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Aula 14

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Aula 14
Direito Constitucional p/ TRE-PE (Analista Judiciário - Área Judiciária)
Professores: Nádia Carolina, Ricardo Vale
Direito Constitucional p/ TRE-PE 
Profa. Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
 
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AULA 14: DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
Sumário: 
Finanças Públicas .......................................................................................... 1 
1- Normas Gerais de Finanças Públicas: ...................................................... 1 
2- Orçamento Público: ................................................................................ 3 
Questões Comentadas ................................................................................. 24 
Lista de Questões ........................................................................................ 33 
Gabarito ...................................................................................................... 37 
 
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Finanças Públicas 
1- Normas Gerais de Finanças Públicas: 
A Constituição Federal de 1988 reservou um Capítulo inteiro (Capítulo II do 
Título VI) para tratar das “finanças públicas”. Na concepção constitucional, as 
finanças públicas dizem respeito às matérias relacionadas à despesa, à 
receita e ao crédito público. As normas gerais de finanças públicas estão 
previstas no art. 163 e art. 164, da CF/88. 
O art. 163 relaciona uma série de matérias relativas às finanças públicas que 
deverão ser objeto de lei complementar. Vejamos: 
Art. 163. Lei complementar disporá sobre: 
I - finanças públicas; 
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, 
fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público; 
III - concessão de garantias pelas entidades públicas; 
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública; 
V - fiscalização financeira da administração pública direta e 
indireta; 
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de 
crédito da União, resguardadas as características e condições 
operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional. 
Uma dúvida que surge, a partir da leitura do art. 163, é se todas as matérias 
nele relacionadas devem ser objeto de uma única lei complementar ou se, 
alternativamente, é possível que várias leis complementares tratem desses 
temas. 
Direito Constitucional p/ TRE-PE 
Profa. Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
 
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O STF, chamado a apreciar o tema, considerou que as matérias constantes 
do art. 163 podem ser reguladas por lei complementar de maneira 
fragmentada. Não há necessidade de que a referida lei complementar 
discipline o teor do art. 163 por inteiro (STF,ADI 2.238-MC, DJ de 06.10.2000). 
O termo “finanças públicas”, ao qual se faz menção no inciso I, é bastante 
abrangente. Nesse sentido, todos os demais incisos podem ser considerados 
abrangidos por esse termo. Atualmente, a Lei nº 4.320/64 é que estatui 
normas gerais sobre finanças públicas. Apesar de ser uma lei ordinária, 
reconhece-se que ela foi recepcionada pela CF/88 com o status de lei 
complementar. 
O art. 164, por sua vez, trata do Banco Central. Para entender melhor esse 
dispositivo, vale mencionar que é competência exclusiva da União emitir 
moeda (art. 21, VII). Essa competência é exercida exclusivamente pelo Banco 
Central. 
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida 
exclusivamente pelo banco central. 
§ 1º - É vedado ao banco central conceder, direta ou 
indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer 
órgão ou entidade que não seja instituição financeira. 
§ 2º - O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão 
do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda 
ou a taxa de juros. 
§ 3º - As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no 
banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e 
dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele 
controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os 
casos previstos em lei. 
O § 1º determina que é vedado ao banco central conceder, direta ou 
indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou 
entidade que não seja instituição financeira. Antes da CF/88, o banco 
central podia fazer empréstimos ao Tesouro Nacional, o que trazia fortes 
pressões inflacionários.1 Destaque-se que, ao vedar a concessão de 
empréstimos ao Tesouro Nacional, a CF/88 reforçou o papel do banco central 
enquanto autoridade monetária. 
O § 2º estabelece que o banco central poderá comprar e vender títulos de 
emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda 
ou a taxa de juros (art. 163, § 2º, CF). Ao comprar títulos do Tesouro 
Nacional, o banco central coloca mais dinheiro em circulação e, em 
consequência, aumenta a oferta de moeda, desvalorizando-a. 
 
∀
!!A possibilidade de concessão de empréstimos ao Tesouro Nacional poderia fazer com 
que o BACEN emitisse mais moeda quando lhe fosse solicitado. Com o aumento de 
moeda em circulação no mercado, esta acaba se desvalorizando e a inflação aumenta. 
Direito Constitucional p/ TRE-PE 
Profa. Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
 
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O § 3º, por sua vez, determina que as disponibilidades de caixa da União 
serão depositadas no banco central. Por outro lado, as disponibilidades de 
caixa dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou 
entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em 
instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. O 
valor subjacente a essa norma (cláusula de depósito compulsório nas 
instituições financeiras oficiais) é, segundo o STF, a moralidade administrativa 
(STF ADI. 2661-MC, DJ de 23.08.2002). 
 
As disponibilidades de caixa dos Estados, DF, Municípios e 
dos órgãos ou entidades públicas são depositadas em 
instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos 
previstos em lei. 
Essa ressalva abre, nesses casos, a possibilidade de que as 
disponibilidades de caixa sejam depositadas em instituições 
financeiras não oficiais, desde que haja previsão em lei. 
Segundo o STF, esta deverá ser uma lei ordinária editada 
pela União, de caráter nacional. Por isso, considera o STF 
que não podem as Constituições ou as leis estaduais dispor 
sobre a matéria2. 
 
 
(Advogado UFC – 2014) É permitido ao banco central 
conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro 
Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja 
instituição financeira. 
Comentários: 
Segundo o art. 164, § 1º, CF/88, “é vedado ao banco 
central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao 
Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja 
instituição financeira”. Questão errada. 
 
2- Orçamento Público: 
2.1- Os instrumentos de planejamento e orçamento na Constituição 
Federal de 1988: 
A Constituição Federal prevê 3 (três) importantes instrumentos de 
planejamento e orçamento: o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes 
 
∋
!STF. ADI 2.600-MC, DJ de 25.10.2002; ADI 2.661, DJ de 23.08.2002; ADI 
3.075-MC, DJ de 18.06.2004.!
Direito Constitucional p/ TRE-PE 
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!∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!(!#∃!%&!Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). Trata-se das 
chamadas “leis orçamentárias”, que regulam o planejamento e o orçamento 
dos entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). 
O art. 165, § 9º, prevê que deverá ser editada lei complementar acerca 
desses instrumentos de planejamento e orçamento. Até hoje, essa lei não foi 
editada, motivo pelo qual ainda hoje é utilizada a Lei nº 4.320/64, que, 
todavia, não é mais suficiente para atender às necessidades do orçamento e 
planejamento governamental. 
§ 9º - Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a 
elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes 
orçamentárias e da lei orçamentária anual; 
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da 
administração direta e indireta bem como condições para a 
instituição e funcionamento de fundos. 
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de 
procedimentos que serão adotados quando houver impedimentos 
legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das 
programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto 
no § 11 do art. 166. 
O Plano Plurianual (PPA) se destina ao planejamento de médio prazo do 
Governo Federal. Essa lei, de iniciativa do Poder Executivo (art. 165, CF/88) 
estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas 
da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas 
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada (art. 
165, § 1º, CF/88). A elaboração regionalizada do PPA busca promover o 
desenvolvimento equilibrado das diversas regiões do Brasil, tendo como 
fundamento, em última análise, a isonomia. 
Lembre-se: o PPA está relacionado às diretrizes, objetivos e metas. As iniciais 
dessas palavras formam a sigla “DOM”, que você deve memorizar! 
 
