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55540383 MONOGRAFIA IMOBILIZACOES CORPORAIS NO USO DEFENSIVO DA FORCA FISICA UDFF

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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
CENTRO DE APERFEIÇOAMENTO E ESTUDOS SUPERIORES
CAES “CEL PM NELSON FREIRE TERRA”
CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS – CAO – II/ 09
Cap QAOPM Ricardo Robson da Silva
IMOBILIZAÇÕES CORPORAIS – INDIVIDUAL E EM GRUPO NO USO 
DEFENSIVO DA FORÇA FÍSICA:
PROPOSTA DE MANUAL DE TREINAMENTO POLICIAL
São Paulo
2009
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
CENTRO DE APERFEIÇOAMENTO E ESTUDOS SUPERIORES
“CEL PM NELSON FREIRE TERRA”
 CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS – CAO – II/ 2009
Cap QAOPM Ricardo Robson da Silva
IMOBILIZAÇÕES CORPORAIS – INDIVIDUAL E EM GRUPO NO USO 
DEFENSIVO DA FORÇA FÍSICA:
PROPOSTA DE MANUAL DE TREINAMENTO POLICIAL
Monografia apresentada ao Centro de 
Aperfeiçoamento e Estudos Superiores, 
como parte dos requisitos para a 
aprovação no Curso de 
Aperfeiçoamento de Oficiais. 
Maj PM Raul Santo de Oliveira – Orientador 
2
São Paulo
2009
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
CENTRO DE APERFEIÇOAMENTO E ESTUDOS SUPERIORES
“CEL PM NELSON FREIRE TERRA”
 CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS – CAO – II/ 2009
Cap QAOPM Ricardo Robson da Silva
IMOBILIZAÇÕES CORPORAIS – INDIVIDUAL E EM GRUPO NO USO 
DEFENSIVO DA FORÇA FÍSICA:
PROPOSTA DE MANUAL DE TREINAMENTO POLICIAL
Monografia apresentada ao Centro de 
Aperfeiçoamento e Estudos Superiores, 
como parte dos requisitos para a 
aprovação no Curso de Aperfeiçoamento 
de Oficiais. 
( ) Recomendamos disponibilizar para pesquisa
( ) Não recomendamos disponibilizar para pesquisa
( ) Recomendamos a publicação 
( ) Não recomendamos a publicação 
São Paulo, ____ de ______________________ de 2009.
Ten Cel Res PM Luiz Carlos Martins
 Ten Cel Ex Israel Yehuda Carmi
3
 Maj PM Raul Santo de Oliveira – Orientador 
Este trabalho é dedicado a:
Minha esposa, Rafaela e filhas Viviane e Verônica pelo amor, compreensão e 
apoio dedicados no transcorrer da elaboração deste trabalho.
Aos meus antepassados, pela origem familiar e formação educacional nos 
pressupostos da humildade e da honestidade no curso das gerações.
Ao Sensei Jooji Sato (in memorian) pela legítima iniciação nos fundamentos 
da filosofia da Arte Marcial do Judô no Caminho do Guerreiro - o Bushido. 
Ao Sensei Miguel Suganuma pelos inestimáveis ensinamentos 
complementares e prática da Arte Marcial do Judô e o aperfeiçoamento nas 
Técnicas do Desporto de Combate e Defesa Pessoal Policial.
À Polícia Militar do Estado de São Paulo, Instituição que considero como 
minha segunda casa, bem como aos companheiros de caserna a minha segunda 
família. 
4
AGRADECIMENTO
Ao Maj PM Raul Santo de Oliveira, pela dedicação e sabedoria por ocasião 
das reuniões de orientação nos momentos de dúvidas e divagações.
Ao Ten Cel Res PM Luiz Carlos Martins, eterno Comandante da “Velha 
Escola”, pelo relacionamento profissional, de companheirismo e amizade 
estabelecido no serviço ativo que perdura mesmo na sua reserva do Oficialato.
Ao Ten Cel PM Wandereley Mascarenhas de Souza, Comandante do Centro 
de Capacitação Física e Operacional – Escola de Educação Física, pelo incentivo e 
colaboração ao permitir o acesso e processamento das pesquisas junto aos Policiais 
Militares dos diversos Cursos e Estágios desenvolvidos no OAE.
Ao Subtenente PM Antenil Pereira Ramos, Mestre de Kung Fu e Treinador de 
Defesa Pessoal, pela colaboração e apoio inestimável à elaboração do presente 
trabalho.
Ao 1.º Sgt PM Eriquinilson dos Santos, Mestre de Judô e Treinador de Defesa 
Pessoal.
A todos os Oficiais, Praças e Funcionários Civis do CCFOEEF, em breve 
EEFTP, extensivo a todos os demais Policiais Militares e Civis que contribuíram de 
forma direta ou indireta para a confecção desta Monografia.
Ao Comando do CAES, Instrutores e Professores e demais integrantes desta 
digna e renomada Unidade Escola Militar, pelos conhecimentos ministrados que 
serão de grande valia na busca da minha realização profissional. 
5
“O homem de mente destemperada que 
não controla os seus apetites e as suas 
paixões, forja suas próprias algemas e 
grilhões. Pois quanto menos houver 
dentro de nós, mais deverá haver fora de 
nós uma força de controle tal que nos 
permita viver em sociedade.” 
Sir Edmund Burke
6
RESUMO
O treinamento é importante para atividade policial-militar, com relevância na 
área prática onde a realização dos procedimentos de padronização das técnicas 
permitirá maior eficiência e qualidade na prestação dos serviços pela Instituição 
Policial Militar.
A disciplina de Defesa Pessoal na Instituição está entre as fundamentais na 
instrução do policial militar, quer seja na formação, na especialização ou treinamento 
contínuo da Praça ou do Oficial de Polícia Militar.
Outro fator de destaque é firmar a compreensão de que o uso da força é um 
instrumento de trabalho da polícia e de seu funcionário, o policial. Conhecer as leis 
que balizam o seu uso seja no âmbito nacional ou internacional, bem como as várias 
circunstâncias e intensidades disponíveis do uso da força, é uma necessidade. 
A divulgação dos princípios de uso progressivo da força com a adoção das 
melhores técnicas e práticas pela polícia é uma forma de orientar os policiais a 
respeito dos vários fatores de influência da sua utilização ou não, do tipo de força e 
das possíveis reações do policial em relação às atitudes do suspeito encontradas no 
dia a dia operacional. 
Portanto, é certo que o exercício da profissão está ligado diretamente ao 
contexto do Uso Legal da Força, situação que impõe a necessidade emergente de 
dar suporte e embasamento para a capacitação teórica e prática aos componentes 
dos órgãos de segurança pública, possibilitando uma abordagem mais específica em 
torno do seu conteúdo. 
A presente proposta de um Manual de Imobilizações Corporais – Individual e 
em Grupo no Uso Defensivo da Força Física, que pode ser entendido como um 
complemento ao atual Manual de Defesa Pessoal (M-3-PM) é resultado de uma 
coletânea de conteúdos que vem dar subsídios técnicos e táticos (normas, 
processos, técnicas e atitudes), capazes de proporcionar o aprofundamento da 
7
metodologia específica aplicada à disciplina com o atendimento dos aspectos legais, 
voltado, sobretudo, à atividade fim.
A idéia central da proposta de criação de Manual, isto partindo do contexto 
atual no que tange a detectar problemas para o seu desenvolvimento satisfatório, 
principalmente quanto à aplicação de metodologias desfalcadas com a realidade, ou 
ainda a quebra de velhos paradigmas enraizados numa formação já superada, e que 
não atende mais à nova realidade para atual política de segurança pública em vigor 
no país, é que se possa utilizar este manual para uma melhor eficácia do trabalho do 
policial.
Palavras-chave: Polícia Militar. Treinamento. Defesa Pessoal. Uso Defensivo 
da Força Física. Uso Progressivo da Força Legal. Padronização de técnicas.
8
ABSTRACT
Training is very important for military police activity, mainly in the practice area 
where the execution of techniques standardization procedures will allow greater 
efficiency and quality in Military Police Institution services.
The Self Protection discipline is a fundamental one in the institution for a 
policeman instruction for his education, expertise and continuous training to the 
policeman or to the officer. 
Another highlight point is confirm that force is a police and policeman work 
device. Knowing the laws that guide itsuse at national or international capacity, as 
well as the various circumstances and intensities available to use the force, is a 
necessity.
The divulgation of progressive force usage foundation with adoption of best 
practices and technics by police, is a way to guide the policeman about the several 
facts of influence in its usage or not, about type of force and all the policeman 
reactions about the suspect behavior found in day by day.
Therefore, it is certain that the professional tasks are straight linked to the 
context of Legal Force Usage, which imposes the forthcoming necessity of support 
to theorical and real practice for the policemen enabling a more specific approach to 
the matter.
This proposal of a Bodily Immobilization Manual – Individual or Group, that 
could be understood as an addition to the current Self Defense Manual (M-3-PM) is 
the summary of tactical and technical content (rules, process, technics and attitudes), 
able to strengthen the specific methodology applied to the discipline while complying 
to the legal aspects.
