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AFO PARA CONCURSOS 
| MÓDULO 1 – Prof. Leandro Ravyelle 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
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OS: 0029/2/17-Gil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AFO 
PARA CONCURSOS 
MÓDULO 1 
 
 
Prof. Leandro Ravyelle 
 
 
 
 
 
 
OS: 0029/2/17-Gil 
AFO PARA CONCURSOS 
| MÓDULO 1 – Prof. Leandro Ravyelle 
 
 
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CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
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OS: 0029/2/17-Gil 
CONCURSO: 
 
ASSUNTO: 
Divisão de aulas 
Aula 1: Noções de Orçamento Público: Conceito; Instrumentos Básicos de Planejamento; Princípios 
Orçamentários; 
Aula 2: Técnicas de Elaboração Orçamentária; Recursos para execução dos programas: 
Aula 3: Exercício Financeiro; Créditos Orçamentários 
Aula 4: Créditos Adicionais. 
 
''Se você traçar metas absurdamente altas e falhar, 
seu fracasso será muito melhor que o sucesso de 
todos” – James Cameron 
Análise do último edital TRF 5ª região 
Noções de Administração Financeira e Orçamentária: Noções de Orçamento Público: Conceito; Instrumentos Básicos de 
Planejamento; Princípios Orçamentários; Técnicas de Elaboração Orçamentária; Recursos para execução dos programas: 
Exercício Financeiro; Créditos Orçamentários e Créditos Adicionais. 
 
LEGISLAÇÃO - CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; (...) 
Art. 30. Compete aos Municípios: 
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; (...) 
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 
49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre: 
II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso 
forçado; (...) 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de 
orçamento previstos nesta Constituição; (...) 
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, 
especialmente, contra: 
VI - a lei orçamentária; (...) 
Art. 163. Lei complementar disporá sobre: 
I - finanças públicas; 
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público; 
III - concessão de garantias pelas entidades públicas; 
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública; 
V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 
2003) 
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as características e condições 
operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional. 
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central. 
AFO PARA CONCURSOS 
| MÓDULO 1 – Prof. Leandro Ravyelle 
 
 
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OS: 0029/2/17-Gil 
§ 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou 
entidade que não seja instituição financeira. 
§ 2º O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de 
moeda ou a taxa de juros. 
§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras 
oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. 
Seção II 
DOS ORÇAMENTOS 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da 
administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de 
duração continuada. 
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as 
despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre 
as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução 
orçamentária. 
§ 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância 
com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. 
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, 
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social 
com direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou 
indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e 
despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. 
§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a 
de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo 
na proibição a autorização para 
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos 
termos da lei. 
§ 9º Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de 
diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; 
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a 
instituição e funcionamento de fundos. 
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados quando houver 
impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das programações de caráter obrigatório, para a 
realização do disposto no § 11 do art. 166. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
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Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual eaos créditos 
adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. 
§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: 
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo 
Presidente da República; 
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e 
exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso 
Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58. 
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, 
pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional. 
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas 
caso: 
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; 
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam 
sobre: 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou 
III - sejam relacionadas: 
a) com a correção de erros ou omissões; ou 
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano 
plurianual. 
§ 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que 
se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. 
§ 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo 
Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º. 
§ 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta seção, as demais normas 
relativas ao processo legislativo. 
§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem 
despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com 
prévia e específica autorização legislativa. 
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por 
cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste 
percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
§ 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no § 9º, inclusive custeio, será 
computada para fins do cumprimento do inciso I do § 2º do art. 198, vedada a destinação para pagamento de pessoal ou 
encargos sociais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o § 9º deste artigo, em montante 
correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, 
conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei complementar prevista no § 9º do art. 165. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
§ 12. As programações orçamentárias previstas no § 9º deste artigo não serão de execução obrigatória nos casos dos 
impedimentos de ordem técnica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
§ 13. Quando a transferência obrigatória da União, para a execução da programação prevista no §11 deste artigo, for 
destinada a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios, independerá da adimplência do ente federativo destinatário e não 
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integrará a base de cálculo da receita corrente líquida para fins de aplicação dos limites de despesa de pessoal de que trata o 
caput do art. 169. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
§ 14. No caso de impedimento de ordem técnica, no empenho de despesa que integre a programação, na forma do § 11 
deste artigo, serão adotadas as seguintes medidas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
I - até 120 (cento e vinte) dias após a publicação da lei orçamentária, o Poder Executivo, o Poder Legislativo, o Poder 
Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública enviarão ao Poder Legislativo as justificativas do impedimento; 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
II - até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso I, o Poder Legislativo indicará ao Poder Executivo o 
remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
III - até 30 de setembro ou até 30 (trinta) dias após o prazo previsto no inciso II, o Poder Executivo encaminhará projeto de lei 
sobre o remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 
2015) 
IV - se, até 20 de novembro ou até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso III, o Congresso Nacional não 
deliberar sobre o projeto, o remanejamento será implementado por ato do Poder Executivo, nos termos previstos na lei 
orçamentária. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
§ 15. Após o prazo previsto no inciso IV do § 14, as programações orçamentárias previstas no § 11 não serão de execução 
obrigatória nos casos dos impedimentos justificados na notificação prevista no inciso I do § 14. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 86, de 2015) 
§ 16. Os restos a pagar poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução financeira prevista no § 11 deste 
artigo, até o limite de 0,6% (seis décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
§ 17. Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não cumprimento da meta de resultado 
fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, o montante previsto no § 11 deste artigo poderá ser reduzido em até a 
mesma proporção da limitação incidente sobre o conjunto das despesas discricionárias. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 86, de 2015) 
§ 18. Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que atenda de forma igualitária e 
impessoal às emendas apresentadas, independentemente da autoria. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
Art. 167. São vedados: 
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual; 
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais; 
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas 
mediante créditos suplementares 
ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; 
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos 
impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para 
manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, 
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de 
receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no§ 4º deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
42, de 19.12.2003) 
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos 
correspondentes; 
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um 
órgão para outro, sem prévia autorização legislativa; 
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; 
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir 
necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º; 
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa. 
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X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos 
Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e 
pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de 
despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no 
plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato 
de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus 
saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente. 
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as 
decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62. 
§ 4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos 
de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento 
de débitos para com esta. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra poderão 
ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de 
projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa 
prevista no inciso VI deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) 
Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, 
destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão 
entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá 
exceder os limites estabelecidos em lei complementar. 
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração 
de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da 
administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: 
(Renumerado do parágrafo único, pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela 
decorrentes; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de 
economia mista. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a adaptação aos parâmetros ali previstos, 
serão imediatamente suspensos todos os repasses de verbas federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios que não observarem os referidos limites. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar 
referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências: (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
II - exoneração dos servidores não estáveis. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento da 
determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo 
motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de 
pessoal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização correspondente a um mês de 
remuneração por ano de serviço. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
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§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto, vedada a criação de cargo, 
emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 19, de 1998) 
§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do disposto no § 4º. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
TÍTULO X 
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS 
Art. 35. O disposto no art. 165, § 7º, será cumprido de forma progressiva, no prazo de até dez anos, distribuindo-se os 
recursos entre as regiões macroeconômicas em razão proporcional à população, a partir da situação verificada no biênio 
1986-87. 
§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas: 
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial 
subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para 
sanção até o encerramento da sessão legislativa; 
II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do exercício 
financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa; 
III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício 
financeiro e devolvido parasanção até o encerramento da sessão legislativa. (...) 
 