1
1
2
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Destaca-se que, segundo o art. 167, § 1o, CF/88, nenhum investimento 
cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem 
prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob 
pena de crime de responsabilidade. Tem-se aqui o princípio da 
plurianualidade das despesas de investimento. 
A vigência do PPA é de 4 (quatro) anos, não coincidindo com o mandato 
presidencial. É que, segundo o ADCT (art. 35, § 2º, I), o início da vigência do 
PPA é no segundo exercício financeiro do mandato do Chefe do Poder 
Executivo; o término da vigência, por sua vez, será no fim do primeiro 
exercício financeiro do mandato subsequente. Assim, o primeiro ano do 
mandato presidencial tem como base o PPA elaborado por seu antecessor. 
Segundo o ADCT (art. 35, § 2º, I) o PPA deverá ser encaminhado pelo 
Poder Executivo ao Congresso Nacional até 4 (quatro) meses antes do 
encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção 
até o encerramento da sessão legislativa. Assim, o Poder Executivo deverá 
encaminhar o PPA ao Congresso até 31 de agosto do primeiro exercício 
financeiro. Sendo o PPA aprovado, o início de sua vigência começará no 
segundo exercício financeiro do mandato presidencial. 
O art. 165, § 4º, da Constituição, determina ainda que os planos e 
programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição 
serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados 
pelo Congresso Nacional. Isso porque o PPA estabelece, de forma 
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública Federal 
para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas de duração continuada. 
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é o elo entre o planejamento 
estratégico (representado pelo PPA) e o operacional (representado pela 
LOA). Com isso, possibilita que as diretrizes e os objetivos delimitados pelo 
PPA sejam respeitados no orçamento. 
De acordo com a Constituição (art. 165, § 2º), a LDO compreenderá: 
a) as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo 
as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente; 
b) orientará a elaboração da lei orçamentária anual; 
c) disporá sobre as alterações na legislação tributária e; 
d) estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras 
oficiais de fomento. 
Guarde a informação: a LDO compreende as metas e prioridades da 
Administração Pública. Muitas questões tentarão confundir você, trocando as 
competências da LDO e do PPA. 
Direito Constitucional p/ TRE-PE 
Profa. Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
 
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A LDO tem como função, ainda, autorizar: 
a) a concessão de vantagens ou aumentos de remuneração; 
b) a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de 
estrutura de carreiras; 
c) a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos 
órgãos e entidades da administração direta ou indireta. 
Isso é o que se depreende a partir da leitura do art. 169, § 1º, CF/88: 
Art. 169 (...) 
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de 
remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou 
alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou 
contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades 
da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas 
e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: 
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender 
às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela 
decorrentes; 
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes 
orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades 
de economia mista. 
L
D
O
 
COMPREENDERÁ AS METAS E PRIORIDADES DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL 
FIXARÁ AS DESPESAS DE CAPITAL PARA O 
EXERCÍCIO FINANCEIRO SUBSEQUENTE 
ORIENTARÁ A ELABORAÇÃO DA LOA 
DISPORÁ SOBRE AS ALTERAÇÕES NA LEGISLAÇÃO 
TRIBUTÁRIA 
ESTABELECERÁ A POLÍTICA DE APLICAÇÃO DAS 
AGÊNCIAS FINANCEIRAS OFICIAIS DE FOMENTO 
Direito Constitucional p/ TRE-PE 
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A Lei Orçamentária Anual (LOA), por seu vez, é o orçamento 
propriamente dito. Consiste em instrumento pelo qual o Poder Público realiza 
a previsão de receitas e a fixação de despesas para o exercício seguinte. 
Tem como objetivo dar concretude aos objetivos e metas estabelecidos no 
PPA, em conformidade com o que foi estabelecido na LDO. 
A Lei Orçamentária Anual (LOA) é uma lei apenas em sentido “meramente 
formal”, pois apenas autoriza gastos, não obrigando o administrador público a 
executá-los. Falta-lhe os requisitos de generalidade e abstração. Em razão 
disso, é considerada uma lei de efeitos concretos. Apesar disso, o 
entendimento atual do STF é de que é possível o controle abstrato de 
constitucionalidade de leis orçamentárias. 
Segundo a Corte Suprema, “o STF deve exercer sua função precípua de 
fiscalização da constitucionalidade das leis e dos atos normativos quando 
houver um tema ou uma controvérsia constitucional suscitada em abstrato, 
independente do caráter geral ou específico, concreto ou abstrato de seu 
objeto”. 3 
De acordo com a Constituição (art. 165, § 5º), a LOA conterá o orçamento 
fiscal, o orçamento da seguridade social e o orçamento de investimento 
das empresas estatais: 
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - oorçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus 
fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, 
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a 
União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social 
com direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as 
entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou 
indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos 
pelo Poder Público. 
Segundo o art. 165, § 7º, CF/88, os orçamentos fiscais e de investimentos 
das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas 
funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério 
populacional. Cuidado! O examinador tentará confundir você, dizendo que o 
orçamento da seguridade social tem essa função! 
 
(TJ / PB – 2015) A lei de iniciativa do presidente que 
instituir o plano plurianual estabelecerá, entre outros temas, 
as metas da administração federal, incluindo-se as despesas 
de capital para o exercício seguinte e as orientações para a 
elaboração da lei orçamentária anual. 
 
3 ADI 4.048-MC. Rel. Min. Gilmar Mendes. Julgamento em 14.05.2008 
Direito Constitucional p/ TRE-PE 
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Comentários: 
É a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que irá 
contemplar as metas e prioridades da administração pública 
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subsequente Questão errada. 
(TCM-RJ – 2015) O Plano Plurianual compreenderá as metas 
e prioridades da Administração pública federal, incluindo as 
despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, 
orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual, disporá 
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a 
política de aplicação das agências financeiras oficiais de 
fomento. 
Comentários: 
Essas são as funções da Lei de Diretrizes Orçamentárias 
(LDO), e não do PPA. Questão errada. 
(TRT 8a Região – 2015) Caberá à lei ordinária dispor sobre 
o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a 
organização do plano plurianual. 
Comentários: 
Segundo o art. 165, § 9º, cabe à lei complementar dispor 
sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a 
elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de 
diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual. Questão 
errada. 
(TRT 24a Região – 2014) Cabe à lei que instituir o plano 
plurianual estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes e 
metas da Administração pública federal para as despesas de 
capital e outras delas decorrentes, bem como estabelecer a 
política de aplicação das agências financeiras oficiais de 
fomento. 
Comentários: 
O PPA estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os 
objetivos e as metas da Administração Pública Federal para 
as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as 
relativas aos programas de duração continuada (art. 165, § 
1º, CF/88). No entanto, o estabelecimento da política de 
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento é 
matéria prevista na LDO. Questão errada. 
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2.2 – Conceito de Orçamento e Princípios Orçamentários: 
A Constituição Federal, com o objetivo de disciplinar as finanças públicas, criou 
o instituto jurídico do orçamento. Trata-se de lei que contempla a previsão 
das receitas e a fixação das despesas para um determinado período, com o 
objetivo de permitir o adequado funcionamento do Estado. 
O Brasil adotou o orçamento-programa na organização do sistema-
orçamentário. Trata-se de espécie de orçamento que tem como objetivo 
programar e planejar a ação governamental e a atividade econômica. São 
estabelecidos objetivos e metas, bem como os custos necessários à sua 
realização. Integra-se, assim, planejamento e orçamento. 
A Carta Magna prevê vários princípios referentes ao orçamento. São os 
chamados princípios orçamentários, de que trataremos a seguir: 
 
a) Princípio da legalidade: 
O princípio da legalidade determina que todas as leis orçamentárias devem 
ser aprovadas pelo Poder Legislativo. Veja o que a Carta Magna dispõe a 
respeito: 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I – o plano plurianual; 
II – as diretrizes orçamentárias; 
III – os orçamentos anuais. 
(...) 
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às 
diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos 
adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso 
Nacional, na forma do regimento comum. 
 
