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Direito Penal II. Final

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Prévia do material em texto

Raphael Marcos Martins Lima 
 
1 
DIREITO PENAL II. 
PROFESSOR: JULIANO AUGUSTO D. VICENTE. 
FMU - FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS. 
 
Estupro. 
 
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave 
ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que 
com ele se pratique outro ato libidinoso: 
 
 (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) Crime hediondo 
seja ele tentado ou consumado Lei. 8.072/90 
 
1) Bem Jurídico - Bem jurídico protegido é a liberdade sexual da mulher, ou seja, a 
liberdade que tem a mulher de escolher livremente seu parceiro sexual. 
 
 O agente pratica conjunção carnal e outro ato libidinoso? 
 A um único crime ou dois crimes? 
Como por exemplo, penetração anal e vaginal continuado? 
 
A) Corrente: Á pratica de conjunção carnal e outros atos libidinosos no mesmo 
contexto fático não desnaturam a unidade de crime de forma que o juiz na dosimetria de 
pena levará em conta a pluralidade de atos. Se a conjunção carnal e outro ato libidinoso 
no mesmo contexto fático o agente responderá em concurso de crimes que poderá ser 
material ou continuado. 
 
B) Corrente: Se entre a conjunção carnal e ato libidinoso houver uma relação de 
progressão haverá unidade de crime. Por exemplo, passar as mãos nos seios e 
posteriormente efetuar conjunção carnal, no entanto se inexistente uma relação de 
progressão, ou seja, um ato não é subseqüente ao outro o agente respondera em 
concurso de crimes. Um tipo misto cumulativo. 
 
2) Sujeito Ativo: Individualmente considerado, somente pode ser o homem, nada 
Impede, porém, que uma mulher seja co-autora de estupro, diante das previsões dos 
Arts. 29 e 30, infine, do CP. 
 
 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
2 
Existe a possibilidade de estupro em que o homem seja impotente sexual? 
R. Crime impossível. Isso porque o agente é desprovido de objeto para efetuar 
conjunção carnal. 
 
3) Sujeito Passivo: É somente a mulher, virgem ou não, recatada ou não, inclusive 
cônjuge ou companheira. O constrangimento ilegal empregado pelo marido para realizar 
a conjunção carnal à força não constitui exercício regular de direito. 
 
4) Tipo Objetivo. A ação tipificada é constranger (forçar, compelir) mulher 
(somente pessoa do sexo feminino), virgem ou não, menor ou maior, honesta ou 
prostituta, mediante violência (vis corporalis) ou grave ameaça (vis compulsiva), à 
conjunção carnal (cópula vagínica). Qualquer outra forma de coito, dita anormal, 
constituirá atentado violento ao pudor. 
 
 O constrangimento ilegal tem a finalidade da prática de conjunção carnal. 
 A violência aliada ao dissenso da vítima deve ser cumpridamente demonstrada. 
 Contemplação lasciva: O agente obriga a vitima a retirar suas roupas e a observa 
por alguns momentos. Crime de constrangimento ilegal 146, CP. 
 
 Beijo lascivo: 
A) Corrente: O beijo lascivo é caracterizado como ato libidinoso e por tanto crime de 
estupro. (rígida) 
B) Corrente: Afirma que caracteriza constrangimento ilegal, incidindo no caso o 
princípio da proporcionalidade. (passível) 
 
 Meios de Execução: 
 
 O crime de estupro se perfaz pelo constrangimento, através de violência ou 
grave ameaça é a promessa de mal injusto, é grave porque somente a própria 
vitima, terá conhecimento dos atos praticados pelo agente da conduta criminosa. 
 A violência é o emprego da força física, não há estupro sem resistência da 
vitima. 
 
4) Elementos Subjetivos: Nesta conduta criminosa de estupro o elemento é doloso. 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
3 
O agente tem a intenção de praticar determinado ato por motivações alheias da 
satisfação sexual. 
 
5) Consumação & Tentativa: Consuma-se com a (copula vagínica) e sendo 
desnecessária a ejaculação, é indispensável, porém, a introdução do genital masculino. 
I) Quando se consuma o crime por conjunção carnal? 
II) Ela pode ser parcial ou total? Não é necessário ejaculação? 
 
I) Resposta. O crime de estupro se consuma á partir do momento em que há conjunção 
carnal, isto é, quando o contato na copula vaginal é violado pelo órgão masculino, sem á 
prévia autorização da mulher. 
II) Resposta. Não, e de todo modo, haverá crime. Á pratica de outros atos libidinosos 
quais sejam, por exemplo: Passar as mãos nos seios, e vai depender de qual ato 
libidinoso for realizado e da conduta criminosa realizada. 
 
 Tentativa: Para distinguir a tentativa de estupro da tentativa de atentado violento ao 
pudor, deve-se analisar o elemento subjetivo. 
 Por exemplo: Segurar e passar as mãos na bunda de uma moça na rua e 
posteriormente, tentar efetuar algum ato, mas, no entanto a vitima saiu correndo. 
Ato libidinoso. Em tese ela é possível. 
 
6) Concurso de Crimes: Hipóteses. 
 O agente estupra a mesma mulher em ocasiões distintas: Nessa hipótese, será 
aplicado a regra do Crime Continuado ou 71 caput. CP ou concurso material. 
Dependo da situação. 
 O agente estupra duas mulheres em um mesmo contexto. Por exemplo, um pai 
que estupro as duas filhas art. 71 parágrafo único do CP. Crime Continuado. 
 Dois agentes estupram a mesma mulher revezando-se no emprego da violência e 
grave ameaça ou conjunção carnal. Nome desse crime “Curra. 71 CP, Caput” 
 
 Crime de Estupro e crime de contagio venéreo. Art.130 CP. 
O agente estupra a vitima sem a intenção de transmitir moléstia venérea, muito 
embora saiba ou deva saber. Nesse caso, este agente responderá pelo delito no 
Art. 130. Caput. Em concurso formal cominado por tipo de designar de maneira 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
4 
própria pra produzir resultados. No caso á intenção do agente é de ferir ou de 
atingir á vítima “animus laedendi” é causar dano. 
 O agente tem a intenção infectar as vitimas; O agente respondera pelo Art. 130 
parágrafos únicos e sua intenção de transmitir moléstia venérea formal Art.213. 
 
 O agente tendo ou não a intenção de transmitir a moléstia venérea, há transmite 
213 CP com a causa de aumento 234 linha- A inciso IV Causa de aumento e 
qualificadora ela traz novos parâmetros de aumento. 
 
 Formas qualificadas de estupro. Parágrafo único 213, CP. Da conduta realizada 
resulta lesão corporal de natureza grave. A vitima é menor de 18 e maior de 14 
anos. Crime de estupro de vulnerável. Fragilidade maior. Se da conduta 
decorrência do resultar em falência deverá analisa em qual conduta típica foi 
empregada para exarar tentativa de homicídio. 
 
o Ação Penal Pública condicionada à representação legal é aquele que se inicia 
com a denúncia. 145 CP contra honra, pois ela precisa ser autorizada pelo 
Estado. 
 
o Ação Penal Público incondicionado no caso de estupro qualificado. 
Ação Penal Pública condicionada a representação - Estupro de vulnerável com 
teor leve. 
 
 
Art. 216 Assédio Sexual 
"Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou 
favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua 
condição de superior hierárquica ou ascendente inerentes ao 
exercício de emprego, cargo ou função”. 
 
“Assedio sexual é importunação, por meio de gestos ou palavras constrangendo a 
vitima em certas circunstâncias de trabalho visando uma finalidade de natureza sexual. 
Agente reitera determinadas condutas sexuais para constranger de maneira alheias a 
suas vontades”. 
1) Bem jurídico: A liberdade sexual do empregado ou subordinado. 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
5 
2) Sujeito Ativo: Crime próprio. Superior ou hierárquico, somente será praticado por 
este sujeito. 
3) Sujeito Passivo: Aquele que ostenta funções de subalternidade. 
4) Tipo Objetivo: Conduta é constrangimento,significado importunação. O agente 
visa, envergonha-lá em ambiente de trabalho. 
 
A) Constranger: (Na verdade, "constranger alguém", exatamente á mesma locução utilizada 
no crime de atentado violento ao pudor). Significa constranger alguém, com o fim especial de 
obter concessões sexuais, abusando de sua condição de superioridade ou ascendência 
decorrentes de emprego, cargo ou função. 
Destacam-se, fundamentalmente, quatro aspectos: a) ação de constranger (constranger é 
sempre ilegal ou indevido); b) especial fim (favores ou concessões libidinosos); c) existência de 
uma relação de superioridade ou ascendência; d) abuso dessa relação e posição privilegiada 
em relação à vítima. Cezar Roberto B. Código comentado. 2010. 
 
 Não precisa necessariamente estar no trabalho, e este tipo pode estar dotado de 
dolo especifico, é aquele, que tem uma finalidade especial á conduta do 
agente. 
 