Considerações iniciais... 
O estudo de AFO engloba o Direito Financeiro com um enfoque administrativo. Dessa forma, pode-se definir a Administração 
Financeira e Orçamentária como a disciplina que estuda a atividade financeira do estado e sua aplicação na Administração 
Pública, bem como os atos que potencialmente poderão afetar o patrimônio do Estado. O estudo de AFO visa assegurar a 
execução das funções do Estado, contribuindo para aprimorar o planejamento, a organização, a direção, o controle e a 
tomada de decisões dos gestores públicos em cada uma dessas fases. 
Segundo Aliomar Baleeiro, o orçamento público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê e o Poder Legislativo autoriza, por 
certo período de tempo, a execução das despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados 
pela política econômica ou geral do País, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei. De acordo com Abrúcio e 
Loureiro, “o orçamento é um instrumento fundamental de governo, seu principal documento de políticas públicas. Através 
dele os governantes selecionam prioridades, decidindo como gastar os recursos extraídos da sociedade e como distribuí-los 
entre diferentes grupos sociais, conforme seu peso ou força política. Portanto, nas decisões orçamentárias os problemas 
centrais de uma ordem democrática como representação e accountability estão presentes. (...) A Constituição de 1988 trouxe 
inegável avanço na estrutura institucional que organiza o processo orçamentário brasileiro. Ela não só introduziu o processo 
de planejamento no ciclo orçamentário, medida tecnicamente importante, mas, sobretudo, reforçou o Poder Legislativo”. 
 
FUNÇÕES CLÁSSICAS DO ORÇAMENTO 
O Governo desenvolve funções com objetivos específicos, porém relacionados, utilizando os instrumentos de intervenção de 
que dispõe o Estado. A classificação cobrada em concursos é a de Richard Musgrave (1974), a qual se tornou clássica. Ele 
propôs uma classificação denominada de funções fiscais. Entretanto, considerando o orçamento como principal instrumento 
de ação do Estado na economia, o próprio autor as considera também como as próprias funções do orçamento: alocativa, 
distributiva e estabilizadora. 
1. Função alocativa: visa à promoção de ajustamentos na alocação de recursos. É o Estado oferecendo determinados bens e 
serviços necessários e desejados pela sociedade, porém que não são providos pela iniciativa privada. O setor público pode 
atuar produzindo diretamente os produtos e serviços ou via mecanismos que propiciem condições para que sejam 
viabilizados pelo setor privado. Tal função é evidenciada quando no setor privado não há a necessária eficiência de 
infraestrutura econômica ou provisão de bens públicos e bens meritórios. 
Investimentos na infraestrutura econômica são fundamentais para o desenvolvimento, porém são necessários altos valores 
com retornos demorados, que muitas vezes desestimulam a iniciativa do setor privado nessa área. Outro aspecto relevante é 
a existência de externalidades, que afastam o mercado da eficiência econômica, sendo denominadas de positivas quando as 
ações implicam em benefícios sociais além dos custos privados, como a instalação de uma linha de metrô que diminui o 
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número de veículos transitando; e de negativas quando as ações implicam em prejuízos sociais além dos custos privados, 
como no caso da poluição de um rio por uma indústria. No caso de externalidades positivas, a função alocativa se evidenciará 
no incentivo governamental, como por meio de subsídios e desoneração da tributação; ao passo que no caso de 
externalidade negativa deverá haver um desincentivo governamental, como por meio de maior tributação, de multas e até 
de proibição. 
Quanto aos bens públicos e meritórios, suas demandas possuem características peculiares que tornam inviável seu 
fornecimento pelo sistema de mercado. Bens públicos são aqueles usufruídos pela população em geral e de uma forma 
indivisível, independentemente de o particular querer ou não usufruir desse bem. Já os bens meritórios (ou semipúblicos) 
excluem a parcela da população que não dispõe de recursos para o pagamento. Assim, podem ser explorados pelo setor 
privado, no entanto, podem e devem também ser produzidos pelo Estado, em virtude de sua importância para a sociedade, 
como a educação e a saúde. 
 
2. Função distributiva: visa à promoção de ajustamentos na distribuição de renda. Surge em virtude da necessidade de 
correções das falhas de mercado, inerentes ao sistema capitalista, contrabalanceando equidade e eficiência. Os instrumentos 
mais usados para o ajustamento são os sistemas de tributos e as transferências. Cita-se como exemplo de medida distributiva 
o imposto de renda progressivo, realocando as receitas para programas de alimentação, transporte e moradia populares. 
Outro exemplo é a concessão de subsídios aos bens de consumo popular, financiados por tributos incidentes sobre os bens 
consumidos pelas classes de rendas mais altas. 
 
