Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Raphael Marcos Martins Lima 1 DIREITO PENAL II. PROFESSOR: JULIANO AUGUSTO D. VICENTE. FMU - FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS. Estupro. Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) Crime hediondo seja ele tentado ou consumado Lei. 8.072/90 1) Bem Jurídico - Bem jurídico protegido é a liberdade sexual da mulher, ou seja, a liberdade que tem a mulher de escolher livremente seu parceiro sexual. O agente pratica conjunção carnal e outro ato libidinoso? A um único crime ou dois crimes? Como por exemplo, penetração anal e vaginal continuado? A) Corrente: Á pratica de conjunção carnal e outros atos libidinosos no mesmo contexto fático não desnaturam a unidade de crime de forma que o juiz na dosimetria de pena levará em conta a pluralidade de atos. Se a conjunção carnal e outro ato libidinoso no mesmo contexto fático o agente responderá em concurso de crimes que poderá ser material ou continuado. B) Corrente: Se entre a conjunção carnal e ato libidinoso houver uma relação de progressão haverá unidade de crime. Por exemplo, passar as mãos nos seios e posteriormente efetuar conjunção carnal, no entanto se inexistente uma relação de progressão, ou seja, um ato não é subseqüente ao outro o agente respondera em concurso de crimes. Um tipo misto cumulativo. 2) Sujeito Ativo: Individualmente considerado, somente pode ser o homem, nada Impede, porém, que uma mulher seja co-autora de estupro, diante das previsões dos Arts. 29 e 30, infine, do CP. Raphael Marcos Martins Lima 2 Existe a possibilidade de estupro em que o homem seja impotente sexual? R. Crime impossível. Isso porque o agente é desprovido de objeto para efetuar conjunção carnal. 3) Sujeito Passivo: É somente a mulher, virgem ou não, recatada ou não, inclusive cônjuge ou companheira. O constrangimento ilegal empregado pelo marido para realizar a conjunção carnal à força não constitui exercício regular de direito. 4) Tipo Objetivo. A ação tipificada é constranger (forçar, compelir) mulher (somente pessoa do sexo feminino), virgem ou não, menor ou maior, honesta ou prostituta, mediante violência (vis corporalis) ou grave ameaça (vis compulsiva), à conjunção carnal (cópula vagínica). Qualquer outra forma de coito, dita anormal, constituirá atentado violento ao pudor. O constrangimento ilegal tem a finalidade da prática de conjunção carnal. A violência aliada ao dissenso da vítima deve ser cumpridamente demonstrada. Contemplação lasciva: O agente obriga a vitima a retirar suas roupas e a observa por alguns momentos. Crime de constrangimento ilegal 146, CP. Beijo lascivo: A) Corrente: O beijo lascivo é caracterizado como ato libidinoso e por tanto crime de estupro. (rígida) B) Corrente: Afirma que caracteriza constrangimento ilegal, incidindo no caso o princípio da proporcionalidade. (passível) Meios de Execução: O crime de estupro se perfaz pelo constrangimento, através de violência ou grave ameaça é a promessa de mal injusto, é grave porque somente a própria vitima, terá conhecimento dos atos praticados pelo agente da conduta criminosa. A violência é o emprego da força física, não há estupro sem resistência da vitima. 4) Elementos Subjetivos: Nesta conduta criminosa de estupro o elemento é doloso. Raphael Marcos Martins Lima 3 O agente tem a intenção de praticar determinado ato por motivações alheias da satisfação sexual. 5) Consumação & Tentativa: Consuma-se com a (copula vagínica) e sendo desnecessária a ejaculação, é indispensável, porém, a introdução do genital masculino. I) Quando se consuma o crime por conjunção carnal? II) Ela pode ser parcial ou total? Não é necessário ejaculação? I) Resposta. O crime de estupro se consuma á partir do momento em que há conjunção carnal, isto é, quando o contato na copula vaginal é violado pelo órgão masculino, sem á prévia autorização da mulher. II) Resposta. Não, e de todo modo, haverá crime. Á pratica de outros atos libidinosos quais sejam, por exemplo: Passar as mãos nos seios, e vai depender de qual ato libidinoso for realizado e da conduta criminosa realizada. Tentativa: Para distinguir a tentativa de estupro da tentativa de atentado violento ao pudor, deve-se analisar o elemento subjetivo. Por exemplo: Segurar e passar as mãos na bunda de uma moça na rua e posteriormente, tentar efetuar algum ato, mas, no entanto a vitima saiu correndo. Ato libidinoso. Em tese ela é possível. 6) Concurso de Crimes: Hipóteses. O agente estupra a mesma mulher em ocasiões distintas: Nessa hipótese, será aplicado a regra do Crime Continuado ou 71 caput. CP ou concurso material. Dependo da situação. O agente estupra duas mulheres em um mesmo contexto. Por exemplo, um pai que estupro as duas filhas art. 71 parágrafo único do CP. Crime Continuado. Dois agentes estupram a mesma mulher revezando-se no emprego da violência e grave ameaça ou conjunção carnal. Nome desse crime “Curra. 71 CP, Caput” Crime de Estupro e crime de contagio venéreo. Art.130 CP. O agente estupra a vitima sem a intenção de transmitir moléstia venérea, muito embora saiba ou deva saber. Nesse caso, este agente responderá pelo delito no Art. 130. Caput. Em concurso formal cominado por tipo de designar de maneira Raphael Marcos Martins Lima 4 própria pra produzir resultados. No caso á intenção do agente é de ferir ou de atingir á vítima “animus laedendi” é causar dano. O agente tem a intenção infectar as vitimas; O agente respondera pelo Art. 130 parágrafos únicos e sua intenção de transmitir moléstia venérea formal Art.213. O agente tendo ou não a intenção de transmitir a moléstia venérea, há transmite 213 CP com a causa de aumento 234 linha- A inciso IV Causa de aumento e qualificadora ela traz novos parâmetros de aumento. Formas qualificadas de estupro. Parágrafo único 213, CP. Da conduta realizada resulta lesão corporal de natureza grave. A vitima é menor de 18 e maior de 14 anos. Crime de estupro de vulnerável. Fragilidade maior. Se da conduta decorrência do resultar em falência deverá analisa em qual conduta típica foi empregada para exarar tentativa de homicídio. o Ação Penal Pública condicionada à representação legal é aquele que se inicia com a denúncia. 145 CP contra honra, pois ela precisa ser autorizada pelo Estado. o Ação Penal Público incondicionado no caso de estupro qualificado. Ação Penal Pública condicionada a representação - Estupro de vulnerável com teor leve. Art. 216 Assédio Sexual "Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquica ou ascendente inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função”. “Assedio sexual é importunação, por meio de gestos ou palavras constrangendo a vitima em certas circunstâncias de trabalho visando uma finalidade de natureza sexual. Agente reitera determinadas condutas sexuais para constranger de maneira alheias a suas vontades”. 1) Bem jurídico: A liberdade sexual do empregado ou subordinado. Raphael Marcos Martins Lima 5 2) Sujeito Ativo: Crime próprio. Superior ou hierárquico, somente será praticado por este sujeito. 3) Sujeito Passivo: Aquele que ostenta funções de subalternidade. 4) Tipo Objetivo: Conduta é constrangimento,significado importunação. O agente visa, envergonha-lá em ambiente de trabalho. A) Constranger: (Na verdade, "constranger alguém", exatamente á mesma locução utilizada no crime de atentado violento ao pudor). Significa constranger alguém, com o fim especial de obter concessões sexuais, abusando de sua condição de superioridade ou ascendência decorrentes de emprego, cargo ou função. Destacam-se, fundamentalmente, quatro aspectos: a) ação de constranger (constranger é sempre ilegal ou indevido); b) especial fim (favores ou concessões libidinosos); c) existência de uma relação de superioridade ou ascendência; d) abuso dessa relação e posição privilegiada em relação à vítima. Cezar Roberto B. Código comentado. 2010. Não precisa necessariamente estar no trabalho, e este tipo pode estar dotado de dolo especifico, é aquele, que tem uma finalidade especial á conduta do agente. 