5) Consumação: Consuma-se com o constrangimento e o resultado por tanto é o 
exaurimento do crime na forma escrita. 
Consuma-se o crime de assédio sexual com a prática de atos concretos, efetivos, 
suficientemente idôneos para demonstrar a existência de constrangimento ilegal. Semelhante ao 
que ocorre no crime de ameaça, no assédio sexual a ação constrangedora tem que ser grave 
suficientemente idônea para duas coisas: impor medo, receio ou insegurança à vítima e, ao 
mesmo tempo, ferir-lhe seu são sentimento de honra sexual, de liberdade de escolha de 
parceiros, enfim, o sentimento de amor próprio. Caso contrário, não se poderá falar em crime. 
Cezar Roberto B. Código comentado. 2010. 
Causam de aumento parágrafo 2º, se a vitima for menor de 18 anos Art. 206 linha, A. 
CP. 
 
 
 
 
 
 
 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
6 
Crime: Estupro de Vulnerável. 
 
Art. 217-linha A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato 
libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: 
Pena – reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. 
Caput acrescentado pela no Código Penal Brasileiro. 
 
1) Bem Jurídico: É a dignidade sexual de pessoas vulneráveis, visão garantir seu 
desenvolvimento saudável na esfera sexual. 
 
2) Sujeito Ativo: O crime é comum, ou seja qualquer pessoas pode praticá-lo. 
 
3) Sujeito Passivo: Depende de venerabilidade, ou seja aquelas que exerçam a 
incapacidade de maneira frágil absoluta menores de 14 anos. Pessoas que possuem 
enfermidade ou doença mental, por fim aquela que por qualquer outra causa não podem 
oferecer resistência. (Clausula Aberta) 
 
4) Tipo Objetivo: Na venerabilidade, é aquela facilmente atacada há qualquer 
momento, ou seja á vítima é um presa fácil para os agentes da conjunção carnal. Outra 
característica desse tipo de estupro, é que não é, necessário, o consentimento da vitima, 
isso porque seu consentimento é irrelevante. 
 
 
A) Tipo Objetivo: Vitima Menor de 14 Anos. A vitima só será considerada como 
menor de 14 anos antes das (23h59min: 59), após este segundo e se efetivando o seu 
aniversário, já será considerada maior de 14 anos. 
 A prova de sua idade será feita por certidão de nascimento. 
Obs.: Se não houver registro de nascimento. Sua prova sofrerá perícia por arcada 
dentária. 
 
B) Tipo Objetivo: Vitima Enferma ou deficiente mental. Não basta que haja a doença 
mental ou outra doença, isso porque será feito uma perícia psiquiatra para se obter este 
resultado. Em razão dessa doença, se comprovada este agente não teria discernimento 
mental. Se houver, esta será adotada como crime de invulnerável. 
 
D) Tipo Objetivo: Vitima que por algum motivo, não oferecer resistência. A 
incapacidade pode ser gerada pelo próprio agente ou por terceiro. 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
7 
 Por exemplo: Ângela estava em uma festa, quando em determinado momento 
o agente do delito conhecido como Mévil, se aproveita de alguns segundos e 
embriaga a vitima, ou tira capacidade de discernimento mental e se faculta a 
vulnerabilidade da vitima para á prática de (estupro de vulnerável). 
 
 *Diminuir a resistência. 
 *Diminuir o discernimento mental. 
 
 Por exemplo: Determinado sujeito estava na festa e abordou uma vitima, mas 
achava que a mesma tinha mais de 18 anos, no entanto, depois de algumas 
horas se verifica que há mesma tinha menos de 14 anos. 
 
Obs.: Existe a possibilidade de ocorrer, erro de tipo, bem como este erro exclui o dolo 
da conduta criminosa. 
Obs.: Existe a possibilidade de ocorrer, erro de proibição que evidentemente o agente se 
coaduna com o desconhecimento de ilicitude da proibição de sua conduta. 
 
5) Tipo Subjetivo: Dolo ou culpa. Vontade livre e consciente de obter conjunção 
carnal. 
Exige finalidade especial animando o agente? 
Existem três correntes: 
i) Tem a finalidade especial: intuito de satisfazer a lascívia (jurisprudência minoritária); 
ii) Tem a finalidade especial de manter atos libidinagem (Mirabete); 
iii) Dispensa finalidade especial, os atos de libidinagem fazem parte da vontade geral/dolo 
(Capez). É a corrente que prevalece. 
Correntes (ii) e (iii), que disputam. 
Damásio: Para a maioria da doutrina, basta o dolo genérico, ou seja, a vontade livre e 
consciente de praticar o ato. Parte da doutrina exige o que antigamente era chamado de dolo 
específico – atualmente conhecido como elemento subjetivo do tipo. Tal elemento seria a 
satisfação da libido. Assim, a situação pela qual um sujeito, com um cabo de vassoura, pratica 
ato sexual com a vítima, para dela se vingar, caracterizaria estupro para a maioria da doutrina, 
mas para a parte que exige o elemento subjetivo do tipo não (pois não há a intenção de satisfazer 
a libido, e sim a de se vingar). 
Tal situação é caracterizada de forma diversa dependendo do entendimento tido acerca do dolo 
do agente. 
 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
8 
6) Consumação ou Tentativa: Todas as circunstancias e praticas efetivas de conjunção 
carnal com a vitima. Existe a possibilidade de tentativa. Estupro de vulnerável, é ação 
penal publica de iniciativa publica incondicionada a representação legal. 
 
Consuma-se com a prática do ato de libidinagem (conjunção carnal ou outro ato 
libidinoso). É perfeitamente possível a tentativa (delito plurissubsistente), ocorrendo 
quando o agente inicia a conduta e não consegue consumar o ato por circunstâncias 
alheias à sua vontade. 
 
Corrupção de menores. 
Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a 
lascívia de outrem: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) 
anos. 
1) Bem Jurídico: Dignidade sexual, no que diz respeito, á proteção do 
desenvolvimento causado pelo menor. 
2) Sujeito ativo: Qualquer pessoa. 
3) Sujeito passivo: Qualquer pessoa menor de 14 anos. 
4) Tipo objetivo: Induzir: persuadir, para a prática de aliciar, levar alguém a satisfazer 
a lascívia (desejo sexual da outra pessoa) Por exemplo: Sujeito vai persuadir á vítima 
para que assim ela produza um “Strip-teensy", ou até mesmo induzir o menor a 
utilizar uma fantasia. 
5) Tipo Subjetivo: Dolo especifico. A conduta do agente é feita para satisfazer a 
lascívia de outrem. 
6) Consumação & Tentativa. 
 Consumação: Crime formal, pois o delito se consuma com á prática de induzir o 
menor, e tão pouco importando há efetiva satisfação da lascívia de outrem. 
 
 Tentativa: Ocorre dependendo do caso concreto, e não importando se o tipo 
formal ou tipo material. 
Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo 
a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia 
própria ou de outrem: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro)anos. 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
9 
1) Bem Jurídico. Dignidade sexual do menor. No que diz respeito ao seu 
desenvolvimento sadio. 
 
2) Sujeito ativo. O Crime é comum em qualquer pessoa que possa cometer. 
 
3) Sujeito passivo. Qualquer pessoa, mas desde que seja menor de 14 anos (catorze 
anos.) 
 
4) Tipo Objetivo: Dois núcleos. 
 
 Obs.: Praticar: Quando o autor efetivamente praticar o ato sexual, ou induz a 
vítima menor a presenciá-lo. 
 
 Obs.: Presenciar: Estar fisicamente presente no memento do ato sexual. 
 
 Quando a pessoa é maior de 14 anos e ela presencia a lascívia. O que ocorre? 
 Se for para satisfação a própria lascívia. O fato é atípico, pois não há crime. 
 
 
5) Tipo subjetivo. Dolo específico. Agir com a vontade livre e consciente de efetuar 
aquele ato especifico. 
 
 
6) Consumação & Tentativa. 
 Consumação: Ademais, trata-se de delito formal, na medida em que a 
consumação darse-á com a ocorrência de uma das duas condutas possíveis, 
praticarem o ato libidinoso. O resultado constitui apenas motivo de agir, ou seja, 
o fim de saciar a lascívia própria ou de outrem. 
 Tentativa: Admite-se tentativa, embora de difícil configuração. Tal ocorrerá 
quando alguém der início ao fato de praticar a conduta destinada à realização do 
ato libidinoso, para que o menor presencie, e não conseguindo realizar o ato 
completamente por circunstâncias alheias a sua vontade, a exemplo da 
aproximação do responsável pelo menor. 
 
 
Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração 
sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência 
mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir 
ou dificultar que a abandone: 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos. 
1) Bem jurídico: Liberdade sexual uma faceta da dignidade e visão para garantir o 
desenvolvimento sadio do menor de 18 anos e do portador de enfermidade ou doença 
mental. 
 
2) Sujeito Ativo: Crime comum. Qualquer pessoa. 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
10 
 
3) Sujeito passivo: Menor de 18 anos e com enfermidades ou deficiência mental. 
 
4) Sujeito objetivo: Núcleo submeter: subjugar sujeitar alguém há algo. Exemplo. Pai 
que obriga a filha a prestar serviços sexuais para fim de lucro. 
 
