócios 
plurilaterais, as modificações e extinção de 
obrigações anteriormente existentes. 
Contratos: 
Serviria tão somente para criar obrigações, 
apenas os acordos normativos. 
Obs.: No direito moderno, não se observa 
mais essa distinção. 
 Aspectos históricos: 
Direito Romano: 
Caráter personalíssimo da obligatio, 
sujeição dos corpos (destaque para a 
manutenção dos seus arquétipos com 
poucas alterações) 
Direito Moderno: 
Impessoalidade, sujeição do Patrimônio, 
dos bens 
Obs.: subsiste no direito moderno o 
caráter personalíssimo? Sim, 
excepcionalmente. Este é o caso das 
obrigações personalíssimas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES 
ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES 
SALVADOR/BA 
Princípios Contratuais 
Liberdade de contratar (Se quiser) X 
Liberdade contratual (cláusulas) 
Limitações: 
A) Limitações á liberdade de contratar: 
A normação dos contratos típicos, nos 
quais o próprio CC oferece a estrutura 
legal daquela espécie contratual (Art. 425, 
CC) 
Ex.: vedar, no contrato de mandato, a 
resolução unilateral (renúncia) do 
mandante não é possível, em virtude do 
artigo 682, CC. 
B) Limitações à liberdade de contratar: 
Art. 39, CDC. É vedado ao fornecedor de 
produtos ou serviços, dentre outras 
práticas abusivas: 
II- recusar atendimento às demandas dos 
consumidores, na exata medida de suas 
responsabilidades de estoque, e, ainda, de 
conformidade com os usos e costumes; 
(vedação ao ágio) 
IX- recusar a venda de bens ou a prestação 
de serviços, diretamente a quem se 
disponha a adquiri-los mediante pronto 
pagamento, ressalvados os casos de 
intermediação regulados em leis especiais; 
(não discriminação) 
Art. 421, CC. A liberdade de contratar será 
exercida em razão e nos limites da função 
social do contrato. 
 
 Princípio da obrigatoriedade: 
Direito romano: se tornava em direito 
aquilo que a língua exprimisse” 
Não é lícito arrependimento: só há 
revogação com consentimento mútuo; 
Não é lícito ao juiz alterá-lo, ainda que 
para torná-lo mais humano 
Irreversibilidade da palavra empenhada 
As partes escolheram os termos de sua 
vinculação e assumiram todos os riscos 
(liberdade de contratar e liberdade 
contratual) 
Fundamento da obrigatoriedade: 
segurança jurídica 
Limitações: 
-Princípio da revisão dos contratos; 
-Princípio da função social dos contratos; 
-Princípio da eticidade contratual. 
 Princípio da consensualidade 
Bilateralidade: premissa fundamental dos 
contratos 
Art. 122, CC. Nas declarações de vontade 
se atenderá mais à intenção nelas 
consubstanciada do que ao sentido literal 
da linguagem. 
Alguns aspectos históricos: 
Extremo formalismo do Direito Romano, 
em razão das imposições do comércio. 
ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES 
ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES 
SALVADOR/BA 
Idade média: formalismo ligado à 
perspectiva religiosa; 
Direito moderno: contratos se oram pelo 
consenso (exceções: contratos que exigem 
a observância de formalidades e a 
tradição) 
Obs.: Diferença entre princípio da 
consensualidade (consentimento bilateral) 
e princípio do consensualismo ou 
liberdade das formas. 
 Princípio da relatividade: 
Tem sua origem no direito romano, aduz 
que os contratos dizem respeito, tão 
somente, às suas partes. 
Limitação: Função social do contrato? 
Exceções legais: estipulação em favor de 
terceiros; promessa de fato de terceiro. 
 Regra da boa-fé objetiva: 
Art. 422, CC. 
Abstenção de prejudicar (CC, 16 – BOA FÉ 
SUBJETIVA) 
Dever de cooperar (CC, 2002 – BOA FÉ 
OBJETIVA) 
Não diz respeito ao estado mental 
subjetivo do agente, mas sim a o seu 
comportamento em determinada relação 
jurídica de cooperação. 
Elemento interpretativo do contrato; 
Elemento de criação de deveres jurídicos: 
correção, confiança, cuidado, segurança 
cooperação, sigilo); 
Venice contra factum proprium: veda que 
a conduta da parte entre em contradição 
om conduta anterior. 
 Regra da função social do contrato: 
Modernidade: generalização da forma 
contratual. Circulação de mercadorias e 
riquezas 
Função civilizadora e educativa; maior 
individualidade humana; 
Art. 421, CC. A liberdade de contratar será 
exercida em razão e nos limites da função 
social do contrato. 
A liberdade de contratar é exercida em 
razão da autonomia da vontade que a lei 
outorga ás pessoas. 
Exemplos práticos de contratos que podem 
ferir o interesse social: 
-Contratos realizados em virtude de 
DUMPING (crime econômico) 
-Fusão Sadia + Perdigão: BRF 
-Contratos ilícitos, de modo geral. 
Dirigismo contratual: maior controle da 
atividade das partes. 
 