5) Consumação: Consuma-se com o constrangimento e o resultado por tanto é o exaurimento do crime na forma escrita. Consuma-se o crime de assédio sexual com a prática de atos concretos, efetivos, suficientemente idôneos para demonstrar a existência de constrangimento ilegal. Semelhante ao que ocorre no crime de ameaça, no assédio sexual a ação constrangedora tem que ser grave suficientemente idônea para duas coisas: impor medo, receio ou insegurança à vítima e, ao mesmo tempo, ferir-lhe seu são sentimento de honra sexual, de liberdade de escolha de parceiros, enfim, o sentimento de amor próprio. Caso contrário, não se poderá falar em crime. Cezar Roberto B. Código comentado. 2010. Causam de aumento parágrafo 2º, se a vitima for menor de 18 anos Art. 206 linha, A. CP. Raphael Marcos Martins Lima 6 Crime: Estupro de Vulnerável. Art. 217-linha A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: Pena – reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. Caput acrescentado pela no Código Penal Brasileiro. 1) Bem Jurídico: É a dignidade sexual de pessoas vulneráveis, visão garantir seu desenvolvimento saudável na esfera sexual. 2) Sujeito Ativo: O crime é comum, ou seja qualquer pessoas pode praticá-lo. 3) Sujeito Passivo: Depende de venerabilidade, ou seja aquelas que exerçam a incapacidade de maneira frágil absoluta menores de 14 anos. Pessoas que possuem enfermidade ou doença mental, por fim aquela que por qualquer outra causa não podem oferecer resistência. (Clausula Aberta) 4) Tipo Objetivo: Na venerabilidade, é aquela facilmente atacada há qualquer momento, ou seja á vítima é um presa fácil para os agentes da conjunção carnal. Outra característica desse tipo de estupro, é que não é, necessário, o consentimento da vitima, isso porque seu consentimento é irrelevante. A) Tipo Objetivo: Vitima Menor de 14 Anos. A vitima só será considerada como menor de 14 anos antes das (23h59min: 59), após este segundo e se efetivando o seu aniversário, já será considerada maior de 14 anos. A prova de sua idade será feita por certidão de nascimento. Obs.: Se não houver registro de nascimento. Sua prova sofrerá perícia por arcada dentária. B) Tipo Objetivo: Vitima Enferma ou deficiente mental. Não basta que haja a doença mental ou outra doença, isso porque será feito uma perícia psiquiatra para se obter este resultado. Em razão dessa doença, se comprovada este agente não teria discernimento mental. Se houver, esta será adotada como crime de invulnerável. D) Tipo Objetivo: Vitima que por algum motivo, não oferecer resistência. A incapacidade pode ser gerada pelo próprio agente ou por terceiro. Raphael Marcos Martins Lima 7 Por exemplo: Ângela estava em uma festa, quando em determinado momento o agente do delito conhecido como Mévil, se aproveita de alguns segundos e embriaga a vitima, ou tira capacidade de discernimento mental e se faculta a vulnerabilidade da vitima para á prática de (estupro de vulnerável). *Diminuir a resistência. *Diminuir o discernimento mental. Por exemplo: Determinado sujeito estava na festa e abordou uma vitima, mas achava que a mesma tinha mais de 18 anos, no entanto, depois de algumas horas se verifica que há mesma tinha menos de 14 anos. Obs.: Existe a possibilidade de ocorrer, erro de tipo, bem como este erro exclui o dolo da conduta criminosa. Obs.: Existe a possibilidade de ocorrer, erro de proibição que evidentemente o agente se coaduna com o desconhecimento de ilicitude da proibição de sua conduta. 5) Tipo Subjetivo: Dolo ou culpa. Vontade livre e consciente de obter conjunção carnal. Exige finalidade especial animando o agente? Existem três correntes: i) Tem a finalidade especial: intuito de satisfazer a lascívia (jurisprudência minoritária); ii) Tem a finalidade especial de manter atos libidinagem (Mirabete); iii) Dispensa finalidade especial, os atos de libidinagem fazem parte da vontade geral/dolo (Capez). É a corrente que prevalece. Correntes (ii) e (iii), que disputam. Damásio: Para a maioria da doutrina, basta o dolo genérico, ou seja, a vontade livre e consciente de praticar o ato. Parte da doutrina exige o que antigamente era chamado de dolo específico – atualmente conhecido como elemento subjetivo do tipo. Tal elemento seria a satisfação da libido. Assim, a situação pela qual um sujeito, com um cabo de vassoura, pratica ato sexual com a vítima, para dela se vingar, caracterizaria estupro para a maioria da doutrina, mas para a parte que exige o elemento subjetivo do tipo não (pois não há a intenção de satisfazer a libido, e sim a de se vingar). Tal situação é caracterizada de forma diversa dependendo do entendimento tido acerca do dolo do agente. Raphael Marcos Martins Lima 8 6) Consumação ou Tentativa: Todas as circunstancias e praticas efetivas de conjunção carnal com a vitima. Existe a possibilidade de tentativa. Estupro de vulnerável, é ação penal publica de iniciativa publica incondicionada a representação legal. Consuma-se com a prática do ato de libidinagem (conjunção carnal ou outro ato libidinoso). É perfeitamente possível a tentativa (delito plurissubsistente), ocorrendo quando o agente inicia a conduta e não consegue consumar o ato por circunstâncias alheias à sua vontade. Corrupção de menores. Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. 1) Bem Jurídico: Dignidade sexual, no que diz respeito, á proteção do desenvolvimento causado pelo menor. 2) Sujeito ativo: Qualquer pessoa. 3) Sujeito passivo: Qualquer pessoa menor de 14 anos. 4) Tipo objetivo: Induzir: persuadir, para a prática de aliciar, levar alguém a satisfazer a lascívia (desejo sexual da outra pessoa) Por exemplo: Sujeito vai persuadir á vítima para que assim ela produza um “Strip-teensy", ou até mesmo induzir o menor a utilizar uma fantasia. 5) Tipo Subjetivo: Dolo especifico. A conduta do agente é feita para satisfazer a lascívia de outrem. 6) Consumação & Tentativa. Consumação: Crime formal, pois o delito se consuma com á prática de induzir o menor, e tão pouco importando há efetiva satisfação da lascívia de outrem. Tentativa: Ocorre dependendo do caso concreto, e não importando se o tipo formal ou tipo material. Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro)anos. Raphael Marcos Martins Lima 9 1) Bem Jurídico. Dignidade sexual do menor. No que diz respeito ao seu desenvolvimento sadio. 2) Sujeito ativo. O Crime é comum em qualquer pessoa que possa cometer. 3) Sujeito passivo. Qualquer pessoa, mas desde que seja menor de 14 anos (catorze anos.) 4) Tipo Objetivo: Dois núcleos. Obs.: Praticar: Quando o autor efetivamente praticar o ato sexual, ou induz a vítima menor a presenciá-lo. Obs.: Presenciar: Estar fisicamente presente no memento do ato sexual. Quando a pessoa é maior de 14 anos e ela presencia a lascívia. O que ocorre? Se for para satisfação a própria lascívia. O fato é atípico, pois não há crime. 5) Tipo subjetivo. Dolo específico. Agir com a vontade livre e consciente de efetuar aquele ato especifico. 6) Consumação & Tentativa. Consumação: Ademais, trata-se de delito formal, na medida em que a consumação darse-á com a ocorrência de uma das duas condutas possíveis, praticarem o ato libidinoso. O resultado constitui apenas motivo de agir, ou seja, o fim de saciar a lascívia própria ou de outrem. Tentativa: Admite-se tentativa, embora de difícil configuração. Tal ocorrerá quando alguém der início ao fato de praticar a conduta destinada à realização do ato libidinoso, para que o menor presencie, e não conseguindo realizar o ato completamente por circunstâncias alheias a sua vontade, a exemplo da aproximação do responsável pelo menor. Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone: Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos. 1) Bem jurídico: Liberdade sexual uma faceta da dignidade e visão para garantir o desenvolvimento sadio do menor de 18 anos e do portador de enfermidade ou doença mental. 2) Sujeito Ativo: Crime comum. Qualquer pessoa. Raphael Marcos Martins Lima 10 3) Sujeito passivo: Menor de 18 anos e com enfermidades ou deficiência mental. 4) Sujeito objetivo: Núcleo submeter: subjugar sujeitar alguém há algo. Exemplo. Pai que obriga a filha a prestar serviços sexuais para fim de lucro. Núcleo induzir: persuadir ou instigar. A conduta e menos intensa que a submissão. Núcleo atrair: Instigar ou induzir, mas sua característica é diferente quem está na prostituição puxa a pessoa para aquele ato. Núcleo facilitar: Favorecer tornar mais fácil. O agente torna mais fácil a prostituição levando este consigo ou fornecendo um local para efetivar a prostituição sexual. Núcleo impedir ou dificultar: Opor-se e embaraçar á vitima para que abandone a prostituição. O agente vai atuar para ela não largar. Este crime é de natureza hedionda por tanto segue á sorte da lei 8.072/2002. 