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XIX Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2011 – Manaus, AM 1 ____________________________________________________________________________________________________ 30 de janeiro a 04 de fevereiro de 2011 PRODUÇÃO DE ROTEIROS DE RÁDIO EM UM CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA Daniel Garcia de Oliveira1, Antonio Luiz Fernandes Marques2 1 Aluno do Curso de Licenciatura em Física da Universidade Federal de Itajubá, daniel.of@unifei.edu.br 2 Universidade Federal de Itajubá/Departamento de Física e Química/Instituto de Ciências Exatas, amarques@unifei.edu.br Resumo Este trabalho pretende apresentar o projeto final na disciplina não-obrigatória COM966 (Divulgação Científica) do curso de Licenciatura em Física da Universidade Federal de Itajubá, tendo como tema a produção de roteiros de um programa de rádio. Pretende também discutir as características da disciplina. A expressão divulgação científica (DC) comporta diversas áreas e atividades, como a museologia, a elaboração de livros, criação de sites e de outros informativos por parte de cientistas e interessados. A disciplina foi criada em 2005, como etapa de uma proposta de implantação de uma estrutura de divulgação científica (DC) na Universidade. Este ano, a disciplina foi ministrada no 1° semestre e aqui, apresentamos os materiais escolhidos como projeto final da disciplina, sendo roteiros de rádio, elaborados durante a mesma. Com isso pretende-se exercer um importante papel em nossa sociedade, diminuindo a distância entre ciência e tecnologia e ampliando o acesso ao conhecimento científico e tecnológico pela população, desenvolvendo e aperfeiçoando seu senso crítico diante da grande quantidade de informações que surgem diariamente. Palavras-chave: Divulgação Científica, Roteiros de Rádio, Licenciatura em Física Introdução A Divulgação Científica (DC), que abrange diversas áreas, desde o museu até a internet, tem alcançado cada vez mais importância na sociedade atual. É através da DC que os cientistas podem mostrar às pessoas a importância de suas pesquisas e também prestar contas à sociedade sobre a utilização das verbas públicas (KREINZ & PAVAN, 2002). A Divulgação Científica é capaz de aproximar ciência e tecnologia da população, o que se torna cada vez mais importante enquanto aqueles se desenvolvem em ritmo acelerado. Uma das principais dificuldades em fazer tal aproximação é adaptar as novidades da ciência e tecnologia a uma linguagem mais acessível e menos matematizada, que são características destes conteúdos. Nesse aspecto, a DC atua como tradutora dos trabalhos científicos, e o divulgador proporciona à população o acesso a tal conhecimento a fim de que o senso crítico do cidadão se aplique também a trabalhos dessa natureza. Tão importante quanto o conhecimento é a opinião consciente a respeito do mesmo (KREINZ & PAVAN, 2003). Divulgar a ciência também é uma forma de contribuir com a educação – a DC pode ser uma ferramenta para atrair os estudantes ao aprendizado da Ciência, XIX Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2011 – Manaus, AM 2 ____________________________________________________________________________________________________ 30 de janeiro a 04 de fevereiro de 2011 bem como manter professores dos níveis fundamental e médio atualizados (VIEIRA, 1998). Todavia, mais do que apenas uma contribuição, de acordo com Marques e Chaves (2007), a DC tem uma responsabilidade na educação científica quanto à construção e manutenção de uma sociedade democrática, onde os cidadãos são capazes de decidir sobre o seu futuro. Da mesma maneira que participam das decisões políticas e sociais, esses cidadãos também devem opinar sobre os rumos do desenvolvimento tecnológico e da própria política científica (TUFFANI, 2004). Descrição do Trabalho desenvolvido na Disciplina COM966 Tendo em vista a importância da DC na sociedade, em 2005 foi criada uma disciplina de Divulgação Científica, não obrigatória, na Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI). Alguns trabalhos provenientes dessa disciplina já foram, inclusive, apresentados nas últimas edições do Simpósio Nacional de Ensino de Física (MARQUES, 2007; MARQUES & SCHEIDEGGER, 2009). A criação da disciplina se deu nos moldes do curso de especialização oferecido pelo Núcleo José Reis de Divulgação Científica (NJR) na Universidade de São Paulo (USP). A disciplina tem carga horária de 32 horas, sendo 2 horas semanais. O principal objetivo da disciplina de DC é discutir e implementar diversas formas de divulgação científica na Universidade, bem como melhorar a formação dos graduandos incentivando-os a produzir trabalhos em pelo menos uma forma de mídia, podendo optar por escrita (jornais e revistas), rádio, vídeo, histórias em quadrinhos e internet. Tais formatos de mídia visam atingir um público amplo, do ensino superior aos ensinos Médio e Fundamental (MARQUES, 2007). Inicialmente foram discutidos os conceitos básicos da DC tais como definir exatamente qual o público alvo a ser atingido em cada material produzido; a importância da clareza e da leveza da exposição dos conceitos abordados; o cuidado com a linguagem a ser usada, tendo em mente que esta deve ser diferente daquela empregada em trabalhos científicos, além de ser simples, informal e não rebuscada; e principalmente a preocupação com a distinção entre especulações e os resultados científicos já comprovados. Enfim, o trabalho de DC deve ser elaborado de forma que o público alvo compreenda a totalidade do divulgado (VIEIRA, 1998). Realizou-se, também, um estudo dirigido, visando o entendimento das várias formas e maneiras de divulgação científica (escrita, rádio, fotografia, história em quadrinhos e vídeo). A cada discussão uma atividade de fixação era sugerida (MARQUES, 2009). Discutiram-se as diversas mídias empregadas como meio de DC (jornais/revistas, história em quadrinhos, rádio, vídeo e internet), definiram-se as características principais dessas mídias e, através de exercícios, buscou-se a compreensão e a consequente fixação dessas características. Atividades de DC envolvendo redação tiveram o objetivo da criação de textos para um jornal diário, fundamentados em notícias recentes geradas pelos grandes laboratórios de pesquisa. Tendo como base as notícias recentes dos grandes laboratórios, produziu-se textos curtos, inicialmente um lead1 ou guia, isto é, 1 termo jornalístico originário da frase “to lead the way” XIX Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2011 – Manaus, AM 3 ____________________________________________________________________________________________________ 30 de janeiro a 04 de fevereiro de 2011 parágrafo de três a cinco linhas não-hifenadas, e de até setenta toques, onde devem ser respondidas as seguintes questões: quem, quando, onde, como, por que, para que e para quem. A seguir, acrescentou-se o título (exatamente duas linhas de até trinta caracteres) ao lead. Finalmente, foi elaborado um texto de exatamente vinte linhas não-hifenadas com pelo menos dois parágrafos (o lead e pelo menos mais um), salientando sempre a importância da linguagem utilizada (VIEIRA, 1998). Em outras atividades, discutiram-se conceitos de Radiodifusão, História em Quadrinhos e Vídeo para DC. Finalmente, na aula sobre o uso da Internet na DC discutiram-se os formatos de páginas onde se pode usar as técnicas utilizadas em escrita, radiodifusão, imagem e vídeo (COELHO, 2004). Observou-se que a internet contribuiu para intensificar o contato entre pesquisadores, porém não anulou a necessidade de presença física e do contato entre os pares, que muito têm a indagar sobre suas áreas de conhecimento. Nas atividades relacionadas ao uso da imagem e da fotografia na Divulgação Científicadiscutimos sua importância no auxilio da compreensão dos conceitos abortados. Trabalhamos com exercícios de desenho e memorização. Portanto, o treinamento dos alunos inscritos na disciplina COM 966 consistiu na produção de materiais utilizando conceitos discutidos, como: roteiros de programas de rádio, história em quadrinhos, web sites etc. Como atividade final da disciplina foi proposto aos mesmos que, à partir de um dos temas abordados, desenvolvessem seu projeto final. Serão expostos no próximo item os resultados obtidos no projeto final que teve como escolha o trabalho com roteiros de rádio. Roteiro de Rádio para Divulgação