The main idea in this propose, based on detecting problems to its satisfactory 
development, specially concerning the old methodologies application and the 
breaking of old rules that no longer support the current public security policies in the 
country, is that this manual could be used to improve the police officer job.
9
Word-key: Military police. Training. Personal defense. I use Defensive of the 
Physical Force. I use Progressive of the Legal Force. Standardization of techniques.
10
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Escala de Proporcionalidade no Uso da Força ....................................... 
42
Tabela 2 – Situação e Resposta no Uso da Força Legal ......................................... 42
Tabela 3 – Efeitos nos Sistemas Simpáticos e Parassimpáticos ............................. 66
Tabela 4 – Distribuição da Carga Horária no CFO/APMBB ..................................... 98
Tabela 5 – Distribuição da Carga Horária no CFS/CFAP.... ......................................98
Tabela 6 – Distribuição da Carga Horária no CFSd/CFSD - Pirituba........................ 98
Tabela 7 – Dez Regras para um Bom Nível de Eficiência em Defesa Pessoal ...... 
101
Tabela 8 – Quadro Comparativo de Sistemas de luta e Principais Técnicas ......... 102
Tabela 9 – Quadro do Atendimento de Ocorrências Consolidadas na área do 8.º 
BPM/M no período de 02/09/09 a 03/09/09 ............................................................ 126
Tabela 10 – Quadro de denúncias registradas pela Ouvidoria da Polícia do Estado 
de São Paulo referentes ao relatório do 1.º Semestre/2009 .................................. 129
Tabela 11 – Quadro de Ocorrências com real possibilidade do Uso Defensivo da 
Força Física .............................................................................................................130
11
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Círculo da Sobrevivência.......................................................................... 55
Figura 2 – Programa 190 ........................................................................................ 122
Figura 3 – Policiamento Rodoviário ........................................................................ 122
Figura 4 – Policiamento Ambiental ......................................................................... 122
Figura 5 – Mapa 1 - Localização Continental e Insular de Santa Catarina ............. 
131
Figura 6 – Mapa 2 - da Região de Santa Catarina ................................................ 131
Figura 7 – Brasão de Armas do Estado de Santa Catarina ................................... 131 
Figura 8 – Brasão da Polícia Militar do Estado de Santa Catarina ......................... 132
Figura 9 – Reunião de CONSEG na Cidade de Florianópolis/SC .......................... 134
Figura 10 – Viaturas de Policiamento Comunitário PMSC ..................................... 134 
Figura 11 – Base Comunitária de Segurança ......................................................... 134
Figura 12 – Identificação do BOPE/PMSC ............................................................. 135
Figura 13 – Esquema do Uso Defensivo da Força Física ...................................... 138
12
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Participação da Amostragem do CIEF/08 .............................................103
Gráfico 2 – Participação da Amostragem do CMEF/08 ...........................................104
Gráfico 3 – Aglutinação das Amostragens do CIEF/08 e CMEF/08 ........................104
Gráfico 4 – Opinião Pessoal dos Integrantes do CIEF/08 e CMEF/08, sobre a 
capacitação Técnica em Defesa Pessoal.................................................................105
Gráfico 5 – Demonstrativo do Tempo sem Treinamento de Defesa Pessoal dos 
Integrantes do CIEF/08 e CMEF/08..........................................................................105
Gráfico 6 – Opinião Pessoal dos Integrantes do CIEF/08 e CMEF/08, na Capacidade 
Técnica em Imobilizar Agressor ...............................................................................106
Gráfico 7 – Opinião Pessoal dos Integrantes do CIEF/08 e CMEF/08, sobre a 
necessidade do Treinamento Contínuo ...................................................................107
Gráfico 8 – Opinião Pessoal dos Integrantes do CIEF/08 e CMEF/08, sobre a 
Eficácia do Treinamento das Técnicas de Imobilizações 
Corporais ........................108 
Gráfico 9 – Opinião Valorativa dos Integrantes do CIEF/08 e CMEF/08, sobre a 
Edição do Manual de Imobilizações Corporais .......................................................109
Gráfico 10 – Opinião Pessoal dos Integrantes do CEP do CCFOEEF, sobre a 
Capacitação Técnica em Defesa Pessoal ...............................................................110
13
Gráfico 11 – Demonstrativo do Tempo sem Treinamento de Defesa Pessoal dos 
Integrantes do CEP do CCFOEEF...........................................................................111
Gráfico 12 – Opinião Pessoal dos Integrantes do CEP do CCFOEEF, na Capacidade 
Técnica em Imobilizar Agressor .............................................................................. 112
Gráfico 13 – Opinião Pessoal dos Integrantes do CEP do CCFOEEF, sobre a 
necessidade do Treinamento Contínuo ...................................................................112
Gráfico 14 – Opinião Pessoal dos Integrantes do CEP do CCFOEEF, sobre a 
Eficácia do Treinamento das Técnicas de Imobilizações Corporais ....................... 
113
Gráfico 15 – Valorativa dos Integrantes do CEP do CCFOEEF, sobre a Edição do 
Manual de Imobilizações Corporais ....................................................................... 114
Gráfico 16 – Participação de Amostragem do Efetivo da 2.ª Cia/PM do 51.º 
BPM/M ...........................................................................................................................
...... 115
Gráfico 17 – Participação do Efetivo da Cia de Força Tática do 51.º BPM/PM .......115
Gráfico 18 – Aglutinação das Amostragens dos Efetivos do 51.º BPM/M .............. 116
Gráfico 19 – Opinião Pessoal dos Integrantes do 51.º BPM/M, sobre a capacitação 
Técnica em Defesa Pessoal.................................................................................... 116
Gráfico 20 – Demonstrativo do Tempo sem Treinamento de Defesa Pessoal dos 
Integrantes da Amostragem do Efetivo do 51.º BPM/M ........................................ 117
Gráfico 21 - Opinião Pessoal dos Integrantes da Amostragem do 51.º BPM/M, na 
Capacidade Técnicaem Imobilizar Agressor ......................................................... 118
Gráfico 22 – Opinião Pessoal dos Integrantes da Amostragem do 51.º BPM/M, sobre 
a necessidade do Treinamento Contínuo ............................................................... 119
14
Gráfico 23 – Opinião Pessoal dos Integrantes do 51.º BPM/M, sobre a Eficácia do 
Treinamento das Técnicas de Imobilizações Corporais.......................................... 120
Gráfico 24 – Opinião Valorativa dos Integrantes do 51.º BPM/M, sobre a Edição do 
Manual de Imobilizações Corporais ....................................................................... 121
Gráfico 25 – Formas de Contato com a Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo 
– 1.º Semestre de 2009 ...........................................................................................129
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
APMBB – Academia de Polícia Militar do Barro Branco
BOPE – Batalhão de Operações Especiais
Bol G PM – Boletim Geral da Polícia Militar
CAES – Centro de Aperfeiçoamento e Estudos Superiores
CAO – Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais
CCEAL – Código de Conduta para os Encarregados da Aplicação da Lei
CCFO – Centro de Capacitação Física e Operacional
CEP – Curso de Especialização de Praças
CF/88 – Constituição da República Federativa do Brasil
CFAP – Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças
CFO – Curso de Formação de Oficiais
CFS – Curso de Formação de Sargentos
CFSD – Centro de Formação de Soldados – Pirituba 
15
CFSd – Curso de Formação de Soldados
CIEF – Curso de Instrutor de Educação Física
CMEF – Curso de Monitor de Educação Física
CONSEG – Conselho de Segurança Comunitário
COPOM – Centro de Operações da Polícia Militar
CSP – Curso Superior de Polícia
EAP – Estágio de Atualização Profissional
GRT – Grupos de Resposta Tática
H1 – Hipótese número um
H2 – Hipótese número dois
H3 – Hipótese número três
I – 22 – PM – Instruções para o Sistema Integrado de Treinamento Policial Militar
M – 3 – PM – Manual de Defesa Pessoal da Polícia Militar do Estado de São Paulo
M – 14 – PM – Manual Básico de Policiamento Ostensivo da Polícia Militar 
NORSOP – Normas para o Sistema Operacional de Policiamento PM
ONU – Organização das Nações Unidas
PBUFAF – Princípios Básicos sobre o Uso de Força e Armas de Fogo
PM – Polícia Militar
PMESP – Polícia Militar do Estado de São Paulo
PMSC – Polícia Militar do Estado de Santa Catarina
PPT – Pelotões de Patrulhamento Tático
16
TASER – “Thomas A. Swift’s Eletric Rifle” – Arma de contenção.