3. Função estabilizadora: visa manter a estabilidade econômica, diferenciando-se das outras funções por não ter como 
objetivo a destinação de recursos. O campo de atuação dessa função é principalmente a manutenção de elevado nível de 
emprego e a estabilidade nos níveis de preços. Destaca-se, ainda, a busca do equilíbrio no balanço de pagamentos e de 
razoável taxa de crescimento econômico. O mecanismo básico da estabilização é a atuação sobre a demanda agregada, que 
representa a quantidade de bens ou serviços que a totalidade dos consumidores deseja e está disposta a adquirir por 
determinado preço e em determinado período. Assim, a função estabilizadora age na demanda agregada de forma a 
aumentá-la ou diminuí-la. 
 
 
Questões de prova! 
1. IBFC- EBSERH Analista Administrativo - Administração (HUAP-UFF) 2016 - Leia as afirmações abaixo e assinale a 
alternativa correta. 
 
I. A alocação de recursos pela atividade estatal acontece quando não houver eficiência da iniciativa privada ou quando a 
natureza da atividade indicar a necessidade da presença do Estado. 
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II. O Estado deverá controlar os setores que produzem em bem público, entendido como o bem que não se limita a um 
único consumidor, mas deve estar à disposição de todos. 
III. Para financiar a produção de bens públicos, o setor governamental utiliza-se da tributação, ou seja, dos impostos 
cobrados direta ou indiretamente dos agentes econômicos e dos cidadãos. 
 
a) Todas as afirmações estão corretas 
b) Nenhuma das afirmações está correta 
c) Somente a afirmação I está correta 
d) Somente a afirmação II está correta 
e) Somente a afirmação III está correta 
 
2. IBFC- EBSERH Analista Administrativo - Administração (HUAP-UFF) 2016 - Leia a frase a seguir e assinale a alternativa 
que preenche corretamente a lacuna. ________________ é o processo pelo qual o governo divide os recursos para a 
utilização no setor público e privado, oferecendo bens públicos, semipúblicos ou meritórios, como rodovias, segurança, 
educação, saúde entre outros, aos cidadãos. Dessa forma está associada ao fornecimento de bens e serviços não 
oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado. 
 
a) Função distributiva 
b) Função estabilizadora 
c) Inflação 
d) Função alocativa 
e) Fundo monetário 
 
3. FGV - Prefeitura de Cuiabá - MT Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal 2016 - Emrelação às funções do 
governo, analise as afirmativas a seguir. I. A tributação sobre grandes fortunas e heranças pode ter função distributiva 
ou estabilizadora, a depender de como o governo irá alocar os valores arrecadados. II. A expansão do sistema de água e 
esgoto para áreas desfavorecidas está relacionada à função distributiva. III. Um programa de estímulo às contratações 
de jovens por empresas, em contrapartida de abono fiscal, é considerado função estabilizadora. 
 
Assinale: 
 
a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) se somente a afirmativa II estiver correta. 
c) se somente a afirmativa III estiver correta. 
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
e) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
 
O orçamento público no Brasil 
No orçamento impositivo, uma vez consignada uma despesa no orçamento, ela deve ser necessariamente executada. No 
Brasil, é adotado para a execução de emendas parlamentares individuais. 
No orçamento autorizativo, adotado no Brasil na quase totalidade da LOA, o Poder Público tem a discricionariedade para 
avaliar a conveniência e oportunidade do que deve ou não ser executado. 
 
TIPOS DE ORÇAMENTO 
1. Orçamento Legislativo: a elaboração, a votação e o controle do orçamento são competências do Poder Legislativo. 
Normalmente ocorre em países parlamentaristas. Ao Executivo cabe apenas a execução. Exemplo: Constituição Federal de 
1891. 
2. Orçamento Executivo: a elaboração, a votação, o controle e a execução são competências do Poder Executivo. É típico de 
regimes autoritários. Exemplo: Constituição Federal de 1937. 
3. Orçamento Misto: a elaboração e a execução são de competência do Executivo, cabendo ao Legislativo a votação e o 
controle. Exemplo: a atual Constituição Federal de 1988. 
 
 
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Questão de prova! 
4. 2015- CESPE – TCU Auditor Federal de Controle Externo - Considerando a evolução conceitual da terminologia usada 
em referência ao orçamento, o Brasil utilizou o orçamento legislativo, o executivo e o misto ao longo de sua história. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
Disposições constitucionais 
Na seção denominada “Dos Orçamentos” na Constituição Federal de 1988 (CF/1988) vemos essa integração, por meio da 
definição dos instrumentos de planejamento PPA, LDO e LOA, os quais são de iniciativa do Poder Executivo. 
Segundo o art. 165 da CF/1988: 
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I – o plano plurianual; 
II – as diretrizes orçamentárias; 
III – os orçamentos anuais”. 
A Constituição Federal de 1988 recuperou a figura do planejamento na Administração Pública brasileira, com a integração 
entre plano e orçamento por meio da criação do Plano Plurianual e da Lei de Diretrizes Orçamentárias. O PPA, assim como a 
LDO, é uma inovação da CF/1988. Antes do PPA e da CF/1988, existiam outros precários instrumentos de planejamento, 
como o Orçamento Plurianual de Investimentos (OPI), com três anos de duração, o qual não se confunde com o PPA, que 
possui quatro anos de duração. 
O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal que estabelece, de forma regionalizada, as 
diretrizes, os objetivos e as metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e 
para as relativas aos programas de duração continuada. A LDO surgiu almejando ser o elo entre o planejamento mais 
próximo do estratégico (PPA) e o planejamento operacional (LOA). Sua relevância reside no fato de ter conseguido diminuir a 
distância entre o plano e as LOAs, as quais dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos existentes 
antes da CF/1988. 
A LOA é um instrumento que expressa a alocação de recursos públicos, sendo operacionalizada por meio de diversas ações. É 
o orçamento propriamente dito. 
 