 
 
 
 
ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES 
ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES 
SALVADOR/BA 
Contratos, atos unilaterais e ato ilícitos 
Os contratos representam a principal fonte 
das obrigações. Eles se diferenciam dos 
atos ilícitos e dos atos unilaterais de 
vontade porque geram obrigações 
consentidas pelos contratantes. 
Bilateralidade: 
Bilateralidade são dois centros de 
interesse, dois polos da relação jurídica 
contratual, por isso, não existe 
autocontrato. 
Nem mesmo quando o advogado também 
é parte 
Contrato unilateral: mesmo que haja dois 
polos, dois centros de interesse, ele fica 
concentrado em uma parte apenas 
Ex: quando eu vou locar o imóvel de Naldo 
e ele me passa uma procuração para que 
eu mesmo alugue e loque, não é 
autocontrato, são dois polos representados 
Ex: quando um advogado representa as 
duas partes do contrato 
Função dos contratos: 
Garantia de segurança jurídica, 
confiabilidade, ética, boa-fé, honradez, 
lisura e bem-estar social ás relações 
econômicas. 
Dirigismo contratual: 
Quando o Estado intervém nas relações 
privadas exigindo-lhe forma específica 
para a sua realização, estabelecida em lei, 
ou mesmo quando a jurisdição estatal é 
provocada a se manifestar em face de 
efeitos sociais negativos do contrato. 
Ex: o Conselho Administrativo de Defesa 
Econômica (CADE), órgão público 
vinculado ao poder executivo federal, 
responsável pela apuração de atividades 
econômicas que descumpram os princípios 
da ordem econômica, previstos no art. 170 
da CF. Evitando a formação de cartéis, 
monopólios, oligopólios e outras violações 
á livre concorrência. 
 
 
Elementos essenciais dos contratos 
Subjetivos: 
Capacidade genérica, aptidão específica 
para contratar e consentimento 
Objetivos: 
Dizem respeito ao objeto do contrato, se 
lícito, possível, determinado ou 
determinável. 
Requisitos formais: 
Consensualismo em detrimento do 
formalismo. 
 