b) Princípio da Universalidade ou Globalização: 
O princípio da universalidade ou da globalização impõe que o orçamento deve 
conter todas as receitas e todas as despesas referentes à Administração 
Direta e à Indireta. Esse princípio não se aplica ao Plano Plurianual, pois 
essa norma não contempla todas as receitas e despesas. 
O princípio da universalidade se revela no art. 165, § 5º, CF/88, que mostra 
que a LOA compreenderá o orçamento fiscal, o orçamento de 
investimento das empresas estatais e o orçamento da seguridade social: 
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§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, 
órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive 
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, 
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com 
direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as 
entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou 
indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos 
pelo Poder Público. 
 
c) Princípio da Anualidade: 
O princípio da anualidade determina que o orçamento deve se referir ao 
período de um ano. Segundo o art. 167, §1º, “nenhum investimento cuja 
execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia 
inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de 
crime de responsabilidade.” Em outras palavras, os investimentos cuja 
execução ultrapassem um exercício financeiro deverão ser incluídos no 
plano plurianual. 
A previsão do Plano Plurianual, com duração de quatro anos, não é uma 
exceção ao princípio da anualidade. O Plano Plurianual (PPA) tem objetivo 
estratégico, necessitando da Lei Orçamentária Anual para sua 
operacionalização. 
 
As bancas examinadoras, tentando confundir os candidatos, 
adoram dizer que a anterioridade é um princípio 
orçamentário. Isso está ERRADO! A anterioridade é um 
princípio tributário. 
 
d) Princípio da Unidade: 
Pelo princípio da unidade, o orçamento deve ser uno; em outras palavras, 
cada ente federativo deverá ter um único orçamento. Uma pergunta 
importante de se fazer é a seguinte: será que a existência do orçamento fiscal, 
do orçamento de investimentos e do orçamento da seguridade social viola o 
princípio da unidade? 
A resposta é negativa. Não há violação ao princípio da unidade. Para José 
Afonso da Silva, o princípio da unidade orçamentária não se preocupa com a 
unidade documental. O que é relevante é que esses documentosestejam 
subordinados a uma unidade de orientação política. 
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e) Princípio da Exclusividade: 
O princípio da exclusividade ou da pureza orçamentária também tem previsão 
constitucional. Esse princípio determina que o orçamento não poderá conter 
matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas. Há, 
contudo, duas importantes exceções: (art. 165, § 8º) 
- a autorização para abertura de créditos suplementares e; 
- autorização para contratação de operações de crédito, ainda que por 
antecipação de receita, nos termos da lei. 
 
No sistema orçamentário brasileiro, há 3 (três) tipos de 
créditos adicionais. 
1) Créditos suplementares: consistem em um reforço de 
dotação orçamentária. Suponha que uma determinada Ação 
Orçamentária tenha uma dotação orçamentária de R$ 
30.000.000,00. Caso esse valor seja insuficiente, podem ser 
solicitados os créditos suplementares. A dotação orçamentária 
será reforçada, por exemplo, para R$ 32.000.000,00. 
2) Créditos especiais: são créditos que se destinam a 
despesas que não possuem uma dotação orçamentária 
específica. Suponha que o Ministério da Fazenda queira, ao 
longo do exercício financeiro, criar uma nova Ação 
Orçamentária, para a qual não havia dotação prevista na LOA. 
Isso poderá ocorrer mediante os créditos especiais. 
3) Créditos extraordinários: são os créditos destinados a 
despesas urgentes e imprevisíveis, como no caso de guerra, 
comoção interna ou calamidade pública. São abertos por 
medida provisória. 
É importante destacar que somente os créditos 
suplementares, por determinação da Constituição, podem 
ter sua abertura autorizada pelo orçamento (a lei 
orçamentária anual). Só eles é que são exceção ao princípio 
da exclusividade. Os especiais e os extraordinários não! 
Para melhor entendimento das exceções ao princípio da exclusividade, cabe 
elucidarmos o conceito de operações de crédito. Trata-se de operações 
semelhantes a empréstimos, podendo ser contraídas pelo Poder Público 
com o objetivo de cobrir suas despesas. No caso de operações de crédito por 
antecipação de receita, esses empréstimos são, em regra, saldados no mesmo 
exercício financeiro. 
Por meio do princípio da exclusividade, busca-se impedir a inclusão, no 
orçamento, de dispositivos sem qualquer relação com a matéria 
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orçamentária, como por exemplo, previsões referentes a direito penal ou 
civil. 
 
 
 
f) Princípio da Quantificação dos créditos orçamentários: 
Outro importante princípio orçamentário é o da quantificação dos créditos 
orçamentários. Por esse princípio, veda-se a concessão ou a utilização de 
créditos ilimitados. Veja como se dá sua previsão pela Carta Magna: 
Art. 167. São vedados: (...) 
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados. 
 
g) Princípio da proibição do estorno: 
O princípio da proibição do estorno, também previsto pela Constituição, 
determina que o Poder Público não pode transpor, remanejar ou transferir 
recursos sem autorização. Havendo falta de recursos, deve-se recorrer à 
abertura de crédito adicional ou solicitar ao Legislativo a transposição, 
remanejamento ou transferência de recursos. 
Busca-se, com isso, evitar a deformação do orçamento pelo Executivo, ou seja, 
a modificação de tudo aquilo que foi determinado pelo legislador. Veja como a 
Constituição trata dessa matéria: 
Art. 167. São vedados: 
P
R
IN
C
ÍP
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 D
A
 
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X
C
L
U
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IV
ID
A
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E
 
O ORÇAMENTO DEVE CONTER APENAS PREVISÃO DE 
RECEITAS E FIXAÇÃO DE DESPESAS 
EXCEÇÕES 
AUTORIZAÇÃO PARA OPERAÇÕES DE 
CRÉDITO, MESMO QUE POR 
ANTECIPAÇÃO DE RECEITA 
ABERTURA DE CRÉDITOS 
SUPLEMENTARES 
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(...) 
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de 
recursos de uma categoria de programação para outra ou de um 
órgão para outro, sem prévia autorização legislativa. 
Os conceitos de transposição, remanejamento e transferência de recursos 
deveriam ser disciplinados, conforme a doutrina, por lei complementar. Tal lei 
ainda não foi editada. Com base no texto da Constituição, percebe-se que eles 
constituem formas de destinação de recursos de uma categoria de 
programação para outra ou de um órgão para outro. 
Com a EC nº 85/2015, foi inserido o § 5º no art. 167, estabelecendo que a 
transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma 
categoria de programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das 
atividades de ciência, tecnologia e inovação, mediante ato do Poder 
Executivo. Assim, não haverá necessidade de autorização legislativa 
para a transferência de recursos no âmbito dessas atividades. 
 
h) Princípio da não-vinculação de receitas ou da não-afetação: 
O princípio da não vinculação de receitas ou da não afetação determina que 
nenhuma receita de impostos poderá ser reservada para atender a um 
gasto específico, salvo aquelas com destinação prevista pela Constituição. 
Esse princípio é previsto pela Constituição no art. 167, IV: 
Art. 167. São vedados: 
(...) 
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou 
despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos 
impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de 
recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para 
manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de 
atividades da administração tributária, como determinado, 
respectivamente, pelos arts. 198, § 2.º, 212 e 37, XXII, e a 
prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de 
receita, previstas no art. 165, § 8.º, bem como o disposto no § 4.º 
deste artigo. 
Busca-se, com isso, conferir flexibilidade ao planejamento, evitando-se 
que determinadas despesas se tornem obrigatórias. Assim, os recursos 
estatais podem ser usados de maneira mais livre pelo legislador, conforme as 
necessidades verificadas naquele momento. Destaca-se que, respeitadas suas 
peculiaridades, os demais entes federativos poderão estabelecer as mesmas 
vinculações previstas para a União na CF/1988. 
 