Científica Definiu-se primeiramente, como deve ser o “corpo” de um roteiro feito para um programa de rádio com o intuito da Divulgação Científica, ou seja, como ele seria dividido e o que haveria de comum a todos os roteiros. Ficou então definido que nossos roteiros teriam o modelo dos roteiros de rádio do programa “Cantores Bons de Bico” (CREDE, 2004), um programa de rádio da Universidade Federal de São Paulo (USP), tais roteiros são compostos por: 1 – Música vinheta: seria a música responsável por abrir e encerrar o programa, como uma marca registrada para que se reconheça qual programa está começando logo ao se ouvir a música. 2 – Sonoras: são os textos que o apresentador narra, definiu-se também um padrão para a fala do apresentador ao início e término do programa. 3 – B.G.: termo inglês, background, indica a música que é tocada ao fundo enquanto as sonoras são narradas. 4 – Música: definiu-se que ao término da narração de uma sonora uma nova música é reproduzida, e comumente utilizada como a B.G. para a próxima sonora. Na escolha dos temas musicais procuramos usar músicas que tivessem alguma relação com o texto, ou o tema, do roteiro. Quando isso não foi possível escolhemos músicas do agrado dos autores ou que julgássemos do conhecimento do público alvo. XIX Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2011 – Manaus, AM 4 ____________________________________________________________________________________________________ 30 de janeiro a 04 de fevereiro de 2011 Uma vez definidos tais termos, determinou-se que estes deveriam ser organizados num quadro de duas colunas por ‘n’ linhas, sendo ‘n’ o número de linhas necessárias para finalizar o programa. Na primeira coluna será inserido o tempo em minutos (min) e segundos (s) da seguinte maneira – min para ’ e s para ”. Esse tempo foi cronometrado a partir do tempo utilizado para a narração da sonora ou da reprodução da música. Definiu-se ainda, que um programa de rádio, para D.C., deveria ser feito com o cuidado de que não se estenda por muito tempo, para que não haja desinteresse por parte do público alvo. O tempo estipulado como suficiente para um programa de rádio de divulgação científica é de 03 a 05 minutos, pois os profissionais de radiodifusão acreditam que sonoras de tempos muito grande não prendem a atenção do público ouvinte (CREDE, 2005). Na segunda coluna seriam organizados os demais termos, intercalando-se nas linhas as Músicas e as Sonoras, tomando o cuidado de deixar a B.G. na mesma linha da sonora a qual se refere. Segue abaixo um quadro com o modelo de um roteiro para um programa de rádio para D.C.. Quadro 01: Modelo de Roteiro de Rádio 20” Música Vinheta: M1 30” Sonora: T1 B.G.: M1 15” Música: M2 1’12” Sonora: T2 B.G.: M2 20” Música Vinheta: M1 Resultados do Trabalho com Roteiros de Rádio Com o intuito de criar roteiros de rádio que tem como público alvo alunos do ensino médio ou pessoas que já completaram o ensino médio, optamos em desenvolver um programa que, apesar dos autores estarem inseridos em um curso de física, englobasse outras áreas da ciência ou conhecimento, escolhendo-se assim 04 temas para se trabalhar, sendo eles: “Amazônia e o Efeito Estufa”, “Reformas Ortográficas”, “LHC, o Acelerador de Partículas” e “Alguns Modelos Atômicos do século XX”. O nome escolhido para o programa de rádio foi “De Olho no Mundo”. Nos quadros abaixo encontramos os resultados obtidos com as escolhas citadas acima. Quadro 02: Roteiro de Rádio – A Amazônia e o Efeito Estufa 25” Música Vinheta – A Revolta dos Dândis – Engenheiros do Hawaii 12” Sonora: Começa agora o programa De Olho no Mundo, e hoje vamos tratar de temas muito abordados ultimamente, o Efeito Estufa e a Amazônia. 