 Núcleo induzir: persuadir ou instigar. A conduta e menos intensa que a 
submissão. 
 
 Núcleo atrair: Instigar ou induzir, mas sua característica é diferente quem está 
na prostituição puxa a pessoa para aquele ato. 
 
 Núcleo facilitar: Favorecer tornar mais fácil. O agente torna mais fácil a 
prostituição levando este consigo ou fornecendo um local para efetivar a 
prostituição sexual. 
 
 Núcleo impedir ou dificultar: Opor-se e embaraçar á vitima para que abandone 
a prostituição. O agente vai atuar para ela não largar. Este crime é de natureza 
hedionda por tanto segue á sorte da lei 8.072/2002. 
 
5) Tipo subjetivo: Dolo. Não exige nem uma finalidade especial. 
 
6) Consumação & Tentativa: induzir atrair ou facilitar: O crime se consuma com a 
sujeição da vítima com a prostituição. Não é necessário que vítima se encontre em 
situação de disponibilidade, ou seja, se dispor. A conduta de impedir ou dificultar, se 
consuma com ato de oposição ou embaraço. 
 
Tentativa: A tentativa é possível em todos os verbos ou núcleos. Somente aplicar-se-á 
quando houver nexo de causalidade, ora exposto no delito. 
 
____________________________________________________________________ 
 
Tráfico internacional de pessoa para fim de exploração sexual 
Art. 231. Promover ou facilitar a entrada, no território nacional, 
de alguém que nele venha a exercer a prostituição ou outra 
forma de exploração sexual, ou a saída de alguém que vá 
exercê-la no estrangeiro - Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) 
anos. 
1) Bem Jurídico: Dignidade sexual da pessoa humana. 
2) Sujeito Ativo: Qualquer pessoa e crime comum. 
3) Sujeito Passivo: Qualquer pessoa. 
4) Tipo Objetivo: Condutas nucleares. 
 Promover: significado de dar causa, ou seja, executar e dar á iniciativa ao delito. 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
11 
 Facilitar: Auxiliar ajudar tornar mais fácil 
 Agencia: Art. 231-I intermediar. 
 Aliciar: Seduzir ou atrair. 
 Comprar a pessoa traficada: Adquirir mediante o pagamento. 
 Transportar: levar de um local para outro. 
 Alojar: Dar a hospedagem e aliciar. 
4) Tipo subjetivo: Dolo genérico. (Existe uma intenção especial, um requisito 
subjetivo transcendental, ou seja, intenção especial do agente). 
5) Consumação & Tentativa: O crime se consuma com a entrada ou saída da pessoa 
no território nacional não se exigindo que efetivamente a pessoa se prostitua. 
6) Tentativa: É possível, porque neste caso pode haver uma breve investigação antes 
do embarque. Por exemplo; Alguém é preso, e quando está tentando introduzir á vítima 
no território nacional ou tentando fazê-la sair para o fim de prostituí-la. 
 Causa de aumento: Sempre haverá e na fração de novos patamares de pena. 
Tráfico interno de pessoa para fim de exploração sexual 
Art. 231-A. Promover ou facilitar o deslocamento de alguém dentro do território 
nacional para o exercício da prostituição ou outra forma de exploração sexual: 
 Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. 
 § 1
o
 Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar, vender ou comprar a 
pessoa traficada, assim como, tendo conhecimento dessa condição, transportá-la, 
transferi-la ou alojá-la 
§ 2
o
 A pena é aumentada da metade se: 
 I - a vítima é menor de 18 (dezoito) anos; 
 
1) Bem Jurídico: Moralidade sexual e os bons costumes. 
2) Sujeito Ativo: Crime comum. 
3 ) Sujeito Passivo: Crime como qualquer pessoa. 
4 ) Tipo Objetivo: Pode ser qualquer pessoa. 
5 ) Tipo Passivo: Deveria ser pessoa determinada, isto é, alguém que se sentisse 
ofendido pela conduta. 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
12 
6 ) Consumação & Tentativa: O agente deste ato deverá responder pela conduta do 
agente deslocando-se para o fim da exploração sexual. O agente promove ou facilita o 
deslocamento de pessoa para o exercício de. Com a devida vênia de entendimento 
contrário, parece-nos, efetivamente, que se trata de delito formal, não necessitando da 
prática da prostituição da vítima para a sua consumação. O exercício do comércio 
sexual por parte da vítima é apenas o motivo desejado pelo sujeito ativo da infração 
penal. 
Tentativa: A tentativa é admissível, a exemplo de alguém preso quando está dando 
início ao fato de deslocar a vítima para a traficância sexual dentro do território nacional. 
 
FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU ALTERAÇÃO DE 
PRODUTO DESTINADO A FINS TERAPÊUTICOS OU MEDICINAIS. 
Art. 273 - Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto 
destinado a fins terapêuticos ou medicinais: 
 Pena - reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos, e multa. 
 Modalidade culposa 
 1) Bem Jurídico: A incolumidade pública, no que tange á saúde pública buscando-se 
evitar a comercialização a produção e a entrega de produtos destinados a fins 
terapêuticos ou medicinais com nocividade as pessoas. 
2) Sujeito ativo: Crime comum. 
3 ) Sujeito Passivo: Crime vago, ou seja, coletividade sem personalidade jurídica. 
 Objeto material do crime: Produto material manipulado e com o fim de 
qualquer atividade humana. 
 Obs.: É necessário que este produto seja destinado aos produtos medicinais e 
por este motivo, os alimentos não se enquadram neste artigo. 
4) Tipo Objetivo: Núcleos e verbos do caput. 
 Produtosde ordem humana, ou seja, não se enquadra os produtos veterinários. 
 Falsificar contra fazer: produzir com á fraude. 
 Corromper: Estragar com a finalidade terapêutica 
 Adulterar: Mudar para piorar 
 Alterar: Modificar a qualidade do produto 
(§ 1º-A). Abrange produtos que não se destinam imediatamente, á finalidade terapêutica 
ou medicinal. Tais produtos, somente de forma indireta podem ter como finalidade há 
previsão no tipo, e como necessária uma tipificação de crime. O legislador fugiu na 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
13 
"racio" de tipo penal, isto é sua indevida extensão far-se-á como aquele que falsifica 
remédio pra câncer e para aquele agente que falsifica um esmaltei. 
Seguindo essa linha atenue, (§ 1º-A), principio da proporcionalidade, bem como o 
devido processo legal, e esta face legal, seria com a observância necessária e perseguida 
pelo Estado, para compreender de maneira adequada, aquele bem jurídico atingido e 
qualificar de maneira eficaz para minimizar a pena deste artigo em sentido "stricto 
senso". Crime hediondo lei 8.072/90 fator de desproporcionalidade falsificar cosméticos 
ou produtos de limpeza. 
5) Tipo subjetivo. Dolo específico a titulo de culpa com previsão no parágrafo 2º deste 
art. 273. 
6) Consumação e Tentativa. O crime se consuma, somente com a realização de cada 
uma das condutas prevista no tipo não se exigindo que adviesse qualquer resultado. 
Tentativa é possível. Exemplo. Sujeito é farmacêutico e vende o produto falsificado. 
____________________________________________________________________ 
Associação Criminosa 
 Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o 
fim específico de cometer crimes: 
 Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. 
 Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se 
houver a participação de criança ou adolescente. 
1) Bem jurídico: Paz Pública 
2) Sujeito ativo: Qualquer pessoa, inclusivo políticos. 
3) Sujeito Passivo: Crime de concurso necessário. Porque é necessário o concurso de 
agentes ou eventuais. 
4) Sujeito Passivo: Coletividade. 
5) Tipo Objetivo. 
 Associar: Unir-se, juntar-se e reunir-se. É preciso que os agentes se reúnam para 
a prática do ato criminal. 
6) Tipo subjetivo. Dolo especifico. 
Consumação e tentativa. Com efetiva associação, pouco importando no que se 
destinava a cometer. 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
14 
 A associação não pode ser momentânea, sendo necessárias a estabilidade e a 
permanência, portanto classifica-se como um crime permanente, cuja 
consumação perdura enquanto durar a estabilidade da associação. 
 A consumação deste crime independe da realização do fim (crimes) visado, 
sendo, portanto, considerada como um crime formal e, como já foi dito, de 
natureza permanente. 
 A tentativa não é admissível, já que a partir da efetiva reunião dos integrantes, 
com o fim de cometimento de crimes, o crime estará consumado, e todos os atos 
anteriores a esta reunião serão considerados como atos preparatórios impuníveis. 
Art. 288-A. Constituir, organizar, integrar, manter ou 
custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou 
esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes 
previstos neste Código: 
1) Bem jurídico: Paz Publico. 
2) Sujeito Ativo: Qualquer pessoa. 
3) Sujeito ativo: Coletividade. 
4) Tipo objetivo: 
Núcleos dos artigos, culminado com seus verbos. 
Verbo constituir. 
Organização Paramilitar. Uma associação armada e constituída por civis, embora 
também possa contar com militares com estrutura similar a estrutura paramilitar, trata-se 
de uma organização que age na clandestinidade, geralmente empregado. 
Milícia Particular. Um grupo de pessoas que alegadamente pretenderia garantir a 
segurança de famílias residências e estabelecimentos empresariais. Na milícia particular 
aparente intenção de praticar o bem como ocorre que esta atividade e imposta a 
coletividade. 
Grupo ou Esquadrão. São grupos integrados por matadores, cuja sua finalidade é 
eliminar pessoas etiquetadas como marginais e seus integrantes dos esquadrões se 
intitula justiceiros. Esquadrão da morte. 
Tipo subjetivo. Dolo especifico 
Consumação e tentativa. Crime de mera conduta, pois este se consuma com á pratica 
de cada um de seus atos. Sendo impossível sua tentativa. 
 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
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DA MOEDA FALSA 
 Moeda Falsa 
 Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda 
metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no 
estrangeiro: 
 Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa. 
 1) Bem jurídico. Paz Publica. 
 2) Sujeito Ativo. Qualquer pessoa. 
3) Sujeito Passivo. Coletividade crime vago e sem personalidade jurídica. 
*Moeda é um instrumento de escambo e troca. 
Tipo objetivo. A moeda é um instrumento de escambo e troca, a conduta punível é 
falsificar, que significa imitar passa por algo autentico, pode ocorrer através de 
fabricação ou de alteração. A fabricação consiste na criação ou na produção de moeda 
metálica ou papel enquanto moeda. Na alteração o agente de posse da moeda 
verdadeira, ele a modifica para que ela apresente um valor maior como por exemplo 
acrescentando ou alterando um número da moeda, para que haja o crime é importante 
que ocorre lesão a fé publica, alterações de emblemas ou de outros sinais desde que não 
altera o valor da moeda não ocorre caracterize um crime. Para que o crime se configure 
é necessário que ocorra a denominação "imitatio veri", ou seja, que o produto ou que a 
moeda falsificada seja semelhante a verdadeira, a falsificar a grosseira, rudimentar, não 
configura o crime, é preciso que a falsificação seja apta a enganar. 
O tipo penal também tutela a moeda estrangeira, tendo em vista que o Brasil é aderente 
á convenção de Genebra moeda estrangeira moeda de curso- legal é aquela que aceita, 
admitida como pagamento, como é um crime que deixa vestígios a comprovação dessa 
falsificação deve ocorrer por meio de perícia. 
Tipo subjetivo. Dolo. A vontade livre e consciente de falsificar a moeda. 
 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
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Consumação e tentativa. É o crime que se consuma com a fabricação ou alteração de 
moeda, a tentativa é possível. O artigo 289 inciso 1º trás as formas equiparadas ao 
crime. 
Crime de falsidade de documento publica 
 Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, 
ou alterar documento público verdadeiro: 
 Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa 
1 - Bem Jurídico. Fé Publica no que diz respeito, autenticidade dos documentos 
públicos, e do documento que foi á eles, equiparados (Documento igual.) 
2 - Sujeito Ativo. Qualquer pessoa, ou seja, crime comum. Atenção parágrafo 1º, pois 
o agente que comentou o crime, e salvo sendo funcionário publico com causa de 
aumento no exercício de sua função. Deve ser válida para a eficácia daquele que cargo 
de sua função. Crime contra á administração publica. Crimes funcionais do tipo 
próprio. 
3 - Sujeito Passivo. O Estado. O sujeito passivo primário é o Estado. O sujeito passivo 
secundário é aquele lesado pela falsidade. 
4 - Tipo Objetivo. 
A) Núcleos e verbos. 
 Falsificar. Total ou parcialmente, aquele objeto e que pode ser inteiramente 
adulterado ou criado. 
 Falsificação de modo parcial. Criar em partes. 
1- Qual á diferença de falsidade material, ou seja, documento público ou particular 
em relação há falsidade ideológica? 
R. Na falsidade material, seja ela em documento publico ou de documento particular 
que é falso. De toda forma, este documento, em seu caráterintrica, se revela para nós 
como se imitando ao verdadeiro. Art. 297 - falsidades de documento material e 
particular. 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
17 
No Art. 298 - Na falsidade ideológica, o que se faz como falso, não pode ser o 
documento, mas sim, seu conteúdo, pois a forma de seu documento aqui pode ser 
verdadeira. Na verdade o que se atingi; são as características das ideais do documento. 
B) Segundo verbo. 
 Adulteração: Que significa a modificação de um documento público e 
substituindo ou alterando os dizeres. Por exemplo, alterar um documento 
público anexando uma foto, á ela. 
Documento público para fins penais. 
1º documento. O documento é toda peça escrita que condensa graficamente o 
pensamento de alguém, e podendo provar um fato ou a realização de ato, dotado de 
relevância jurídica. O documento público pode ser considerado publico, sob duas 
hipóteses. 
1) Hipótese. O documento é formal e materialmente publico. 
O documento formalmente público: É aquele emanado de agente publico no exercício 
de suas funções. O documento será materialmente publico, quando seu conteúdo disser 
á respeito das questões de interesse publico. Por exemplo: Os autos de um processo que 
por sua vez são publico, tanto na esfera formal quanto na esfera material. 
2) Hipótese. O documento é formalmente publico, mas materialmente privado. O 
documento é emanado por um agente público, mas no seu exercício, bem como na suas 
funções em de seu conteúdo; diz respeito, á questões de natureza privada. Como uma 
escritura publica de compra de venda, por sua vez é utilizado pelo art. 297 
 Falsificação: Ela deve ser apta, á iludir, ou seja, na falsificação grosseira á 
facilmente perceptível tornando, assim aquela conduta atípica. 
 
O parágrafo 2º - Art. 297. Trás hipótese de equiparação dos documentos que se 
equiparam aos públicos. A lei vai considerar aquele documento publico, quando 
somente ás entidades para-estatais, assim ás autenticarem. 
Por exemplo, "inss" ou uma autarquia. 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
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 Finalidade de títulos de crédito: Os títulos ao portador ou transmissível por 
endosso, nota promissória e cheques. Ações de sociedade comercial são 
consideradas de direto publico. Livros mercantis, e finalmente, testamento 
particular. 
 Codicilos: São os determinados objetos de foro intimo ao qual serão 
resguardados pelo “de – cujos”. Art. 1181 CC. Este pode ser equiparado, isso 
porque ele é um testamento particular. Pelo princípio da legalidade. 
2 - A pessoa se utiliza da falsidade para aplicação de um golpe. Por qual crime este 
responderá? 
R. Segundo a sumula 17 do STJ. O crime de estelionato absorverá o crime de 
falsificação, quando este ultima de exaurir no primeiro. Quando a falsidade não se 
exaurir no estelionato, este não absorverá o falso de modo que o agente responderá 
pelos dois crimes. 
3 - O agente falsifica uma folha de cheque e com base nesta folha de cheque 
falsificada se diligencia há uma loja de produtos, e assim entrega para efetuar 
pagamento do produto. Qual crime, este responde? 
R. O agente falsifica uma folha de cheque, e com isso aquela folha fica retida e se 
exauri, ou seja, ela limitou aquele golpe. Ele responde, somente por aquela conduta 
criminosa naquela compra do delito. 
4 - O agente falsifica um cartão de crédito de um determinado sujeito, neste caso ele 
utiliza, mas sua falsidade lesiva se pendura, após todo crime cometido naquele ato. 
Qual a falsidade empregada aqui? 
R. Tendo em vista que a potencialidade lesiva não vai se exaurir no estelionato o agente 
responderá pelos dois crimes em concurso material. Sumula - 17 STJ. 
5 - Tipos subjetivos do crime. O elemento aqui empregado é dolo não se exigindo nem 
uma materialidade especial. Para fins eleitorais 398 CE. Código eleitoral. 
6 - Consumação e tentativa. O crime é consumado, somente com a efetiva falsificação, 
bem como alteração do documento. 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
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5- Se houver uso do documento falso por quem á fez. Como responderá? 
R. No caso do falsificador fazer uso do documento é absorvido pelo crime de 
falsificação " post factum impunível" responde 394 e 297 código penal. 
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento 
particular ou alterar documento particular verdadeiro: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. 
Falsificação de documento particular. 
A primeira diferencia esta muito atrelada na pena, isso porque a pena varia de (1) um á 
(5) cinco anos. 
O objeto material do crime: É o documento particular. Tudo que não for documento 
público, este será documento particular. 
Objeto material. A coisa ou pessoa sobre qual recai o crime. 
Obs.: “O cartão de crédito ou débito é documento particular, isto é regido pelo artigo 
298CP”. 
Obs.: “Na hipótese de falsificação de documento particular para fins eleitorais o crime 
será regido pelo artigo 349 do código eleitoral”. 
Falsidade ideológica Art. 299 - Omitir, em documento público ou 
particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer 
inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim 
de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato 
juridicamente relevante: 
Atenção: Ás penas. Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento 
é público, e reclusão de um a três anos, e multa, se o documento é particular. 
1- Bem jurídico. Fé publica no tocante á confiabilidade dos documentos públicos e nas 
relações entre ás pessoas. 
2 - Sujeito Ativo. Crime comum, isto porque qualquer pessoa pode praticá-la. 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
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3 - Sujeito Passivo. 1º - Estado. 2º- É a pessoa que seja lesada pela falsidade. 
4 - Tipo Objetivo. Núcleos e verbos do artigo 299 CP. 
A) Omitir. Na omissão o agente não menciona uma declaração que deveria constar no 
documento. 
B) Inserir. Significa introduzir diretamente. Á própria pessoa, assim o faz. 
C) Iludir. Tentar passar uma realidade, na qual, não existe pela sua informação. 
5 - Tipo Subjetivo. Dolo, mas é dolo especifico. Criar obrigação de fato 
substancialmente irrelevante, ou seja, algo de foro intima. Por exemplo: Seu namorado 
tinha uma idade elevada, mas sua parceira era uma menina mais nova, e assim veio á 
alterar a idade no documento; porque queria ter uma idade mais próxima, por 
questões morais. Deve se verificar: “Animus". 
6 - Consumação e Tentativa. O crime se consuma com á pratica das condutas, isto é o 
crime ocorre pelas práticas dos atos. 
Obs.: Se o crime é praticado ou a falsidade é praticada com a finalidade de registrar 
filho de outrem como o seu. O crime será dotado pelo art.242 CP. Princípio da 
especialidade. Adoção á brasileira. 
Art. 304, CP. 
“Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a 
que se referem os artigos 297 a 302”. 
 