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Questão de prova! 
5. (CESPE – Agente Administrativo - DPU – 2016) As diretrizes orçamentárias são estabelecidas por leis de iniciativa do 
Poder Executivo. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Plano Plurianual 
O PPA é criação da CF/88, e se constitui como o maior instrumento de planejamento da esfera pública. Como atualmente o 
planejamento é determinante para o orçamento (lembra-se do orçamento-programa?), o PPA assume um papel de 
protagonismo no que diz respeito à execução do orçamento. Todas as leis e atos de natureza orçamentária, incluindo as 
emendas parlamentares, deverão ser compatíveis com o conteúdo do Plano. O trecho constitucional que traz algo como uma 
“definição do PPA” é o seguinte: 
Art. 165, § 1º - A lei que instituir o PPA estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da 
administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de 
duração continuada. 
Outro trecho da Constituição que reforça, ao mesmo tempo, a importância do PPA e sua “preferência” pelas despesas com 
investimentos é o art. 167, § 1º: 
Art. 167, § 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia 
inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
Questão de prova! 
6. FCC –TRF5R 2012 - De acordo com a Constituição Federal brasileira de 1988, uma despesa que não pode ser iniciada 
sem prévia inclusão no Plano Plurianual ou sem lei que autorize a sua inclusão, é a despesa com 
 
A) construção de um hospital, cuja execução será em três anos. 
B) aquisição de material de consumo, cujo uso será em três meses. 
C) construção de uma praça, cuja execução será em oito meses. 
D) passagens e diárias para participação em eventos técnicos. 
E) juros e encargos da dívida fundada. 
 
E os tais “programas de duração continuada”? 
Segundo o professor James Giacomoni, uma das maiores autoridades em orçamento público no Brasil, esse termo não foi 
bem delimitado pela CF/88. Literalmente, se poderia pensar em qualquer programa cuja duração se estenda no tempo, mas 
isso retiraria o caráter estratégico do PPA (não se pode “planejar tudo” atribuindo a mesma relevância a todos os 
elementos). Assim, nos dizeres do professor Giacomoni, enquanto não há definição, “programas de duração continuada”, 
pelo menos na esfera federal, são programas de natureza finalística, que correspondem à prestação de serviços à 
comunidade. 
Outro trecho da CF/88 interessante para nosso estudo é o seguinte: 
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de 
fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado. 
Na Constituição, ainda se fazem referências a outros tipos de planos. Veja só: 
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Art. 21. Compete à União: (...) 
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social; 
Art. 165, § 4º - Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em 
consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. 
Questão de prova! 
7.(FCC/ANALISTA/TRT-06/2012) Em relação ao Plano Plurianual, considere: 
 
I. Lei que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as 
despesas correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
II. Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no 
Plano Plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
III. Lei que dispõe sobre o Plano Plurianual estabelece as normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos 
resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos e das operações de créditos para as despesas de 
capital. 
IV. Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância 
com o Plano Plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. 
 
Está correto o que se afirma apenas em 
 
A) II e III. 
B) III e IV. 
C) II e IV. 
D) I e III. 
E) I e II. 
 
Prazos para o Ciclo do Orçamento 
Na esfera federal, os prazos para o ciclo orçamentário estão no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) e 
estarão em vigor enquanto não for editada a lei complementar prevista na CF/1988, a qual deve versar sobre o tema. 
 
Questão de prova! 
8. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) O plano plurianual deve compatibilizar-se com os planos nacionais, regionais e 
setoriais. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
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Lei de Diretrizes Orçamentárias 
As atribuições dadas pela CF/88 à LDO são: 
art. 165, § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, 
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, 
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de 
fomento. 
 
A LDO também é uma criação da CF/88, que tem como função principal fazer a intermediação entre o PPA e a LOA. A LDO é 
anual no sentido de que a cada ano teremos uma LDO (LDO-2016, LDO-2017, LDO-2018 etc). Todavia, a vigência (duração) da 
LDO extrapola o exercício financeiro, uma vez que ela é aprovada até o encerramento do primeiro período legislativo e 
orienta a elaboração da LOA no segundo semestre, bem como estabelece regras orçamentárias a serem executadas ao longo 
do exercício financeiro subsequente. Por exemplo, a LDO elaborada em 2016 terá vigência já em 2016 para que oriente a 
elaboração da LOA e também durante todo o ano de 2017, quando ocorrerá a execução Orçamentária. 
O prazo para encaminhamento da LDO ao Legislativo é de oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro 
(15 de abril) e a devolução ao Executivo deve ser realizada até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa (17 
de julho). A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação da LDO, ou seja, não haverá recesso parlamentar se a 
LDO não for aprovada. Ainda, as emendas parlamentares destinadas à modificação do projeto de Lei de Diretrizes 
Orçamentárias não poderão ser aprovadas se forem incompatíveis com o plano plurianual. 
Além disso, a LDO deve trazer “linhas de conduta” para as agências de fomento. Essas agências, em sua maioria, são bancos 
estatais, que terão sua forma de intervenção no mercado baseadas, pelo menos em parte, naquilo que a LDO houver 
estabelecido. 
Por fim, a LDO cumpre um importante papel quanto ao preenchimento de cargos nos órgãos e entidades públicas, bem como 
quanto a outros fatores que levam ao aumento da despesa com pessoal. Leia o trecho abaixo: 
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá 
exceder os limites estabelecidos em lei complementar. 
§1º - A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criaçãode cargos, empregos e funções ou alteração 
de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da 
administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: 
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela 
decorrentes; 
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de 
economia mista. 
Questão de prova! 
9. (FCC/ANALISTA/PGE-BA/2013) É função da Lei de Diretrizes Orçamentárias 
 
A) estabelecer as metas e prioridades da Administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subsequente, orientar a elaboração da Lei Orçamentária Anual, dispor sobre as alterações na legislação 
tributária e estabelecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
B) estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração pública federal para as despesas 
de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
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C) fixar o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da Administração direta e 
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público. 
D) não conter dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização 
para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, 
nos termos da lei. 
E) conter o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da Administração 
direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder público. 
 