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i) Princípio da Programação: 
Pelo princípio da programação, o orçamento deverá evidenciar os 
programas nacionais, regionais e setoriais; associa-se, assim, o 
orçamento ao atingimento da finalidade do plano plurianual. Em outras 
palavras, o orçamento deverá apresentar os objetivos da ação governamental. 
 
(Procurador de Curitiba – 2015) Nenhuma despesa cuja 
execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser 
iniciada sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei 
que autorize a inclusão, sob pena de crime de 
responsabilidade. 
Comentários: 
Os investimentos cuja execução ultrapassem um exercício 
financeiro deverão ser incluídos no plano plurianual. Questão 
errada. 
(TJDFT – 2015) Segundo o STF, é inconstitucional a 
abertura de crédito extraordinário por meio de medida 
provisória, ainda que em virtude de calamidade pública, por 
ofender o princípio da legalidade, que rege a organização do 
orçamento público.Comentários: 
Os créditos extraordinários serão abertos por medida 
provisória. Questão errada. 
(TCM-SP – 2015) A Lei Orçamentária Anual não pode conter 
autorização para contratação de operações de crédito, ainda 
que por antecipação de receita. 
Comentários: 
Pelo princípio da exclusividade, a LOA não poderá conter 
matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das 
despesas. Entretanto, há duas exceções: a) a autorização 
para abertura de créditos suplementares e; b) a autorização 
para contratação de operações de crédito, ainda que por 
antecipação de receita, nos termos da lei. 
Assim, a LOA poderá conter autorização para contratação 
de operações de crédito, ainda que por antecipação de 
receita. Questão errada. 
 
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2.3- Vedações Orçamentárias: 
A Constituição Federal de 1988 prevê, em seu art. 167, diversas vedações 
relacionadas à matéria orçamentária. Sobre algumas delas, nós já 
comentamos anteriormente, pois são verdadeiros princípios orçamentárias. 
Outras, porém, serão novidade em seu estudo. 
Art. 167. São vedados: 
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual; 
O Plano Plurianual (PPA), como sabemos, tem a vigência de 4 anos; logo, os 
programas e projetos nele previstos devem ser executados ao longo desse 
período. Assim, é plenamente possível que um programa ou projeto previsto 
no PPA não seja incluído na Lei Orçamentária Anual (LOA). 
No entanto, um programa ou projeto que não seja incluído na LOA não 
poderá ser iniciado. Para seu início, ele deve constar da LOA. 
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que 
excedam os créditos orçamentários ou adicionais; 
Esse dispositivo está relacionado à necessidade de manutenção do equilíbrio 
orçamentário. Por esse princípio, as despesas autorizadas não poderão ser 
superiores à previsão de receitas. 
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das 
despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos 
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder 
Legislativo por maioria absoluta; 
Essa é a “regra de ouro” das finanças públicas. Segundo esse dispositivo, o 
endividamento (mediante a realização de operações de crédito) somente 
poderá ser admitido para a realização de investimentos (despesas de 
capital). Em outras palavras, não se admite o endividamento para que se 
possa arcar com despesas correntes. 
A CF/88 estabelece, todavia, uma exceção a essa regra: é possível a realização 
de operações de crédito se o Poder Legislativo aprovar (por maioria 
absoluta) créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa. 
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, 
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se 
referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços 
públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para 
realização de atividades da administração tributária, como determinado, 
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respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de 
garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 
165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; 
Esse é o princípio da não-afetação. Em regra, não pode haver vinculação da 
receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. As exceções a esse princípio 
são as seguintes: 
a) Repartição constitucional do produto da arrecadação dos impostos 
(art. 158 e art. 159). 
b) Destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde; 
c) Destinação de recursos para manutenção e desenvolvimento do 
ensino 
d) Destinação de recursos para a realização de atividades da 
administração tributária; 
e) Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de 
receita. 
f) Prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de 
débitos para com esta (art. 167, § 4º). 
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização 
legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes; 
Os créditos suplementares e especiais são autorizados por lei. Dada a 
autorização legislativa, eles serão abertos mediante decreto do Poder 
Executivo. 
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma 
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia 
autorização legislativa; 
Esse é o princípio da proibição do estorno, sobre o qual já comentamos 
anteriormente. 
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; 
Esse é o princípio da quantificação dos créditos orçamentários. Também 
já falamos sobre ele anteriormente. 
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos 
orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir 
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déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 
165, § 5º; 
O orçamento fiscal e o orçamento da seguridade social somente poderão 
ser utilizados para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, 
fundações e fundos mediante autorização legislativa específica. 
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização 
legislativa; 
A criação de fundos de qualquer natureza será feita mediante lei. 
X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, 
inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas 
instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, 
inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Esse dispositivo estabelece que é vedada a entrega voluntária de recursos 
ou a concessão de empréstimos por um ente da federação a outro para 
pagamento de despesas de pessoal (ativo, inativo e pensionista). 
XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que 
trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do 
pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o 
art. 201. 
As contribuições sociais previstas no art. 195, I e II, estão vinculadas às 
despesas com pagamento de benefícios do Regime Geral de Previdência 
Social (RGPS). 
 
(Procurador Autárquico / Manausprev - 2015) A 
Constituição da República, em matéria orçamentária, veda a 
realização de quaisquer operações de créditos que excedam o 
montante das despesas de capital. 
Comentários: 
O art. 167, III, CF/88, estabelece que é vedada “a realização 
de operações de créditos que excedam o montante das 
despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante 
créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, 
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. 
Assim, nota-se que é possível a realização de operações 
de crédito se o Poder Legislativo aprovar (por maioria 
absoluta) créditos suplementares ou especiais com 
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finalidade precisa. Questão errada. 
(TJ-PB – 2015) É vedada a concessão de empréstimos pelasinstituições financeiras públicas para pagamento de despesas 
com pessoal ativo e inativo dos estados, do DF e dos 
municípios. 
Comentários: 
É isso mesmo! O art. 167, X, CF/88, veda a concessão de 
empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos 
Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, 
para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e 
pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Questão correta. 
 