2.ª Cia/PM – Segunda Companhia de Policiamento Policial Militar
51.º BPM/M – Quinquagésimo Primeiro Batalhão de Polícia Militar Metropolitano
8.º BPM/M – Oitavo Batalhão de Polícia Militar Metropolitano
Sumário
Introdução ............................................................................................................... 21
Capítulo 1. A Polícia Militar e a Lei ........................................................................ 25
1. 1. A Constituição Federal e Princípios Constitucionais ........................................ 25
1.2. Legislação Infraconstitucional ............................................................................ 26
1.3. Constituição do Estado de São Paulo ............................................................... 26
Capítulo 2. Aspectos Legais e Éticos do Uso da Força ...................................... 29
2.1. Abordagem Policial ............................................................................................ 29
2.1.1 Polícia e a Preservação da Ordem Pública na busca da harmonia e paz 
social ..............................................................................................................................
......29
2.1.2. Abordagem Policial – Aspectos da Relação Interpessoal com o Cidadão...... 29
Capítulo 3. Obrigações das Autoridades pelo Uso da Força ............................. 31
3.1. Legalidade e Legitimidade do Uso da Força e Controle da Atividade Policial ...31
3.2 Princípios Básicos sobre o Uso da Força e Armas de Fogo .............................. 32
3.3. Atuação da Polícia no Uso da Força Legal ........................................................ 32
3.4. Código de Conduta Policial ................................................................................ 34
17
3.5. Tipos de Uso de Força ....................................................................................... 38
3.6. Níveis do Uso da Força Legal ............................................................................ 40 
3.7. Os Elementos do Uso da Força Legal ............................................................... 42
3.8. Medidas de Força .............................................................................................. 44
3.9. Fases Dinâmicas do Encontro ........................................................................... 45
Capítulo 4. Dimensões do Perfil Policial .............................................................. 47
4.1. Perfil Exigido ...................................................................................................... 47
4.2. Fatores de Contra Indicação .............................................................................. 51
Capítulo 5. O Círculo da Sobrevivência ................................................................ 53
5.1. Preparação Mental ............................................................................................ 54
5.2. Preparação Física .............................................................................................. 56
5.3. Preparação Tática .............................................................................................. 57
5.4. Equipamento ...................................................................................................... 58
5.5. Habilidade no Tiro .............................................................................................. 58
Capítulo 6. O Medo da Morte – Coragem X Temeridade ..................................... 60
6.1. Efeitos Psicofísicos nos Encontros de Combate ............................................... 61
6.2. Efeitos Psicomotores no Organismo .................................................................. 62 
6.2.1. Sistema Límbico ............................................................................................. 63
6.2.2. No Sistema Nervoso Autônomo ...................................................................... 63
Capítulo 7. Percepção e Realidade ....................................................................... 67
7.1. Sensopercepção ................................................................................................ 67
7.2. Sensação ........................................................................................................... 68
7.3. Unidade dos Sentidos ........................................................................................ 69
7.4. Percepção .......................................................................................................... 70
18
7.5. Alterações da Sensopercepção ......................................................................... 73
7.6. Alterações na Intensidade das Sensações ........................................................ 74
7.7. Alterações na Síntese Perceptiva – Agnosias ................................................... 75
7.8. Reações Fisiológicas em Confronto .................................................................. 76 
Capítulo 8. Do Processo Educacional e Treinamento.......................................... 83
8.1. Conceito de Educação ....................................................................................... 858.2. Taxionomia dos Objetivos Educacionais ........................................................... 87
8.3. Níveis do Domínio Cognitivo .............................................................................. 88
8.3.1. Domínio Cognitivo ........................................................................................... 88
8.3.2. Domínio Afetivo ............................................................................................... 90
8.3.3. Níveis do Domínio Psicomotor ........................................................................ 91
8.4. Oficina de Treinamento ...................................................................................... 91
8.5. Comunicação e Treinamento ............................................................................. 92
8.6. A Importância do Treinamento Policial Militar .................................................... 93
8.7. Treinamento como início de uma mudança profissional .................................... 
94
8.8. Os Objetivos do Treinamento Policial Militar ..................................................... 96
8.9. O Treinamento de Defesa Pessoal na Polícia Militar do Estado de São Paulo . 
96
Capítulo 9. Análise Comparativa das Diversas Artes Marciais e Desportos de 
Combate e sua Utilidade para a Defesa Pessoal ................................................ 99
9.1. O que é Defesa Pessoal ? ................................................................................. 99
9.2. Comparação dos Principais Sistemas de Luta ................................................ 100
Capítulo 10. Análise Contextual da Pesquisa de campo sobre a Perspectiva do 
Treinamento de Defesa Pessoal e das Imobilizações Corporais na PMESP .. 102 
19
10.1. Da coleta de dados, processamento e resultados da pesquisa de opinião e 
outros dados relevantes junto a amostragem Não - probabilística intencional ....... 
102
10.2. Da coleta de dados, processamento e resultados da pesquisa de opinião e 
outros dados relevantes junto 1.ª amostragem Não - probabilística acidental ....... 108 
10.3. Da coleta de dados, processamento e resultados da pesquisa de opinião e 
outros dados relevantes junto a 2.ª amostragem Não - probabilística acidental .... 114
Capítulo 11. Contexto da Realidade Policial na Cidade de São Paulo ............ 121
11.1. Um dia de da rotina de atendimento área territorial do 8.º BPM/M ............... 122
11.2. Apuração de Resultados junto a Ouvidoria da Polícia do Estado de São 
Paulo ..............................................................................................................................
... 125
Capítulo 12. Viagem de Estudos da “II Jornada de Polícia Comparada” – Estado 
de Santa Catarina .................................................................................................. 130
12.1. Síntese Histórica da Polícia Militar do Estado de Santa Catarina ................. 130
12.2. Entrevista tendo por Tema a Defesa Pessoal e o Uso Defensivo da Força 
Física ...................................................................................................................... 133
Conclusão .............................................................................................................. 138
Referências Bibliográficas ................................................................................... 140
Apêndice: Minuta de Proposta do Manual Técnico de Imobilizações Corporais – 
Individual em Grupo no Uso Defensivo da Força Física ................................... 149
20
Introdução
A Polícia Militar do Estado de São Paulo possui aproximadamente cem mil 
homens e mulheres em seu efetivo, dispostos diuturnamente, em todo o Estado de 
São Paulo, para atender a premissa constitucional de manter e preservar a ordem e 
segurança públicas de toda a Sociedade e das Instituições, por meio do policiamento 
ostensivo fardado e preventivo, com respeito à dignidade e aos direitos da pessoa 
humana mesmo com o sacrifício da própria vida.
Não se trata de poesia ou slogan institucional, mas de uma realidade que 
afeta o profissional Militar do Estado em seu dia a dia.
O estudo teve por objetivo geral analisar a importância do treinamento, ou 
seja, o processo de atualização e aperfeiçoamento dos conhecimentos referentes às 
práticas policiais, na definição de novos padrões de resposta por parte dos policiais 
nas atividades de policiamento. As situações em que os policiais se envolvem dão 
origem a opiniões e interpretações dos atos policiais. Essas opiniões e interpretações 
da comunidade podem ser positivas ou negativas para a organização policial e para o 
policial alvo da observação. Entre os objetivos específicos busca-se analisar o uso da 
21
força quando da realização de uma abordagem policial, a técnica utilizada, bem como 
o treinamento policial como fator de mudança no serviço prestado.
Em toda abordagem policial o uso da força será utilizado podendo ser com 
comandos verbais, ou até mesmo com o uso de força letal em casos de ameaça letal 
ao policial ou a terceiros (outros cidadãos). Os níveis de força apresentam seis 
alternativas adequadas ao uso da força legal. Cada situação enfrentada pelo policial 
é única. O bom julgamento e as circunstâncias de cada uma delas ditará o nível de 
força que o policial utilizará. As circunstâncias são percebidas pelos policiais de 
acordo com o ambiente e a ação do suspeito abordado.
É um trabalho que se justifica pela importância da discussão sobre o uso da 
força não letal e as garantias legais para a execução de uma abordagem policial, 
para que durante o policiamento ostensivo respeite os direitos do cidadão abordado.
Mostrando a importância do treinamento aos policiais como forma de reduzir o 
emprego abusivo de força nos encontros da polícia com o público, melhorando a 
qualidade do trabalho policial, aumentando a proteção do policial e do abordado.
Este trabalho observa como problema o fato de que o policial militar 
desempenha suas atividades operacionais, na maior parte do tempo sem supervisão 
direta, ou seja, o acompanhamento mais frequente por parte do supervisor, Tenente 
ou Subtenente ou Sargento, em razão da própria estrutura do policiamento ostensivo 
motorizado. Nesses casos policiais que adotem condutas impróprias, do ponto de 
vista procedimental, que quando não corrigidas tendem a serem incorporadas no 
comportamento e naturalizadas. 
Dessa forma o policial adota posturas erradas com a crença que está agindo 
corretamente. Essa conduta expõe o policial ao risco e em consequência expõe ao 
risco o cidadão.
A hipótese central do trabalho estabelece que o treinamento constante tem 
um papel expressivo como um fator capaz de reduzir o uso abusivo da força nos 
encontros do policial com o cidadão e de melhorar a qualidade do serviço prestado 
pelo policial de uma maneira geral, aumentando o grau de segurança, tanto ao 
policial quanto ao cidadão, e diminuindo a exposição de ambos ao risco.