Pena - Cominada á falsificação ou alteração. 
 
Lei Penal em branco. É a lei que depende de outro ato normativo para que tenha 
sentido, uma vez que seu conteúdo é incompleto. Pode ser classificada como 
homogênea (sentido lato) ou heterogênea (sentido estrito). 
Preceito primário. 
Preceito secundário. 
 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
21 
Lei penal em branca Homogenia: É aquela em que seu completo deriva da mesma 
fonte de produção da norma penal. 
Lei penal em branca Heterogenia: O complemento deriva de outra lei. O seu 
complemento advém de outra fonte de produção. Ex: Crime de Tráfico de entorpecente. 
Portaria 344-(ANVISA Droga). 
Lei penal em branco ou ao avesso: Seu preceito secundário. Crime de genocídio. 
Lei penal em branco, isto é crimede falsificação ou alteração. Crime acessório 
1- Bem Jurídico. Fé Pública. (autenticidade dos documentos públicos e dos 
documentos que a ele forem equiparados). 
2- Sujeito Ativo. Crime comum. Qualquer pessoa, exceto para o falsificador, isto 
porque sua falsificação é de usa de documento falso. Assim, somente responderá, 
pela sua falsificação denominada como "post factum impunível". crime não punível 
se cometido pelo falsificador. 
3- Sujeito Passivo. Estado, sujeito passivo primário. 
4- Tipo Objetivo. (Fazer uso) significa: empregar e utilizar a coisa. Para que haja o 
delito seja executado; deve se observar a regra empregada pelo agente, isto é, deve fazer 
uso efetivo daquele documento. Se o documento foi apreendido sem o uso daquele 
agente, este não será atuado. Salvo no caso de CNH, isto porque seu documento está 
sobre sua posse e o agente pratica o delito dirigindo sob o exercício do uso ilegal. 304, e 
se estiver dirigindo somente nesta hipótese, será atuado, caso a pessoa esteja na rua 
portando uma CNH não será preso. Art. 159 parágrafo 1º CTB. Obrigatoriedade do 
porte. Pergunta: 
 A solicitação do documento por uma autoridade policial perfaz e consumação 
de um crime do artigo 304? Resposta. 
 Corrente (A) Ainda que haja solicitação quando a pessoa apresenta o 
documento, existe seu uso, e por tanto o crime se configura. 
 Corrente (B) O emprego do documento deve ser espontâneo para a consumação 
do crime, se a pessoa é instada a apresentá-lo, não há delito, uma vez que o uso 
se deu em razão de determinação de autoridade. 
 
5- Tipo Subjetivo. Dolo genérico, ou seja, vontade livre e consciente de portar 
documento falso. 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
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6- Consumação e Tentativa. Trata-se de crime formal que se consuma com o uso, 
pouco importando se o agente obtém algum resultado em razão dessa falsificação. Não 
ocorre por se tratar de crime subsistente não podendo fracionar o crime. 
A tentativa não é admissível, por ser crime formal. 
______________________________________________________________________ 
 
Crime contra administração Publica; 
1- Tratamentos da matéria pelo Código Penal. 
312 á 326 Código Penal. O legislador trata dos crimes praticados pelo funcionário 
publico contra a administração publica. Dependem da figura do funcionário publico. 
Art. 328 327 C. Os crimes praticados pelo particular contra administração. 
Art. 338 aos 359. São os crimes contra administração da justiça. 
Art. 359 A aos 359- H. Os crimes contra as finanças publicam. 
2- Sujeito Ativo. Dependendo do tipo penal será o funcionário publico ou particular. 
3- Sujeito Passivo. Administração Publica. Aquele que for condenado sobre crime 
contra administração publica somente poderá progredir sob regime de pena. Artigo 33 
parágrafo 4º CP - Os crimes praticados contra administração se submetem 
extraterritorialidade incondicionada. A lei penal brasileira será aplicada ao fato 
independentemente de qualquer comissão art. 7 inciso I linha C. 
 
4- Crime funcional x ato de improbidade. Os atos de improbidade administrativas 
estão regulados pela lei 8429/92 artigo 9 e 11. Todo crime funcional será dará como 
crime de improbidade, mas nem todo ato de improbidade terá como resultado um crime 
contra administração publica. 
 
5- Crime funcional x Ato de Improbidade. 
A) Crime funciona próprio: Desaparecendo a condição de funcionário publico o fato 
deixa de ser considerado crime, ocorre a denominada tipicidade absoluta. Exemplo: 
Crime de prevaricação. 
B) Crime funcional impróprio: Desaparecendo a figura do funcionário publico 
remanescerá um outro delito. Exemplo: Crime de peculato, Crime de furto e 
apropriação. 
 
 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
23 
 
6- Funcionário publica para fins penais presente no art. 327 CP. Caput 
Normas penas – Incriminadores: São aquelas que estabelecem determinadas condutas 
antijurídicas. Tornar uma ação criminosa. 
Normas penais – Permissivas: Licitas determinadas condutas. Excludente de ilicitude, 
ou seja, tornar ação criminosa como lícita. 
Normas Penais – Explicativas: Estabelecem alcancem de determinadas 
normas. Determinam informações para fins penais Art. 327 parágrafo 1º, agente por 
equiparação. Exemplo. Médico vinculado ao SUS. 
 
 Conceito de funcionário publica: Será considerado funcionário publico. 
Aquele que ocupa cargo sob regime estatutário, por exemplo, juízes, 
promotores. Serão considerados funcionários públicos aqueles que são 
empregados pelo estado, isto porque seguem a sorte de regime estatuário em 
CLT. Aqueles que exercem funções públicas, sem prévia remuneração e de 
maneira transitória, por exemplo, mesário em eleições. Advogado por fins de 
convênio vinculado a OAB é considerado funcionário publico. 
 
Inventariante dativo. Aquele em que determinado momento pode ser nomeado por 
funcionário publico. Não porque são inventariastes. 
Funcionário publica por equiparação: São funcionários públicos aqueles que 
exercem cargo empregos ou funcionais em sociedade paraestatais, bem como empresa 
contratada para execução de atividade tipa da administração. As atividades primárias do 
estado que exercem as atividades típicas da administração. (Médico conveniado pelo 
“SUS” é considerado funcionário público para os fins penais). 
 
7- Causa de aumento: O legislador esqueceu as Autarquias. 
Nos artigos 312º à 326º crimes praticados pelo agente público contra a administração. 
Nos artigos 328º à 337º-C crimes praticados pelo particular contra a administração. 
Nos artigos 338º à 359º crimes contra a administração da justiça. 
Nos artigos 359º-Aà 359º-H crimes contra a finança pública. 
 
 
 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
24 
Crime de peculato: 
A) Peculato apropriação; Art. 312, caput, 1º parte - Peculato Próprio. 
B) Peculato desvio; Art. 312, caput, 2º parte – Peculato Próprio: A consumação se 
dá com o emprego em finalidade diversa daquela prevista em lei. Ambos os casos 
admite-se a tentativa. Princípio da insignificância: STF aceita / STJ não aceita 
(credibilidade / moralidade). Com relação ao principio da insignificância há divergência 
nos tribunais superiores quanto a sua aplicabilidade. Enquanto o STF admite a sua 
aplicação partindo da analise do dano causado ao patrimônio da administração; O STJ 
considera inaplicável referido principio uma vez que o tipo penal não tutela apenas o 
patrimônio da administração, mas também sua moralidade. 
 