 Requisitos subjetivos 
Capacidade genérica 
Art. 3º 
 São absolutamente incapazes de exercer 
pessoalmente os atos da vida civil os 
menores de 16 (dezesseis) anos. 
ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES 
ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES 
SALVADOR/BA 
Art. 4º 
 São incapazes, relativamente a certos atos 
ou à maneira de os exercer: 
I -Os maiores de dezesseis e menores de 
dezoito anos; 
II -Os ébrios habituais e os viciados em 
tóxico; 
III -Aqueles que, por causa transitória oupermanente, não puderem exprimir sua 
vontade; 
IV -Os pródigos 
Parágrafo único. A capacidade dos 
indígenas será regulada por legislação 
especial. 
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito 
anos completos, quando a pessoa fica 
habilitada à prática de todos os atos da 
vida civil. 
Parágrafo único. Cessará, para os 
menores, a incapacidade: 
I - Pela concessão dos pais, ou de um 
deles na falta do outro, mediante 
instrumento público, independentemente 
de homologação judicial, ou por sentença 
do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver 
dezesseis anos completos; 
II - Pelo casamento; 
III - pelo exercício de emprego público 
efetivo; 
IV - Pela colação de grau em curso de 
ensino superior; 
V - Pelo estabelecimento civil ou comercial, 
ou pela existência de relação de emprego, 
desde que, em função deles, o menor com 
dezesseis anos completos tenha economia 
própria. 
OBS: Art. 105. A incapacidade relativa de 
uma das partes não pode ser invocada 
pela outra em benefício próprio, nem 
aproveita aos cointeressados capazes, 
salvo se, neste caso, for indivisível o objeto 
do direito ou da obrigação comum 
Capacidade contratual: aptidão específica 
para contratar 
Exemplos de incapacidade contratual no 
Código Civil: 
Art. 496. É anulável a venda de 
ascendente a descendente, salvo se os 
outros descendentes e o cônjuge do 
alienante expressamente houverem 
consentido. 
Parágrafo único. Em ambos os casos, 
dispensa-se o consentimento do cônjuge 
se o regime de bens for o da separação 
obrigatória. 
Art. 497. Sob pena de nulidade, não 
podem ser comprados, ainda que em 
hasta pública: 
I -Pelos tutores, curadores, testamenteiros 
e administradores, os bens confiados à 
sua guarda ou administração; 
II -Pelos servidores públicos, em geral, os 
bens ou direitos da pessoa jurídica a 
que servirem, ou que estejam sob sua 
administração direta ou indireta; 
III - pelos juízes, secretários de tribunais, 
arbitradores, peritos e outros serventuários 
ou auxiliares da justiça, os bens ou direitos 
sobre que se litigar em tribunal, juízo ou 
ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES 
ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES 
SALVADOR/BA 
conselho, no lugar onde servirem, ou a que 
se estender a sua autoridade; 
IV - pelos leiloeiros e seus prepostos, os 
bens de cuja venda estejam encarregados. 
Parágrafo único. As proibições deste artigo 
estendem-se à cessão de crédito. 
Consentimento 
� ACORDO SOBRE A EXISTÊNCIA E 
NATUREZA DO CONTRATO (se um dos 
contratantes quer aceitar uma doação e 
outro quer vender, contrato não há) 
� ACORDO SOBRE O OBJETO DO 
CONTRATO 
� ACORDO SOBRE AS CLÁUSULAS DO 
CONTRATO 
OBS: AUTOCONTRATO 
Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o 
representado, é anulável o negócio jurídico 
que o representante, no seu interesse ou 
por conta de outrem, celebrar consigo 
mesmo. 
–Para evitar a sujeição do ato ao arbítrio 
exclusivo de uma das partes 
 Requisitos OBJETIVOS 
� Art. 104, CC. A validade do negócio 
jurídico requer: 
I -Agente capaz; 
II -Objeto lícito, possível, determinado ou 
determinável; 
III -Forma prescrita ou não defesa em lei. 
� IMPOSSIBILIDADE ABSOLUTA X RELATIVA 
Art. 106, CC. A impossibilidade inicial do 
objeto não invalida o negócio jurídico se 
for relativa, ou se cessar antes de realizada 
a condição a que ele estiver subordinado. 
� DETERMINABILIDADE: objeto deve ser 
discriminado quanto a sua espécie, 
quantidade e às suas características 
individuais 
 OBS: Art. 426, CC. Não pode ser objeto de 
contrato a herança de pessoa viva. 
 Requisitos FORMAIS 
Consensualismo em detrimento do 
formalismo 
 3 espécies de forma: livre, especial ou 
solene (constitutiva ou essencial), 
contratual 
Art. 107. A validade da declaração de 
vontade não dependerá de forma especial, 
senão quando a lei expressamente a 
exigir. 
Maior das exigências: forma escrita, por 
instrumento público; interpretação dos 
Contratos 
Significado e alcance do ato volitivo 
quando houver redação ambígua ou 
obscura; 
Regras de interpretação dirigem-se 
primeiramente as partes (concordâncias 
entre estas). Não havendo entendimento 
entre elas, a interpretação ficará a cargo 
do juiz; 
Modalidades: 
Declaratórias: descoberta da intenção 
comum; Integrativas: complementação por 
norma supletiva.
ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES 
ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES 
SALVADOR/BA 
Classificação dos contratos 
Um mesmo contrato pode ser classificado 
de várias formas 
 Quanto aos efeitos: 
Unilaterais: apenas um dos contraentes 
assume deveres em face do outro. 
Ex.: comodato, depósito, mandato, fiança e 
mútuo 
Bilaterais: há reciprocidade de 
informações. 
Ex.: compra e venda, troca ou permuta, 
locação, prestação de serviços, empreitada, 
transporte... 
Plurilaterais: envolve várias partes, todos 
possuindo direitos e obrigações, na 
mesma proporção. 
Ex.: seguro de vida em grupo, consórcio 
Obs.: Os contratos unilaterais são 
negócios jurídicos bilaterais, pois se 
aperfeiçoam com duas manifestações de 
vontade, diferentemente dos unilaterais, 
que se aperfeiçoam com uma única 
declaração de vontade 
Obs.2: EXCEPTIO NON ADIMPLETI 
CONTRACTUS (exceção do contrato não 
cumprido0, art. 478, CC, só se aplica aos 
contratos bilaterais. 
 Quanto as vantagens 
patrimoniais 
Gratuitos ou benéficos: Apenas uma das 
partes aufere benefício ou vantagem (ex.: 
doação, comodato). 
Onerosos: 
Ambos os contratantes obtém proveito, ao 
qual, porém correspondem sacrifícios 
(sacrifícios e benefícios recíprocos)] 
 Os contratos onerosos 
subdividem-se em comutativos e 
aleatórios: 
Comutativo: 
São os de prestações certas e 
determinadas. 
-As partes podem antever os benefícios e 
sacrifícios. 
-Equivalência de prestações. 
-Equivalência objetiva e subjetiva (as vezes 
o emocional interfere no modo como as 
pessoas valorizam os objetos). 
Aleatório: 
Um dos contratantes não pode antever a 
vantagem que receberá. Essência de 
incerteza. 
-Alea: risco, sorte. 
Ex.: loteria, aposta autorizada nos 
hipódromos, seguro (função de prevenir os 
efeitos negativos dos riscos – pode ser que 
você pague a vida inteira o seguro do carro 
e jamais o necessite) 
 
 
ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES 
ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES 
SALVADOR/BA 
 Quanto á formação (paritários e 
de adesão) 
-Paritários: as partes discutem livremente 
as condições de contratação 
-Adesão: são os que não permitem essa 
liberdade. Há preponderância da vontade 
de um dos contratantes, que elabora todas 
as cláusulas (Art. 424, CC) 
 