5) Tipo subjetivo: Dolo. Não exige nem uma finalidade especial. 6) Consumação & Tentativa: induzir atrair ou facilitar: O crime se consuma com a sujeição da vítima com a prostituição. Não é necessário que vítima se encontre em situação de disponibilidade, ou seja, se dispor. A conduta de impedir ou dificultar, se consuma com ato de oposição ou embaraço. Tentativa: A tentativa é possível em todos os verbos ou núcleos. Somente aplicar-se-á quando houver nexo de causalidade, ora exposto no delito. ____________________________________________________________________ Tráfico internacional de pessoa para fim de exploração sexual Art. 231. Promover ou facilitar a entrada, no território nacional, de alguém que nele venha a exercer a prostituição ou outra forma de exploração sexual, ou a saída de alguém que vá exercê-la no estrangeiro - Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos. 1) Bem Jurídico: Dignidade sexual da pessoa humana. 2) Sujeito Ativo: Qualquer pessoa e crime comum. 3) Sujeito Passivo: Qualquer pessoa. 4) Tipo Objetivo: Condutas nucleares. Promover: significado de dar causa, ou seja, executar e dar á iniciativa ao delito. Raphael Marcos Martins Lima 11 Facilitar: Auxiliar ajudar tornar mais fácil Agencia: Art. 231-I intermediar. Aliciar: Seduzir ou atrair. Comprar a pessoa traficada: Adquirir mediante o pagamento. Transportar: levar de um local para outro. Alojar: Dar a hospedagem e aliciar. 4) Tipo subjetivo: Dolo genérico. (Existe uma intenção especial, um requisito subjetivo transcendental, ou seja, intenção especial do agente). 5) Consumação & Tentativa: O crime se consuma com a entrada ou saída da pessoa no território nacional não se exigindo que efetivamente a pessoa se prostitua. 6) Tentativa: É possível, porque neste caso pode haver uma breve investigação antes do embarque. Por exemplo; Alguém é preso, e quando está tentando introduzir á vítima no território nacional ou tentando fazê-la sair para o fim de prostituí-la. Causa de aumento: Sempre haverá e na fração de novos patamares de pena. Tráfico interno de pessoa para fim de exploração sexual Art. 231-A. Promover ou facilitar o deslocamento de alguém dentro do território nacional para o exercício da prostituição ou outra forma de exploração sexual: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. § 1 o Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar, vender ou comprar a pessoa traficada, assim como, tendo conhecimento dessa condição, transportá-la, transferi-la ou alojá-la § 2 o A pena é aumentada da metade se: I - a vítima é menor de 18 (dezoito) anos; 1) Bem Jurídico: Moralidade sexual e os bons costumes. 2) Sujeito Ativo: Crime comum. 3 ) Sujeito Passivo: Crime como qualquer pessoa. 4 ) Tipo Objetivo: Pode ser qualquer pessoa. 5 ) Tipo Passivo: Deveria ser pessoa determinada, isto é, alguém que se sentisse ofendido pela conduta. Raphael Marcos Martins Lima 12 6 ) Consumação & Tentativa: O agente deste ato deverá responder pela conduta do agente deslocando-se para o fim da exploração sexual. O agente promove ou facilita o deslocamento de pessoa para o exercício de. Com a devida vênia de entendimento contrário, parece-nos, efetivamente, que se trata de delito formal, não necessitando da prática da prostituição da vítima para a sua consumação. O exercício do comércio sexual por parte da vítima é apenas o motivo desejado pelo sujeito ativo da infração penal. Tentativa: A tentativa é admissível, a exemplo de alguém preso quando está dando início ao fato de deslocar a vítima para a traficância sexual dentro do território nacional. FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU ALTERAÇÃO DE PRODUTO DESTINADO A FINS TERAPÊUTICOS OU MEDICINAIS. Art. 273 - Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais: Pena - reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos, e multa. Modalidade culposa 1) Bem Jurídico: A incolumidade pública, no que tange á saúde pública buscando-se evitar a comercialização a produção e a entrega de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais com nocividade as pessoas. 2) Sujeito ativo: Crime comum. 3 ) Sujeito Passivo: Crime vago, ou seja, coletividade sem personalidade jurídica. Objeto material do crime: Produto material manipulado e com o fim de qualquer atividade humana. Obs.: É necessário que este produto seja destinado aos produtos medicinais e por este motivo, os alimentos não se enquadram neste artigo. 4) Tipo Objetivo: Núcleos e verbos do caput. Produtosde ordem humana, ou seja, não se enquadra os produtos veterinários. Falsificar contra fazer: produzir com á fraude. Corromper: Estragar com a finalidade terapêutica Adulterar: Mudar para piorar Alterar: Modificar a qualidade do produto (§ 1º-A). Abrange produtos que não se destinam imediatamente, á finalidade terapêutica ou medicinal. Tais produtos, somente de forma indireta podem ter como finalidade há previsão no tipo, e como necessária uma tipificação de crime. O legislador fugiu na Raphael Marcos Martins Lima 13 "racio" de tipo penal, isto é sua indevida extensão far-se-á como aquele que falsifica remédio pra câncer e para aquele agente que falsifica um esmaltei. Seguindo essa linha atenue, (§ 1º-A), principio da proporcionalidade, bem como o devido processo legal, e esta face legal, seria com a observância necessária e perseguida pelo Estado, para compreender de maneira adequada, aquele bem jurídico atingido e qualificar de maneira eficaz para minimizar a pena deste artigo em sentido "stricto senso". Crime hediondo lei 8.072/90 fator de desproporcionalidade falsificar cosméticos ou produtos de limpeza. 5) Tipo subjetivo. Dolo específico a titulo de culpa com previsão no parágrafo 2º deste art. 273. 6) Consumação e Tentativa. O crime se consuma, somente com a realização de cada uma das condutas prevista no tipo não se exigindo que adviesse qualquer resultado. Tentativa é possível. Exemplo. Sujeito é farmacêutico e vende o produto falsificado. ____________________________________________________________________ Associação Criminosa Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes: Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação de criança ou adolescente. 1) Bem jurídico: Paz Pública 2) Sujeito ativo: Qualquer pessoa, inclusivo políticos. 3) Sujeito Passivo: Crime de concurso necessário. Porque é necessário o concurso de agentes ou eventuais. 4) Sujeito Passivo: Coletividade. 5) Tipo Objetivo. Associar: Unir-se, juntar-se e reunir-se. É preciso que os agentes se reúnam para a prática do ato criminal. 6) Tipo subjetivo. Dolo especifico. Consumação e tentativa. Com efetiva associação, pouco importando no que se destinava a cometer. Raphael Marcos Martins Lima 14 A associação não pode ser momentânea, sendo necessárias a estabilidade e a permanência, portanto classifica-se como um crime permanente, cuja consumação perdura enquanto durar a estabilidade da associação. A consumação deste crime independe da realização do fim (crimes) visado, sendo, portanto, considerada como um crime formal e, como já foi dito, de natureza permanente. A tentativa não é admissível, já que a partir da efetiva reunião dos integrantes, com o fim de cometimento de crimes, o crime estará consumado, e todos os atos anteriores a esta reunião serão considerados como atos preparatórios impuníveis. Art. 288-A. Constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos neste Código: 1) Bem jurídico: Paz Publico. 2) Sujeito Ativo: Qualquer pessoa. 3) Sujeito ativo: Coletividade. 4) Tipo objetivo: Núcleos dos artigos, culminado com seus verbos. Verbo constituir. Organização Paramilitar. Uma associação armada e constituída por civis, embora também possa contar com militares com estrutura similar a estrutura paramilitar, trata-se de uma organização que age na clandestinidade, geralmente empregado. Milícia Particular. Um grupo de pessoas que alegadamente pretenderia garantir a segurança de famílias residências e estabelecimentos empresariais. Na milícia particular aparente intenção de praticar o bem como ocorre que esta atividade e imposta a coletividade. Grupo ou Esquadrão. São grupos integrados por matadores, cuja sua finalidade é eliminar pessoas etiquetadas como marginais e seus integrantes dos esquadrões se intitula justiceiros. Esquadrão da morte. Tipo subjetivo. Dolo especifico Consumação e tentativa. Crime de mera conduta, pois este se consuma com á pratica de cada um de seus atos. Sendo impossível sua tentativa. Raphael Marcos Martins Lima 15 DA MOEDA FALSA Moeda Falsa Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro: Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa. 1) Bem jurídico. Paz Publica. 