2.4 – Processo Legislativo Orçamentário: 
O PPA, a LDO e a LOA são leis de iniciativa do Poder Executivo (art. 165, 
CF), devendo ser apreciadas pelas duas Casas do Congresso Nacional, nos 
parâmetros do regimento comum (art. 166, CF). Seu processo legislativo 
apresenta várias peculiaridades, conforme veremos a seguir. 
O art. 165, § 9º, da Constituição Federal de 1988 determina que: 
Art. 165, § 9.º Cabe à lei complementar: 
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a 
elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes 
orçamentárias e da lei orçamentária anual; 
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da 
administração direta e indireta bem como condições para a 
instituição e funcionamento de fundos. 
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de 
procedimentos que serão adotados quando houver impedimentos 
legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das 
programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto 
no § 11 do art. 166. 
Como essa lei ainda não foi editada, é a Lei 4.320/64, recepcionada como lei 
complementar, que prevê as normas gerais de direito financeiro para os 
entes federados. 
O processo legislativo se inicia com a elaboração da proposta legislativa. As 
leis orçamentárias são, conforme o art. 165 da Constituição Federal, de 
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iniciativa do Poder Executivo. Na esfera federal, essa iniciativa é de 
competência privativa do Presidente da República (art. 84, XXIII, CF). Trata-se 
de iniciativa vinculada, uma vez que deve ser exercida obrigatoriamente 
pelo seu titular em determinado período, por disposição constitucional e legal. 
Nesse sentido, o art. 85 da Constituição Federal determina que são crime de 
responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a lei 
orçamentária. 
Destaca-se que a Constituição Federal assegurou a autonomia 
administrativa e financeira tanto ao Poder Judiciário quanto ao 
Ministério Público (art. 99 c/c art. 127, CF). Tanto os tribunais (art. 99, § 
1º, CF) quanto o Ministério Público (art. 127, § 3º, CF) elaborarão suas 
propostas orçamentárias, dentro dos limites estabelecidos na LDO. 
Os prazos para o ciclo orçamentário, no âmbito federal, são determinados 
pelo art. 35, § 2º, I a III, do ADCT: 
Art. 35, § 2.º Até a entrada em vigor da lei complementar a que 
se refere o art. 165, § 9.º, I e II, serão obedecidas as seguintes 
normas: 
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do 
primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente, 
será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do 
primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o 
encerramento da sessão legislativa; 
II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado 
até oito meses e meio antes do encerramento do exercício 
financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro 
período da sessão legislativa; 
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até 
quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro e 
devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. 
Note que o texto constitucional prevê dois prazos, para cada uma das leis 
orçamentárias: um para encaminhamento da proposta e outro para 
devolução. O primeiro consiste na data limite para o Executivo enviar ao 
Legislativo os projetos de lei orçamentária. Já o segundo corresponde à data 
limite para que o Poder Legislativo envie os projetos para a sanção do Chefe 
do Executivo. Esquematizando: 
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Os prazos referentes ao ciclo orçamentário dos Estados e dos Municípios 
constam das respectivas Constituições Estaduais ou Leis Orgânicas. 
A fase de discussão se subdivide em proposição de emendas 
(emendamento), voto do relator, redação final e proposição em Plenário. Nela, 
os parlamentares debatem sobre a proposta legislativa. A apreciação dos 
projetos das leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) é feita pelas duas Casas 
do Congresso Nacional, na forma do regimento comum (art. 166, CF). 
No que se refere à fase de emendamento, determina a Constituição que as 
emendas aos projetos de leis orçamentárias serão apresentadas na 
Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma 
regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional. Essa 
comissão, como o nome nos faz imaginar, é composta de deputados e 
senadores (art. 166, § 2º, CF/88). 
As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o 
modifiquem somente podem ser aprovadas caso (art. 166, § 3º, CF/88): 
a) Sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de 
diretrizes orçamentárias; 
b) Indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os 
provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre 
dotações para pessoal e seus encargos ou serviço da dívida, ou, 
ainda, sobre transferências tributárias constitucionais para Estados, 
Municípios e Distrito Federal; 
PPA 
• ENCAMINHAMENTO: ATÉ 4 MESES ANTES DO 
E N C E R R A M E N T O D O 1 . ° E X E R C Í C I O 
FINANCEIRO (31.08). 
• DEVOLUÇÃO : ATÉ O ENCERRAMENTO DA 
SESSÃO LEGISLATIVA (22.12). 
LDO 
• ENCAMINHAMENTO: ATÉ 8 MESES E MEIO 
ANTES DO ENCERRAMENTO DO EXERCÍCIO 
FINANCEIRO (15.04). 
• DEVOLUÇÃO : ATÉ O ENCERRAMENTO DO 
PRIMEIRO PERÍODO DA SESSÃO LEGISLATIVA 
(17.07). 
LOA 
• ENCAMINHAMENTO : ATÉ 4 MESES ANTES DO 
ENCERRAMENTO DO EXERCÍCIO FINANCEIRO 
(31.08). 
• DEVOLUÇÃO : ATÉ O ENCERRAMENTO DA 
SESSÃO LEGISLATIVA (22.12). 
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c) Sejam relacionadas com a correção de erros ou omissões ou 
com os dispositivos do texto do projeto de lei. 
A fase de emendamento do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias também 
é objeto de limitações pela Lei Fundamental. Reza a Carta Magna (art. 166, § 
4º) que as emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não 
poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual. 
É importante destacar o entendimento do Supremo Tribunal Federal de que 
embora a iniciativa dos projetos de leis orçamentárias seja de competência 
reservada do Chefe do Poder Executivo, podem os membros do Legislativo 
oferecer emendas aos mesmos. Isso porque o poder de emendar projetos 
de lei é prerrogativa de ordem político-jurídica inerente ao exercício da 
atividade legislativa (ADI 1.050-MC, DJ de 23.04.2004). Também é importante 
ressaltar que o STF entende que o plano plurianual não pode ser 
modificado para aumentar as despesas (ADI 2.810, DJ de 25.04.2003 e 
ADI 1.254-MC, DJ de 18.08.1995). 
No que se refere à fase de deliberação, a regra é a não rejeição das leis 
orçamentárias. Nesse sentido, dispõe a Constituição que a sessão 
legislativa não deverá ser interrompidasem a aprovação do projeto de lei 
de diretrizes orçamentárias (art. 57, § 2º, CF). Há, contudo, uma exceção à 
regra. É possível a rejeição do projeto de LOA, o que se infere a partir do art. 
166, § 8º: 
Art. 166, § 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda 
ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem 
despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, 
mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e 
específica autorização legislativa. 
No processo legislativo orçamentário, a mensagem presidencial é o 
instrumento usado na comunicação entre o Presidente da República e o 
Congresso Nacional. A mensagem serve para encaminhar os projetos do 
PPA, da LDO e da LOA e também pode ser enviada para propor 
modificação nesses projetos, enquanto não iniciada a votação, na Comissão 
mista, da parte cuja alteração é proposta (art. 166, § 5º, CF). 
 