10. (CESPE – Auditor - Conselheiro Substituto – TCE/PR – 2016) As propostas orçamentárias que visem a criação de cargos, 
empregos e funções devem constar na LDO. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
11. (FCC/ANALISTA/TCE-AP/2012) Para a concessão de vantagem ou aumento de remuneração dos servidores públicos da 
administração pública direta NÃO é necessário 
 
A) obediência aos limites com despesa com pessoal fixados na Lei de Responsabilidade Fiscal. 
B) prévia dotação orçamentária suficiente para atender os acréscimos às projeções da despesa com pessoal. 
C) abertura de crédito extraordinário para custear este aumento de despesa imprevisível e urgente. 
D) autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias. 
E) respeitar o limite legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal inativo. 
 
Lei Orçamentária Anual 
A Lei Orçamentária Anual é o instrumento pelo qual o Poder Público prevê a arrecadação de receitas e fixa a realização de 
despesas para o período de um ano. A LOA é o orçamento por excelência ou o orçamento propriamente dito. 
Quanto aos prazos, a Lei Orçamentária Anual federal, conhecida ainda como Orçamento Geral da União (OGU), também 
segue o ADCT. O projeto da Lei Orçamentária anual deverá ser encaminhado ao Legislativo quatro meses antes do término 
do exercício financeiro (31 de agosto), e devolvido ao executivo até o encerramento da sessão legislativa (22 de dezembro) 
do exercício de sua Elaboração. 
Para falar da LOA em si, partiremos de alguns trechos da Lei 4.320/64 e da Constituição de 1988. 
Começamos, então, com a Lei: 
Art. 2° A Leido Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica 
financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade universalidade e anualidade. 
Questão de prova! 
12. FCC TRF5R – 2012 De acordo com a Lei no 4.320/1964, a Lei do Orçamento conterá a discriminação 
 
A) da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo. 
B) dos ativos e passivos financeiros de forma a evidenciar a gestão financeira dos recursos públicos. 
C) dos bens, direitos e obrigações decorrentes da política econômica financeira e do programa de trabalho do Governo. 
D) dos ativos e passivos de forma a evidenciar a gestão patrimonial dos recursos públicos. 
E) da receita, despesa e obrigações de forma a evidenciar a situação econômica e financeira do ente público. 
 
Um ponto a se destacar inicialmente é que a evidenciação da “política econômica e financeira” e do “programa de trabalho 
do governo”, até hoje, é realizada pela LOA, apesar de não ser estabelecida por ela. 
E a composição “física” da LOA, como é? 
Art. 165, § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, 
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social 
com direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou 
indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
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O orçamento fiscal é o “orçamento geral”, por natureza. A palavra “fiscal”, resgatando a informação lá do Direito Tributário, 
diz respeito a “recursos obtidos pelo Estado”. Por exemplo, um tributo fiscal tem por objetivo, primordialmente, a obtenção 
de receita. Um tributo extrafiscal nasceria com intenções para além desta – embora também envolvesse a obtenção de 
receita. 
Então, o orçamento fiscal abrange os gastos gerais e as receitas sem arrecadação vinculada com as quais o governo conta. A 
maior parte dos programas instituídos pela LOA encontra-se nesse item. 
O orçamento da seguridade social, como indica seu nome, é restrito a receitas e despesas relativas à área da seguridade 
social. Conforme a Constituição, essa denominação abrange a saúde, a previdência social e a assistência social. Para 
assegurar que os recursos permaneçam vinculados a essas subáreas tão importantes, até um “perfil orçamentário” à parte 
foi criado pela CF/88. 
Por fim, o orçamento de investimento das estatais, como é conhecido, diz respeito às aplicações de recursos no capital social 
de empresas das quais a União, direta ou indiretamente, detenha maioria do capital social com direito a voto – ou seja, são 
empresas em que a União tem supremacia no tocante a decisões sobre sua atuação. Encontram-se nesse grupo tanto 
empresas públicas quanto sociedades de economia mista. 
 
 
Mais um trecho interessante para a leitura: 
Art. 165, § 6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e 
despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. 
Por fim, outro aspecto do conteúdo da LOA segue abaixo: 
Art. 165, § 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se 
incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda 
que por antecipação de receita, nos termos da lei. 
 
Questão de prova! 
13. (FCC/ANALISTA/DPE-RS/2013) Em relação à Lei Orçamentária Anual, a qual compreende o orçamento fiscal, 
investimento das empresas e seguridade social, é correto afirmar que o orçamento 
A) da seguridade social, abrange todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem 
como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
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B) de investimento das empresas abrange todas as despesas correntes e de capital das empresas estatais em que a União 
participe do seu capital social com ou sem direito a voto. 
C) fiscal abrange somente as receitas tributárias e as despesas a elas vinculadas. 
D) da seguridade social abrange apenas as receitas de contribuições dos servidores ativos e inativos e as despesas com 
pagamentos de aposentadorias e pensões. 
E) fiscal estabelece normas de gestão orçamentária, financeira e patrimonial da administração pública direta e indireta, 
bem como as condições para a instituição e funcionamento de fundos. 
 
14. (FCC - Analista Judiciário – Judiciária – TRT/14ª – 2016) De acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias − LDO, é 
INCORRETO afirmar: 
 
A) Compreende as metas e prioridades da Administração pública. 
B) Orienta a elaboração do Plano Plurianual − PPA e da Lei Orçamentária Anual − LOA. 
C) Dispõe sobre alterações na legislação tributária. 
D) Compreende as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. 
E) Estabelece as políticas para as agências financeiras oficiais de Fomento. 
 
15. (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TRT/8 – 2016) As alterações na legislação tributária somente podem 
vigorar após serem incluídas na lei de diretrizes orçamentárias. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
15. (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRE/PI – 2016) A autorização para aumento de remuneração dos 
membros do Poder Legislativo deve estar contida no PPA. 
(  ) Certo (  ) Errado 
 
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS 
1. PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE OU GLOBALIZAÇÃO 
De acordo com o princípio da universalidade, o orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes 
da União, seus fundos, órgãos e entidades da Administração direta e indireta. Assim, o Poder Legislativo pode conhecer, a 
priori, todas as receitas e despesas do governo. Está na Lei 4.320/1964: 
“Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica 
financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. 
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei. 
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da administração 
centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto no art. 2º.” 
O art. 165 da CF/1988 se refere à universalidade, quando o constituinte determina a abrangência da LOA: 
“§ 5º A Lei Orçamentária anual compreenderá: 
I –o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, 
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II –o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social 
com direito a voto; 
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou 
indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.” 
 
