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EMERGÊNCIAS NEUROLÓGICAS ENFº ERNESTO JÚNIOR ENXAQUECA CONCEITO É uma forma de cefaleia crônica que pode ser definida como uma reação neurovascular normal, que apresenta-se clinicamente, por episódios recorrentes de cefaléia e manifestações associadas que geralmente dependem de fatores desencadeantes. EPIDEMIOLOGIA Em um estudo realizado nos EUA com aproximadamente 15.000 indivíduos, com idades de 15 a 18 anos, mostrou que 6% dos homens e 18% das mulheres relataram que tiveram um ou mais episódios de enxaqueca por ano. No Brasil, cerca de 10% dos homens brasileiros apresentam surtos de enxaqueca e entre as mulheres essa porcentagem varia entre 5 a 25 anos. Nas crianças a porcentagem está entre 3 a 10% (Ministério da Saúde, 2014); ETIOLOGIA Predisposição genética; Ansiedade; Depressão; Excesso ou privação do sono; Ingestão de bebidas alcoólicas (particularmente vinho tinto); Ingestão de determinados alimentos (chocolate, certos tipos de queijo); Jejuns prolongados; Exposição a odores fortes; Período menstrual; Estímulos luminosos intensos ou intermitentes. FISOPATOLOGIA SINAIS E SINTOMAS Cefaléia intensa; Náuseas e/ou vômitos; Escotomas; Fotofobia; Fonofobia; Parestesias (língua, mãos, hemicorpo); Hemiplegia; Disartria; DIAGNÓSTICO / TRATAMENTO Avaliação clínica; EEG; TC de crânio com contraste; RNM; Analgésicos; Anti depressivos; Anti hipertensivos; Acunpultura; TTO da causa; CRISE CONVULSIVA EPILEPSIA DEFINIÇÃO Convulsão: episódio de função neurológica anormal causada por uma descarga elétrica inapropriada pelos neurônios cerebrais. Epilepsia: condição clínica na qual o paciente é sujeito a convulsões recorrentes (periódicas e imprevisíveis) devido a um distúrbio da função cerebral. FISIOPATOLOGIA EPIDEMIOLOGIA Nos países em desenvolvimento, em que há deficiência no atendimento médico, subnutrição e enfermidades, esse número pode chegar a 2%. Já nos países desenvolvidos a incidência é de aproximadamente 1%. No Brasil, a epilepsia é uma condição neurológica que atinge 1,8% da população. ETIOLOGIA – CONVULSÃO Hiper/hipoglicemia; Hipertermia; Distúrbios hidroeletrolíticos; Hipóxia/Hipercapnia; Intoxicação exógena; Abstinência de drogas; Tumor cerebral; TCE e outros. ETIOLOGIA – EPILEPSIA Infestações parasitárias (Neurocisticercose, toxoplasmose); Infecções intracranianas virais ou bacterianas; Toco-traumatismo; TCE; Doenças cerebrovasculares. CLASSIFICAÇÃO A determinação do tipo de crise que ocorreu é fundamental pra organizar a abordagem diagnóstica sobre etiologias, selecionar o tratamento apropriado e fornecer informações vitais para o prognóstico. Crises Parciais Simples (sem amnésia temporária) Complexa (com amnésia temporária) Crises Generalizadas Convulsivas (tônicas, clônicas e tônico-clônicas) Não convulsivas (do tipo ausência e mioclônicas) Status epilepticus (estado de mal epiléptico) Convulsões generalizadas seguindo-se umas às outras, sem recuperação da consciência (pelo menos 30 min) CRISES GENERALIZADAS A fase inicial é a contração tônica, fato responsável por diversas características clássicas da crise, como: rigidez muscular: paciente com extensão de membros do corpo e arqueamento das costas, grito ictal ou epiléptico: contração tonica dos músculos da expiração e da laringe produz um lamento alto/grito. A respiração é prejudicada, as secreções acumulam-se na orofaringe e surge cianose. Contração do músculo da mandíbula: pode levar o paciente a morder a língua. Ocorre um aumento acentuado do tônus simpático que gera: aumento da FC, da PA e da pupila (midríase). CRISES GENERALIZADAS Após cerca de 10 a 20s, a fase tônica evolui para a fase clônica, produzida pelo aumento do relaxamento muscular; Por fim a fase pós-ictal caracteriza-se por irresponsividade, aumento da transpiração e suor, apnéia e coma, com flacidez muscular e salivação excessiva, que pode causar respiração estridosa e obstrução parcial das vias respiratórias. Pode ocorrer incontinência urinária e fecal; Posteriormente o paciente queixa-se de mialgia, cefaléia e fadiga, que podem durar horas; Alguns pacientes podem apresentam alteração da memória temporariamente, que retorna ao longo de dias. CRISE DE AUSÊNCIA 2°tipo mais comum de crises generalizadas; São lapsos breves e súbitos da consciência, sem perda do controle postural, sem aviso prévio, com perda e inicio da consciência imediatos; A crise dura segundos, a consciência retorna imediatamente e não há confusão pós-ictal. Não há convulsão! DIAGNÓSTICO AVALIAÇÃO CLÍNICA; TC DE CRÂNIO; RNM DE CRÂNIO; EEG; EXAMES