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1 GÊNERO DERMATOPHILUS → O gênero Dermatophilus não é considerado um fungo, mas uma bactéria. Apesar disso, é estudado no campo da micologia por possuir estruturas semelhantes a fungos, nomeados como um micélio rudimentar e zoósporos. Provoca lesões semelhantes ao dermatófitos, mas são sensíveis a determinados antibióticos antibacterianos e não a antifúngicos. → Pertence ao sub-gênero Geodermatophilus (Geo é referente a solo) e à familia Dermatophilaceae. Possui duas espécies de importancia: Dermatophilus congolensis e Dermatophilus chelonae, sendo a primeira a mais comum. → O Dermatophilus apresenta filamentos semelhantes a hifas com zoospóros em seu interior, que são esporos flagelados, podendo movimentar-se em meio líquido. Os zoósporos representam o elemento de infecção que irá passar de um tecido ao outro. → A dermatofilose é a doença infecciosa, transmissível, ligeiramente contagiosa, comum à numerosas espécies animais. É devido à bactéria ubíqua (que está em qualquer ambiente) chamada Dermatophilus congolensis que, em associação com fatores de risco, provoca o aparecimento de sintomas. A doença somente se instala na presença de um ferimento, que irá representar uma porta de entrada para os zoósporos. Na ausência de ferimento a doença não se instala. → A relação da susceptibilidade dos animais se dá por: • Animais afetados: Bovinos, Ovinos, Caprinos, Equídeos; • Raramente: Suínos, Cães, Gatos, Homem (zoonose mínima); • Espécies selvagens: Mamíferos e reptéis. → Modo de transmissão: Quando as crostas estão molhadas dos animais infectados, zoósporos (unidades infectante) são liberados e assim infectam outros animais em nível de lesões cutâneas. Pode ocorrer por contato direto com o animal através de artrópodes picadores como os carrapatos (Amblyomma , Boophilus microplus, Hyalomma), Sarcoptes , Demodex, mosquitos e as moscas picadoras. Ocorre, então, o aparecimento de sintomas. → Fatores de risco: 1. Presença de carrapatos do gênero Amblyomma e de acordo com o genótipo do animal; 2. Em região tropical, os bovinos são mais sensíveis mas as raças locais são muito mais resistentes enquanto que em regiões de clima moderado os carneiros e os cavalos são mais sensíveis. → Manejo: o uso repetitivo de cordas entre animais sadios e infectados; escova de casqueamento passado de animal para animal leva a dematofilose para todos os animais. → Fisiopatogenia da Dermatofilose exudativa dos Bovinos: A presença de lesão permte que o zoosporo, que é móvel, entre na pele, que produz CO2, tem o pH baixo e apresenta lipídios. Em seguida, a bacteria forma um filamento que, pela ação do CO2 se divide, dando origen a novos zoosporos, e por isso, diz-se que possuem aerotaxia positiva. No momento em que as células do sistema imune do hospedeiro reconhece o microorganismo, forma-se uma barreira de neutrófilos abaixo da área de infecção, afim de evitar a proliferação do agente. A partir de então é formada outra camada de pele, que é alcançada pelos zoosporos. Estes conseguem contaminar a nova epiderme, formando novos filamentos e novos zooposros. O proceso de formação da barreira de neutrófilos e de epiderme recomeçam e o resultado final será a formação de crostas, hiperqueratose e enrugamento da pele. A lesão se caracteriza principalmente por crostas ocas por dentro, diferentemente do que ocorre com os dermatófitos → É importante salientar que o microrganismo se mantém na epiderme, estando sempre superficial. A lesão pode ser confundida com aquelas causadas por papiloma viral (HPV), mas neste caso, a crosta quando 2 retirada sangra muito e não sai facilmente. Já o Dermathopilus, as crostas se soltam facilmente e se dissolvem facilmente, a derme fica rosada e não ocorre sangramento. → Os sintomas aparecem quando a bactéria e os fatores de risco estão presentes e são variáveis de acordo com as zonas geográficas e os fatores de risco. De modo geral, a dermatofilose ocorre de duas formas: 1. Forma aguda: É menos freqüente e ocorre em zona tropical úmida nos animais predispostos (raças importadas sensíveis como os taurinos) com presença de carrapatos (Amblyomma). As lesões são localizadas sobre a totalidade do revestimento cutâneo do animal. O estado do animal degrada-se, ele morre em algumas semanas antes do aparecimento das lesões crostosas. Em verdade a morte do animal é bastante rara. 2. Forma crônica: É mais frequente; lesões não pruriginosas localizadas sobre a parte superior do corpo (pescoço, barbela, lombo-dorsal e garupa), as extremidades longe do ponto de origem dos membros e também na região anal, escrotal. → As lesões iniciais consistem em pápulas com pêlos e exudado de soro coagulado. Elas aumentam em número e em volume e, seguidamente, tornam-se coalescentes. Em seguida, ocorre a fase de hiperqueratose: com formação de crostas amareladas, espessas mais ou menos flutuantes. O animal fica curado ou permanece portador crónico, e então, novas chuvas provocam repetições. Por isso, nos períodos de chuvas ocorre incidência desse agente, uma vez que e a água, quando bate na pele do animal tira sua proteção, podendo formar lesões pequenas ou rachaduras por