2) Sujeito Ativo. Qualquer pessoa. 3) Sujeito Passivo. Coletividade crime vago e sem personalidade jurídica. *Moeda é um instrumento de escambo e troca. Tipo objetivo. A moeda é um instrumento de escambo e troca, a conduta punível é falsificar, que significa imitar passa por algo autentico, pode ocorrer através de fabricação ou de alteração. A fabricação consiste na criação ou na produção de moeda metálica ou papel enquanto moeda. Na alteração o agente de posse da moeda verdadeira, ele a modifica para que ela apresente um valor maior como por exemplo acrescentando ou alterando um número da moeda, para que haja o crime é importante que ocorre lesão a fé publica, alterações de emblemas ou de outros sinais desde que não altera o valor da moeda não ocorre caracterize um crime. Para que o crime se configure é necessário que ocorra a denominação "imitatio veri", ou seja, que o produto ou que a moeda falsificada seja semelhante a verdadeira, a falsificar a grosseira, rudimentar, não configura o crime, é preciso que a falsificação seja apta a enganar. O tipo penal também tutela a moeda estrangeira, tendo em vista que o Brasil é aderente á convenção de Genebra moeda estrangeira moeda de curso- legal é aquela que aceita, admitida como pagamento, como é um crime que deixa vestígios a comprovação dessa falsificação deve ocorrer por meio de perícia. Tipo subjetivo. Dolo. A vontade livre e consciente de falsificar a moeda. Raphael Marcos Martins Lima 16 Consumação e tentativa. É o crime que se consuma com a fabricação ou alteração de moeda, a tentativa é possível. O artigo 289 inciso 1º trás as formas equiparadas ao crime. Crime de falsidade de documento publica Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa 1 - Bem Jurídico. Fé Publica no que diz respeito, autenticidade dos documentos públicos, e do documento que foi á eles, equiparados (Documento igual.) 2 - Sujeito Ativo. Qualquer pessoa, ou seja, crime comum. Atenção parágrafo 1º, pois o agente que comentou o crime, e salvo sendo funcionário publico com causa de aumento no exercício de sua função. Deve ser válida para a eficácia daquele que cargo de sua função. Crime contra á administração publica. Crimes funcionais do tipo próprio. 3 - Sujeito Passivo. O Estado. O sujeito passivo primário é o Estado. O sujeito passivo secundário é aquele lesado pela falsidade. 4 - Tipo Objetivo. A) Núcleos e verbos. Falsificar. Total ou parcialmente, aquele objeto e que pode ser inteiramente adulterado ou criado. Falsificação de modo parcial. Criar em partes. 1- Qual á diferença de falsidade material, ou seja, documento público ou particular em relação há falsidade ideológica? R. Na falsidade material, seja ela em documento publico ou de documento particular que é falso. De toda forma, este documento, em seu caráterintrica, se revela para nós como se imitando ao verdadeiro. Art. 297 - falsidades de documento material e particular. Raphael Marcos Martins Lima 17 No Art. 298 - Na falsidade ideológica, o que se faz como falso, não pode ser o documento, mas sim, seu conteúdo, pois a forma de seu documento aqui pode ser verdadeira. Na verdade o que se atingi; são as características das ideais do documento. B) Segundo verbo. Adulteração: Que significa a modificação de um documento público e substituindo ou alterando os dizeres. Por exemplo, alterar um documento público anexando uma foto, á ela. Documento público para fins penais. 1º documento. O documento é toda peça escrita que condensa graficamente o pensamento de alguém, e podendo provar um fato ou a realização de ato, dotado de relevância jurídica. O documento público pode ser considerado publico, sob duas hipóteses. 1) Hipótese. O documento é formal e materialmente publico. O documento formalmente público: É aquele emanado de agente publico no exercício de suas funções. O documento será materialmente publico, quando seu conteúdo disser á respeito das questões de interesse publico. Por exemplo: Os autos de um processo que por sua vez são publico, tanto na esfera formal quanto na esfera material. 2) Hipótese. O documento é formalmente publico, mas materialmente privado. O documento é emanado por um agente público, mas no seu exercício, bem como na suas funções em de seu conteúdo; diz respeito, á questões de natureza privada. Como uma escritura publica de compra de venda, por sua vez é utilizado pelo art. 297 Falsificação: Ela deve ser apta, á iludir, ou seja, na falsificação grosseira á facilmente perceptível tornando, assim aquela conduta atípica. O parágrafo 2º - Art. 297. Trás hipótese de equiparação dos documentos que se equiparam aos públicos. A lei vai considerar aquele documento publico, quando somente ás entidades para-estatais, assim ás autenticarem. Por exemplo, "inss" ou uma autarquia. Raphael Marcos Martins Lima 18 Finalidade de títulos de crédito: Os títulos ao portador ou transmissível por endosso, nota promissória e cheques. Ações de sociedade comercial são consideradas de direto publico. Livros mercantis, e finalmente, testamento particular. Codicilos: São os determinados objetos de foro intimo ao qual serão resguardados pelo “de – cujos”. Art. 1181 CC. Este pode ser equiparado, isso porque ele é um testamento particular. Pelo princípio da legalidade. 2 - A pessoa se utiliza da falsidade para aplicação de um golpe. Por qual crime este responderá? R. Segundo a sumula 17 do STJ. O crime de estelionato absorverá o crime de falsificação, quando este ultima de exaurir no primeiro. Quando a falsidade não se exaurir no estelionato, este não absorverá o falso de modo que o agente responderá pelos dois crimes. 3 - O agente falsifica uma folha de cheque e com base nesta folha de cheque falsificada se diligencia há uma loja de produtos, e assim entrega para efetuar pagamento do produto. Qual crime, este responde? R. O agente falsifica uma folha de cheque, e com isso aquela folha fica retida e se exauri, ou seja, ela limitou aquele golpe. Ele responde, somente por aquela conduta criminosa naquela compra do delito. 4 - O agente falsifica um cartão de crédito de um determinado sujeito, neste caso ele utiliza, mas sua falsidade lesiva se pendura, após todo crime cometido naquele ato. Qual a falsidade empregada aqui? R. Tendo em vista que a potencialidade lesiva não vai se exaurir no estelionato o agente responderá pelos dois crimes em concurso material. Sumula - 17 STJ. 5 - Tipos subjetivos do crime. O elemento aqui empregado é dolo não se exigindo nem uma materialidade especial. Para fins eleitorais 398 CE. Código eleitoral. 6 - Consumação e tentativa. O crime é consumado, somente com a efetiva falsificação, bem como alteração do documento. Raphael Marcos Martins Lima 19 5- Se houver uso do documento falso por quem á fez. Como responderá? R. No caso do falsificador fazer uso do documento é absorvido pelo crime de falsificação " post factum impunível" responde 394 e 297 código penal. Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. Falsificação de documento particular. A primeira diferencia esta muito atrelada na pena, isso porque a pena varia de (1) um á (5) cinco anos. O objeto material do crime: É o documento particular. Tudo que não for documento público, este será documento particular. Objeto material. A coisa ou pessoa sobre qual recai o crime. Obs.: “O cartão de crédito ou débito é documento particular, isto é regido pelo artigo 298CP”. Obs.: “Na hipótese de falsificação de documento particular para fins eleitorais o crime será regido pelo artigo 349 do código eleitoral”. Falsidade ideológica Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante: Atenção: Ás penas. Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, se o documento é particular. 1- Bem jurídico. Fé publica no tocante á confiabilidade dos documentos públicos e nas relações entre ás pessoas. 2 - Sujeito Ativo. Crime comum, isto porque qualquer pessoa pode praticá-la. Raphael Marcos Martins Lima 20 3 - Sujeito Passivo. 