2. PRINCÍPIO DA ANUALIDADE OU PERIODICIDADE 
Segundo o princípioda anualidade, o orçamento deve ser elaborado e autorizado para um período de um ano. Está na Lei 
4.320/1964: 
“Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica 
financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade.” 
E também na nossa Constituição Federal de 1988: 
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
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I – o plano plurianual; 
II – as diretrizes orçamentárias; 
III – os orçamentos anuais.” 
É conhecido também como princípio da periodicidade, numa abordagem em que o orçamento deve ter vigência limitada a 
um exercício financeiro. A ideia, em sua origem, era obrigar o Poder Executivo a solicitar periodicamente ao Congresso 
permissão para a cobrança de impostos e a aplicação dos recursos públicos. No Brasil, tal princípio coincide com o ano civil, 
segundo a Lei 4.320/1964: 
“Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.” 
 
3. PRINCÍPIO DA UNIDADE E DA TOTALIDADE 
Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um orçamento, e não mais que um 
para cada ente da Federação em cada exercício financeiro. Objetiva eliminar a existência de orçamentos paralelos e permite 
ao Poder Legislativo o controle racional e direto das operações financeiras de responsabilidade do Executivo. Também está 
consagrado na Lei 4.320/1964: 
“Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica 
financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade.” 
Vale ressaltar que, apesar de ter previsão legal desde a Lei 4.320/1964, o princípio da unidade foi efetivamente colocado em 
prática somente com a CF/1988. Antes disso, havia diversas peças orçamentárias não consolidadas, como o orçamento 
monetário, o qual sequer passava pela aprovação legislativa. Concluindo, o princípio da totalidade não necessariamente 
significa um documento único, já que o processo de integração planejamento-orçamento tornou o orçamento 
necessariamente multidocumental, em virtude da aprovação, por leis diferentes, dos vários instrumentos de planejamento, 
com datas de encaminhamento diferentes para aprovação pelo Poder Legislativo. Em que pesem tais documentos serem 
distintos, devem obrigatoriamente ser compatibilizados entre si. 
Unidade: O orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da 
federação em cada exercício financeiro. 
Totalidade: há coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer consolidação. 
 
4. PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO BRUTO 
O princípio do orçamento bruto veda que as despesas ou receitas sejam incluídas no orçamento ou em qualquer das espécies 
de créditos adicionais nos seus montantes líquidos. Note que a diferença entre universalidade e orçamento bruto é que 
apenas este último determina que as receitas e despesas devam constar do orçamento pelos seus totais, sem quaisquer 
deduções. Também está na Lei 4.320/1964: 
“Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. 
§ 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-se-ão, como despesa, no orçamento da 
entidade obrigada a transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber.” 
Não importa se o saldo líquido será positivo ou negativo, o princípio do orçamento bruto impede a inclusão apenas dos 
montantes líquidos e determina a inclusão de receitas e despesas pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. 
 
5. PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE 
O princípio da exclusividade surgiu para evitar que o orçamento fosse utilizado para aprovação de matérias sem nenhuma 
pertinência com o conteúdo orçamentário, em virtude da celeridade do seu processo. Determina que a Lei Orçamentária não 
poderá conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas. Exceção se dá para as autorizações de 
créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária (ARO). Por exemplo, o 
orçamento não pode conter matéria de Direito Penal. Assim, o princípio da exclusividade tem o objetivo de limitar o 
conteúdo da Lei Orçamentária, impedindo que nela se inclua normas pertencentes a outros campos jurídicos, como forma de 
se tirar proveito de um processo legislativo mais rápido. Tais normas que compunham a LOA sem nenhuma pertinência com 
seu conteúdo eram denominadas “caudas orçamentárias” ou “orçamentos rabilongos”. Por outro lado, as exceções ao 
princípio possibilitam uma pequena margem de flexibilidade ao Poder Executivo para a realização de alterações 
orçamentárias. Possui previsão no art. 165 da CF/1988: 
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“§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo 
na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por 
antecipação de receita, nos termos da lei.” 
E também no art. 7º da Lei 4.320/1964: 
“Art. 7º A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para: 
I – Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições do artigo 43; 
II – Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por antecipação da receita, para atender a 
insuficiências de caixa. 
§ 1º Em casos de déficit, a Lei de Orçamento indicará as fontes de recursos que o Poder Executivo fica autorizado a utilizar 
para atender a sua cobertura. 
§ 2° O produto estimado de operações de crédito e de alienação de bens imóveis somente se incluirá na receita quando umas 
e outras forem especificamente autorizadas pelo Poder Legislativo em forma que juridicamente possibilite ao Poder Executivo 
realizá-las no exercício. 
§ 3º A autorização legislativa a que se refere o parágrafo anterior, no tocante a operações de crédito, poderá constar da 
própria Lei de Orçamento”. 
Finalizando, é fundamental guardar que as exceções ao princípio da exclusividade são créditos suplementares e operações de 
crédito, inclusive por ARO. 
 