22
No estudo serão testadas as seguintes hipóteses (H):
H1: As garantias legais para o exercício das atividades de polícia ostensiva 
são suficientes para proporcionar segurança e correção na execução de uma 
abordagem policial?
H2: O treinamento policial permanente diminui a possibilidade de o policial 
usar a força de maneira excessiva, contra pessoas submetidas a abordagem policial, 
o que gera uma redução dos casos de abuso policial?
H3: O treinamento policial permanente aumenta a capacidade do policial em 
oferecer proteção ao público e em aumentar sua própria segurança durante as 
abordagens policiais, o que gera diminuição da exposição de ambos ao risco?
A pesquisa utilizao método hipotético-dedutivo, ou seja, a partir das hipóteses 
formuladas deduz a solução do problema. Quanto aos objetivos é uma pesquisa 
bibliográfica, para a elaboração do embasamento teórico, e quanto aos 
procedimentos é uma pesquisa do tipo documental, para a coleta de dados, aliando-
se a pesquisa de campo com o aperfeiçoamento e mesmo elaboração de novas 
formas de Técnicas de Imobilizações Corporais no Uso Defensivo da Força 
Física (UDFF)
Com relação à primeira hipótese (H1) as técnicas e fontes utilizadas foram 
levantamentos bibliográficos, principalmente nas fontes relacionadas com normas do 
direito brasileiro e normas da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP), 
observação de normas referentes ao uso da força e treinamento policial. E, na 
segunda (H2) e na terceira (H3) hipóteses foi utilizada pesquisa documental, com 
acesso a fontes primárias, e análise discricionária do banco de dados estatísticos 
publicado no site da Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo através do 
Relatório do 1.º Semestre/2009. Desse relatório é possível analisar os desvios de 
conduta, principalmente os de uso excessivo da força quando do contato do policial 
com o cidadão no Estado de São Paulo.
São Paulo possui vários órgãos que atuam, principal ou acessoriamente, no 
controle da atividade policial, são eles: Comissão de Direitos Humanos da 
Assembléia Legislativa de SP, Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da 
23
Câmara Municipal de São Paulo, Conselho Estadual de Defesa dos Direitos 
Humanos em São Paulo, e Ministério Público Estadual/ Promotoria de Direitos 
Humanos. 
O presente trabalho está dividido em 12 capítulos. No primeiro se faz 
referência à legislação pátria que fundamenta a existência da Instituição Policial 
Militar. O capítulo segundo descreve a abordagem policial, fato primordial no 
desenvolvimento das atividades operacionais das instituições policiais, podendo ser 
considerado o momento culminante da ação do profissional de Polícia. No terceiro 
disserta-se sobre o uso da força, estudo das normas legais sobre abordagem policial 
que o policial militar necessita conhecer para realizar com segurança uma 
abordagem. O quarto capítulo trata sinteticamente do perfil profissiográfico exigido 
para o exercício da função Policial, bem como as suas contra-indicações. No quinto 
capítulo se faz menção ao Círculo da Sobrevivência, que traz os fundamentos da 
preparação do homem e da infraestrutura adequada à proficiência na atividade 
policial. O sexto capítulo trata sumariamente dos efeitos psicomotores no organismo 
humano quando submetido ao estresse do confronto. Já no sétimo capítulo tratamos 
dos aspectos relacionados às sensações e percepções humanas diante dos diversos 
contextos de exercício da atividade policial. O oitavo capítulo versa sobre a origem 
do processo educacional e a sua aplicação ao treinamento. No capítulo nove busca-
se conceituar o termo Defesa Pessoal, e se faz uma breve análise comparativa entre 
os principais sistemas de lutas e técnicas de artes marciais, demonstrando a sua 
ligação histórica com as técnicas de autodefesa. O capítulo dez expõe uma análise 
contextual da pesquisa de campo sobre a perspectiva do treinamento de Defesa 
Pessoal e das Imobilizações Corporais na PMESP. O capítulo onze apresenta o 
contexto da realidade policial na Cidade de São Paulo em um único dia de 
atendimento de ocorrências na área de um Batalhão Policial Militar. Na seqüência 
trata de dados coletados do relatório do 1.º Semestre de 2009. O Relatório permite 
fazer uma análise discricionária dos principais desvios de comportamento policial 
denunciados pela sociedade paulista no 1.º Semestre de 2009. No capítulo doze 
relata-se a Viagem de Estudos da “II Jornada de Polícia Comparada” – Estado de 
Santa Catarina, onde foram realizadas visitas aos diversos órgãos de segurança 
pública (PM, CB), sendo dada ênfase na presente pesquisa aos arquivos da Diretoria 
24
de Instrução e Ensino e ao BOPE onde foi realizada importante entrevista acostada 
a esta monografia. 
 Por fim, apresentação das considerações finais do trabalho monográfico.
1. A Polícia Militar e a Lei
1. 1. A Constituição Federal e Princípios Constitucionais
A Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 de 
outubro de 1988 (CF/88), determinou um novo Estado para toda a nação brasileira, 
um Estado Democrático de Direito, onde, in tese, o poder, delimitado nesta Lei 
Maior, é fruto da vontade popular.
Art. 1º. (...)
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por 
meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta 
Constituição.
A primeira das leis, na qual a Polícia Militar encontra-se incluída, é a 
Constituição Federal da República Federativa do Brasil, promulgada em 05 de 
outubro de 1988.1 No Título V “ Da Defesa do Estado e das Instituições 
Democráticas, no Capítulo III “Da Segurança Pública”, encontramos o seguinte texto: 
(...)
1 Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 05 de outubro de 1988.
25
Artigo144 – A segurança pública, dever do Estado, direito e 
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública 
e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes 
órgãos:
(...)
V – polícias militares e corpos de bombeiros militares.
Parágrafo 5.º - Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a 
preservação da ordem da ordem pública; aos corpos de bombeiros 
militares, além das atribuições definidas, em lei, a execução de atividades 
de defesa civil.
No parágrafo 5.º o legislador salienta a função primordial da Polícia Militar por 
lei, o policiamento ostensivo, fardado, de preservação da ordem pública.
Parágrafo 6.º - As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças 
auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias 
civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e Territórios.
No parágrafo 6.º salienta-se a subordinação da Polícia militar, juntamente com 
as Polícias Civis, aos Governos Estaduais e a situação de ser força auxiliar e reserva 
do Exército, significando que pode ser convocada por esta força a qualquer 
momento em situação necessária, principalmente as que se referem a graves 
perturbações da ordem pública.
Além deste aspecto, a Constituição Federal também trata sobre os servidores 
públicos militares, no Título III “Da Organização do Estado”, Capítulo VII “Da 
Administração Pública”, Seção III “Dos Servidores Públicos Militares”. Diz o texto:
Artigo 42 – São servidores militares federais os integrantes das 
Forças Armadas e servidores militares dos Estados, Territórios e 
Distrito Federal, os integrantes de suas polícias militares e de seus 
corpos de bombeiros militares.
26
1.2. Legislação Infraconstitucional
Após a Constituição Federal, a lei mais importante que trata da definição, 
competência, finalidade e organização da PMESP é o Decreto Lei 667, de 02 de 
julho de 1969.
1.3. Constituição do Estado de São Paulo
Constituição do Estado de São Paulo, promulgada em 05 de outubro de 1989, 
na qual encontramos matéria que dispõe sobre a Segurança Pública, a Polícia Militar 
e os integrantes da Corporação, com destaque para o seguinte:
Título III, “Da Organização do Estado”, Capítulo II ”Dos Servidores 
Públicos do Estado”, Seção II “Dos Servidores Públicos Militares”:
Art.138 – São servidores públicos militares estaduais os integrantes 
da polícia Militar do Estado.
§ 1.º - Aplica-se, no que couber, aos servidores a que se refere este 
artigo, o disposto no art. 42 da Constituição Federal.
 § 2.º - Naquilo que não colidir com a legislação específica, aplica-se 
aos servidores mencionados neste artigo o disposto na seção 
anterior.
No seu Capítulo III “Da Segurança Pública”, Seção I “Disposições 
Gerais”:
Art. 139 – A Segurança Pública, dever do Estado, direito e 
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem 
pública e incolumidade das pessoas e patrimônio.
§ 1.º - O Estado manterá a segurança pública por meio de sua 
polícia, subordinada ao Governador do Estado.
§ 2.º - A Polícia do Estado será integrada pela Polícia civil, Polícia 
Militar e Corpo de Bombeiros.
§ 3.º - A Polícia Militar, integrada pelo Corpo de Bombeiros, é força 
auxiliar, reserva do Exército.
27
Ainda na sua Seção II, “Da Polícia Militar”:
Art. 141 – À Polícia Militar, órgão permanente, incumbe, além das 
atribuições definidas em lei, a polícia ostensiva e a preservação da 
ordem pública.