 Quanto ao agente (personalíssimo 
ou intuito personae e impessoais; 
individuais ou coletivos) 
Personalíssimo: 
Celebrados em atenção as qualidades 
pessoais de um dos contratantes. O 
obrigado não pode fazer-se substituir por 
outrem. 
Impessoais: 
São aqueles cujas prestações podem ser 
cumpridas, indiferentemente, pelo 
obrigado ou por terceiro. 
Obs.: as obrigações personalíssimas, não 
podendo ser cumpridas por outrem, são 
intransmissíveis aos sucessores (Art. 247, 
CC) 
Individuais: 
Vontades são igualmente consideradas, 
ainda que envolva várias pessoas. Na 
compra e venda, por ex., pode uma pessoa 
contratar com outra ou com várias 
pessoas. 
Coletivos: 
Contrato ocorre entre duas pessoas 
jurídicas de direito privado, representativas 
de categorias profissionais, sendo 
denominados convenções coletivas. 
 Classificação quanto ao 
momento de sua execução 
Essa classificação leva em consideração o 
momento em que os contratos devem ser 
cumpridos 
Execução instantânea: 
Se consumam num só ato, sendo 
cumpridos imediatamente após sua 
celebração. 
Execução diferida: 
Devem ser cumpridos também num só ato, 
mas em momento futuro (ex.: 
fornecimento periódico de mercadorias, 
contrato de locação) 
Obs.: teoria da imprevisão só se aplica aos 
dois últimos pois, o primeiro não há 
imprevisão possível. Quanto ao modo: 
Principais: 
São os que tem a sua existência 
própria, autônoma e não dependem, 
pois de qualquer acordo outro. 
Ex.: compra e venda; locação 
Acessórios: 
São os que têm a sua existência 
subordinada a existência do contrato 
principal, como a cláusula penal, a 
fiança. 
ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES 
ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES 
SALVADOR/BA 
A função principal desses contratos é 
garantir o cumprimento das 
obrigações é garantir o cumprimento 
das obrigações constituídas no 
contrato principal (penhor, hipoteca) 
Princípio da gravitação 
O acessório segue o destino do 
principal. Arts.: 94, 233, 287, 364, 
1.209 e .255, CC. 
 Quanto à forma: 
Solenes ou formais e não solenes ou 
deforma livre; consensuais e reais 
Solenes ou formais: 
São os que devem obedecer a forma 
prescrita em lei. Quando a forma é 
exigida como condição de validade 
do contrato. 
**Não observada a forma, o contrato 
é nulo. 
Visam dar maior segurança ao 
comércio jurídico. A solenidade 
exigida consiste em serem lavrados 
por tabelião. 
Têm como forma a escritura pública. 
Ex.: compra e venda de bens imóveis, 
casamento) 
Não-solenes ou de forma livre 
Possuem forma livre. Basta o 
consentimento para a sua formação. 
Ex.: contratos de locação e comodato. 
Consensuais: 
São aqueles que se formam 
unicamente pelo acordo de vontades, 
independente da entrega da coisa e 
da observância de forma 
determinada. São considerados não-
solenes. 
Ex.: venda de bens móveis. 
Reais: 
São aqueles que para se 
aperfeiçoarem exigem, além do 
consentimento das partes, a entrega 
da coisa que lhe serve de objeto. 
Ex.: comodato e mútuo. Só nasce a 
obrigação para as partes após a 
entrega da coisa. 
Art. 107. CC. A validade da declaração 
de vontade não dependerá de forma 
especial, senão quando a lei 
expressamente exigir. 
 Quanto ao objeto 
Preliminares ou pactum de 
contrahendo e definitivos 
Preliminares ou pactum de 
contrahendo: 
É aquele que tem por objetivo a 
celebração de um contrato definitivo. 
Por meio dele, as partes ou uma das 
partes se comprometem a celebrar 
um contrato no futuro. 
ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES 
ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES 
SALVADOR/BA 
**Não se confunde com as 
negociações preliminares. 
Definitivos: 
Tem objetivos diversos, de acordo 
com a natureza de cada avença. 
Decorrem imediatamente do 
conteúdo do seu objeto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Quanto á designação 
Nominados 
Estão disciplinados no código civil 
Inominados 
Não são regulados expressamente 
pelo código civil ou por lei especial, 
porém, são permitidos juridicamente 
no código civil 
Típicos: 
Regido por lei própria 
Atípicos: 
Não possuem forma geral em lei 
escrita, estando á margem das 
perspectivas da liberdade contratual 
dos contratantes, e que assumem 
variadas formas estruturais e finais.
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES 
ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES 
SALVADOR/BA 
Formação dos contratos
Manifestação de vontade: 
Contrato concluso: todas as fases 
foram completas e o contrato pode 
começar. 
Proposta e aceitação 
Expressa ou tácita (quando a lei não 
exigir que seja expressa) 
Art. 111, CC. O silêncio importa 
anuência, quando as circunstâncias 
ou os usos o autorizarem, e não for 
necessária a declaração de vontade 
expressa. 
Ex.: Art. 432, CC. Se o negócio for 
daqueles em que não seja costume a 
aceitação expressa, ou o proponente 
a tiver dispensado, reputar-se-á 
concluído o contrato, não chegando a 
tempo a recusa. 
Ex.: Art. 539, CC. O doador pode fixar 
prazo ao donatário, para declarar se 
aceita ou não a liberdade. Desde que 
o donatário, ciente do prazo, não 
faça, dentro dele, a declaração 
entender-se-á que aceitou, se a 
doação não for sujeita a encargo. 
Essa manifestação de vontade pode 
ocorrer de diversas maneiras: 
-Quem cala, consente. Até mesmo no 
silêncio, importa a anuência. 
1ª fase - Negociações preliminares: 
-Sondagens, estudos, debates, 
diálogos. 
-Não há vinculação (mesmo havendo 
projeto ou minuta). 
-Só haverá responsabilidade, nas 
negociações preliminares, se for 
comprovada, a intenção do agente 
em exteriorizar falsa manifestação de 
vontade, de causar dano a outra 
parte, levando-a a perder outro 
negócio ou realizar despesas. 
Fundamentos da responsabilidade 
extracontratual ou aquiliana: 
Art. 186, CC. Aquele que, por ação 
ou omissão voluntária, negligência 
ou imprudência, violar direito e 
causar dano a outrem, ainda que 
exclusivamente moral, comete ato 
ilícito. 
Art. 422, CC. Aquele que, por ação 
ou omissão voluntária, negligência 
ou imprudência, violar direito e 
causar dano a outrem, ainda que 
exclusivamente moral, comete ato 
ilícito. 
Dever de lealdade, correção, 
informação, proteção e sigilo. 
ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES 
ESTUDO DIRIRIGO DIREITO CIVIL III – STEPHANIE LOPES 
SALVADOR/BA 
 