6. PRINCÍPIO DA ESPECIFICAÇÃO OU DISCRIMINAÇÃO OU ESPECIALIZAÇÃO 
O princípio da especificação ou discriminação (ou ainda, especialização) determina que, na Lei Orçamentária Anual, as 
receitas e despesas devam ser discriminadas, demonstrando a origem e a aplicação dos recursos. Tem o objetivo de facilitar a 
função de acompanhamento e controle do gasto público por toda a sociedade, evitando a chamada “ação guarda-chuva”, 
que é aquela ação genérica, mal especificada, com demasiada flexibilidade. Para o PPA e a LDO, não há necessidade de um 
detalhamento tão grande de receitas e despesas. Isso vai ocorrer posteriormente, pois a LOA é obrigada a seguir o princípio 
da especificação. O princípio veda as autorizações de despesas globais. Atualmente, o princípio da especificação não tem 
status constitucional (não tem previsão constitucional), porém está em pleno vigor por estar amparado pela legislação 
infraconstitucional, como na Lei 4.320/1964, que em seu art. 5º dispõe: 
“Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, 
material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo20 e seu parágrafo único.” 
As exceções do art. 20 se referem aos programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se 
subordinadamente às normas gerais de execução da despesa, como os programas de proteção à testemunha que, se 
tivessem especificação detalhada, perderiam sua finalidade. Tais despesas são classificadas como despesas de capital e 
também chamadas de investimentos em regime de execução especial. O referido art. 20 ainda determina que os 
investimentos sejam discriminados na Lei de Orçamento segundo os projetos de obras e de outras aplicações. A LRF 
estabelece a vedação de consignação de crédito orçamentário com finalidade imprecisa1, exigindo a especificação da 
despesa. Esse mesmo artigo apresenta outra exceção ao nosso princípio, que é a reserva de contingência2. A reserva de 
contingência tem por finalidade atender, além da abertura de créditos adicionais, perdas que são episódicas, contingentes ou 
eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituição, com vistas a enfrentar prováveis perdas decorrentes de situações 
emergenciais. As exceções dos programas especiais de trabalho e reserva de contingência são quanto à dotação global, pois 
não necessitam de discriminação. Não deve ser confundido com dotação ilimitada, que é aquela sem valores definidos. 
Cuidado para não confundir Orçamento Bruto com Discriminação. O princípio da discriminação (ou especialização ou 
especificação) determina que as receitas e despesas devam ser especificadas, demonstrando a origem e a aplicação dos 
recursos. Tem o objetivo de facilitar a função de acompanhamento e controle do gasto público. Já o princípio do orçamento 
bruto impede a inclusão apenas dos montantes líquidos e determina a inclusão de receitas e despesas pelos seus totais, não 
importando se o saldo líquido será positivo ou negativo. Por exemplo, a apuração e a divulgação dos dados da arrecadação 
líquida, sem a indicação das deduções previamente efetuadas a título de restituições, ferem o princípio do orçamento bruto. 
 
7. PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO ESTORNO 
O princípio da proibição do estorno determina que o administrador público não pode transpor, remanejar ou transferir 
recursos sem autorização. Quando houver insuficiência ou carência de recursos, deve o Poder Executivo recorrer à abertura 
de crédito adicional ou solicitar a transposição, remanejamento ou transferência, o que deve ser feito com autorização do 
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Poder Legislativo. Entretanto, há uma exceção, acrescida pela Emenda Constitucional nº 85, de 26 de fevereiro de 2015: ato 
do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa, poderá transpor, remanejar ou transferir recursos de 
uma categoria de programação no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os 
resultados de projetos restritos a essas funções. 
Veja os dispositivos constitucionais: 
“Art. 167. São vedados: 
(...) 
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um 
órgão para outro, sem prévia autorização legislativa. 
(...) 
§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra poderão 
ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de 
projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa 
prevista no inciso VI deste artigo.” 
 
8. PRINCÍPIO DA QUANTIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS 
O princípio da quantificação dos créditos orçamentários veda a concessão ou utilização de créditos ilimitados. Está na 
CF/1988: 
“Art. 167. São vedados: 
(...) 
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados.” 
A dotação é o montante de recursos financeiros com que conta o crédito orçamentário. O princípio da quantificação dos 
créditos orçamentários determina que todo crédito na LOA seja autorizado com uma respectiva dotação, limitada, ou seja, 
cada crédito deve ser acompanhado de um valor determinado. Assim, não são admitidas dotações ilimitadas, sem exceções. 
O art. 59 da Lei 4.320/1964 exige a observância do princípio: 
“Art. 59. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos.” 
 
9. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE 
O art. 37 da Constituição cita os princípios gerais que devem ser seguidos pela Administração Pública, que são legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. O princípio da publicidade também é orçamentário, pois as decisões 
sobre orçamento só têm validade após a sua publicação em órgão da imprensa oficial. É condição de eficácia do ato a 
divulgação em veículos oficiais de comunicação para conhecimento público, de forma a garantir a informação na elaboração 
e execução do orçamento. Assim, tem-se a garantia de acesso para qualquer interessado às informações necessárias ao 
exercício da fiscalização sobre a utilização dos recursos arrecadados dos contribuintes. 
 
10. PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA ORÇAMENTÁRIA 
A transparência exige que todos os atos de entidades públicas sejam praticados com publicidade, mas também com ampla 
prestação de contas em diversos meios. A LRF determina ampla divulgação, inclusive em meio eletrônico, dos instrumentos 
de planejamento e orçamento, da prestação de contas e de diversos relatórios e anexos: 
Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios 
eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo 
parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas 
desses documentos. 
A transparência será assegurada também mediante incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, 
durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; da liberação ao 
pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução 
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orçamentária financeira, em meios eletrônicos de acesso público; e da adoção de sistema integrado de administração 
financeira e controle, que atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União. 
 
11. PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO 
O princípio do equilíbrio visa assegurar que as despesas autorizadas não serão superiores à previsão das receitas na lei 
orçamentária anual. A LRF determina que a lei de diretrizes orçamentárias trate do equilíbrio entre receitas e despesas: 
“Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição e: 
I – disporá também sobre: 
a) equilíbrio entre receitas e despesas.” 
A CF/1988 é realista quanto à possibilidade de ocorrer déficit orçamentário, caso em que as receitas sejam menores que as 
despesas. Assim, o princípio do equilíbrio não tem hierarquia constitucional (não está explicitado na CF/1988). No entanto, 
contabilmente e formalmente o orçamento sempre estará equilibrado, pois tal déficit aparece normalmente nas operações 
de crédito, que também devem constar do orçamento. 
 