(TRT 21a Região – 2015) Os projetos de lei relativos ao 
plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento 
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas 
Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. 
Comentários: 
A apreciação dos projetos das leis orçamentárias (PPA, LDO e 
LOA) é feita pelas duas Casas do Congresso Nacional, na 
forma do regimento comum (art. 166, CF). Questão correta. 
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(TCM-RJ – 2015) O Presidente da República poderá enviar 
mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação 
nos projetos de leis orçamentárias enquanto não iniciada a 
votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é 
proposta. 
Comentários: 
A mensagem presidencial pode ser enviada ao Congresso 
Nacional com o objetivo de propor modificação nos 
projetos de leis orçamentárias enquanto não iniciada a 
votação, na Comissão Mista, da parte cuja alteração é 
proposta. Questão correta. 
2.5 – Emenda Constitucional nº 86/2015 – A PEC do Orçamento 
Impositivo: 
Antes de mais nada, é importante entendermos o porquê de a Emenda 
Constitucional nº 86/2015 ter ficado conhecida como “PEC do Orçamento 
Impositivo”. 
É bem comum que alguns recursos que estão no orçamento não sejam 
executados. Por exemplo, suponha que a LOA destine R$ 5 bilhões para a 
Segurança Pública. Desse valor, nem tudo é gasto, ou seja, nem tudo é 
executado. 
Quando se fala em “orçamento impositivo”, a referência que se faz é à 
obrigatoriedade de que ocorra a execução das despesas previstas na LOA. 
Em outras palavras, os gestores públicos deverão efetivamente gastar aquilo 
que está previsto no orçamento. É diferente da ideia de “orçamento 
autorizativo”, segundo a qual a LOA apenas autoriza despesas, sem 
impor ao gestor público que lhes execute. 
Mas o que isso tudo tem a ver com a Emenda Constitucional nº 86? 
Na verdade, a EC nº 86/2015 poderia ser chamada de “PEC das Emendas 
Parlamentares Impositivas” (e não PEC do Orçamento Impositivo!). 
Explico.... 
As despesas previstas na LOA continuam sendo uma mera autorização 
para o gasto pelos gestores públicos. Todavia, estabeleceu-se que as 
emendas parlamentares (aprovadas no limite de 1,2% da receita corrente 
líquida) serão obrigatoriamente executadas. 
Esse é um dos pontos centrais dessa Emenda Constitucional nº 86/2015. Mas 
não é só isso... 
Com a EC nº 86/2015, os parlamentares (considerando-se o universo total 
de Deputados e Senadores!) terão direito a apresentar emendas à LOA em 
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um montante total de 1,2% da receita líquida prevista no projeto de lei 
orçamentária encaminhada pelo Poder Executivo. Algumas observações 
relevantes: 
a) As emendas parlamentares são alterações da Lei Orçamentária Anual. 
Até a EC nº 86/2015, não se sabia exatamente o valor dos recursos a 
serem destinados às emendas parlamentares. Com a nova Emenda 
Constitucional, o valor das emendas parlamentares individuais passa a 
ser um valor certo, definido em 1,2% da Receita Corrente Líquida. 
b) Do total previsto para as emendas parlamentares individuais, metade 
(50%) será destinada a ações e serviços públicos de saúde. 
c) As programações orçamentárias efetuadas com base nas “emendas 
parlamentares impositivas” somente não serão de execução 
obrigatória nos casos de impedimentos de ordem técnica. 
A EC nº 86/2015 definiu também um percentual mínimo para os gastos da 
União com ações e serviços públicos de saúde. Agora, segundo o art. 198, 
§2º, I, a União deverá aplicar, pelo menos, 15% da sua Receita Corrente 
Líquida em ações e serviços públicos de saúde. 
 