C) Peculato Furto; Art. 312, parágrafo 1º - Peculato impróprio: “Aplica-se a mesma 
pena, se o agente público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o 
subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se 
de facilidade que lhe proporciona a qualidade de agente.”Ex.: Agente que apreende 
veículo particular e se valendo da posse do mesmo, furta bens internos. Consumasse 
com a inversão da posse do bem. 
D) Peculato culposo; Art. 312, parágrafo 2º - Se o agente concorre culposamente para 
o crime de outrem: ”A concorrência é CULPOSA. Ex.: Agente responsável por 
determinado procedimento de segurança que negligentemente cria a possibilidade de 
ocorrer um crime por outrem. Consumasse com o resultado, com a ocorrência de crime 
posterior (conduta de terceiro). Não se admite tentativa. Benefícios da modalidade 
culposa; Art. 312º, Parágrafo 3º. “No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, 
se precede á sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de 
metade a pena imposta.” 
E) Peculato Estelionato; Art. 312 “Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, 
no exercício do cargo, recebeu por errode outrem:” No peculato-estelionato a vitima 
incide em erro espontaneamente e o autor do fato percebendo o erro não o desfaz. Na 
hipótese do suposto autor para induzir a vitima em erro, poderá ocorrer conforme o caso 
o crime de estelionato do Art. 171º do C.P.;* Consumasse no momento em que o autor 
sabedor do erro da vitima não o desfaz. Admissível tentativa. 
 
 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
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Art. 312 Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou 
qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a 
posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou 
alheio. 
 
1- Bem jurídico. Administração Publica, tanto em seu aspecto material como em seu 
aspecto moral. Não somente seu patrimônio, enquanto administração, mas quando seu 
funcionário, assim há viola-se. 
2-Sujeito ativo. Funcionário público. 
1- Se o funcionário publica comete um crime com o particular? 
2- Quando um particular vai responder pelo crime comente aliado com funcionário 
publico? R. Se a pessoa que auxiliar o funcionário público, mesmo sendo particular 
responderá pelo delito de peculato de apropriação. Particular responde como por 
apropriação indébita. Nos termo do Art.30 e 312 caput VAI CAIR NA PROVA 
 
3- Sujeito Passivo. Administração Publica, eventualmente pode ser um particular 
confiado pela administração. Exemplo carro apreendido presente no pátio do colégio 
pega fogo e se fode! 
4- Tipo objetivo. Peculato apropriação. O agente inverte a posse da coisa passando há 
agir como se dono fosse. "O juiz que passeia com um carro de luxo apreendido do 
particular". No crime de apropriação. Dolo subsequente e pode ser de dinheiro, valor 
ou qualquer bem imóvel. Público, particular que esteja na posse de administração. 
O agente tendo a posse do bem pela razão de seu cargo. 
 
5- Tipo Subjetivo. Dolo Genérico. 
6- Consumações & Tentativa. 
Apropriação: crime instantâneo, exteorizar-se de poderes do proprietário. 
 
- 
 
 
 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
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Art. 316º C.P Exigir, para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de 
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: 
Concussão. 
1 – Bem jurídico: A administração pública. 
2 – Sujeito ativo: Agente público no exercício da função, no entanto, o tipo penal 
estende para o agente público fora da função, mas desde que pratique o crime em razão 
dela. Também, o particular que ainda não assumiu a função pública, que esteja na 
iminência de assumir o cargo. Quando o sujeito ativo for fiscal de rendas, o crime não 
será o do Art. 316º, mas sim o crime do Art. 3º, inciso II, da Lei 8.137/90. Se o crime 
for praticado por militar, o crime será o do Art. 305º do C.P.M.; 
3 – Sujeito passivo: O Estado na figura da administração pública. Pessoa constrangida 
pelo agente. 
4 – Tipo objetivo: Exigir, obrigar, compelir, impor, abusando de sua função. Agindo de 
modo a constranger a vitima. 
-Direta; o próprio agente a realiza. 
-Indireta; o agente o faz através de interposta pessoa. 
-Explícita; dita de maneira direta. 
-Implícita; dita de forma velada. 
5 – Tipo subjetivo: Dolo específico, em obter vantagem indevida. 
6 – Consumação & Tentativa. Crime formal consumasse com a exigência, 
independente de receber ou não a vantagem. Admite-se a tentativa, dependendo da 
forma que o crime é tentado (carta concussionária). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
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Art. 317 CP. 
 Corrupção passiva 
 Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, 
mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de 
tal vantagem: 
[Exceção á teoria monista,] 
A regra no direito penal brasileiro é que todos aqueles que concorrem para um fato 
respondam por um único delito, trata-se da teoria “Monista”. Excepcionalmente em 
determinas condutas criminosas o legislador opta por se afastar dessa regra, adotando a 
teoria Pluralista, na qual aqueles que concorrem para um mesmo fato responderão por 
crimes diversos. É a hipótese não só da corrupção passiva e ativa, bem como, por 
exemplo, na situação de crime de aborto. “Solicitar ou receber, para si ou para outrem, 
direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão 
dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem’. 
1) Bem jurídico: A administração pública. 
2) Sujeito Ativo: Agente público no exercício da função. 
No entanto o tipo penal estende para o agente público fora da função, mas desde que 
pratique o crime em razão dela. Também, o particular que ainda não assumiu a função 
pública, que esteja na iminência de assumir o cargo. Quando o sujeito ativo for fiscal de 
rendas, o crime não será o do Art. 316º, mas sim o crime do Art. 3º, inciso II, da Lei 
8.137/90. (Atentar ao verbo: “solicitar”) Se o crime for praticado por militar, o crime 
será o do Art. 308º do C.P.M. 
3) Sujeito Passivo. Primariamente: Estado na figura de administração 
publica. Secundário: É eventualmente um terceiro em face ação do funcionário 
publico. 
4) Tipo Objetivo. 1º - Verbo nuclear: Solicitar. Pedir, manifestar interesse por algo. 
2º - Receber: O agente obtém, ele toma a vantagem indevida. E se o agente receber? 
Quem será punido será o particular no que tangência a vantagem efetuada pelo 
particular, ou seja, o corruptor. 
 
 
 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
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3º- Aceitar Promessa. Na aceitação. 
(A) O funcionário concorda com recebimento de algo para o futuro. Se funcionário 
aceitou a promessa, é porque alguém prometeu? R. Quem responde é o funcionário, 
mas para que haja corrupção, o ato á ser praticado pelo funcionário que deverá se 
encontrar dentro de esfera de atribuição. 
(B) Caso o investigador de policia lhe aborde e diga que você deve pagá-lo? 
É necessário saber se ele fez por conta própria ou ele teve de solicitação, através do 
delegado pelo crime de corrupção passiva ou trafico de influência. Se terceiro, sem 
atribuição solicitar vantagem como na hipótese de um investigador de polícia que 
solicita dinheiro para não indiciar uma pessoa é preciso aferir, se aquele titular da 
atribuição sabia ou não da intermediação, se sabia, no caso o Delgado ele e seu 
investigador responderam por crime de corrupção passiva, ou seja, se o titular da 
atribuição não sabia da "negociação" o investigador poderá responder conforme o 
caso pelo crime de tráfico de influencia descrito no artigo 332 do código penal. 
Classificações da corrupção passiva 
1- Própria: É aquela em que se visa a realização de um ato injusto. Exemplo um 
carcerário que solicita dinheiro para facilitar a fuga de um preso. A fuga do preso não 
esta dentro de sua função. 
2- Imprópria: a finalidade do ato é legítima. Exemplo um oficial de justiça que solicita 
dinheiro por alguém que seja réu na ação. É um ato legitimo de sua atribuição. 
Corrupção passiva 
1- Antecedente: É aquele em que o agente solicita, recebe ou aceita promessa para 
realização futuro do ato. Ele primeiro recebe depois ele pratica aquele ato. 
2-Subsequente: É aquele em que o agente depois de pratica o ato solicita, recebe ou 
aceita promessa. Primeira ele realiza o ato depois ele recebe o dinheiro. 
4) Tipo subjetivo. Dolo específico. O agente visa obter uma vantagem indevida. 
 
5) Consumação & Tentativa. 
1º Verbo. Solicitar: O crime é formal se consumando com o pedido feito pelo 
funcionário. 2º No recebimento: O crime é material, ou seja, ele se consuma com há 
tradição ato de entrega. 
3º aceitação da promessa: O crime mais umavez é de natureza formal, se consumando 
com a concordância ou com há aquiescência. Nesse crime se admiti por tipo escrito, isso 
se o crime for de natureza formal. 
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Corrupção passiva majorada. Porque o legislador estatele um valor á ser feito. 
Quando á pena será aumentada. 
1º- Quando o funcionário retarda ou deixa de praticar ato de oficio. 
2º- Quando o funcionário pratica o ato com infringência de dever funcional, ocorrerá na 
hipótese de (corrupção passiva própria). 
 