Na Polícia Militar do Estado de São Paulo, registramos as definições e 
conceitos contidas no MANUAL BÁSICO DE POLICIAMENTO OSTENSIVO DA 
POLÍCIA MILITAR (M-14-PM) publicado no Bol G PM 213/932, que estabelece um 
verdadeiro glossário do vocabulário jurídico e técnico policial.
Acompanhando a dinâmica evolutiva da Sociedade, foram publicadas as 
NORMAS PARA O SISTEMA OPERACIONAL DE POLICIAMENTO PM (NORSOP), 
através da DIRETRIZ Nº PM3-008/02/06, de 01AGO063, estabelecendo normas e 
mesmo revalidando conceitos e definições para as competências e atribuições legais 
da Milícia Bandeirante.
Destarte, A polícia ostensiva é uma das faces mais visíveis do estado e sua 
atuação é fundamental na determinação do grau de segurança subjetiva da 
população, além de empregar uma imagem de ordem às relações cotidianas das 
pessoas.
A polícia comunitária implica a tentativa de certa reorganização operacional da 
polícia brasileira, uma vez que institucionaliza uma maior preocupação com a 
qualidade da interação entre agentes policiais e a população.
2 M-14-PM – Manual Básico de Policiamento Ostensivo- Setor Gráfico do CSM/M Int 1.993-2ª Edição 
Tiragem: Publicado no Bol G PM 213/93.
3 NORMAS PARA O SISTEMA OPERACIONAL DE POLICIAMENTO PM (NORSOP), através da 
DIRETRIZ Nº PM3-008/02/06, de 01AGO06
28
2. Aspectos Legais e Éticos do Uso da Força.
Pelo conceito moderno, adotado pelo direito, o poder de polícia é a atividade 
do Estado consistente em limitar o exercício dos direitos individuais em benefício do 
interesse público, tem por atributos a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a 
coercibilidade, além do fato de corresponder a uma atividade negativa. 
No direito brasileiro, encontra-se o conceito legal de poder de polícia no 
Código Tributário Nacional:
Art. 78 – Considera-se poder de polícia atividade da administração 
pública que, limitando ou disciplinando o direito, interesse ou 
liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de 
interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos 
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de 
atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do 
Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e 
aos direitos individuais e coletivos. 
2.1. Abordagem Policial
2.1.1. Polícia e a Preservação da Ordem Pública na busca da harmonia e paz 
social
29
A paz, a estabilidade e a segurança numa cidade, num Estado ou mesmo 
num país, em grande medida, dependem da capacidade de suas organizações de 
aplicação da lei em fazer cumprir a legislação nacional garantindo os direitos e 
exigindo o cumprimento dos deveres da população. 
No cumprimento de sua missão constitucional as polícias militares realizam 
várias operações preventivas como: policiamento ostensivo, blitz (bloqueios), buscas 
pessoais, dentre outras, com o intuito de evitar a prática de delitos e garantir a ordem 
pública.
2.1.2. Abordagem Policial – Aspectos da Relação Interpessoal com o Cidadão
A abordagem policial envolve invasão da intimidade e da privacidade das 
pessoas, podendo, dependendo da pessoa e da situação, produzir ações 
constrangedoras e muitas vezes reações emocionais e agressivas. É preciso que o 
policial esteja preparado para essas situações e equipado conceitualmente com 
critérios de ações que incorporem o respeito à dignidade humana das pessoas que 
estarão submetidas ao seu poder.
30
3. Obrigações das Autoridades pelo Uso da Força
Portanto, sintetizando o enunciado acima, é certo que ao policial cabe agir de 
ofício para preservar e manter a ordem pública, estando legitimado a fazer o uso da 
força dentro da legalidade, isto de forma técnica, assunto que abordaremos mais 
amiúde ao seu tempo neste trabalho, sendo apesar da primeira afirmação de que a 
profissão policial não se guia por padrões imutáveis, uma ocorrência e sempre 
diferente da outra, porém é crível que existem similitudes das ações humanas no 
teatro social, e que é possível o treinamento de técnicas para fazer face aos fatos e 
atos humanos agressivos à sociedade, pois é certo que a prática e experiência de 
situações análogas é o grande laboratório de criação e aperfeiçoamento das 
técnicas policiais.
3.1. Legalidade e Legitimidade do Uso da Força e Controle da Atividade Policial
No “encontro entre polícia e população”, o policial, no cumprimento de sua 
missão constitucional, pode para conter o suspeito utilizar da força para quebrar a 
resistência do infrator dentro dos princípios legais.
Conforme afirma LIMA4:
4 LIMA, João Cavalim de. Atividade Policial e Confronto Armado – 1ª ed. – Juruá – Curitiba – 2007. 
p. 18.
31
“A polícia não constitui uma profissão em que se possa utilizar soluções 
padronizadas para problemas padronizados que ocorrem em intervalos 
regulares. Trata-se mais da capacidade de compreender o espírito e a 
forma da lei, assim como as circunstâncias únicas de um problema 
particular a ser resolvido. Espera-se que os agentes da lei tenham a 
capacidade de distinguir entre inúmeras situações que se adaptam apenas 
a uma única norma legal e necessitam de soluções diferentes.”
As palavras-chave na aplicação das leis são:
- Negociação;
- mediação;
- persuasão;
- resolução de conflitos.
Comunicação é o caminho preferível para alcançar os objetivos da aplicação 
da lei. Contudo, se os objetivos da aplicação da lei não podem sempre ser atingidos 
pelos meios de comunicação, permanecendo basicamente duas escolhas. Ou a 
situação é deixada como está e o objetivo da aplicação não será atingido, ou os 
encarregados da aplicação da lei decidem usar a força para alcançar o objetivo.
Os legisladores concedem a suas organizações policiais autoridade legal para 
usarem a força, se necessário, para servirem aos propósitos legais da aplicação da 
lei. Isto significa que as forças policiais têm o dever de usar a força se, em dada 
situação, o objetivo não puder ser alcançado de outro modo. Apenas em situações 
em que o uso da força seria considerado inapropriado de acordo com as 
circunstâncias, isto é, dada a importância do objetivo a ser alcançado e a quantidade 
de força requerida para realmente atingi-lo, a força não deveria ser usada.
3.2 Princípios Básicos sobre o Uso da Força e Armas de Fogo
Os Princípios Básicos sobre o Uso da Forçae Armas de Fogo (PBUFAF) 
foram adotados no Oitavo Congresso das Nações Unidas sobre Prevenção do Crime 
e o Tratamento dos Infratores, realizado em Havana, Cuba, de 27 de agosto a 07 de 
setembro de 1990. Apesar de não ser um tratado, o instrumento tem como objetivo 
32
proporcionar normas orientadoras aos Estados-Membros, na tarefa de assegurar e 
promover o papel adequado dos encarregados da aplicação da lei. 
3.3. Atuação da Polícia no Uso da Força Legal
A constituição da República Federativa do Brasil subordina o Estado, e seus 
agentes (os policiais entre eles), ao respeito à legalidade e a dignidade humana. Nas 
relações entre Estado e cidadãos, os poderes de coerção e os meios de constrição 
que a autoridade está legitimamente autorizada a exercer e utilizar só se justificam 
se voltados para a garantia da paz social e do exercício dos direitos e garantias 
fundamentais. O exercício do poder está limitado pela Constituição e pela lei e não 
deve violar ou agredir ou negar a dignidade humana.
O policial tem de estar apto a cumprir seu dever de aplicação da lei e de 
prestação de assistência em situações em que seja necessário. Poder e autoridade 
estão relacionados, entre outros, à detenção e ao uso da força e da arma de fogo. O 
policial, autoridade legal para empregar a força, incluindo o uso letal de arma de fogo 
em situações em que se torna necessário e inevitável para os propósitos legais da 
aplicação da lei, cria, em toda ação policial, uma situação na qual policiais e 
membros da comunidade se encontram em lados opostos. Esse relacionamento será 
ainda mais prejudicado no caso de uso de força ilegal, isto é, desnecessária e 
desproporcional.
Anos de boas práticas de policiamento e de confiança da comunidade podem 
ser comprometidos por único ato de uso excessivo de força ou menos pela 
percepção de seu cometimento. Assim, todo policial deve conhecer os princípios e 
pressupostos essenciais para o uso da força: Legalidade, Necessidade, 
Proporcionalidade e Conveniência. 
Legalidade, o policial deve amparar legalmente sua ação atendendo os 
seguintes pressupostos:
Necessidade, ação utilizada pelo policial é a menos danosa para se atingir o 
objetivo desejado.
33
Proporcionalidade, a ação policial está conforme a resistência do 
suspeito/agressor. 
Conveniência, mesmo sendo legal, necessária e proporcional há de se 
observar a conveniência da ação, ou seja, a ação não pode trazer danos a pessoas 
externas a abordagem.
Legal, Necessário, Proporcional, Conveniente, Estes princípios exigem, 
respectivamente, que a força somente seja usada pela polícia quando estritamente 
necessária para fazer cumprir a lei e manter a ordem pública, e que a aplicação da 
força seja proporcional, isto é, só seja aplicada na medida exigida pelos legítimos 
fins do cumprimento da lei e da manutenção da ordem pública, e que essa força não 
atinja a terceiros.