onde o zoósporo pode entrar. → Quando a dermatofilose ocorre em ovino, a lã perde eu valor comercial. Além disso, o Dermatophilus produzir buracos no couro, e este acaba por perder valor comercial também. No caso dos equinos causa lesões nas partes inferiores de membros, são chamadas de arestins, caracterizadas por um avermelhamento na pele, mas sem ocorrência de crostas. Muitos carrapatos ficam nessa área e pode ser um fator importante para o aparecimento da dermatofilose nessas regiões. → Coleta do material: deve-se fazer o raspado do material e colocar em papel ou outro recipiente, como tubo de ensaio, plástico e outros. No primeiro caso não há necessidade de refrigeração; no segundo, sim. → Microscopia: tritura-se o material (crosta, normalmente), para soltar as camadas presentes. Adicionar água destilada para fazer o esfregaço. Após secagem, realizar a coloração de Gram, onde o cristal violeta deve permanecer por no máximo 30 segundos, pois além disso a visualização dos zoósporos não será possível, somente filamentos roxos. Ao microscópio óptico é possível observar os filamentos corados em vermelho e os zoósporos, uma vez sendo cocos Gram positivos, corados em roxo. Ocorre presença de filamentos septados longitudinal e transversalmente, constituídos de vários “cocos” arranjados em cadeias paralelas ou em tétrades. → Isolamento e identificação: para tanto, é necessário antes realizar o método de Haalstra. Esse método permite a separação do Dermatophilus de outras bactérias presentes no material. Podem ser feitos métodos como ELISA e imunodifusão a partir da amostra colhida. A histolpatologia não é necessária, mas a partir dela é possível observar filamentos simples apresentando ramificações e septos. No geral, o isolamento bacteriano e identificação é difícil, podendo utilizar ágar sangue com inibidores bacterianos, ou cultura de crostas úmidas no CO2 (Método de Haalstra). → Método de Haalstra: adicionar o material (crosta) em um tubo de ensaio com agua destilada estéril. A crosta é presa com um clip estéril no fundo, de forma a sobrar um espaço de um centímetro acima do material. Como os zoosporos possuem flagelos, nadam no liquido. Depois de três horas, coloca-se o tubo dentro de uma jarra de anaerobiose, induzindo um a um ambiente rico em CO2. Com isso o zoósporo, sendo atraído pelo gás, se concentra na superfície do meio. Com uma alça de platina, retira-se uma gota do líquido e semeie em Ágar infusão de cérebro e coração. O Ágar sangue também pode ser utilizado. Manter o meiona temperatura ambiente (25°C), para observar o aparecimento de colônias transparente ou brancas de 3 aspecto cremoso. Quando observadas diretamente no microscópio óptico é possível identificar os filamentos e os esporos dentro. Porém, quando se faz a preparação da lamina a partir de um fragmento de colônia, observa-se apenas as formas coccidióides, com a coloração de Gram. → Tratamento: com a associação de penicilina e estreptomicina por uma semana, as lesões regridem. → Em resumo, de dez amostras de crostas parecidas com o dermatófito, oito são de Dermatophilus, que é muito mais comum. GÊNERO PROTOTECA → A Prototeca é o gênero de espécies de algas. É estudada em micologia pois sua colônia é semelhante a levedura e como são capazes de provovar mastite, são facilmente confundidas com bactérias e fungos. → A infecção no úbere ocorre pelo esfíncter da teta, na ocasião e que o animal deita no chão. Ocorre geralmente em animais de alta qualidade e grande produtor de leite. Já se sabe que o epitélio interno do úbere produz uma substância oleosa, que impede que o microrganismo alcance o tecido glandular, sendo facilmente eliminado durante a ejeção do leite. Porém, durante a ordenha, é comum que a pressão do leite que é produzido em ata quantidade, desça e com isso, rompe o epitélio, permitindo que o agente alcance o tecido glandular. → Coleta do material: colher o leite em tubo de ensaio estéril transportados sob refrigeração. É necessário desprezar os três primeiros jatos de leite para eliminar outros microrganismos contaminantes. → Isolamento e identificação: para isolamento usar Agar Sabouraud dextrose com cloranfenicol para observação de crescimento de colônias cremosas brancas ou creme. A microscopia direta é feita com azul de algodão, oberava-se estruturas esféricas, ovais, redondas lisas ou com endosporos. GÊNERO CHORELLA → A Chorella é o gênero representante de espécies de alga. Não é um fungo. O seu problema está na ocorrência de alergias em animis quando ingeridas (por comprimidos de uso humano) ou quando em contato com estes. O comprimido de Chorella é comum em lojas de produtos naturais, e é usada por seres humanos como fonte de proteínas minerais, aminoácido, fibra, vitaminas e polissacarídeos. Porém, a clorofila que ela produz é muitas vezes tóxica. Normalmente é encontrada em água estagnada que apresenta a superfície verde. Na microscopia é possível a observação de células verdes e uma vez uma vez que não existe levedura verde, não é possível dizer que se trata de uma levedura. O animal desenvolve problemas no epitélio devido a alergia a clorofila.
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