1º - Estado. 2º- É a pessoa que seja lesada pela falsidade. 4 - Tipo Objetivo. Núcleos e verbos do artigo 299 CP. A) Omitir. Na omissão o agente não menciona uma declaração que deveria constar no documento. B) Inserir. Significa introduzir diretamente. Á própria pessoa, assim o faz. C) Iludir. Tentar passar uma realidade, na qual, não existe pela sua informação. 5 - Tipo Subjetivo. Dolo, mas é dolo especifico. Criar obrigação de fato substancialmente irrelevante, ou seja, algo de foro intima. Por exemplo: Seu namorado tinha uma idade elevada, mas sua parceira era uma menina mais nova, e assim veio á alterar a idade no documento; porque queria ter uma idade mais próxima, por questões morais. Deve se verificar: “Animus". 6 - Consumação e Tentativa. O crime se consuma com á pratica das condutas, isto é o crime ocorre pelas práticas dos atos. Obs.: Se o crime é praticado ou a falsidade é praticada com a finalidade de registrar filho de outrem como o seu. O crime será dotado pelo art.242 CP. Princípio da especialidade. Adoção á brasileira. Art. 304, CP. “Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os artigos 297 a 302”. Pena - Cominada á falsificação ou alteração. Lei Penal em branco. É a lei que depende de outro ato normativo para que tenha sentido, uma vez que seu conteúdo é incompleto. Pode ser classificada como homogênea (sentido lato) ou heterogênea (sentido estrito). Preceito primário. Preceito secundário. Raphael Marcos Martins Lima 21 Lei penal em branca Homogenia: É aquela em que seu completo deriva da mesma fonte de produção da norma penal. Lei penal em branca Heterogenia: O complemento deriva de outra lei. O seu complemento advém de outra fonte de produção. Ex: Crime de Tráfico de entorpecente. Portaria 344-(ANVISA Droga). Lei penal em branco ou ao avesso: Seu preceito secundário. Crime de genocídio. Lei penal em branco, isto é crimede falsificação ou alteração. Crime acessório 1- Bem Jurídico. Fé Pública. (autenticidade dos documentos públicos e dos documentos que a ele forem equiparados). 2- Sujeito Ativo. Crime comum. Qualquer pessoa, exceto para o falsificador, isto porque sua falsificação é de usa de documento falso. Assim, somente responderá, pela sua falsificação denominada como "post factum impunível". crime não punível se cometido pelo falsificador. 3- Sujeito Passivo. Estado, sujeito passivo primário. 4- Tipo Objetivo. (Fazer uso) significa: empregar e utilizar a coisa. Para que haja o delito seja executado; deve se observar a regra empregada pelo agente, isto é, deve fazer uso efetivo daquele documento. Se o documento foi apreendido sem o uso daquele agente, este não será atuado. Salvo no caso de CNH, isto porque seu documento está sobre sua posse e o agente pratica o delito dirigindo sob o exercício do uso ilegal. 304, e se estiver dirigindo somente nesta hipótese, será atuado, caso a pessoa esteja na rua portando uma CNH não será preso. Art. 159 parágrafo 1º CTB. Obrigatoriedade do porte. Pergunta: A solicitação do documento por uma autoridade policial perfaz e consumação de um crime do artigo 304? Resposta. Corrente (A) Ainda que haja solicitação quando a pessoa apresenta o documento, existe seu uso, e por tanto o crime se configura. Corrente (B) O emprego do documento deve ser espontâneo para a consumação do crime, se a pessoa é instada a apresentá-lo, não há delito, uma vez que o uso se deu em razão de determinação de autoridade. 5- Tipo Subjetivo. Dolo genérico, ou seja, vontade livre e consciente de portar documento falso. Raphael Marcos Martins Lima 22 6- Consumação e Tentativa. Trata-se de crime formal que se consuma com o uso, pouco importando se o agente obtém algum resultado em razão dessa falsificação. Não ocorre por se tratar de crime subsistente não podendo fracionar o crime. A tentativa não é admissível, por ser crime formal. ______________________________________________________________________ Crime contra administração Publica; 1- Tratamentos da matéria pelo Código Penal. 312 á 326 Código Penal. O legislador trata dos crimes praticados pelo funcionário publico contra a administração publica. Dependem da figura do funcionário publico. Art. 328 327 C. Os crimes praticados pelo particular contra administração. Art. 338 aos 359. São os crimes contra administração da justiça. Art. 359 A aos 359- H. Os crimes contra as finanças publicam. 2- Sujeito Ativo. Dependendo do tipo penal será o funcionário publico ou particular. 3- Sujeito Passivo. Administração Publica. Aquele que for condenado sobre crime contra administração publica somente poderá progredir sob regime de pena. Artigo 33 parágrafo 4º CP - Os crimes praticados contra administração se submetem extraterritorialidade incondicionada. A lei penal brasileira será aplicada ao fato independentemente de qualquer comissão art. 7 inciso I linha C. 4- Crime funcional x ato de improbidade. Os atos de improbidade administrativas estão regulados pela lei 8429/92 artigo 9 e 11. Todo crime funcional será dará como crime de improbidade, mas nem todo ato de improbidade terá como resultado um crime contra administração publica. 5- Crime funcional x Ato de Improbidade. A) Crime funciona próprio: Desaparecendo a condição de funcionário publico o fato deixa de ser considerado crime, ocorre a denominada tipicidade absoluta. Exemplo: Crime de prevaricação. B) Crime funcional impróprio: Desaparecendo a figura do funcionário publico remanescerá um outro delito. Exemplo: Crime de peculato, Crime de furto e apropriação. Raphael Marcos Martins Lima 23 6- Funcionário publica para fins penais presente no art. 327 CP. Caput Normas penas – Incriminadores: São aquelas que estabelecem determinadas condutas antijurídicas. Tornar uma ação criminosa. Normas penais – Permissivas: Licitas determinadas condutas. Excludente de ilicitude, ou seja, tornar ação criminosa como lícita. Normas Penais – Explicativas: Estabelecem alcancem de determinadas normas. Determinam informações para fins penais Art. 327 parágrafo 1º, agente por equiparação. Exemplo. Médico vinculado ao SUS. Conceito de funcionário publica: Será considerado funcionário publico. Aquele que ocupa cargo sob regime estatutário, por exemplo, juízes, promotores. Serão considerados funcionários públicos aqueles que são empregados pelo estado, isto porque seguem a sorte de regime estatuário em CLT. Aqueles que exercem funções públicas, sem prévia remuneração e de maneira transitória, por exemplo, mesário em eleições. Advogado por fins de convênio vinculado a OAB é considerado funcionário publico. Inventariante dativo. Aquele em que determinado momento pode ser nomeado por funcionário publico. Não porque são inventariastes. Funcionário publica por equiparação: São funcionários públicos aqueles que exercem cargo empregos ou funcionais em sociedade paraestatais, bem como empresa contratada para execução de atividade tipa da administração. As atividades primárias do estado que exercem as atividades típicas da administração. (Médico conveniado pelo “SUS” é considerado funcionário público para os fins penais). 