O uso arbitrário da força é uma violação aos direitos humanos e, 
consequentemente, do direito penal. O policial, antes, responsável por manter e 
preservar direitos, acaba por se tornar um violador de normas, um infrator. Na 
atividade policial o uso arbitrário da força, ou uso da violência é considerado um 
impulso arbitrário, um ato ilegal, ilegítimo, amador. Enquanto que o uso da força é 
um ato discricionário, legítimo, legal, profissional. 
3.4. Código de Conduta Policial
Todas as Instituições Policiais possuem o seu próprio código de conduta, o 
qual de forma explícita ou implícita regula o comportamento dos agentes da lei no 
Uso da Força. Porém existem normas internacionais que servem de parâmetro, 
como o Código de Conduta para os Encarregados da Aplicação da Lei (CCEAL). 
Este código busca criar padrões para práticas de aplicação da lei que estejam de 
acordo com as disposições básicas dos direitos e liberdades humanos. Por meio da 
criação de uma estrutura que apresente diretrizes de alta qualidade ética e legal, 
procura influenciar atitude e o comportamento prático dos encarregados da aplicação 
da lei. 
O código reconhece que o mero conhecimento dos Direitos Humanos, por si 
só, não é suficiente para dar corpo à noção de manutenção e sustentação dos 
Direitos Humanos. A experiência do público e sua percepção de qualidade, com os 
34
direitos e liberdade básicos, é formulada nos contatos dos agentes do Estado, como, 
por exemplo, os encarregados da aplicação da lei. É esta a razão pela qual o ensino 
dos Direitos Humanos aos encarregados da aplicação da lei não pode ser visto 
separadamente de sua implementação e aplicação na realidade diária. No artigo 3.º 
do CCEAL está estipulado que:
“Os encarregados da aplicação da lei só podem empregar a força quando 
estritamente necessária e na medida exigida ao cumprimento do seu 
dever.”
As disposições do código de conduta enfatizam que o uso da força pelas 
agências e forças policiais deve ser excepcional e nunca ultrapassar o nível do 
razoavelmente necessário para se atingir os objetivos legítimos de aplicação da lei. 
O uso da arma de fogo deve ser visto como medida extrema.
O policial deve ter sempre em mente, ao executar uma abordagem, que para 
cada grau de risco ou ameaça corresponde a um nível de resposta da organização 
policial. O policial disciplinado e profissional reconhece a importância do seu 
trabalho, alinhando sua conduta a questões de natureza ética com o uso da força. A 
ação de cada policial tem forte relação com a imagem e a percepção da organização 
policial.
Numa abordagem o policial desconhece a reação do suspeito quando da 
presença dos policiais, sendo necessário que reconheça qual situação está presente 
no momento da abordagem. E, dentro dessa situação, saiba qual nível de força deva 
ser empregada com o intuito de evitar excessos ou abusos. Dentro dessa afirmação 
o Manual de Prática Policial5 da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais é 
elucidativo (2002, p. 78): Basicamente os suspeitos com que você lida se enquadram 
em uma das seguintes situações:
a) Normalidade
5 MINAS GERAIS. Polícia Militar. Abordagem, Busca e Identificação. Manual de Prática Policial Nº 1. 
Belo Horizonte, 1981.
35
É a situação rotineira do patrulhamento em que não há a necessidade de 
intervenção da força policial.
b) Cooperativo
O suspeito é positivo e submisso às determinações dos policiais. Não oferece 
resistência e pode ser abordado, revistado e algemado facilmente, caso seja 
necessário prendê-lo.
c) Resistente passivo
Em algumas intervenções, o indivíduo pode oferecer um nível preliminar de 
insubmissão. A resistência do sujeito é primordialmente passiva, com ele não 
oferecendo resistência física aos procedimentos dos policiais, contudo não acatando 
as determinações, ficando simplesmente parado. Ele resiste, mas sem reagir, sem 
agredir.
d) Resistente ativo
A resistência do individuo tornou-se mais ativa, tanto na amplitude quanto em 
intensidade. A indiferença ao controle aumentou a um nível de forte desafio físico. 
Como exemplo, podemos citar o suspeito que tenta fugir empurrando o policial ou 
vítimas.
e) Agressão não letal
A tentativa do policial de obter uma submissão à lei chocou-se com a 
resistência ativa e hostil, culminando com um ataque físico do suspeito ao policial ou 
a pessoas envolvidas na intervenção.
f) Agressão letal
Representa a menos encontrada, porém mais séria ameaça à vida do público 
e do policial. O policial pode razoavelmente concluir que uma vida está em perigo ou 
existe a probabilidade degrande dano físico as pessoas envolvidas na intervenção, 
como resultado da agressão. 
36
Para conter o suspeito durante uma abordagem policial é necessário o uso da 
força para quebrar a resistência. Os níveis de força apresentam seis alternativas 
adequadas ao uso da força legal. O Manual de Prática Policial descreve que cada 
situação enfrentada pelo policial é única. O bom julgamento e as circunstâncias de 
cada uma delas ditará o nível de força que o policial utilizará. As circunstâncias são 
percebidas pelos policiais de acordo com o ambiente e a ação do suspeito abordado.
Já na sua obra, Lima6 aponta que no encontro de um ou mais policiais com 
civil(s) propõe a identificação de três níveis de respostas e respectivos subníveis, 
como segue:
1) Encontro cooperativo – o cidadão é extremamente cooperativo com as 
ordens emanadas pela autoridade policial.
2) Encontro resistente – o cidadão é revel à ordem policial, porém não emite 
ações agressivas que exijam o uso de resposta de defesa por parte do policial, 
sendo que essa resistência se classifica em três subtipos, ou seja:
(1) Resistente passivo – ele não tenta fugir, mas também não segue a 
orientação do policial como, por exemplo, fica estático, agarra-se a um poste, etc.
(2) Resistente ativo – quando o civil resiste à ação sem, contudo agredir o 
policial, opondo forte resistência física a sua atuação, como espernear-se, debater-
se, resistir à entrada da viatura, gritos desesperados, etc.
(3) Agressivo – o cidadão agressivo constitui-se naquele que imediatamente 
à aproximação policial e logo após a abordagem, reage violentamente, sendo que 
este tipo de resposta divide-se em quatro subtipos:
(a) Primeiro nível – O movimento do civil contra o policial envolve tentativa de 
contato físico, e provavelmente essa ação não causará danos físicos significantes no 
policial, a não ser exigir um esforço físico.
6 LIMA, João Cavalim de. Atividade Policial e Confronto Armado – 1ª ed. – Juruá – Curitiba – 2007. 
p. 29/30.
37
(b) Segundo nível – Envolve provavelmente contato físico na tentativa de 
agressão contra o policial, exigindo o emprego de técnicas de defesa pessoal ou 
emprego de outro meio não letal para defesa. Geralmente os resultados envolvem o 
uso de força física, lesões corporais, etc.
(c) Terceiro nível – Envolve ações que provavelmente provocarão danos 
físicos ou ameaça à vida de policiais ou civis inocentes. O modo de ação envolve 
armas brancas, veículos, objetos contundentes, armas de fogo ou grupo de 
agressores em número maior que as forças policiais.
(d) Quarto nível – Refere-se especificamente à recepção do policial pelo 
cidadão através de confrontos armados, sem possibilidade de abordagem verbal ou 
outros meios.
A forma de avaliar o emprego de força contra agressores da lei e da ordem, 
da sociedade de uma forma geral, deve ser objetiva, podendo essas fases ocorrerem 
individualmente ou progressivamente e a ação do policial ser adequada a cada uma 
das fases e seu preparo psicológico para entender essas fases é essencial para que 
não acabe provocando evolução de uma fase para outra.
3.5. Tipos de Uso de Força
O uso da força pela Instituição Policial não se restringe apenas ao uso da 
arma de fogo, a mais divulgada pela mídia e mais temida por todos, mas também 
existem outros tipos de emprego do uso da força, intencional ou não, que 
aparentemente não são letais e podem ser usados e que incluem:
- perseguição (acompanhamento) em altas velocidades;
- técnicas de defesa pessoal como a “asfixia”;
- ataques com cães policiais;
- aparelho de choque;
- agentes químicos;
- emprego de equipamentos como o bastão.
38
Para auxílio na compreensão do tema, LIMA7 , afirma “não há nenhum 
consenso do que se constitui ‘Força Mortal Policial’, pois que eles sempre têm uma 
gama de opções de qual escolher uma situação de confrontação (tático). Estes 
níveis são descritos frequentemente, condições do uso necessário da força.” Neste 
entendimento cita Desmedt e Pântano (1990) que definiram os níveis seguintes de 
resposta policial quanto ao uso contínuo da força mortal:
1) Controle Social: Constitui-se no uso da imagem e da presença do policial 
para gerenciar a situação de risco. A presença física do policial na cena pode 
impedir uma situação violenta, porém, se o policial não estiver preparado 
psicologicamente para gerenciar situações de risco ou de alta tensão, sua presença 
pode induzir ao pânico ou ao aumento da agressividade no local.