12. PRINCÍPIO DA NÃO AFETAÇÃO (OU NÃO VINCULAÇÃO) DAS RECEITAS 
O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de impostos poderá ser reservada ou comprometidapara atender a certos e determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais. Está na Constituição Federal, no art. 167, 
inciso IV: 
“Art. 167. São vedados: 
(...) 
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos 
impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para 
manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, 
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de 
receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo.” 
Pretende-se, com isso, evitar que as vinculações reduzam o grau de liberdade do planejamento, porque receitas vinculadas a 
despesas tornam essas despesas obrigatórias. A principal finalidade do princípio em estudo é aumentar a flexibilidade na 
alocação das receitas de impostos. Caso o recurso seja vinculado, ele deve atender ao objeto de sua vinculação, mesmo que 
em outro exercício financeiro. Veja o parágrafo único do art. 8º da LRF: 
“Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados à finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao 
objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.” 
Na CF/1988, o princípio veda a vinculação de impostos e não de tributos. Apenas os impostos não podem ser vinculados por 
lei infraconstitucional. As ressalvas são: 
a) Repartição constitucional dos impostos; 
b) Destinação de recursos para a Saúde; 
c) Destinação de recursos para a manutenção e desenvolvimento do ensino; 
d) Destinação de recursos para a atividade de administração tributária; 
e) Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita; 
f) Garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta. 
 
13. PRINCÍPIO DA PROGRAMAÇÃO 
O orçamento deve expressar as realizações e objetivos de forma programada, planejada. O princípio da programação decorre 
da necessidade da estruturação do orçamento em programas, dispondo que o orçamento deva ter o conteúdo e a forma de 
programação. Assim, alguns autores defendem que o princípio da programação é decorrente da evolução das funções do 
orçamento e que não poderia ser observado antes da instituição do conceito de orçamento-programa. O princípio da 
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programação vincula as normas orçamentárias à consecução e à finalidade do plano plurianual e aos programas nacionais, 
regionais e setoriais de desenvolvimento. 
 
14. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
Todas as leis orçamentárias, PPA, LDO e LOA e também de créditos adicionais são encaminhadas pelo Poder Executivo para 
discussão e aprovação pelo Congresso Nacional. 
 
15. PRINCÍPIO DA CLAREZA OU DA INTELIGIBILIDADE 
O orçamento público deve ser apresentado em linguagem clara e compreensível a todas as pessoas que, por força do ofício 
ou interesse, precisam manipulá-lo. Dispõe que o orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e completa. 
Embora diga respeito ao caráter formal, tem grande importância para tornar o orçamento um instrumento eficiente de 
governo e administração. 
 
16. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE OU CONSISTÊNCIA 
O princípio da uniformidade ou consistência dispõe que o orçamento deve manter uma mínima padronização ou 
uniformidade na apresentação de seus dados, de forma a permitir que os usuários realizem comparações entre os diversos 
períodos. O orçamento de cada ente deve apresentar e conversar ao longo dos diversos exercícios financeiros uma estrutura 
que permita comparações entre os sucessivos mandatos. Apesar de facilitar para os usuários, tal princípio perdeu um pouco 
de importância, pois atualmente é possível fazer realinhamentos de séries históricas utilizando outros meios, que trazem 
dados passados para a formatação atual. 
 
Questões de prova! 
16. 2016 FCC TRT- 3R Analista Judiciário – Administrativa - Um analista judiciário examinou o orçamento previsto para o 
Poder Judiciário referente ao exercício de 2015 e verificou que a peça orçamentária abordou aspecto relacionado ao 
cumprimento do princípio orçamentário da exclusividade. Ele chegou a essa conclusão porque a peça orçamentária 
 
A) incluiu todas as receitas e todas as despesas. 
B) foi elaborada para um período determinado. 
C) autorizou a contratação de operação de crédito. 
D) conteve dotações específicas para despesas com pessoal. 
E) foi autorizada pelo Poder Legislativo. 
 
17. 2016 FAFIPA – APPA/PR - Investimentos públicos em logística e infraestrutura, como a ampliação de modais 
ferroviários, podem contribuir para a criação de novas rotas, bem como ampliar a capacidade de movimentação de 
cargas até os Portos de Paranaguá e Antonina. Para realizar esses investimentos o governo precisa elaborar um 
orçamento público, pautado em uma série de princípios. Nesse contexto, é CORRETO afirmar que: 
 
A) O princípio orçamentário que preceitua que todas as receitas e despesas devem estar contidas em uma única lei 
orçamentária é o princípio do equilíbrio. 
B) No orçamento público, devem constar apenas conceitos e informações que se relacionem com a fixação de despesa, ou 
com a previsão de receita, o que é conhecido com o princípio da unidade. 
C) A necessidade de que todas as parcelas de receita e de despesas sejam apresentadas em seus valores brutos refere-se 
ao princípio da exclusividade. 
D) O princípio que pressupõe que o orçamento público deve conter todas as despesas e também todas as receitas da 
administração pública é o princípio da universalidade. 
 
18. IBFC 2016 - Técnico de Controle Externo TCM-RJ - Segundo os artigos 3º e 4º da Lei nº 4.320/1964, a Lei Orçamentária 
deverá conter todas as receitas e despesas. Isso possibilita controle parlamentar sobre todos os ingressos e dispêndios 
administrados pelo ente público. Este é o princípio orçamentário da: 
 
A) Universalidade, que significa a obrigatoriedade de figurar no orçamento, pelas suas respectivas totalidades, as receitas 
e as despesas que deverão ser realizadas pela entidade pública, sem quaisquer deduções 
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B) Anualidade ou Periodicidade, que significa que o orçamento deve ser elaborado e autorizado para um determinado 
período de tempo, geralmente um ano 
C) Legalidade, que significa que o Poder Público somente pode fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a lei 
expressamente autorizar, ou seja, se subordina aos ditames da lei 
D) Unidade, que significa que cada ente da federação (União, Estado ou Município) deve possuir apenas um orçamento, 
estruturado de maneira uniforme. 
 
19. IFCE 2014 Administrador - No que diz respeito aos princípios orçamentários, marque a alternativa incorreta: 
 
A) De acordo com o princípio da globalização, o orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos 
Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da Administração direta e indireta. 
B) Segundo o princípio da anualidade, o orçamento deve ser elaborado e autorizado para um período de um ano. 
C) De acordo com o princípio da inteligibilidade, o orçamento público deve ser apresentado em linguagem clara e 
compreensível a todas as pessoas que, por força do ofício ou interesse, precisam manipulá-lo. 
D) O princípio da especialização determina que o administrador público não pode transpor, remanejar, ou

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