10” Música: Planeta Água – Guilherme Arantes 21” Sonora: A emissão e acumulação de gases como o dióxido de carbono XIX Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2011 – Manaus, AM 5 ____________________________________________________________________________________________________ 30 de janeiro a 04 de fevereiro de 2011 na atmosfera, é conhecida mundialmente como efeito estufa, ou de uma maneira mais simplificada como o aquecimento da Terra pela emissão excessiva de gases poluentes. Existem muitas controvérsias e muitas teorias sobre este assunto, onde algumas entidades ecológicas intitulam as queimadas da Amazônia como um dos principais causadores do agravamento do efeito estufa. B.G.: Planeta Água – Guilherme Arantes 10” Música: Armas Químicas e Poemas – Engenheiros do Hawaii 45” Sonora: A região Norte do Brasil é composta pelos estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará e Amapá. Esta região ocupa uma área de aproximadamente 45,33% da área total do Brasil e nela concentra-se a floresta amazônica, dona de uma das maiores diversidade biológicas do planeta. Paralelamente a toda esta grandeza territorial e riqueza natural, nestes estados encontram-se uma das populações mais pobres do Brasil, que historicamente convivem com a floresta, sendo o fogo um dos seus principais aliados para sobrepor a floresta quando isto se faz necessário. Portanto as queimadas na Amazônia tem grande importância na limpeza de áreas para a agricultura de subsistência da região, fazendo parte da cultura do povo deste povo. B.G.: Armas Químicas e Poemas – Engenheiros do Hawaii 10” Música: O Preço – Engenheiros do Hawaii 35” Sonora: Entretanto nos últimos anos a Amazônia passou a ser considerada internacionalmente como a campeã mundial de queimadas, o que evidentemente não é ocasionado pela agricultura de subsistência, mas sim por outras atividades que passaram a fazer parte do dia a dia desta região. Essas queimadas levam a liberação de grandes quantidades de carbono proveniente da biomassa na atmosfera da Terra, onde se transforma no dióxido de carbono, que é o gás responsável por quase metade do agravamento do efeito estufa. Além disso, com as queimadas são liberadas grandes quantidades de outros gases amplificadores do efeito estufa como o metano e o óxido nitroso. BG: O Preço – Engenheiros do Hawaii 10” Música: Depois de nós – Engenheiros do Hawaii 25” Sonora: Felizmente nos dias de hoje áreas de preservação vem sendo demarcadas na Amazônia. Tal ato vem contribuindo para a diminuição desse efeito na atmosfera e contribuindo para a preservação da biodiversidade dessa rica região brasileira. Este foi o programa “De Olho no Mundo” e hoje tratamos do tema “Amazônia e o Efeito Estufa”. Até a próxima. B.G.: A Revolta dos Dândis – Engenheiros do Hawaii 20” Música Vinheta: A Revolta dos Dândis – Engenheiros do Hawaii Quadro 03: Roteiro de Rádio – Reformas Ortográficas 25” Música Vinheta – A Revolta dos Dândis – Engenheiros do Hawaii 9” Sonora: Começa agora o programa De Olho no Mundo, iremos falar quais foram mudanças que atingiram a vida de todos, as Reformas Ortográficas. XIX Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2011 – Manaus, AM 6 ____________________________________________________________________________________________________ 30 de janeiro a 04de fevereiro de 2011 B.G.: A Revolta dos Dândis – Engenheiros do Hawaii 10” Música: Aquarela do Brasil - Toquinho 15” Sonora: Com o objetivo de unificar a língua portuguesa nos países que a utilizam, são eles: Brasil, Portugal, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Angola, Guiné Bissau, Moçambique e Timor Leste certas mudanças foram feitas no nosso idioma. A primeira delas é: Paroxitonas terminadas em “o” duplo perdem o acento circunflexo, como: voo, abençoo. B.G.: Aquarela do Brasil - Toquinho 10” Música: Proibida pra mim – Zeca Baleiro 8” Sonora: Mais uma mudança, as regras para a utilização do hífen, aquele “tracinho” que separa algumas palavras, mudou. B.G.: Proibida pra mim – Zeca Baleiro 10” Música: Quase nada – Zeca Baleiro 9” Sonora: Terceira mudança: O acento circunflexo de conjugações no plural como creem, deem, leem e veem deixa de existir. B.G.: Quase nada – Zeca Baleiro 10” Música: Brasileirinho – Waldir Azevedo 7” Sonora: Outra mudança: O trema, aqueles dois pontinhos em cima do “u”, deixa de existir. B.G.: Brasileirinho – Waldir Azevedo 10” Música: Aquarela do Brasil – Toquinho 8” Sonora: As letras K, W e Y entraram para o nosso alfabeto oficialmente! Sim, antes não era oficial. B.G.: Aquarela do Brasil – Toquinho 10” Música: Proibida pra mim – Zeca Baleiro 12” Sonora: Uma mudança que deu o que falar: O acento deixa de ser usado para diferenciar “pára” (verbo) e “para” (preposição). Infelizmente podem-se criar grandes confusões. B.G.: (intro) Proibida pra mim – Zeca Baleiro 10” Música: Quase nada – Zeca Baleiro 12” Sonora: E finalmente: O acento agudo em ditongos abertos desaparece, como por exemplo, em: jiboia, assembleia. Este foi o programa “De Olho no Mundo” e hoje tratamos do tema “Reformas Ortográficas”. Até a próxima. B.G.: A Revolta dos Dândis – Engenheiros do Hawaii 25” Música Vinheta – A Revolta dos Dândis – Engenheiros do Hawaii Quadro 04: Roteiro de Rádio – LHC, O Acelerador de Partículas 20” Música Vinheta – A Revolta dos Dândis – Engenheiros do Hawaii 8” Sonora: Começa agora o programa De Olho no Mundo, falaremos hoje XIX Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2011 – Manaus, AM 7 ____________________________________________________________________________________________________ 30 de janeiro a 04 de fevereiro de 2011 sobre um gigante, o LHC, o gigantesco acelerador de partículas. B.G.: A Revolta dos Dândis – Engenheiros do Hawaii 10” Música: Day Tripper – The Beatles 25” Sonora: O LHC (Large Hadron Collider) ou Grande Colisor de Hadrons consiste em um enorme acelerador de partículas utilizado por cientistas para estudar pequenas partículas originárias da colisão entre prótons. É um enorme aparelho circular de 27 km de circunferência, construído no subterrâneo, a cerca de 100 metros abaixo do solo, na fronteira entre a Suíça e a França. B.G.: Day Tripper – The Beatles 10” Música: Midnight Oil – Beds are Burning 18” Sonora: Este acelerador de partículas em particular tem como um dos objetivos encontrar o chamado Bóson de Higgs, também conhecido como a partícula de Deus, partícula envolvida em diversas teorias da física, e que comprovada sua existência, traria respostas para diversas questões em aberto no mundo físico. B.G.: Midnight Oil – Beds are Burning 10” Música: Help! – The Beatles 23” Sonora: E se vocês se perguntam se tal monstruosidade é segura, a resposta é sim, contando que você não esteja dentro dos anéis do aparelho. Uma série de notícias foram lançadas na mídia sobre a possibilidade da formação de um micro buraco negro, graças a grande quantidade de energia liberada nas colisões, e destruir todo o planeta, felizmente tais notícias já foram desmentidas. B.G.: Help! – The Beatles 10” Música: Satisfaction – Rolling Stones 27” Sonora: O LHC permanecerá ligado por um período de 18 a 24 meses, tempo este considerado suficiente para a realização das pesquisas e depois será desligado para um longo período de manutenção. Se você quer saber um pouco mais sobre o LHC consulte o site: www.cern.ch. Este foi o programa “De Olho no Mundo” e hoje tratamos do tema “LHC, o Gigantesco acelerador de partículas”. Até a próxima. B.G.: Satisfaction – Rolling Stones 20” Música Vinheta – A Revolta dos Dândis – Engenheiros do Hawaii Quadro 05: Roteiro de Rádio – Alguns Modelos Atômicos do século XX 20” Música Vinheta – A Revolta dos Dândis – Engenheiros do Hawaii 8” Sonora: Começa agora o programa De Olho no Mundo, e no programa de hoje vamos tratar sobre Alguns Modelos Atômicos do século XX. B.G.: A Revolta dos Dândis – Engenheiros do Hawaii 7” Música: Música Tema – The Big Bang Theory – Barenaked Ladies 20” Sonora: Foi com John Dalton que a primeira teoria atômica moderna criou vida. Dalton propôs a teoria do modelo atômico, onde o átomo é uma minúscula esfera maciça, impenetrável, indestrutível e indivisível. Todos os átomos de um mesmo elemento químico são idênticos. Seu modelo atômico foi apelidado de "modelo atômico da bola de bilhar". XIX Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2011 – Manaus, AM 8 ____________________________________________________________________________________________________ 30 de janeiro a 04 de fevereiro de 2011 B.G.: Música Tema – The Big Bang Theory - Barenaked Ladies 7” Música: Johnny B. Goode – Chucky Berry 18” Sonora: E não parou por ai, o próximo a ter sua teoria aceita foi Joseph John Thomson, em 1897. Ele formulou a teoria de que haveria elétrons (de carga negativa) sobre o núcleo (de carga positiva) modelo que substituiu o anterior e ficou conhecido como "modelo atômico do pudim com passas". B.G.: Johnny B. Goode – Chucky Berry 7” Música: Mr. Jones – Counting Crows 18” Sonora: Já em 1908, Ernest Rutherford através de experimentos com uma chapa metálica bombardeada por partículas alfa, criou o modelo atômico de que o átomo é composto por um núcleo maciço e que os elétrons permaneciam em órbita ao redor do mesmo, comparáveis a um sistema planetário. B.G.: Mr. Jones – Counting Crows 7” Música: Have you ever seen the rain – Creedence 20” Sonora: Em 1920 Niels Bohr implementou o modelo atômico de Rutherford, unificando-o com a teoria da mecânica quântica de Planck. Seu modelo consistia que os elétrons deveriam girar em órbitas específicas ao redor do núcleo com níveis energéticos bem definidos. E que poderiam mudar de órbita ao ganhar ou perder energia. B.G.: Have you ever seen the rain – Creedence 7” Música: We Weren’t Born to Follow – Bon Jovi 30” Sonora: Finalmente em 1964, o físico americano Murray Gell-Mann propôs a idéia de que as partículas prótons e nêutrons são formados, cada partícula, por três outras sub-partículas chamadas quarks, as quais são 10 mil vezes menores que as partículas nucleares. Como podem ver muita coisa mudou e continua a mudar a respeito dos átomos, e quem sabe nem ao menos tenhamos chegado à essência da matéria. Este foi o programa “De Olho no Mundo” e hoje tratamos do tema “Alguns Modelos Atômicos do século XX”. Até a próxima. B.G.: : We Weren’t Born to Follow – Bon Jovi 20” Música Vinheta – A Revolta dos Dândis – Engenheiros do Hawaii Considerações Finais A Divulgação Científica proporciona ao seu público alvo a oportunidade de obter conhecimento específico em uma linguagem acessível que o capacita para discutir sobre as diretrizes tecnológicas e científicas da sociedade. Por ser uma disciplina não-obrigatória percebe-se que todos os alunos inscritos estão motivados para o bom desenvolvimento dos trabalhos, assim consegue-se obter resultados interessantes, com discussões nas aulas que incrementam e diversificam o saber decada um, além de conseguir uma melhoria significativa na formação acadêmica com a elaboração das atividades sugeridas. Os roteiros de rádio aqui tratados são exemplos de como a ciência pode ser divulgada para diversos públicos. Vale ressaltar também que os mesmos não tem a intenção de fazer com que o ouvinte chegue a conhecer a fundo todo o tema tratado, XIX Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2011 – Manaus, AM 9 ____________________________________________________________________________________________________ 30 de janeiro a 04 de fevereiro de 2011 mas sim despertar sua curiosidade para que este venha a procurar e pesquisar tais assuntos. A disciplina de COM966 (Divulgação Científica) tem conseguido despertar o interesse dos alunos matriculados; espera-se que a produção de materiais como os roteiros de rádio aqui listados venham a despertar o interesse de um grande público, não só sobre os temas inseridos, mas sobre o próprio ato da Divulgação Científica. Acreditamos que o trabalho de produção de roteiros de rádio, na disciplina COM966, por um aluno do Curso de Licenciatura em Física proporcionou uma melhoria significativa na sua formação acadêmica, pois, nas atividades realizadas durante o desenvolvimento da disciplina foi discutido, entre outras coisas, a necessidade de sempre termos em mente o público que se destina o material produzido, a importância da clareza, e também da leveza da exposição dos conceitos abordados e principalmente a preocupação com a distinção entre especulações e os resultados científicos já comprovados. A cada ano, os alunos de COM966 conseguem produzir mais materiais durante a disciplina, acreditamos assim que estamos no caminhando na direção do nosso objetivo de longo prazo de implementar uma estrutura DC na UNIFEI. 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In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA: ÉTICA E DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA - OS DESAFIOS DO NOVO SÉCULO, 1, São Paulo. Anais. São Paulo: NJR/ECA/USP, 2004. p. 83 - 90. VIEIRA, C. L., Pequeno Manual de Divulgação Científica: Dicas para Cientistas e Divulgadores de Ciência. São Paulo: CCS/USP, 1998.
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