2) Controle verbal: O emprego de uma linguagem verbal adequada pode 
proporcionar uma obediência ou uma resposta agressiva por parte do civil abordado. 
O emprego da terminologia certa para o momento, com a intensidade e tonalidade 
necessárias pode solucionar uma ocorrência ou terminar de forma trágica, sendo 
necessário bastante treinamento, por parte do policial, na sua execução.
3) Técnica de Neutralização: As técnicas de neutralização provocam um 
aturdimento temporário, eliminando a resistência, sem causar danos físicos 
permanentes (em geral). O uso dessas técnicas subjuga temporariamente e provoca 
desorientação no oponente em curto prazo. Golpes em pontos vitais: o impacto de 
golpes fulminantes em pontos vitais, seja nos músculos, esqueleto ou pontos 
sensíveis do oponente, pode provocar lesões corporais, porém é uma técnica não 
letal de enorme valia no controle do agressor.
4) Imobilização: Técnica empregada no contato corpo a corpo, com o uso do 
bastão, bastante eficiente, podendo provocar sérias lesões corporais.
5) Dispositivos de choque: Arma de descarga de choques elétricos, não 
letal, tendo como desvantagem a dificuldade de imobilização e possíveis 
consequências colaterais para pessoas com determinados históricos de doenças, 
7 LIMA, João Cavalim de. Atividade Policial e Confronto Armado – 1ª ed. – Juruá – Curitiba – 2007. 
p. 18.
39
como, por exemplo, as que usam marcapasso, não sendo assim aceitas como 
instrumento de defesa policial.
6) Agentes químicos: Essa classe de opção de controle de oponente tem 
uma variedade de substâncias químicas e com efeitos diversos, conforme sua 
composição e a reação das pessoas. Estas podem provocar os seguintes 
problemas: 
a) incapacidade imediata, não garantida;
b) efeitos imprevisíveis no oponente, variando da neutralização para a reação 
violenta.
7) Armas de Fogo: Instrumento policial de emprego extremo, devendo ser 
usado apenas para a proteção à vida. São diversas as armas que podem ser 
empregadas pelo agente policial, sempre adequadas à situação específica.
3.6. Níveis do Uso da Força Legal
A força utilizada deve ser calcada na situação imediata que o policial enfrenta. 
A força utilizada tardiamente caracteriza punição ao indivíduo, não sendo 
competência do policial julgá-lo, proferir e executar a sentença. O objetivo é utilizar a 
força para neutralizar o indivíduo em sua ação que caracterize desrespeito às lei, ou 
que possa causar mal à sociedade em que esse indivíduo convive. É importante 
definir que o agressor é quem comete a ação e o policial apenas reage, gerando 
uma resposta defensiva. O nível de ameaça que o agressor representa é 
proporcional à força que será utilizada para contê-lo.
A avaliação da situação deve ser a somatória de vários fatores relacionados 
ao policial e ao agressor, como, por exemplo, a idade, o sexo, tamanho, porte, 
preparo físico, nível de habilidade e relação numérica, bem como circunstâncias 
especiais, como a proximidade do oponente a uma arma de impacto ou de fogo,o 
conhecimento de informações relevantes sobre a periculosidade do oponente, o fato 
de o agente de segurança estar ferido ou exausto ou em posição vulnerável, etc. 
Um policial sozinho pode utilizar um nível de força maior contra vários 
oponentes, mas, se o oponente for muito mais fraco, representando um risco menor, 
40
é recomendado não escalar no uso da força. A percepção da totalidade da situação 
deve proporcionar a escolha e dosagem do nível de força que será utilizado para 
conter o agressor.
Em casos onde o agressor está nervoso é recomendado negociar, tentando 
diminuir a tensão, como, por exemplo, se a situação envolve reféns, um bom 
negociador pode fazer o marginal se entregar preservando tanto a vida do próprio 
marginal quanto a dos reféns.
Numa situação, com presença de um familiar nervoso ou um agente de 
segurança em público, devemos optar por técnicas que não causem 
constrangimento, ao mesmo tempo em que se preserva a integridade física do 
agressor. Nesses casos é altamente recomendado o uso de técnicas de 
imobilização. (grifei)
Em alguns casos, por não termos o treinamento necessário par aplicar uma 
técnica de controle ou para restringirmos os movimentos, o uso de armas não letais 
intimida o agressor e inibe a escalada da violência. É mais difícil para o agressor 
avançar contra um policial que exibe seu bastão ou que usa um agente químico.
A última opção é o uso de armas letais, e se justifica em situações de legítima 
defesa, especificadas na lei. São importantes o bom senso, prudência e 
responsabilidade, além, é claro, do treinamento adequado. É importante ressaltar 
que podemos pular etapas no gradiente de força, no caso de uma pessoa estar 
apenas agredindo verbalmente o policial, e tentarmos negociar, este escala na 
violência e tira um revólver repentinamente. Podemos, então, fazer uso de meios 
letais para nos defender. As circunstâncias do momento é que irão determinar a 
melhor resposta.
Existem subníveis, em cada nível de força, que devem ser constantemente 
treinados para que em uma situação de risco possa o policial decidir rapidamente 
qual a resposta adequada para cada situação.
Escala de Proporcionalidade do Uso da Força
TIPO SITUAÇÃO AÇÃO NÍVEIS
41
PREVENTIVO
Posicionamento; 
Postura;
Presença Menos força.
Ameaça verbal; Ordem; Negociação;
Aviso Voz do policial.
REATIVO
Resistência 
passiva
Uso do corpo; Controle de 
contato.
Resistência 
ativa
Chave de braço; 
Ponto de pressão;
Controle físico.
Agressão não 
letal
Armas não letais; 
Golpes contundentes
Força não-letal.
Armas Força letal Força letal.
Tabela 1 – Escala de Proporcionalidade do Uso da Força
Situação e Resposta no Uso da Força Legal
RISCO RESPOSTA
Agressão letal Força letal
Agressão não-letal Força não-letal
Resistência ativa Controle físico
Resistência passiva Controle de contato
Tabela 2 – Situação e Resposta no Uso da Força Legal
3.7. Os Elementos do Uso da Força Legal
Os estudiosos em polícia enfatizam a necessidade de se medir a quantia de 
força usada por agentes policiais e por suspeitos. A tarefa de medir a quantia de 
força requer o conhecimento dos comportamentos específicos dos atos do que se 
constitui a “força” e a quantidade de força empregada em cada situação. Estudos do 
Instituto Nacional de Justiça do Departamento de Justiça dos Estados Unidos 
identificam cinco elementos de força: armas, táticas de defesa pessoal, restrições, 
movimento e voz.
1) Armas – Há consenso geral de que o uso de uma arma constitui uso de 
força e que o uso de certos tipos de arma, por exemplo: carabinas e rifles, envolvem 
mais força que outras armas como bastões e armas de gás (tipo spray de pimenta). 
O que não é muito claro é o significado “uso”. Por exemplo, uma arma de fogo tem 
que ser descarregada para ser usada? Também não é clara a de aceitação pacífica 
42
por especialistas, se a posse, ameaça de uso, ou exibição de uma arma constitui uso 
de força por policiais ou por suspeitos.
2) Táticas de defesa – Os policiais utilizam e são treinados para usar 
uma variedade de táticas de defesa, desde técnicas de asfixia, até segurar o 
suspeito ou detido pelo braço. Cada uma destas táticas envolve contato físico entre 
o policial e o suspeito e não envolve uso de objetos específicos para aplicar o uso da 
força.
3) Restrições – Um elemento de força que os policiais adotam bastante é 
o uso de restrições. São listados três possíveis tipos de restrições: algemas, revista 
e chave de braço. O uso de restrições é frequente, mas não universal. Algemar é 
tipicamente percebido como emprego de força, apesar de ser uma defesa do policial 
contra o agressor. Esta técnica está sujeita a sérias restrições legais, mas que, em 
nossa compreensão de força, poderia incluir no uso de restrições mais severas, por 
exemplo, os casos de controle com o suspeito ajoelhado ou deitado no chão.
4) Movimento – Um aspecto de encontros de polícia-público em 
situações de confronto é a fuga de suspeitos e perseguição policial ou tecnicamente 
chamada de acompanhamento tático. Embora a maioria das pesquisas e discussões 
de política no uso de força fale de fuga ou perseguição, incluímo-los como elementos 
potenciais de força.
5) Voz – É um elemento potencial de força, que a polícia emprega para 
controle dos suspeitos. As pesquisas policiais listaram quatro categorias de voz ou 
comando policial: sociável, comandos, gritando e ameaças verbais. Embora o 
principal do que se entende como típico uso de força não envolva o que é dito, mas 
o que é determinado, a natureza da comunicação verbal, especialmente se envolver 
ameaças, enquanto gritando, pode ser um elemento de força e precisa ser 
incorporado em como nós entendemos, como limite de força.