Corrupção passiva privilegiada 317 - parágrafo 2º, cp. 
O legislador tipifica o famoso "quebra galho". Sujeito é privilegiado por ser um 
funcionário publico ou por ser alguém importante. Carteirada. 
Prevaricação 
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de 
ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para 
satisfazer interesse ou sentimento pessoal: 
1) Bem jurídico. Administração pública, punindo-se o funcionário infiel e que não 
cumpre com seus deveres de oficio. Prevaricação, advêm da palavra prevaricador 
significado andar fora da linha. 
2) sujeito ativo. Funcionário publico, ou seja crime de qualidade especial e com isso 
crime próprio. 
3) sujeito passivo. É administração publica. 
4) Tipo objetivo. 1º verbo. Retardar: delongar, prolongar ou demorar mais para praticar 
o ato. Então quando o agente retarda o ato ele tem por objetivo prevaricar ou sexar de 
fazer determinado ato de sua função para que outrem de seu conhecimento tenha certa 
vantagem. 
2º verbo. Deixar de praticar: Crime omissivo, isso porque o funcionário deixa de 
praticar aquilo que ato de seu oficio. Se omitir. 
3º verbo. Praticar o ato contra disposição expressa de lei : "somente lei em sentido 
formal". 
A) Se a lei for visivelmente inconstitucional não há crime, ate porque nessa hipótese se 
quer haver dolo contra disposição expressa de lei. 
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B) Se a lei tem inconstitucionalidade duvidosa o agente responderá pelo crime. Se 
depois houver reconhecimento de inconstitucionalidade da lei. O agente responderá pelo 
crime. 
O que a doutrina tem como entendimento "abolacio criminis", se ele já for condenado 
com transito e julgado. O réu haverá que protocolar um revisão criminal artigo 621 do 
código de processo penal. Para haver prevaricação o ato deve ser de atribuição do 
funcionário 
5) Tipo subjetivo. Dolo especifico. Porque é para satisfazer sentimento pessoal ou 
interesse pessoal. 
1º verbo sentimento pessoal: Estado afetivo ou emocional do funcionário público 
decorrente de paixão e emoção. 
2º interesse pessoal: É a relação de reciprocidade entre o sujeito ativo e um 
determinado bem que vai satisfazer necessidade. 
 
6) Consumação & Tentativa. No retardamento e na omissão do ato. O crime se 
consuma quando o ato não for realizado quando deveria. Também pode ocorrer quando 
este ato for devinido em um " opporuno tempori" 
Como são crimes omissos não cabe tentativa. Já na consulta praticar ato contra 
disposição expressa em lei. O crime se consuma com a efetiva pratica do ato pelo 
funcionário publico. 
______________________________________________________________________ 
Resistência 
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou 
ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem 
lhe esteja prestando auxílio: 
1) Bem jurídico. Administração publica, no que diz respeito a sua autoridade 
2) sujeito ativo. Particular. Funcionário publico pode ser agente deste crime somente 
quando ele não esteve no exercício regular de sua função 
3) sujeito passivo: 1º administração publica. 2º executor do ato, bem como eventual 
terceiro que esteja lhe prestando auxilio 
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4) Tipo Objetivo: Opor-se: resistir a execução do ato. Essa oposição, ocorre mediante 
violência ou ameaça. (Se o agente não emprega violência ou grave ameaça).Resistência 
" gândica" . Pode ser um comportamento passivo do autor do crime que vise impedir a 
pratica do ato. Exemplo. Se agarrar na arvore. Conforme o caso será desacato ou 
desobediência . Para que haja o crime de resistência são necessário dois requisito. 
A) Ato legal. Se o ato é ilegal a resistência é legítima 
B) Se ato de resistência seja contemporâneo ao ato legal . 
Não existe resistência em um ato futuro ou passado, isso porque somente pode ser feito 
no ato da resistência. 
No crime de resistência: É indispensável á figura do funcionário publico. O particular 
somente será sujeito passivo do delito quando estiver auxiliando um funcionário public, 
sem essa figura, e eventual " resistência" contra ato isolado de particular poderá 
configurar o crime de ameaça ou de lesão corporal, mas não o delito do artigo 329,cp 
que visa tutelar os atos de Estado(administração), e que é um crime contra 
administração publica. Empresas de parente dispensado elementos de licitação quele 
que solicita a vantagem 
5) Tipo subjetivo: Dolo, não se exige nem uma finalidade especial. 
6) Consumação & Tentativa: Com a oposição através de uma ato violento ou grave 
ameaça, pouco importando que o funcionário realize, ou não, o ato legal que ele 
pretendia. Tentativa. É possível Resistência qualificada: Se o funcionário não 
executar o ato a pena varia de 2 meses a a 2 anos de detenção. Obs.: A resistência 
qualificada pressupõe uma falta de execução do ato administrativo, muitas vezes por 
culpa do agente daquele que esta sendo feito. O autor do crime não permitiu que fosse 
efetuado a prisão, isto porque ele tentava insensatamente por exemplo. 
 
 
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Desobediência Art. 330, Deixar o funcionário, por indulgência, de 
responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício 
do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao 
conhecimento da autoridade competente: 
1-Bem jurídico. Administração pública, no que diz respeito a autoridade seus atos. 
2-Sujeito ativo. Qualquer pessoa, ou seja, crime comum. Obs.: Crime do particular 
contra administração. 
3-Sujeito passivo. O Estado e o funcionário público que tem sua ordem desobedecida 
Resistência Pacífica: Resume-se no não cumprimento de ordem legal lançada por 
funcionário competente 
4-Tipo objetivo. 
A) Desobedecer -> não acatar. Ordem. Deve ser legal e direcionada a uma pessoa certa 
e determinada. Se a ordem for ilegal não haverá crime. Esse crime pode ser omissivo: 
Dependendo da natureza da ordem. Se ordem for de fazer o crime se consuma pelo não 
fazer Comissivo: Se ordem for de não fazer a ordem se consuma pelo fazer. 
Tipo subjetivo: Dolo, e não se exige nem uma finalidade especial ou dolo genérico. 
Consumação & tentativa. Depende da natureza da ordem. Se ordem for de não fazer. 
O crime se consuma com a ação, e nesta hipótese há tentativa é possível. Se ordem for 
de fazer. O crime se consuma pela omissão, ou seja, não fazer ou deixar de fazer, e 
como todo crime de omissão não existe a tentativa. 
 
 
 
 
 
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Desacato Art. 331 - Desacatar funcionário público no 
exercício da função ou em razão dela: 
“No desacato e conhecido pela doutrina como injúria qualificada. O desacato, nada 
mais é que um crime contra honra praticado contra o funcionário público no 
exercício da função ou em razão dela”. 
1- Bem jurídico. Administração publica, e em especial com a dignidade e o respeito da 
função pública. 
2- Sujeito ativo. Qualquer pessoa. Crime comum. 
3- Sujeito passivo. Será tanto administração, como o próprio funcionário publico 
ofendido. 
4-Tipo objetivo. Duas modalidades.A) Desacato ocasional ou "in Officium". A ofensa contra o funcionário está 
desvinculada da função, mas o agente responde pelo crime uma vez que o funcionário 
se encontra no exercício dela. Exemplo. Um funcionário publica esta em seu trabalho e 
um agente da administração publica indireta ofende. 
B) Desacato Causal ou "Propter Officium". A ofensa esta vinculada a sua função e 
não ao ser exercício, de modo que nesta hipótese o crime pode ser praticado inclusive 
fora do ambiente de trabalho. Exemplo. Uma pessoa é caluniada ou injuriada em razão 
de sua função. Desvinculado do exercício da função, pois não precisa estar 
Desacatar-> ofender e humilhar. Estatuto da OAB - Entendimento Supremo 
considerou inconstitucional, caso haver o desacato no exercício de sua função. ADIN 
1127-8. 
Tipo subjetivo. Chamado dolo específico, pois o agente deve ter a intenção de ofender 
a honra do funcionário. 
Consumação & Tentativa. Simplesmente no momento da ofensa. Admite-se tentativo, 
por exemplo, por escrito, mas sem chegar ao conhecimento do funcionário. 
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Corrupção Ativa. 
 Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem 
indevida a funcionário público, para determiná-lo a 
praticar, omitir ou retardar ato de ofício: 
1-Bem jurídico: Administração publica no que diz respeito a sua moralidade 
administrativa. 
2-Sujeito ativo: Qualquer pessoa. Crime comum. Um funcionário público pode ser 
sujeito ativo nesse crime, estando despido da função publico, ou seja, não estando no 
exercício de sua função. 
3-Sujeito Passivo: É o Estado. 
4-Tipo objetivo: 
A) oferecer: Colocar a disposição. Na jurisprudência considera que o simples ato de 
amostragem, bem como a exibição conforme o caso já corrompe o funcionário publico. 
A exibição da vantagem conforme as circunstancias pode configurar delito. 
B) prometer: Comprometer-se com uma vantagem futura. O ato deve ser de atribuição 
do funcionário, isto é aquele ato negocial deve estar dentro da sua esfera e exercícios 
sua função. 
Tipo subjetivo. Dolo específico, isso porque, a promessa ou oferecimento é na pratica, 
omissão ou retardar aquele ato. 
5- Consumação: Crime formal se consuma pela promessa ou pelo oferecimento, pouco 
importando, que um funcionário pratique, omita ou retarde e com a causa de aumente de 
pena do parágrafo único. 
6-Tentativa: Em tese é possível. Promessa por meio escrito e sem chegar até o agente. 
 