7- Causa de aumento: O legislador esqueceu as Autarquias. Nos artigos 312º à 326º crimes praticados pelo agente público contra a administração. Nos artigos 328º à 337º-C crimes praticados pelo particular contra a administração. Nos artigos 338º à 359º crimes contra a administração da justiça. Nos artigos 359º-Aà 359º-H crimes contra a finança pública. Raphael Marcos Martins Lima 24 Crime de peculato: A) Peculato apropriação; Art. 312, caput, 1º parte - Peculato Próprio. B) Peculato desvio; Art. 312, caput, 2º parte – Peculato Próprio: A consumação se dá com o emprego em finalidade diversa daquela prevista em lei. Ambos os casos admite-se a tentativa. Princípio da insignificância: STF aceita / STJ não aceita (credibilidade / moralidade). Com relação ao principio da insignificância há divergência nos tribunais superiores quanto a sua aplicabilidade. Enquanto o STF admite a sua aplicação partindo da analise do dano causado ao patrimônio da administração; O STJ considera inaplicável referido principio uma vez que o tipo penal não tutela apenas o patrimônio da administração, mas também sua moralidade. C) Peculato Furto; Art. 312, parágrafo 1º - Peculato impróprio: “Aplica-se a mesma pena, se o agente público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de agente.”Ex.: Agente que apreende veículo particular e se valendo da posse do mesmo, furta bens internos. Consumasse com a inversão da posse do bem. D) Peculato culposo; Art. 312, parágrafo 2º - Se o agente concorre culposamente para o crime de outrem: ”A concorrência é CULPOSA. Ex.: Agente responsável por determinado procedimento de segurança que negligentemente cria a possibilidade de ocorrer um crime por outrem. Consumasse com o resultado, com a ocorrência de crime posterior (conduta de terceiro). Não se admite tentativa. Benefícios da modalidade culposa; Art. 312º, Parágrafo 3º. “No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede á sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.” E) Peculato Estelionato; Art. 312 “Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por errode outrem:” No peculato-estelionato a vitima incide em erro espontaneamente e o autor do fato percebendo o erro não o desfaz. Na hipótese do suposto autor para induzir a vitima em erro, poderá ocorrer conforme o caso o crime de estelionato do Art. 171º do C.P.;* Consumasse no momento em que o autor sabedor do erro da vitima não o desfaz. Admissível tentativa. Raphael Marcos Martins Lima 25 Art. 312 Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio. 1- Bem jurídico. Administração Publica, tanto em seu aspecto material como em seu aspecto moral. Não somente seu patrimônio, enquanto administração, mas quando seu funcionário, assim há viola-se. 2-Sujeito ativo. Funcionário público. 1- Se o funcionário publica comete um crime com o particular? 2- Quando um particular vai responder pelo crime comente aliado com funcionário publico? R. Se a pessoa que auxiliar o funcionário público, mesmo sendo particular responderá pelo delito de peculato de apropriação. Particular responde como por apropriação indébita. Nos termo do Art.30 e 312 caput VAI CAIR NA PROVA 3- Sujeito Passivo. Administração Publica, eventualmente pode ser um particular confiado pela administração. Exemplo carro apreendido presente no pátio do colégio pega fogo e se fode! 4- Tipo objetivo. Peculato apropriação. O agente inverte a posse da coisa passando há agir como se dono fosse. "O juiz que passeia com um carro de luxo apreendido do particular". No crime de apropriação. Dolo subsequente e pode ser de dinheiro, valor ou qualquer bem imóvel. Público, particular que esteja na posse de administração. O agente tendo a posse do bem pela razão de seu cargo. 5- Tipo Subjetivo. Dolo Genérico. 6- Consumações & Tentativa. Apropriação: crime instantâneo, exteorizar-se de poderes do proprietário. - Raphael Marcos Martins Lima 26 Art. 316º C.P Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Concussão. 1 – Bem jurídico: A administração pública. 2 – Sujeito ativo: Agente público no exercício da função, no entanto, o tipo penal estende para o agente público fora da função, mas desde que pratique o crime em razão dela. Também, o particular que ainda não assumiu a função pública, que esteja na iminência de assumir o cargo. Quando o sujeito ativo for fiscal de rendas, o crime não será o do Art. 316º, mas sim o crime do Art. 3º, inciso II, da Lei 8.137/90. Se o crime for praticado por militar, o crime será o do Art. 305º do C.P.M.; 3 – Sujeito passivo: O Estado na figura da administração pública. Pessoa constrangida pelo agente. 4 – Tipo objetivo: Exigir, obrigar, compelir, impor, abusando de sua função. Agindo de modo a constranger a vitima. -Direta; o próprio agente a realiza. -Indireta; o agente o faz através de interposta pessoa. -Explícita; dita de maneira direta. -Implícita; dita de forma velada. 5 – Tipo subjetivo: Dolo específico, em obter vantagem indevida. 6 – Consumação & Tentativa. Crime formal consumasse com a exigência, independente de receber ou não a vantagem. Admite-se a tentativa, dependendo da forma que o crime é tentado (carta concussionária). Raphael Marcos Martins Lima 27 Art. 317 CP. Corrupção passiva Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: [Exceção á teoria monista,] A regra no direito penal brasileiro é que todos aqueles que concorrem para um fato respondam por um único delito, trata-se da teoria “Monista”. Excepcionalmente em determinas condutas criminosas o legislador opta por se afastar dessa regra, adotando a teoria Pluralista, na qual aqueles que concorrem para um mesmo fato responderão por crimes diversos. É a hipótese não só da corrupção passiva e ativa, bem como, por exemplo, na situação de crime de aborto. “Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem’. 1) Bem jurídico: A administração pública. 2) Sujeito Ativo: Agente público no exercício da função. No entanto o tipo penal estende para o agente público fora da função, mas desde que pratique o crime em razão dela. Também, o particular que ainda não assumiu a função pública, que esteja na iminência de assumir o cargo. Quando o sujeito ativo for fiscal de rendas, o crime não será o do Art. 316º, mas sim o crime do Art. 3º, inciso II, da Lei 8.137/90. (Atentar ao verbo: “solicitar”) Se o crime for praticado por militar, o crime será o do Art. 308º do C.P.M. 3) Sujeito Passivo. Primariamente: Estado na figura de administração publica. Secundário: É eventualmente um terceiro em face ação do funcionário publico. 4) Tipo Objetivo. 1º - Verbo nuclear: Solicitar. Pedir, manifestar interesse por algo. 2º - Receber: O agente obtém, ele toma a vantagem indevida. E se o agente receber? Quem será punido será o particular no que tangência a vantagem efetuada pelo particular, ou seja, o corruptor. Raphael Marcos Martins Lima 28 3º- Aceitar Promessa. Na aceitação. (A) O funcionário concorda com recebimento de algo para o futuro. Se funcionário aceitou a promessa, é porque alguém prometeu? R. Quem responde é o funcionário, mas para que haja corrupção, o ato á ser praticado pelo funcionário que deverá se encontrar dentro de esfera de atribuição. (B) Caso o investigador de policia lhe aborde e diga que você deve pagá-lo? É necessário saber se ele fez por conta própria ou ele teve de solicitação, através do delegado pelo crime de corrupção passiva ou trafico de influência. Se terceiro, sem atribuição solicitar vantagem como na hipótese de um investigador de polícia que solicita dinheiro para não indiciar uma pessoa é preciso aferir, se aquele titular da atribuição sabia ou não da intermediação, se sabia, no caso o Delgado ele e seu investigador responderam por crime de corrupção passiva, ou seja, se o titular da atribuição não sabia da "negociação" o investigador poderá responder conforme o caso pelo crime de tráfico de influencia descrito no artigo 332 do código penal. Classificações da corrupção passiva 1- Própria: É aquela em que se visa a realização de um ato injusto. Exemplo um carcerário que solicita dinheiro para facilitar a fuga de um preso. A fuga do preso não esta dentro de sua função. 2- Imprópria: a finalidade do ato é legítima. Exemplo um oficial de justiça que solicita dinheiro por alguém que seja réu na ação. É um ato legitimo de sua atribuição. Corrupção passiva 1- Antecedente: É aquele em que o agente solicita, recebe ou aceita promessa para realização futuro do ato. Ele primeiro recebe depois ele pratica aquele ato. 2-Subsequente: É aquele em que o agente depois de pratica o ato solicita, recebe ou aceita promessa. Primeira ele realiza o ato depois ele recebe o dinheiro. 4) Tipo subjetivo. Dolo específico. O agente visa obter uma vantagem indevida. 5) Consumação & Tentativa. 1º Verbo. Solicitar: O crime é formal se consumando com o pedido feito pelo funcionário. 2º No recebimento: O crime é material, ou seja, ele se consuma com há tradição ato de entrega. 3º aceitação da promessa: O crime mais umavez é de natureza formal, se consumando com a concordância ou com há aquiescência. Nesse crime se admiti por tipo escrito, isso se o crime for de natureza formal. Raphael Marcos Martins Lima 29 Corrupção passiva majorada. Porque o legislador estatele um valor á ser feito. Quando á pena será aumentada. 1º- Quando o funcionário retarda ou deixa de praticar ato de oficio. 