(TRT 21a Região – 2015) As emendas individuais ao projeto 
de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 2,4% (dois 
inteiros e quatro décimos por cento) da receita corrente 
líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, 
sendo que a metade deste percentual será destinada a ações 
e serviços públicos de saúde. 
Comentários: 
As emendas individuais aos projeto de lei orçamentárias serão 
aprovadas no limite de 1,2% da receita corrente líquida 
prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo. Desse 
valor, metade deste percentual será destinada a ações e 
serviços públicos de saúde. Questão errada. 
(Procurador de Curitiba – 2015) As emendas 
parlamentares ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas 
no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da 
receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo 
Poder Executivo, sendo o total desse montante destinado a 
ações e serviços públicos de saúde. 
Comentários: 
Metade do total previsto para as emendas parlamentares 
individuais deverá ser destinado para ações e serviços 
públicos de saúde. Questão errada. 
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Questões Comentadas 
1. (CESPE / DPE-RN – 2015) Para se iniciar investimento cuja 
execução ultrapasse um exercício financeiro, basta que esse 
investimento esteja previsto na LOA do primeiro exercício financeiro 
de sua execução. 
Comentários: 
Os investimentos cuja execução ultrapasse um exercício financeiro somente 
poderão ser iniciados após prévia inclusão no Plano Plurianual. Questão 
errada. 
2. (CESPE / DPE-RN – 2015) A existência de prévia autorização 
legislativa é requisito suficiente para a abertura de crédito 
suplementar ou especial. 
Comentários: 
A abertura de crédito suplementar ou especial depende de dois requisitos: i) 
prévia autorização legislativa e; ii) indicação dos recursos correspondentes. 
Questão errada. 
3. (CESPE / TJ-PB – 2015) A lei de iniciativa do presidente que 
instituir o plano plurianual estabelecerá, entre outros temas, as metas 
da administração federal, incluindo-se as despesas de capital para o 
exercício seguinte e as orientações para a elaboração da lei 
orçamentária anual. 
Comentários: 
É a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que, entre outros temas, 
estabelece as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo 
as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente e orienta a 
elaboração da LOA. Questão errada. 
4. (CESPE / TJ-PB – 2015) É vedada a concessão de empréstimos 
pelas instituições financeiras públicas para pagamento de despesas 
com pessoal ativo e inativo dos estados, do DF e dos municípios. 
Comentários: 
O art. 167, X, CF/88, estabelece que é vedada a transferênciavoluntária 
de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de 
receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, 
para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Questão correta. 
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5. (CESPE / DPE-RN – 2015) A instituição de fundos de qualquer 
natureza pode ser autorizada por decreto do Poder Executivo, 
circunstância em que tal ato terá a natureza de decreto autônomo. 
Comentários: 
Segundo o art. 167, IX, é vedada a instituição de fundos de qualquer natureza, 
sem prévia autorização legislativa. Assim, é necessária autorização 
legislativa para a criação de fundos. Questão errada. 
6. (CESPE / DPE-RN – 2015) A transposição, o remanejamento ou a 
transferência de recursos de uma categoria de programação para outra 
ou de um órgão para outro não depende de prévia autorização 
legislativa. 
Comentários: 
Segundo o art. 167, VII, CF/88, são vedadas a transposição, o 
remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de 
programação para outra ou de um órgão para outro sem prévia autorização 
legislativa. Em outras palavras, haverá necessidade de autorização legal para 
a transposição, o remanejamento e a transferência de recursos. Questão 
errada. 
7. (CESPE/ TJ-SE – 2014) Lei complementar de iniciativa do Poder 
Executivo deve estabelecer, a cada quatro anos, o plano plurianual 
com diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal 
para suas despesas. 
Comentários: 
A lei que estabelece o plano plurianual é ordinária, e não complementar. 
Questão incorreta. 
8. (CESPE / TCDF – 2014) Cabem ao Banco Central a emissão de 
moeda, a função de depositário das disponibilidades de caixa da União 
e a atribuição de conceder empréstimos ao Tesouro Nacional. 
Comentários: 
De fato, cabe ao Banco Central a emissão de moeda (art. 164, “caput”, CF) e 
também servir como depositário das disponibilidades de caixa da União (art. 
164, § 3º, CF). Todavia, ao contrário do que diz o enunciado, é vedado ao 
Banco Central conceder empréstimos ao Tesouro Nacional (art. 164, § 1º, CF). 
Questão incorreta. 
9. (CESPE / TCDF – 2014) É vedada a realização de transferência 
voluntária de recursos da União para o DF com o objetivo de efetuar o 
pagamento de despesas com pessoal ativo. 
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Comentários: 
De fato, o art. 167 da Constituição veda, em seu inciso X, a!
transferência!voluntária de recursos!e a!concessão de empréstimos, inclusive 
por!antecipação de receita, pelos Governos Federal e estaduais e suas 
instituições!financeiras, para!pagamento de despesas com pessoal!ativo, inativo 
e!pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Questão 
correta. 
10. (CESPE / TRF 2ª Região - 2013) O Banco Central do Brasil poderá 
comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o 
objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros, bem como 
conceder empréstimos a qualquer órgão ou entidade que não seja 
instituição financeira. 
Comentários: 
A primeira parte do enunciado está correta: o Banco Central pode comprar e 
vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a 
oferta de moeda ou a taxa de juros (art. 163, § 2º, CF). O erro do enunciado é 
que é vedado ao Banco Central conceder empréstimos a órgãos ou 
entidades que não sejam instituição financeira. Questão incorreta. 
11. (CESPE / Câmara dos Deputados - 2012) A competência da União 
para emitir moeda deve ser exercida exclusivamente pelo Banco 
Central do Brasil, instituição à qual é vedado conceder, direta ou 
indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão 
ou entidade que não seja instituição financeira. 
Comentários: 
É exatamente o que dispõe o art. 164 da Constituição. Questão correta. 
12. (CESPE / TJ-AC - 2012) O BACEN pode comprar e vender títulos 
de emissão do Tesouro Nacional e dos estados e pode conceder-lhes 
empréstimos, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa 
de juros. 
Comentários: 
A Constituição Federal veda ao Banco Central a concessão de empréstimos ao 
Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição 
financeira. Questão incorreta. 
13. (CESPE / TRF 2ª Região - 2011) É vedado ao BACEN conceder, 
direta ou indiretamente, empréstimos a qualquer órgão ou entidade 
que não seja instituição financeira, bem como comprar e vender títulos 
de emissão do Tesouro Nacional. 
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Comentários: 
A Carta Magna autoriza o Bacen a comprar e vender títulos de emissão do 
Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de 
juros (art. 163, § 2º, CF). Questão incorreta. 
14. (CESPE / Ministério da Previdência Social - 2010) A alteração da 
estrutura de carreira do pessoal do MPS para 2010 só poderá ser 
realizada se a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) aprovada para 
este exercício contiver a respectiva autorização. 
Comentários: 
De fato, compete à LDO autorizar a alteração da estrutura de carreiras (art. 
169, § 1º, “caput”, CF). Questão correta. 
15. (CESPE / ABIN - 2010) A lei orçamentária anual compreende três 
orçamentos: o fiscal, o de investimentos e o da seguridade social. 
Comentários: 
É o que determina o art. 165, § 5º, da Constituição. A LOA compreende o 
orçamento fiscal, o orçamento de investimentos e o orçamento da seguridade 
social. Questão correta. 
16. (CESPE / TJ-PI - 2012) A lei que compreende o orçamento fiscal 
(receitas e despesas) dos três poderes da União, o orçamento de 
investimento das empresas em que a União detenha a maioria do 
capital social com direito a voto e o orçamento da seguridade social da 
administração direta e indireta é a lei de diretrizes orçamentárias. 
Comentários: 
É a lei orçamentária anual que compreende os orçamentos fiscal, de 
investimento e da seguridade social (art. 165, § 5º, CF). Questão incorreta. 
17. (CESPE / TCE-ES - 2009) O PPA é instituído por lei que estabelece 
nacionalmente diretrizes, objetivos e metas da administração pública 
para as despesas correntes e outras delas derivadas. 
Comentários: 
Determina o art. 165, § 1º, da Constituição que a lei que instituir o plano 
plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e 
metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras 
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
Questão incorreta. 
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18. (CESPE / PGE-AL - 2009) A lei que instituir o PPA estabelecerá, 
de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da 
administração pública federal para as despesas de capital e outras 
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração 
continuada. 
Comentários: 
É o que versa o art. 165, § 1º, da Constituição Federal. Questão correta. 
19. (CESPE / PGE-AL - 2009) A lei que instituir o PPA estabelecerá, 
de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da 
administração pública federal para asdespesas de capital e outras 
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração 
continuada. 
Comentários: 
É o que prevê o art. 165, § 1º, da Constituição. Questão correta. 
20. (CESPE / ANTAQ - 2009) O plano plurianual representa a mais 
abrangente peça de planejamento governamental, com o 
estabelecimento de prioridades e no direcionamento das ações do 
governo, para um período de quatro anos. 
Comentários: 
De fato, o PPA se destina ao planejamento de médio prazo do Governo 
Federal. Segundo o ADCT (art. 35, § 2º, I), o projeto do plano plurianual, para 
vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial 
subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do 
primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da 
sessão legislativa. O PPA tem, portanto, vigência de quatro anos, sendo 
elaborado no primeiro ano de governo e entrando em vigor no segundo. 
Questão correta. 
21. (CESPE / PGE-AL - 2009) A LDO compreenderá as metas e 
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas 
correntes para o exercício financeiro subsequente, orientará a 
elaboração da LOA, disporá sobre as alterações na legislação tributária 
e estabelecerá a política de aplicação das agências reguladoras. 
Comentários: 
De acordo com a Constituição (art. 165, § 2º), a LDO compreenderá as metas 
e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de 
capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei 
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e 
Direito Constitucional p/ TRE-PE 
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estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de 
fomento. Questão incorreta. 
22. (CESPE / TRF 2ª Região - 2013) Segundo o princípio da 
legalidade, a lei orçamentária anual não poderá conter dispositivos 
estranhos à previsão da receita e à fixação das despesas, incluindo-se 
nessa proibição a autorização para a abertura de crédito suplementar. 
Comentários: 
O princípio da legalidade dispõe que os instrumentos de planejamento e 
orçamento (PPA, LDO e LOA) serão disciplinados por lei. Já o princípio da 
exclusividade estabelece que a LOA não pode conter dispositivos estranhos à 
previsão da receita e à fixação de despesas, excluídas dessa proibição a 
autorização para abertura de crédito suplementar e a contratação de 
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei 
Questão incorreta. 
23. (CESPE / TJ-PI - 2012) É vedada a transposição, o 
remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de 
programação para outra, ou de um órgão para outro, salvo mediante 
prévia autorização legislativa. 
Comentários: 
É o que determina o princípio da proibição do estorno (art. 167, VI, CF). 
Questão correta. 
24. (CESPE / TJ-PI - 2012) A CF veda, de forma absoluta, qualquer 
vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou despesas. 
Comentários: 
Há algumas exceções previstas no art. 167, IV, da Constituição. Questão 
incorreta. 
25. (CESPE / ABIN - 2010) De acordo com o princípio da 
exclusividade orçamentária, a lei orçamentária anual não compreende 
dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, 
ressalvando-se a essa proibição a autorização para abertura de 
créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda 
que por antecipação de receita. 
Comentários: 
De fato, é isso que determina o princípio da exclusividade, previsto no art. 
165, § 8º, da Constituição. Questão correta. 
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26. (CESPE / TCU - 2009) Em que pese o princípio da não vinculação 
da receita de impostos a órgão, fundo ou despesas, a Constituição 
Federal de 1988 (CF) não veda tal vinculação na prestação de 
garantias às operações de crédito por antecipação de receita. 
Comentários: 
Segundo o art. 167, IV, é vedada “a vinculação de receita de impostos a 
órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação 
dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos 
para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e 
desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração 
tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 
37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por 
antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no 
§ 4º deste artigo. 
Assim, a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de 
receita é uma exceção ao princípio da não-afetação. Questão correta. 
27. (CESPE / TCU - 2009) A lei orçamentária anual não deve conter 
dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação de despesa, 
admitindo-se, contudo, preceito relativo à autorização para abertura 
de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, 
ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. 
Comentários: 
É o que prevê o princípio da exclusividade, previsto no art. 165, § 8º, da 
Constituição. Questão correta. 
28. (CESPE / CEHAP-PB - 2009) Dispõe a CF que a lei orçamentária 
anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à 
fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para 
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de 
crédito. Esse dispositivo encerra o princípio orçamentário da: 
a) unidade. 
b) exclusividade. 
c) universalidade. 
d) anualidade. 
Comentários: 
Trata-se do princípio da exclusividade. A letra B é o gabarito. 
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29. (CESPE / TCU - 2004) Como regra geral, é vedada a vinculação de 
receita de impostos a qualquer tipo de despesa, ressalvada, entre 
outras hipóteses previstas na Constituição Federal de 1988, a 
vinculação à despesa destinada à realização de atividades da 
administração tributária. 
Comentários: 
É o que determina o art. 167, IV, da Constituição. Questão correta. 
30. (CESPE/2007/PM-AC) É constitucional a vinculação de parte da 
receita de impostos à atividade de administração tributária quando 
atuarem de forma integrada a União, o Distrito Federal, os estados e 
os municípios. 
Comentários: 
Segundo o art. 167, IV, é vedada “a vinculação de receita de impostos a 
órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação 
dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos 
para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e 
desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração 
tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 
37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação 
de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste 
artigo. 
O art. 37, XXII, CF/88 é uma das exceções ao princípio da não afetação. E de 
que trata esse dispositivo? Ele dispõe que as administrações tributárias 
terão recursos prioritários para a realização de suas atividades. A 
questão, portanto, está correta. 
31. (CESPE / STJ - 2008) Dependerá de lei complementar a 
regulamentação do PPA, da LDO e do orçamento anual, no tocante a 
exercício financeiro, vigência, prazos, elaboração e organização. A 
referida lei deverá estabelecernormas de gestão financeira e 
patrimonial da administração direta e indireta e condições para 
instituição e funcionamento dos fundos. Enquanto isso, na esfera 
federal, os prazos para o ciclo orçamentário estão estabelecidos no 
ADCT. 
Comentários: 
Compete à lei complementar prevista no art. 165, § 9º, da Constituição: 
a) Dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a 
elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes 
orçamentárias e da lei orçamentária anual; 
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b) Estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da 
administração direta e indireta bem como condições para a instituição e 
funcionamento de fundos. 
Como essa lei ainda não foi editada, os prazos para o ciclo orçamentário, na 
esfera federal, estão, de fato, estabelecidos no ADCT. Questão correta. 
32. (CESPE / TCE-ES - 2009) Lei ordinária federal estabelecerá 
normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e 
indireta bem como condições para instituição e funcionamento de 
fundos. 
Comentários: 
Trata-se de competência de lei complementar (art. 165, § 9º, CF). Questão 
incorreta. 
33. (CESPE / TCU - 2012) É cabível que lei complementar estabeleça 
normas referentes às condições para a instituição e funcionamento de 
fundos. 
Comentários: 
É o que determina o art. 165, § 9º, II, da Constituição. Cabe à lei 
complementar “estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da 
administração direta e indireta bem como condições para a instituição e 
funcionamento de fundos”. Questão correta. 
 