2ª fase - Proposta (oblação ou 
policitação): 
Princípio da força vinculante: 
Art. 427, CC. A proposta de contrato 
obriga o proponente, se o contrário, 
não resultar dos termos dela, da 
natureza do negócio ou das 
circunstâncias do caso. 
Não possui, em regra, forma especial 
Obs.: as propostas feitas ao Estado 
possuem inúmeras regras especiais 
(Ex.: Lei 8.666/93) 
Ofertante, Policitante e Oblato 
São termos que designam a pessoa a 
quem é direcionada a proposta de 
um contrato 
Obs.: Em caso de morte ou interdição 
do policitante, os herdeiros ou o 
curador do incapaz respondem pelas 
consequências jurídicas da proposta. 
Obs.: O princípio da força vinculante 
não se aplica em caso de morte ou 
interdição em proposta de obrigação 
personalíssima. 
 
 
 
 
 
CDC, CAPÍTULO V – Das práticas 
comerciais, Seção II, da oferta 
Art. 30. Toda informação ou 
publicidade, suficientemente 
precisa, veiculada por qualquer 
forma ou meio de comunicação 
com relação a produtos e serviços 
oferecidos ou apresentados, obriga 
o fornecedor que a fizer veicular ou 
dela se utilizar e integra o contrato 
que vier a ser celebrado. 
Art. 31. A oferta e apresentação de 
produtos ou serviços devem 
assegurar informações corretas, 
claras, precisas, ostensivas e em 
língua portuguesa sobre suas 
características, qualidades, 
quantidade, composição, preço, 
garantia, prazos de validade e 
origem, entre outros dados, bem 
como sobre os riscos que 
apresentam à saúde e segurança 
dos consumidores. 
Parágrafo único. As informações 
de que trata este artigo, nos 
produtos refrigerados oferecidos 
ao consumidor, serão gravadas de 
forma indelével. (Incluído pela Lei 
nº 11.989, de 2009) 
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Art. 32. Os fabricantes e 
importadores deverão assegurar a 
oferta de componentes e peças de 
reposição enquanto não cessar a 
fabricação ou importação do 
produto. 
Parágrafo único. Cessadas a 
produção ou importação, a oferta 
deverá ser mantida por período 
razoável de tempo, na forma da lei. 
Art. 33. Em caso de oferta ou 
venda por telefone ou reembolso 
postal, deve constar o nome do 
fabricante e endereço na 
embalagem, publicidade e em 
todos os impressos utilizados na 
transação comercial. 
Parágrafo único. É proibida a 
publicidade de bens e serviços por 
telefone, quando a chamada for 
onerosa ao consumidor que a 
origina. (Incluído pela Lei nº 11.800, 
de 2008). 
Art. 34. O fornecedor do produto 
ou serviço é solidariamente 
responsável pelos atos de seus 
prepostos ou representantes 
autônomos. 
Art. 35. Se o fornecedor de 
produtos ou serviços recusar 
cumprimento à oferta, 
apresentação ou publicidade, o 
consumidor poderá, 
alternativamente e à sua livre 
escolha: 
I - exigir o cumprimento forçado da 
obrigação, nos termos da oferta, 
apresentação ou publicidade; 
II - aceitar outro produtoou 
prestação de serviço equivalente; 
III - rescindir o contrato, com 
direito à restituição de quantia 
eventualmente antecipada, 
monetariamente atualizada, e a 
perdas e danos. 
Proposta não obrigatória 
Art. 427, CC. A proposta de 
contrato obriga o proponente, se o 
contrário não resultar dos termos 
dela, da natureza do negócio (art. 
429, CC), ou das circunstâncias do 
caso (art. 428, CC). 
Art. 428, CC. Deixa de ser 
obrigatória a proposta: 
I- Se, feita sem prazo a pessoa 
presente, não foi 
imediatamente aceita. 
Considera-se também 
presente a pessoa que 
contata por telefone ou por 
meio de comunicação 
semelhante; 
II- Se, feita sem prazo a pessoa 
ausente, tiver decorrido 
tempo suficiente para chegar 
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a resposta ao conhecimento 
do proponente; 
III- Se, feita a pessoa ausente, 
não tiver sido expedida a 
resposta dentro do prazo 
dado; 
IV- Se, antes dela, ou 
simultaneamente, chegar ao 
conhecimento da outra parte 
a retratação do proponente. 
3ª fase: aceitação 
Princípio da força vinculante 
Tanto a aceitação quanto a proposta 
podem ocorrer entre contratantes 
ausentes 
Art. 430, CC. Se a aceitação, por 
circunstância imprevista, chegar 
tarde ao conhecimento do 
proponente, este comunicá-lo-á 
imediatamente ao aceitante, sob 
pena de responder por perdas e 
danos. 
Art. 432, CC. Se o negócio for 
daqueles em que não seja costume a 
aceitação expressa, ou o proponente 
a tiver dispensado, reputar-se-á 
concluído o contrato, não chegando a 
tempo a recusa. 
Contraproposta: 
Art. 431, CC. A aceitação fora do 
prazo, com adições, restrições, ou 
modificações, importará nova 
proposta. 
Hipóteses de exceção ao princípio da 
força vinculante da aceitação: 
Art. 439 CC. Se a aceitação, por 
circunstância imprevista, chegar 
tarde ao conhecimento do 
proponente, este comunicá-lo-á 
imediatamente ao aceitante, sob a 
pena de responder por perdas e 
danos. 
Art. 433. Considera-se inexistente a 
aceitação, se antes dela ou com ela 
chegar ao proponente a retratação 
do aceitante. 
Momento da formação dos contratos 
entre ausentes: teoria da expedição 
Art. 434, CC. Os contratos entre 