2º- Quando o funcionário pratica o ato com infringência de dever funcional, ocorrerá na hipótese de (corrupção passiva própria). Corrupção passiva privilegiada 317 - parágrafo 2º, cp. O legislador tipifica o famoso "quebra galho". Sujeito é privilegiado por ser um funcionário publico ou por ser alguém importante. Carteirada. Prevaricação Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: 1) Bem jurídico. Administração pública, punindo-se o funcionário infiel e que não cumpre com seus deveres de oficio. Prevaricação, advêm da palavra prevaricador significado andar fora da linha. 2) sujeito ativo. Funcionário publico, ou seja crime de qualidade especial e com isso crime próprio. 3) sujeito passivo. É administração publica. 4) Tipo objetivo. 1º verbo. Retardar: delongar, prolongar ou demorar mais para praticar o ato. Então quando o agente retarda o ato ele tem por objetivo prevaricar ou sexar de fazer determinado ato de sua função para que outrem de seu conhecimento tenha certa vantagem. 2º verbo. Deixar de praticar: Crime omissivo, isso porque o funcionário deixa de praticar aquilo que ato de seu oficio. Se omitir. 3º verbo. Praticar o ato contra disposição expressa de lei : "somente lei em sentido formal". A) Se a lei for visivelmente inconstitucional não há crime, ate porque nessa hipótese se quer haver dolo contra disposição expressa de lei. Raphael Marcos Martins Lima 30 B) Se a lei tem inconstitucionalidade duvidosa o agente responderá pelo crime. Se depois houver reconhecimento de inconstitucionalidade da lei. O agente responderá pelo crime. O que a doutrina tem como entendimento "abolacio criminis", se ele já for condenado com transito e julgado. O réu haverá que protocolar um revisão criminal artigo 621 do código de processo penal. Para haver prevaricação o ato deve ser de atribuição do funcionário 5) Tipo subjetivo. Dolo especifico. Porque é para satisfazer sentimento pessoal ou interesse pessoal. 1º verbo sentimento pessoal: Estado afetivo ou emocional do funcionário público decorrente de paixão e emoção. 2º interesse pessoal: É a relação de reciprocidade entre o sujeito ativo e um determinado bem que vai satisfazer necessidade. 6) Consumação & Tentativa. No retardamento e na omissão do ato. O crime se consuma quando o ato não for realizado quando deveria. Também pode ocorrer quando este ato for devinido em um " opporuno tempori" Como são crimes omissos não cabe tentativa. Já na consulta praticar ato contra disposição expressa em lei. O crime se consuma com a efetiva pratica do ato pelo funcionário publico. ______________________________________________________________________ Resistência Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio: 1) Bem jurídico. Administração publica, no que diz respeito a sua autoridade 2) sujeito ativo. Particular. Funcionário publico pode ser agente deste crime somente quando ele não esteve no exercício regular de sua função 3) sujeito passivo: 1º administração publica. 2º executor do ato, bem como eventual terceiro que esteja lhe prestando auxilio Raphael Marcos Martins Lima 31 4) Tipo Objetivo: Opor-se: resistir a execução do ato. Essa oposição, ocorre mediante violência ou ameaça. (Se o agente não emprega violência ou grave ameaça).Resistência " gândica" . Pode ser um comportamento passivo do autor do crime que vise impedir a pratica do ato. Exemplo. Se agarrar na arvore. Conforme o caso será desacato ou desobediência . Para que haja o crime de resistência são necessário dois requisito. A) Ato legal. Se o ato é ilegal a resistência é legítima B) Se ato de resistência seja contemporâneo ao ato legal . Não existe resistência em um ato futuro ou passado, isso porque somente pode ser feito no ato da resistência. No crime de resistência: É indispensável á figura do funcionário publico. O particular somente será sujeito passivo do delito quando estiver auxiliando um funcionário public, sem essa figura, e eventual " resistência" contra ato isolado de particular poderá configurar o crime de ameaça ou de lesão corporal, mas não o delito do artigo 329,cp que visa tutelar os atos de Estado(administração), e que é um crime contra administração publica. Empresas de parente dispensado elementos de licitação quele que solicita a vantagem 5) Tipo subjetivo: Dolo, não se exige nem uma finalidade especial. 6) Consumação & Tentativa: Com a oposição através de uma ato violento ou grave ameaça, pouco importando que o funcionário realize, ou não, o ato legal que ele pretendia. Tentativa. É possível Resistência qualificada: Se o funcionário não executar o ato a pena varia de 2 meses a a 2 anos de detenção. Obs.: A resistência qualificada pressupõe uma falta de execução do ato administrativo, muitas vezes por culpa do agente daquele que esta sendo feito. O autor do crime não permitiu que fosse efetuado a prisão, isto porque ele tentava insensatamente por exemplo. Raphael Marcos Martins Lima 32 Desobediência Art. 330, Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente: 1-Bem jurídico. Administração pública, no que diz respeito a autoridade seus atos. 2-Sujeito ativo. Qualquer pessoa, ou seja, crime comum. Obs.: Crime do particular contra administração. 3-Sujeito passivo. O Estado e o funcionário público que tem sua ordem desobedecida Resistência Pacífica: Resume-se no não cumprimento de ordem legal lançada por funcionário competente 4-Tipo objetivo. A) Desobedecer -> não acatar. Ordem. Deve ser legal e direcionada a uma pessoa certa e determinada. Se a ordem for ilegal não haverá crime. Esse crime pode ser omissivo: Dependendo da natureza da ordem. Se ordem for de fazer o crime se consuma pelo não fazer Comissivo: Se ordem for de não fazer a ordem se consuma pelo fazer. Tipo subjetivo: Dolo, e não se exige nem uma finalidade especial ou dolo genérico. Consumação & tentativa. Depende da natureza da ordem. Se ordem for de não fazer. O crime se consuma com a ação, e nesta hipótese há tentativa é possível. Se ordem for de fazer. O crime se consuma pela omissão, ou seja, não fazer ou deixar de fazer, e como todo crime de omissão não existe a tentativa. Raphael Marcos Martins Lima 33 Desacato Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: “No desacato e conhecido pela doutrina como injúria qualificada. O desacato, nada mais é que um crime contra honra praticado contra o funcionário público no exercício da função ou em razão dela”. 1- Bem jurídico. Administração publica, e em especial com a dignidade e o respeito da função pública. 2- Sujeito ativo. Qualquer pessoa. Crime comum. 3- Sujeito passivo. Será tanto administração, como o próprio funcionário publico ofendido. 4-Tipo objetivo. Duas modalidades.A) Desacato ocasional ou "in Officium". A ofensa contra o funcionário está desvinculada da função, mas o agente responde pelo crime uma vez que o funcionário se encontra no exercício dela. Exemplo. Um funcionário publica esta em seu trabalho e um agente da administração publica indireta ofende. B) Desacato Causal ou "Propter Officium". A ofensa esta vinculada a sua função e não ao ser exercício, de modo que nesta hipótese o crime pode ser praticado inclusive fora do ambiente de trabalho. Exemplo. Uma pessoa é caluniada ou injuriada em razão de sua função. Desvinculado do exercício da função, pois não precisa estar Desacatar-> ofender e humilhar. Estatuto da OAB - Entendimento Supremo considerou inconstitucional, caso haver o desacato no exercício de sua função. ADIN 1127-8. Tipo subjetivo. Chamado dolo específico, pois o agente deve ter a intenção de ofender a honra do funcionário. Consumação & Tentativa. Simplesmente no momento da ofensa. Admite-se tentativo, por exemplo, por escrito, mas sem chegar ao conhecimento do funcionário. Raphael Marcos Martins Lima 34 Corrupção Ativa. Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: 1-Bem jurídico: Administração publica no que diz respeito a sua moralidade administrativa. 2-Sujeito ativo: Qualquer pessoa. Crime comum. Um funcionário público pode ser sujeito ativo nesse crime, estando despido da função publico, ou seja, não estando no exercício de sua função. 3-Sujeito Passivo: É o Estado. 4-Tipo objetivo: A) oferecer: Colocar a disposição. Na jurisprudência considera que o simples ato de amostragem, bem como a exibição conforme o caso já corrompe o funcionário publico. A exibição da vantagem conforme as circunstancias pode configurar delito. B) prometer: Comprometer-se com uma vantagem futura. O ato deve ser de atribuição do funcionário, isto é aquele ato negocial deve estar dentro da sua esfera e exercícios sua função. Tipo subjetivo. Dolo específico, isso porque, a promessa ou oferecimento é na pratica, omissão ou retardar aquele ato. 5- Consumação: Crime formal se consuma pela promessa ou pelo oferecimento, pouco importando, que um funcionário pratique, omita ou retarde e com a causa de aumente de pena do parágrafo único. 