LABORATORIAIS; TRATAMENTO Avaliar HGT; Aferir e corrigir problemas nos SSVV; Antitérmicos; Benzodiazepínicos; Hidantalização; VM via TOT em pacientes graves; TCE; Meningites e encefalites; AVC DEFINIÇÃO O AVC é definido como uma síndrome clínica que consiste do desenvolvimento rápido de distúrbios clínicos focais da função cerebral (global no caso do coma), que duram mais de 24 horas, ou conduzem à morte sem outra causa aparente que não uma de origem vascular. (Organização Mundial de Saúde) O papel do emergencista nesse aspecto é crucial, pois a pronta estabilização do doente e o início precoce da investigação etiológica são determinantes no prognóstico final. EPIDEMIOLOGIA No Brasil é a primeira causa de óbito e representa 80% das internações pelo Sistema Único de Saúde; A incidência é 19% maior em homens; 30% das pessoas que sofrem um AVC vêm a óbito dentro de um ano; 40% apresentam incapacidade residual; 30% se recuperam totalmente. FATORES DE RISCO HAS; Arritmia cardíaca; Aterosclerose; Dislipidemia; Coronariopatia; Diabetes; Tabagismo; Hereditariedade; Contraceptivos orais; Antecedentes de acidentes isquêmicos transitórios ou de acidentes vasculares cerebrais; Sedentarismo; ETIOLOGIA Trombos; Êmbolos; Hemorragia secundária ao aneurisma ou malformação arteriovenosa (MAV). CLASSIFICAÇÃO AVC – I AVC – H AIT AVC - ISQUÊMICO DEFINIÇÃO Causado por tromboembolismo arterial decorrente de embolias cardiogênicas ou de grandes vasos, oclusão de pequenos vasos intracranianos, distúrbios hemodinâmicos e coagulopatias. No jovem, outras causas como vasculites, dissecção vascular, distúrbios da coagulação, enxaquecas e cardiopatias congênitas são mais freqüentes. FISIOPATOLOGIA DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS Hipoglicemia; Enxaqueca; TCE; Distúrbio hidroeletrolítico; TU cerebral; Overdose de drogas; ETIOLOGIA Trombose aterosclerótica; AIT; Embolias cerebrais; Arterites; Trauma; Hipotensão associada a estenose arterial; Enxaqueca com déficit persistente; SINAIS E SINTOMAS Prostração; Dislalia; Disartria; Desvio de comissura labial; Ptose palpebral; Rebaixamento de sensório; Hemiplegia; Hemiparesia; Parestesia de membros; DIAGNÓSTICO EXAME CLÍNICO É FUNDAMENTAL; ESCALA DE COMA DE GLASGOW; TC DE CRÂNIO; Melhora a confirmação diagnóstica a partir de 24h; RNM DE CRÂNIO; PUNÇÃO DO LÍQUOR; TRATAMENTO Controle da TA, Temp. e Glicemia severos; Hiperventilação; Anti agregante plaquetário (AAS); Anticoagulante (Exoxeparina / Heparina); Antiedematosos (Manitol) - (controverso); Trombolíticos (Estreptoquinase) - (controverso); Reabilitação psicomotora (Equipe multiprofissional); ACIDENTE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO DEFINIÇÃO Déficit neurológico focal de etiologia isquêmica com regressão completa em < de 24 horas; Considera-se que o AIT precede um acidente vascular cerebral isquêmico definitivo em 26% dos pacientes; Daqueles que os sintomas persistem por mais de 1 hora, apenas 14% regride em 24 horas. FATORES DE RISCO HAS; DM; Dislipidemia; Tabagismo; Cardiopatias; Etilismo; Sedentarismo; Idosos e raça negra; SINTOMAS Hemiparesia; Hemiplegia; Diplopia; Náuseas e vômitos; Dislalia; Disartria; Incapacidade em reconhecer partes do corpo. Movimentos inabituais. Incontinência urinária. Desequilíbrio e queda. Síncope. DIAGNÓSTICO Avaliação clínica; TC de crânio; Doppler das carótidas; RNM de crânio; Angiografia cerebral; TRATAMENTO Antiagregante plaquetário; Anticoagulantes; Analgésicos; Anticonvulsivantes; AVC - H DEFINIÇÃO Ocorre pela ruptura de um vaso sanguíneo intracraniano levando o sangue a entrar em contato com o parênquima nervoso e levando a uma ação irritativa. Além disso, a inflamação e o efeito de massa ou pressão exercida pelo coágulo de sangue no tecido nervoso prejudica e degenera o cérebro e a função cerebral. Pode ser divido: Hemorragia intraparênquimatosa (HIP); Hemorragia subaracnóidea (HSA); ETIOLOGIA HAS; Má formação dos vasos; Distúrbios de coagulação; Presença de aneurisma cerebral; Obesidade; Sedentarismo; Uso de anticoncepcionais; Tabagismo; Etilismo; História familiar; Diabetes. SINAIS E SINTOMAS Cefaléia intensa; Rebaixamento do nível de consciência; Anisocoria; Plegia/Paresia/Parestesia; Crise convulsiva; Vômitos em jato; Disartria/dislalia; Desvio de comissura labial; Ptose palpebral; DIAGNÓSTICO Avaliação clínica; TC de crânio; RNM de crânio; Exames laboratoriais; Arteriografia; TRATAMENTO Analgésicos; Anticonvulsivantes; ATB; Antitérmico; Diurético osmótico; Monitorização da PIC; Neurocirurgia; CASOS CLINICOS
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