ausentes tornam-se perfeitos desde 
que a aceitação é expedida, exceto: 
I- No caso do artigo 
antecedente; 
II- Se o proponente se houver 
comprometido a esperar 
resposta; 
III- Se ela não chegar no prazo 
convencionado. 
Obs.: Entre presentes, a proposta 
pode estipular prazo ou não. Se não 
houver prazo, conclui-se com a 
aceitação. Se houver, a aceitação 
deve ocorrer dentro do prazo, sob 
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pena de desvinculação do 
proponente. 
Lugar da celebração 
Art. 435, CC. Reputar-se-á celebrado 
o contrato no lugar em que foi 
proposto. 
Obs.: Foro de eleição - Cláusulas ou 
contratos internacionais que retiram 
de uma das partes o acesso ao 
amparo judicial deve ser declarado 
nulos pelos Estados, por constituírem 
casos de denegação de justiça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Estipulação em favor de terceiro 
Art. 436 a 438, CC, promessa de fato de 
terceiro. 
Exceção ao princípio da relatividade dos 
efeitos do contrato. 
Exemplos: seguros de vida, separações 
judiciais consensuais (cláusulas em favor 
dos filhos do casal), convenções coletivas e 
outros. 
Três personagens: estipulante, promitente 
e beneficiário (estranho à convenção). 
Atribuição patrimonial gratuita ao 
favorecido, a ser recebido sem 
contraprestação. 
Não é necessário o consentimento do 
beneficiário. Ele não possui, porém, a 
faculdade de recusar a estipulação a seu 
favor. 
A validade do contrato não depende da 
vontade do beneficiário. A sua eficácia, no 
entanto, depende. 
Terceiro não precisa ser desde logo 
determinado (ex.: prole eventual) 
Regulamentação pelo código civil: 
Art. 436, CC. O que estipula em favor de 
terceiro pode exigir o cumprimento da 
obrigação. 
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de 
quem se estipulou a obrigação, também é 
permitido exigi-la, ficando todavia, sujeito 
às condições e normas do contrato, se a 
ele anuir, e o estipulante não o inovar nos 
termos do art. 438. 
Art. 437, CC. Se ao terceiro, em favor de 
quem se fez o contrato, se deixar o direito 
de reclamar-lhe a execução, não poderá o 
estipulante exonerar o devedor. 
Art. 438, CC. O estipulante pode reservar-
se o direito de substituir o terceiro 
designado no contrato, 
independentemente da sua anuência e da 
do outro contratante. 
Parágrafo único. A substituição pode ser 
feita por ato entre vivos ou por disposição 
de última vontade. 
Promessa de fato de 3º 
Neste contrato, o único vinculado é a 
parte que promete, assumindo a 
obrigação de fazer que, não sendo 
executada, resolve-se em perdas e 
danos. 
Regulamentação no código civil: 
Art. 439. Aquele que tiver prometido 
fato de terceiro responderá por 
perdas e danos, quando este o não 
executar. 
Parágrafo único. Tal 
responsabilidade não existirá se o 
terceiro for o cônjuge do promitente, 
dependendo da sua anuência o ato a 
ser praticado, e desde que, pelo 
regime do casamento, a indenização, 
de algum modo, venha a recair sobre 
os seus bens. 
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Art. 440. Nenhuma obrigação haverá 
para quem se comprometer por 
outrem, se este, depois de se ter 
obrigado, faltar à prestação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Vícios redibitórios 
Conceito: 
Fundamento jurídico: 
Teoria do inadimplemento 
contratual; boa-fé dos contratantes. 
 Objetivo não foi concluído. 
A coisa apresenta um defeito (ás 
vezes ocultos) que inviabiliza o seu 
uso. 
Requisitos: 
a) Que a coisa tenha sido recebida 
em virtude de contrato 
comutativo ou de doação 
onerosa ou remuneratória; 
Art. 441. A coisa recebida em virtude 
de contrato comutativo pode ser 
enjeitada por vícios ou defeitos 
ocultos, que a tornem imprópria ao 
uso a que é destinada, ou lhe 
diminuam o valor. 
Parágrafo único. É aplicável a 
disposição deste artigo ás doações 
onerosas. 
b) Que os defeitos sejam ocultos e 
graves; 
c) Defeitos existam no momento 
da celebração do contrato e que 
perdurem até o momento da 
reclamação; 
Art. 444, CC. A responsabilidade do 
alienante subsiste ainda que a coisa 
pereça em poder do alienatário, se 
perecer por vício oculto, já existente 
ao tempo da tradição. 
d) Defeitos sejam desconhecidos 
do adquirente. 
Obs.: não é mais desonerado o 
alienante se houver cláusula 
desoneratória expressa no contrato. 
Espécies de ações (escolha 
irrevogável) 
a) Ação redibitória 
b) Ação estimatória (quanti 
minoris) 
Art. 442, CC. Em vez de rejeitar a 
coisa, redibindo o contrato (art. 441), 
pode o adquirente reclamar 
abatimento no preço. 
Art. 443, CC. Se o alienante conhecia 
o vício ou defeito da coisa, restituirá 
o que recebeu com perdas e danos; 
se o não conhecia, tão-somente 
restituirá o valor recebido, mais as 
despesas do contrato. 
Art. 444, CC. A responsabilidade do 
alienante subsiste ainda que a coisa 
pereça em poder do alienatário, se 
perecer por vício oculto, já existente 
ao tempo da tradição. 
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Ex.: morte de animal adquirido. 
 