3.8. Medidas de Força
O uso da força tem limite ou medidas, e estudos classificaram-na, para efeito 
de análise, em força física, ameaça de vantagem de força física, quantidade 
contínua de força e força máxima. Cada uma dessas medidas é um resumo de 
comportamentos derivados, combinando ações específicas dos agentes policiais e 
suspeitos em diferentes modos. É reconhecida a probabilidade de que nenhuma 
43
medida capture bem todos os enfoques diferentes do uso de força. Assim, as 
pesquisas usam medidas múltiplas de força para incorporar, mais precisamente os 
vários modos nos quais a força e conceptualizada pela polícia, o público e 
investigadores.
1) Força Física – A primeira medida é uma dicotomia conceitual tradicional 
das preocupações dos especialistas, estudiosos e principalmente organizações de 
defesa dos direitos humanos: quando a força física pode ou não ser usada? Para a 
concepção policial é preciso definir o uso da força física de policiais e para suspeitos 
de forma paralela, mas de maneira ligeiramente diferente. Para as demais 
instituições não policiais, a definição de força física inclui qualquer abordagem na 
qual qualquer arma ou tática de defesa pessoal são usadas. Para a polícia e para 
suspeitos, o emprego de força física na abordagem policial é quando os mesmos 
usam restrições mais severas, como agressão, algema, chaves de braço, etc., 
porém dentro de uma técnica ou procedimento padrão aprendido no curso do 
treinamento policial.
2) Ameaça de vantagem de força física – A segunda medida inclui todos os 
elementos de força física mais a soma do uso de ameaças e exibições de armas. 
Esta medida combina força física atual com ameaças de força. Além de ser esta 
combinação imprópria para algunspropósitos, são comuns as reclamações de civis 
do uso de ameaças por parte de policiais que, apesar do uniforme, armas e força 
física, ainda se socorrem do uso de ameaças de sua condição para intimidar o 
oponente.
3) Quantidade contínua de força – A terceira medida, estabelece as 
posições de força geralmente usadas através das instituições policiais para indicar 
níveis distintos de resistência civil e níveis de resposta policial. A quantidade 
contínua de medidas de força tem uma posição natural de categorias do menos forte 
para o mais forte, considerando a diferença entre presença do policial, as ordens 
emanadas e o uso da arma letal. Ela envolve sequencialmente a resistência à ação 
policial ou o uso da força e quando esses fatores não forem suficientes para o 
controle do civil, o agente policial, no cumprimento de sua missão, aumenta a 
intensidade de seu repertório de respostas.
44
4) Força máxima – A concepção de uso da força máxima compreende o 
exercício máximo do poder de polícia para restabelecer uma ordem violada e à 
resistência do civil à ordem policial, obrigando-o a utilizar-se sequencialmente das 
medidas de força para cumprimento de sua missão. Em algumas situações as 
medidas de forças não são sequenciadas, podendo o policial partir para a última 
medida, como o uso direto da força letal, para poder sobreviver.
3.9. Fases Dinâmicas do Encontro
Na falta de obras ou artigos específicos na área de Defesa Pessoal, 
especificamente no combate corpo-a-corpo, será utilizada descrição da Dinâmica de 
Encontro Mortal, elaborada por Salomon (1990), citado por LIMA8, que descreveu 
cinco fases dentro de uma dinâmica de encontro mortal em potencial que pode ser 
enfrentado por um policial. Essas fases são extremamente flexíveis, podendo o 
policial pular as fases instantaneamente, como da fase 01 para a fase 05. O tempo 
para cada fase depende da dinâmica do evento, assim como a velocidade de reação 
para cada fase depende da capacidade individual de cada policial. Essas fases são:
1) Primeira fase – Preocupação – O policial tem elementos para se 
preocupar com uma situação aparentemente normal, mas que pode ter potencial em 
transformar-se numa situação problemática.
2) Segunda fase – Alerta de vulnerabilidade – O policial pode acreditar que 
está ficando vulnerável a uma ameaça pessoal ou pode perder o controle imediato 
de uma situação.
3) Terceira fase – Mudança de foco – Ocorre uma mudança cognitiva da 
fase de foco interno de vulnerabildade percebida para estratégias de ação.
8 Apud 
 
 LIMA, João Cavalim de. Atividade Policial e Confronto Armado – 1ª ed. – Curitiba – Juruá 
– 2007. p. 30.
45
4) Quarta fase – Sobrevivência – A possibilidade de ameaça à vida do 
policial pelo agressor contínua e a percepção se estreita para focalizar-se apenas na 
ameaça e nesse momento são elaboradas estratégias de ação.
5) Quinta fase – Luta ou vôo – O policial ocupa-se de estratégias de 
sobrevivência como única opção viável à ameaça percebida à sua vida.
Na mesma obra Scharl e Agudo (1983) elaboraram outras concepções para 
análise de fases identificáveis de encontros de altos riscos, assim descritas:
1) Fase da antecipação – Essa fase envolve o período no qual o policial toma 
conhecimento da necessidade de uma intervenção (ocorrência) até a chegada ao 
local do evento.
2) Fase da entrada na cena – É a fase em que o policial entra em cena 
fisicamente e faz contato inicial com o cidadão. Elaboram-se decisões táticas sobre a 
cobertura e as melhores técnicas de ação no evento percebido.
3) Diálogo e informação (fase de definição) – É a fase na qual o policial faz 
avaliação da situação, estabelece prioridades, ordem na situação ou tenta do 
problema, possíveis soluções ou ambas, visando solucionar a ocorrência.
4) Fase das táticas e de controle não-letais – O policial analisa e considera 
qual é a tática de controles não-letais poderá utilizar efetivamente para solucionar ou 
não a ocorrência.
5) Fase de decisão final – Nesse ponto crítico, o policial tem que tomar a 
decisão sobre se utiliza ou não sua arma de fogo.
6) Fase do resultado – São consequências pós-evento, seja institucional, 
administrativo ou jurídico relacionado ao encontro.
Autores policiais acreditam que a elaboração de tais pensamentos ocorre de 
modo semelhante ao agressor. O medo das consequências é contagioso. Se o 
policial tem medo das consequências, também é provável que o agressor o tenha. A 
capacidade que uma pessoa tem para responder a uma situação estressante 
envolve uma relação complexa entre estimulação e percepção do fato e a 
capacidade de responder eficazmente e efetivamente ao fato.
46
4. Dimensões do Perfil Policial
O trabalho policial, assim como todas as profissões, exige de seus integrantes 
um perfil específico adequado às dimensões do trabalho que irá enfrentar. A 
avaliação psicológica assume, nessa fase, uma importância vital, pois qualquer erro 
praticado pelo agente da lei vai, por conseguinte, refletir no seu desempenho futuro e 
na própria instituição, visto que esse erro assume quatro dimensões distintas:
1) Afeta diretamente o cidadão, vítima do despreparo ou erro policial;
2) Afeta a imagem da instituição à qual pertence, maculando sua imagem e a 
confiabilidade pública;
3) Afeta genericamente a sociedade que deve ser protegida pelo aparelho de 
segurança;
4) Afeta o próprio policial que tem prejuízos funcionais com o seu 
desempenho.
4.1. Perfil Exigido
Segundo Lima (2007, p.35/38), foram identificados diversos perfis, que são 
necessários na execução das atividades policiais, ou seja, perfil exigido conforme 
estudos elaborados por especialistas em análise ocupacional e perfis 
profissiográficos ideais para o policial, requerendo os seguintes itens:
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1) Autoridade – É necessário que o agente da lei concorde e internalize 
que é membro de uma instituição onde deve aderir prontamente às ordens, acatar as 
políticas institucionais, aceitar e respeitar os regulamentos, procedimentos 
operacionais, orientações de seus superiores tanto na área administrativa como nas 
atividades operacionais ou de campo. 
2) Atenção aos detalhes – Muitas tarefas atribuídas aos policiais são 
bastante complexas, saindo do modelo de tarefas rotineiras. Atuando em 
ocorrências difíceis como local de morte, incêndios, conflitos civis, 
acompanhamentos táticos, confrontos armados, etc., requerem do agente da lei 
atenção aos detalhes, elementos essenciais para o sucesso de sua atividade.
3) Controle emocional – Rotineiramente, os policiais atuam em situações 
de alto risco ou simplesmente pequenas ocorrências nas quais são submetidos a 
pressões psicológicas, confrontados moral e psicologicamente por cidadãos que 
usam de agressões verbais e ofensas. Todavia, o policial deve manter o controle 
emocional e o autocontrole para poder executar sua missão de maneira adequada.
4) Resistência – A necessidade de atuar eficaz e eficientemente às 
mesmas tarefas por longo período de tempo ou continuar a executá-las 
eficazmente , quando desgastado física e mentalmente, requer do agente da lei uma 
resistência acima do normal. A característica específica da atividade policial, tanto 
pelos aspectos da emoção como pela rotina de poucas atividades, em determinados 
turnos, jornadas ou horários pode criar fadiga, e não obstante esses fatores, o 
policial deve superar-se e desempenhar a missão com eficiência.
5) Inteligência – Potencial individual para

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