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Crime de descaminho Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o 
pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, 
pela saída ou pelo consumo de mercadoria. 
Lei . 13.008/2014 - Houve a separação do contrabando e descaminho. Houve a 
modificação das penas no tipo penal. O que é o descaminho. No descaminho a 
mercadoria entra ou saí do Brasil, mas sem o respectivo pagamento dos tributos. A 
mercadoria é lícita, porém seu descaminho é ilícito. 
Competência. Justiça federal. 109 da CF, competência da justiça federal. 
Os tributos iludidos. IPI.= Imposto sobre importação ou exportação. Consumo da 
mercadoria. 
1-Bem jurídico. Interesse do estado na arrecadação de tributos, isto um crime contra 
administração. 
2-Sujeito ativo. Qualquer pessoa. 
3-Tipo objetivo. Iludir. Significado de frustrar os tributos federais devidos. Aplica-se o 
princípio da insignificância. 
4-Sujeito subjetivo. É o estado de modo específico a União, isto porque os tributos são 
todos federais. Dolo Genérico. 
5- Consumação. Divergência. O crédito tributário seja lançada definitivamente e se é 
necessária ou não o princípio da insignificância. Sumula vinculante. 24 
Conceito: Com relação à consumação delito discute-se se é necessário o lançamento 
definitivo do credito tributário, aplicando-se ou não a sumula vinculante 24 que foi 
elaborada para aplicação aos crimes contra a ordem tributária. (8137/90). Não há 
posição pacificada nos tribunais superior STF e STJ sobre o tema. 
6- Tentativa. Possível. 
 
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Contrabando. 
Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibida. 
“Destaca-se. Enquanto no descaminho a mercadoria é licita. No crime de contrabando a 
mercadoria é proibida e não tem nada a ver com tributo”. 
Competência da justiça federal. 
1-Bem jurídico. Moralidade administrativa, bem como a saúde e segurança pública, 
isto porque esses produtos não estão aprovados pelas agencias reguladoras e órgãos 
competentes. 
2- Sujeito ativo. Qualquer pessoa. 
3- Sujeito passivo. O Estado. 
4- Tipo Objetivo. Importar é trazer para o Brasil. Exportar é levar para fora do Brasil. 
Crime é residual deve existir relação com o produto e conter relação. Obs.: Bem 
jurídico impede o princípio da insignificância. 
5- Tipo Subjetivo. Dolo Genérico 
6- Consumação & Tentativa. Divergência 
 
 
 
 
 
 
 
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37 
Art. 339 denunciação caluniosa. Dar causa à instauração de 
investigação policial, de processo judicial, instauração 
de investigação administrativa, inquérito civil ou ação 
de improbidade administrativa contra alguém, 
imputando-lhe crime de que o sabe inocente: 
No Caput do artigo fala em crime, mas esse delito também ocorre com a imputação de 
uma contravenção. Calunia qualificada. Um crime contra á honra do agente, porém 
aqui a calunia é meio da forma em que agente. 
A) Conceito. Calunia é um crime contra á honra, a ofensa é o próprio fim do crime 
B) Denunciação caluniosa: é um crime contra á administração, ou seja aqui estamos 
diante de um meio pelo qual o agente indevidamente movimenta a maquina estatal. 
1- Bem jurídico. Administração da justiça e secundariamente a pessoa que teve sua 
honra acatada. 
2-Sujeito ativo. Qualquer pessoa, porém se for militar é de tipo próprio art. 343 CPM. 
3-Sujeito passivo. Estado e secundariamente a pessoa que teve sua honra acatada. 
4-Tipo objetivo. Dar causa-> significa ensejar ou propiciar. Obs.: não é necessária a 
instauração formal de um inquérito policial. Se o delegado determinar a realização de 
um diligencia, tal fato já pode ser considerado como crime. 
Art. 19 da lei 8.429/92 obs.: O aparente conflito entre o artigo 339 cp, e o art. 19 da lei 
8.429/92 se resolve da seguinte forma se o ato de improbidade imputado não constituir 
infração penal incidira o tipo do art. 19 da lei improbidade, no entanto se o ato de 
improbidade também se caracterizar como crime ou contravenção, se aplicará o tipo do 
art. 339. Para que haja o crime. Sobre o faro imputado não poderá recair nem um fato 
nem uma excludente de ilicitude. 
5-Tipo Subjetivo. Dolo. Aquele que imputa e deve fazer isso para alguém que seja 
inocente. 
6-Consumação & Tentativa. Consuma-se com a movimentação da máquina estatal por 
qualquer um desses atos previstos no tipo. 
Tentativa. É possível, como por exemplo, quando o delgado não apurar as devidas 
providências. 
 
 
 
 
 
 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
38 
 
 
Art. 340 – Provocar a ação de autoridade, comunicando-
lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que 
sabe não se ter verificado: Comunicação falsa de crime ou 
contraversão. 
1-Bem jurídico. Administração da justiça. 
2-Sujeito ativo. Crime comum. Qualquer pessoa. 
3-Sujeito passivo. Estado. 
4-Tipo objetivo. Provocar: Dar ensejo e propiciar. 
5-Tipo Subjetivo. Dolo. Não se exigi nem uma finalidade especial 
6-Consumação. No momento da ação da autoridade. Tentativa. Será possível. 
 
Art. 341 Crime de Auto-acusação falsa. Acusar-se, perante a 
autoridade, de crime inexistente ou praticado por 
outrem: 
1-Bem jurídico. Administraçãoda justiça. 
2-Sujeito ativo. Crime comum. 
3-Sujeito passivo. Estado 
4-Tipo objetivo. Acusar-se: atribuir a si mesmo, imputar a si mesmo. 
5-Tipo subjetivo. Dolo. 
6-Consumação e tentativa. Quando autoridade se venceu para efetuar a investigação. 
Tentativa. Possível. 
 
 
 
 
 
 
 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
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Crime de Falso testemunho ou Falsa perícia. 
Art. 342 Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a 
verdade como testemunha, perito, contador, tradutor 
ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, 
inquérito policial, ou em juízo arbitral 
1-Bem jurídico. Administração da justiça. 
2-Sujeito ativo. Crime de mão própria, este crime só pode ser praticada pela própria 
pessoa. Somente a própria testemunha. 
3-Sujeito passivo. Estado 
4-Tipo objetivo. O que é verdade para direito penal. Adotada nesse artigo é a teoria 
subjetiva. 
1 - Teoria objetiva, isto é, verdade para essa teoria é aquilo que efetivamente ocorreu, 
isso é verdade para teoria objetiva. 
2 - Teoria subjetiva. Verdade é aquilo, que a testemunha, viu ouviu, ou ficou sabendo. 
Crime pode ser pratica de três formas. Quando a testemunha faz uma afirmação falsa, 
quando ela nega a verdade ou quando ela omite a verdade ela se cala. A vítima pode 
cometer esse crime. Não, porque ela não tem qualidade de testemunho, bem como 
depoimento. 
Testemunha. A testemunha é a pessoa chamada para dizer sobre fatos que interessam 
ao deslinde ou desenrolar da causa. Basicamente, existem duas espécies de testemunho. 
Numerárias. São aquelas que prestam o compromisso de diz a verdade e ao lado dela 
temos as testemunhas informantes e são aquelas que não prestam o compromisso de 
dizer a verdade. Em regra são os familiares. A testemunha numerária responde por 
crime. E testemunha informante não tem obrigação de dizer a verdade. 
Conceito. A divergência ocorre com relação a testemunha informante e parcela da 
doutrina sustenta que em razão dela não poder prestar compromisso de dizer a verdade 
ela não pode praticar o crime. Outra vertente doutrinária. Sustentar que o 
compromisso não é elementar do tipo penal e a testemunha tendo conhecimento sobre 
os fatos não pode transigir com a verdade, isto é ela não pode negociar a verdade. 
5- Tipo Subjetivo. Dolo. 
6-Consumação & Tentativa. São crimes formais, ou seja, a mentira produz efeitos no 
processo. O falso testemunho se consuma, quando a testemunha assina o termo do 
depoimento, já a falta perícia se consuma quando o laudo é entregue pelo perito em 
secretaria. 
Retratação. A retratação do falso pode ocorrer até a sentença em que ele ocorre, 
ocasião em que o autor não responderá pelo crime. 
 
Raphael Marcos Martins Lima 
 
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O que pode cair na prova regimental de D. Penal II. 03/11/2016 
1. Estupro Art.213 
2. Estupro de vulnerável Art. 217-A 
3. Disposições gerais dos crimes contra a dignidade sexual. 
4. Art. 273 Falsificação alteração 
5. Associação criminosa Art.288 
6. Falsificação de documento público Art.297 
7. Falsificação de Documento particular Art.297 
8. Falsificação de Documento na falsidade ideológica Art.299 
9. Uso de documento falso Art.304 
10. Conceito de funcionário público Art.227 
11. Peculato Art.312 
12. Peculato estelionato Art.313 
13. Corrupção passivo 
14. Corrupção ativa Art.333 
15. Prevaricação Art.319 
16. Contra bando e descaminho Art.334-A 
17. Denunciação caluniosa Art.339 e 
18. Falso testemunho Art.342

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