Prazos decadenciais: 
Art. 445, CC. O adquirente decai do 
direito de obter a redibição ou 
abatimento no preço no prazo de 
trinta dias se a coisa for móvel, e de 
umano se for imóvel, contado da 
entrega efetiva; se já estava na 
posse, o prazo conta-se da alienação, 
reduzido à metade. 
§ 1º Quando o vício, por sua natureza, 
só puder ser conhecido mais tarde, o 
prazo contar-se-á do momento em 
que dele tiver ciência, até o prazo 
máximo de cento e oitenta dias, em 
se tratando de bens móveis; e de um 
ano, para os imóveis. 
§ 2º Tratando-se de venda de 
animais, os prazos de garantia por 
vícios ocultos serão os estabelecidos 
em lei especial, ou, na falta desta, 
pelos usos locais, aplicando-se o 
disposto no parágrafo, antecedente 
se não houver regras disciplinando a 
matéria. 
Art. 446, CC. Não correrão os prazos 
do artigo antecedente na constância 
de cláusula de garantia; mas o 
adquirente deve denunciar o defeito 
ao alienante nos trinta dias 
seguintes ao seu descobrimento, sob 
pena de decadência 
 
 Sem má fé = restituição do 
valor + despesas do contrato 
 Com má fé = restituição do 
valor + perdas e danos 
Evicção 
Perda da coisa adquirida em virtude 
de sentença judicial ou ato 
administrativo que declare a outrem. 
Para Clóvis Beviláquia (1977, p. 177) 
“perda, total ou parcial, da posse de 
uma coisa, em virtude de sentença 
eu a garante a alguém que a ela 
tinha direito anterior”. 
Princípio de garantia contratual legal 
Defeitos do direito 
Contratos reais 
Transferência de domínio, posse ou 
uso 
Personagens 
Alienante (aquele que vendeu), 
evictor (aquele que move o processo 
judicial e com ele é beneficiado, pode 
ser o poder público) e evicto (terceiro 
surpreendido com a atribuição da 
coisa por sentença judicial ou ato 
administrativo que ligou o bem a 
terceiro) 
Art. 447, CC: Nos contratos onerosos, 
o alienante responde pela evicção. 
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Subsiste essa garantia ainda que a 
aquisição se tenha realizado em 
hasta pública (leilão) 
 
Extensão da garantia 
Art. 448, CC: Podem as partes, por 
cláusula expressa, reforçar, diminuir 
ou excluir a responsabilidade pela 
evicção. 
-Vedação do reforço ilimitado da 
garantia: responsabilidade do 
alienante pela evicção superar o 
prejuízo do evicto. 
Art. 449. 
Evicção total 
Perde totalmente o bem: 
Requerer do alienante indenização 
que comporta 
1- Preço pago; 
2- Custas contratuais e 
processuais; 
3- Frutos que tenha tido que 
ressarcir ao evictor; 
4- Benfeitorias. 
Evicção parcial 
Considerável que comporta segundo 
a doutrina 49% a 99% do bem, abre 
a possibilidade da parte requerer ou 
a devolução com ressarcimento ou 
abatimento. 
Causas extintivas 
Evicção pode ser aumentada, 
reduzida ou excluída por cláusula 
expressa. 
 