 
Direito Constitucional p/ TRE-PE 
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Lista de Questões 
1. (CESPE / DPE-RN – 2015) Para se iniciar investimento cuja 
execução ultrapasse um exercício financeiro, basta que esse 
investimento esteja previsto na LOA do primeiro exercício financeiro 
de sua execução. 
2. (CESPE / DPE-RN – 2015) A existência de prévia autorização 
legislativa é requisito suficiente para a abertura de crédito 
suplementar ou especial. 
3. (CESPE / TJ-PB – 2015) A lei de iniciativa do presidente que 
instituir o plano plurianual estabelecerá, entre outros temas, as metas 
da administração federal, incluindo-se as despesas de capital para o 
exercício seguinte e as orientações para a elaboração da lei 
orçamentária anual. 
4. (CESPE / TJ-PB – 2015) É vedada a concessão de empréstimos 
pelas instituições financeiras públicas para pagamento de despesas 
com pessoal ativo e inativo dos estados, do DF e dos municípios. 
5. (CESPE / DPE-RN – 2015) A instituição de fundos de qualquer 
natureza pode ser autorizada por decreto do Poder Executivo, 
circunstância em que tal ato terá a natureza de decreto autônomo. 
6. (CESPE / DPE-RN – 2015) A transposição, o remanejamento ou a 
transferência de recursos de uma categoria de programação para outra 
ou de um órgão para outro não depende de prévia autorização 
legislativa. 
7. (CESPE/ TJ-SE – 2014) Lei complementar de iniciativa do Poder 
Executivo deve estabelecer, a cada quatro anos, o plano plurianual 
com diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal 
para suas despesas. 
8. (CESPE / TCDF – 2014) Cabem ao Banco Central a emissão de 
moeda, a função de depositário das disponibilidades de caixa da União 
e a atribuição de conceder empréstimos ao Tesouro Nacional. 
9. (CESPE / TCDF – 2014) É vedada a realização de transferência 
voluntária de recursos da União para o DF com o objetivo de efetuar o 
pagamento de despesas com pessoal ativo. 
10. (CESPE / TRF 2ª Região - 2013) O Banco Central do Brasil poderá 
comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o 
objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros, bem como 
conceder empréstimos a qualquer órgão ou entidade que não seja 
instituição financeira. 
Direito Constitucional p/ TRE-PE 
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11. (CESPE / Câmara dos Deputados - 2012) A competência da União 
para emitir moeda deve ser exercida exclusivamente pelo Banco 
Central do Brasil, instituição à qual é vedado conceder, direta ou 
indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão 
ou entidade que não seja instituição financeira. 
12. (CESPE / TJ-AC - 2012) O BACEN pode comprar e vender títulos 
de emissão do Tesouro Nacional e dos estados e pode conceder-lhes 
empréstimos, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa 
de juros. 
13. (CESPE / TRF 2ª Região - 2011) É vedado ao BACEN conceder, 
direta ou indiretamente, empréstimos a qualquer órgão ou entidade 
que não seja instituição financeira, bem como comprar e vender títulos 
de emissão do Tesouro Nacional. 
14. (CESPE / Ministério da Previdência Social - 2010) A alteração da 
estrutura de carreira do pessoal do MPS para 2010 só poderá ser 
realizada se a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) aprovada para 
este exercício contiver a respectiva autorização. 
15. (CESPE / ABIN - 2010) A lei orçamentária anual compreende três 
orçamentos: o fiscal, o de investimentos e o da seguridade social. 
16. (CESPE / TJ-PI - 2012) A lei que compreende o orçamento fiscal 
(receitas e despesas) dos três poderes da União, o orçamento de 
investimento das empresas em que a União detenha a maioria do 
capital social com direito a voto e o orçamento da seguridade social da 
administração direta e indireta é a lei de diretrizes orçamentárias. 
17. (CESPE / TCE-ES - 2009) O PPA é instituído por lei que estabelece 
nacionalmente diretrizes, objetivos e metas da administração pública 
para as despesas correntes e outras delas derivadas. 
18. (CESPE / PGE-AL - 2009) A lei que instituir o PPA estabelecerá, 
de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da 
administração pública federal para as despesas de capital e outras 
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração 
continuada. 
19. (CESPE / PGE-AL - 2009) A lei que instituir o PPA estabelecerá, 
de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da 
administração pública federal para as despesas de capital e outras 
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração 
continuada. 
20. (CESPE / ANTAQ - 2009) O plano plurianual representa a mais 
abrangente peça de planejamento governamental, com o 
estabelecimento de prioridades e no direcionamento das ações do 
governo, para um período de quatro anos. 
Direito Constitucional p/ TRE-PE 
Profa. Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
 
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21. (CESPE / PGE-AL - 2009) A LDO compreenderá as metas e 
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas 
correntes para o exercício financeiro subsequente, orientará a 
elaboração da LOA, disporá sobre as alterações na legislação tributária 
e estabelecerá a política de aplicação das agências reguladoras. 
22. (CESPE / TRF 2ª Região - 2013) Segundo o princípio da 
legalidade, a lei orçamentária anual não poderá conter dispositivos 
estranhos à previsão da receita e à fixação das despesas, incluindo-se 
nessa proibição a autorização para a abertura de crédito suplementar. 
23. (CESPE / TJ-PI - 2012) É vedada a transposição, o 
remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de 
programação para outra, ou de um órgão para outro, salvo

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