6-Tentativa: Em tese é possível. Promessa por meio escrito e sem chegar até o agente. Raphael Marcos Martins Lima 35 Crime de descaminho Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria. Lei . 13.008/2014 - Houve a separação do contrabando e descaminho. Houve a modificação das penas no tipo penal. O que é o descaminho. No descaminho a mercadoria entra ou saí do Brasil, mas sem o respectivo pagamento dos tributos. A mercadoria é lícita, porém seu descaminho é ilícito. Competência. Justiça federal. 109 da CF, competência da justiça federal. Os tributos iludidos. IPI.= Imposto sobre importação ou exportação. Consumo da mercadoria. 1-Bem jurídico. Interesse do estado na arrecadação de tributos, isto um crime contra administração. 2-Sujeito ativo. Qualquer pessoa. 3-Tipo objetivo. Iludir. Significado de frustrar os tributos federais devidos. Aplica-se o princípio da insignificância. 4-Sujeito subjetivo. É o estado de modo específico a União, isto porque os tributos são todos federais. Dolo Genérico. 5- Consumação. Divergência. O crédito tributário seja lançada definitivamente e se é necessária ou não o princípio da insignificância. Sumula vinculante. 24 Conceito: Com relação à consumação delito discute-se se é necessário o lançamento definitivo do credito tributário, aplicando-se ou não a sumula vinculante 24 que foi elaborada para aplicação aos crimes contra a ordem tributária. (8137/90). Não há posição pacificada nos tribunais superior STF e STJ sobre o tema. 6- Tentativa. Possível. Raphael Marcos Martins Lima 36 Contrabando. Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibida. “Destaca-se. Enquanto no descaminho a mercadoria é licita. No crime de contrabando a mercadoria é proibida e não tem nada a ver com tributo”. Competência da justiça federal. 1-Bem jurídico. Moralidade administrativa, bem como a saúde e segurança pública, isto porque esses produtos não estão aprovados pelas agencias reguladoras e órgãos competentes. 2- Sujeito ativo. Qualquer pessoa. 3- Sujeito passivo. O Estado. 4- Tipo Objetivo. Importar é trazer para o Brasil. Exportar é levar para fora do Brasil. Crime é residual deve existir relação com o produto e conter relação. Obs.: Bem jurídico impede o princípio da insignificância. 5- Tipo Subjetivo. Dolo Genérico 6- Consumação & Tentativa. Divergência Raphael Marcos Martins Lima 37 Art. 339 denunciação caluniosa. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente: No Caput do artigo fala em crime, mas esse delito também ocorre com a imputação de uma contravenção. Calunia qualificada. Um crime contra á honra do agente, porém aqui a calunia é meio da forma em que agente. A) Conceito. Calunia é um crime contra á honra, a ofensa é o próprio fim do crime B) Denunciação caluniosa: é um crime contra á administração, ou seja aqui estamos diante de um meio pelo qual o agente indevidamente movimenta a maquina estatal. 1- Bem jurídico. Administração da justiça e secundariamente a pessoa que teve sua honra acatada. 2-Sujeito ativo. Qualquer pessoa, porém se for militar é de tipo próprio art. 343 CPM. 3-Sujeito passivo. Estado e secundariamente a pessoa que teve sua honra acatada. 4-Tipo objetivo. Dar causa-> significa ensejar ou propiciar. Obs.: não é necessária a instauração formal de um inquérito policial. Se o delegado determinar a realização de um diligencia, tal fato já pode ser considerado como crime. Art. 19 da lei 8.429/92 obs.: O aparente conflito entre o artigo 339 cp, e o art. 19 da lei 8.429/92 se resolve da seguinte forma se o ato de improbidade imputado não constituir infração penal incidira o tipo do art. 19 da lei improbidade, no entanto se o ato de improbidade também se caracterizar como crime ou contravenção, se aplicará o tipo do art. 339. Para que haja o crime. Sobre o faro imputado não poderá recair nem um fato nem uma excludente de ilicitude. 5-Tipo Subjetivo. Dolo. Aquele que imputa e deve fazer isso para alguém que seja inocente. 6-Consumação & Tentativa. Consuma-se com a movimentação da máquina estatal por qualquer um desses atos previstos no tipo. Tentativa. É possível, como por exemplo, quando o delgado não apurar as devidas providências. Raphael Marcos Martins Lima 38 Art. 340 – Provocar a ação de autoridade, comunicando- lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado: Comunicação falsa de crime ou contraversão. 1-Bem jurídico. Administração da justiça. 2-Sujeito ativo. Crime comum. Qualquer pessoa. 3-Sujeito passivo. Estado. 4-Tipo objetivo. Provocar: Dar ensejo e propiciar. 5-Tipo Subjetivo. Dolo. Não se exigi nem uma finalidade especial 6-Consumação. No momento da ação da autoridade. Tentativa. Será possível. Art. 341 Crime de Auto-acusação falsa. Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticado por outrem: 1-Bem jurídico. Administraçãoda justiça. 2-Sujeito ativo. Crime comum. 3-Sujeito passivo. Estado 4-Tipo objetivo. Acusar-se: atribuir a si mesmo, imputar a si mesmo. 5-Tipo subjetivo. Dolo. 6-Consumação e tentativa. Quando autoridade se venceu para efetuar a investigação. Tentativa. Possível. Raphael Marcos Martins Lima 39 Crime de Falso testemunho ou Falsa perícia. Art. 342 Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral 1-Bem jurídico. Administração da justiça. 2-Sujeito ativo. Crime de mão própria, este crime só pode ser praticada pela própria pessoa. Somente a própria testemunha. 3-Sujeito passivo. Estado 4-Tipo objetivo. O que é verdade para direito penal. Adotada nesse artigo é a teoria subjetiva. 1 - Teoria objetiva, isto é, verdade para essa teoria é aquilo que efetivamente ocorreu, isso é verdade para teoria objetiva. 2 - Teoria subjetiva. Verdade é aquilo, que a testemunha, viu ouviu, ou ficou sabendo. Crime pode ser pratica de três formas. Quando a testemunha faz uma afirmação falsa, quando ela nega a verdade ou quando ela omite a verdade ela se cala. A vítima pode cometer esse crime. Não, porque ela não tem qualidade de testemunho, bem como depoimento. Testemunha. A testemunha é a pessoa chamada para dizer sobre fatos que interessam ao deslinde ou desenrolar da causa. Basicamente, existem duas espécies de testemunho. Numerárias. São aquelas que prestam o compromisso de diz a verdade e ao lado dela temos as testemunhas informantes e são aquelas que não prestam o compromisso de dizer a verdade. Em regra são os familiares. A testemunha numerária responde por crime. E testemunha informante não tem obrigação de dizer a verdade. Conceito. A divergência ocorre com relação a testemunha informante e parcela da doutrina sustenta que em razão dela não poder prestar compromisso de dizer a verdade ela não pode praticar o crime. Outra vertente doutrinária. Sustentar que o compromisso não é elementar do tipo penal e a testemunha tendo conhecimento sobre os fatos não pode transigir com a verdade, isto é ela não pode negociar a verdade. 5- Tipo Subjetivo. Dolo. 6-Consumação & Tentativa. São crimes formais, ou seja, a mentira produz efeitos no processo. O falso testemunho se consuma, quando a testemunha assina o termo do depoimento, já a falta perícia se consuma quando o laudo é entregue pelo perito em secretaria. Retratação. A retratação do falso pode ocorrer até a sentença em que ele ocorre, ocasião em que o autor não responderá pelo crime. Raphael Marcos Martins Lima 40 O que pode cair na prova regimental de D. Penal II. 03/11/2016 1. Estupro Art.213 2. Estupro de vulnerável Art. 217-A 3. Disposições gerais dos crimes contra a dignidade sexual. 4. Art. 273 Falsificação alteração 5. Associação criminosa Art.288 6. Falsificação de documento público Art.297 7. Falsificação de Documento particular Art.297 8. Falsificação de Documento na falsidade ideológica Art.299 9. Uso de documento falso Art.304 10. Conceito de funcionário público Art.227 11. Peculato Art.312 12. Peculato estelionato Art.313 13. Corrupção passivo 14. Corrupção ativa Art.333 15. Prevaricação Art.319 16. Contra bando e descaminho Art.334-A 17. Denunciação caluniosa Art.339 e 18. Falso testemunho Art.342
Compartilhar