Requisitos 
Perda total ou parcial da 
propriedade, uso ou posse da coisa 
alienada 
-Onerosidade da aquisição 
-Ignorância, pelo adquirente, da 
litigiosidade da coisa 
Art. 457, CC. Não pode o 
adquirente demandar pela 
evicção, se sabia que a coisa era 
alheia ou litigiosa. 
Anterioridade do direito do evictor 
Obs.: se já havia decreto de 
desapropriação antes da execução do 
negócio, responde o alienante pela 
evicção, ainda que a expropriação se 
tenha efetivado posteriormente, 
porque a causa da perda é anterior 
ao contrato e o adquirente não tinha 
meios de evitá-la. 
Obs.2: subsiste a garantia da evicção 
ainda que a aquisição se tenha 
realizado em hasta pública. 
 
 
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Verbas devidas 
Art. 450, CC. Salvo estipulação em 
contrário, tem direito o evicto, além 
da restituição integral do preço ou 
das quantias que pagou: 
I- Á indenização dos frutos que 
tiver sido obrigado a 
restituir; 
II- Á indenização pelas 
despesas dos contratos e 
pelos prejuízos que 
diretamente resultarem da 
evicção; 
III- Ás custas judiciais e aos 
honorários do advogado por 
ele constituído. 
IV- Ás custas judiciais e aos 
honorários do advogado por 
ele constituído. 
Parágrafo único. O preço, seja a 
evicção total ou parcial, será o do 
valor da coisa, na época em que 
de evenceu, e proporcional ao 
desfalque sofrido, no caso de 
evicção parcial. 
Obs.: “Perdida a propriedade do bem, 
o evicto há de ser indenizado com 
importância que lhe propicie adquirir 
ouro equivalente. Não constitui 
reparação completa a simples 
devolução do que foi pago, ainda que 
com correção monetária. (STJ – REsp 
248483 MG). 
Obs.: são indenizáveis os prejuízos 
devidamente comprovados, 
competindo ao evicto o ônus de 
prová-los (inclui-se perdas e danos e 
lucro cessante, art. 404 do CC). 
Art. 451, CC. Subsiste para o 
alienante esta obrigação ainda que a 
coisa alienada esteja deteriorada, 
exceto havendo dolo do adquirente. 
Art. 452, CC. Se o adquirente tiver 
auferido vantagens das 
deteriorações, e não tier sido 
condenado a indenizá-las, o valor 
das vantagens será deduzido da 
quantia que lhe houver de dar o 
alienante. 
Art. 453, CC. As benfeitorias 
necessárias ou úteis, não abonadas 
ao que sofreu a evicção, serão pagas 
pelo alienante. 
Art. 454, CC. Se as benfeitorias 
abonadas ao que sofreu a evicção 
tiverem sido feitos pelo alienante, o 
valor delas será levado em conta na 
restituição devida. 
Se as benfeitorias tiverem sido 
realizadas pelo alienante após a 
tradição do bem ao adquirente 
e se este tiver recebido 
indenização do evictor por elas, 
então o alienante poderá 
descontar da indenização que 
pagar ao adquirente o valor por 
este recebido. 
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Evicção parcial 
Art. 455, CC. Se parcial, mas 
considerável, for a evicção, poderá o 
evicto optar entre a rescisão do 
contrato e a restituição da parte do 
preço correspondente ao desfalque 
sofrido. Se não for considerável, 
caberá somente direito a 
indenização. 
Resolução= NINGUÉM QUERIA QUE 
TERMINASSE O CONTRATO, porém 
efeitos maiores, fizeram terminar 
Resilição= uma das partes quer 
terminar, ou as duas querem, se for 
só uma, é a chamada DENÚNCIA, se 
for as duas DISTRATO. 
Rescisão= Não é nenhuma dessas 
duas outras? Então é rescisão, é um 
termo genérico. 
Resolução é o meio de dissolução do 
contrato em caso de inadimplemento 
culposo ou fortuito. Quando há 
descumprimento do contrato, ele 
deve ser tecnicamente resolvido. 
Rescisão é uma palavra com 
plurissignificados, podendo inclusive 
ter o significado de resolução em 
caso de inadimplemento. Há também 
o sentido de ser a extinção do 
contrato em caso de nulidade (lesão 
ou estado de perigo). 
Resilição é o desfazimento de um 
contrato por simples manifestação 
de vontade, de uma ou de ambas as 
partes. Ressalte-se que não pode ser 
confundido com descumprimento ou 
inadimplemento, pois na resilição as 
partes apenas não querem mais 
prosseguir. A resilição pode ser 
bilateral (distrato, art. 472 , CC) ou 
unilateral (denúncia, art. 473 , CC). 
Distrato é o encerramento de 
contrato antes do seu termo final. 
Denúncia cheia é empregada para a 
causa da extinção de instrumento de 
acordo de vontades, erigindo para 
isso um dos permissivos legais para 
tanto. Ex: retomada de imóvel para 
habitação do locador. 
Denúncia vazia é a falta de causa 
para encerramento de relação 
contratual. 
Revogação é a expressão utilizada 
para retirada de efeitos de 
determinado documento ou 
comando normativo. Ex: revogação 
de procuração, revogação de 
disposições em contrário. No 
Vocabulário Jurídico de De Plácido e 
Silva- Do latim revocatio, de revocare, 
(anular, desfazer, desvigorar), 
entende-se, em ampla significação, o 
ato pelo qual se desfaz, se anula ou 
se retira a eficácia ou efeito de ato 
anteriormente praticado.

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