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CCJ0043-WL-A-RA-01-Filosofia Geral e Jurídica - Filosofia - Origem Conceito e Objeto

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Turma A – Manhã - 2012.1�� HYPERLINK "http://portal.estacio.br/" \o "Estácio" �� INCLUDEPICTURE "http://portal.estacio.br/img/logo.png" \* MERGEFORMATINET ������Filosofia Geral e Jurídica
Profa.: Luiza Maria Pontual Costa e Silva�Disciplina:
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Apresentação – Filosofia: Origem, Conceito e Objeto.�Folha:
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	Plano de Aula: Filosofia: Origem, conceito e objeto
FILOSOFIA GERAL E JURÍDICA
Título
Filosofia: Origem, conceito e objeto.
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
1.
Tema
O que é Filosofia? O que é Filosofia Jurídica?
Objetivos
Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de:
● Conhecer o conceito de Filosofia e os seus objetos de investigação;
● Compreender a Filosofia como a possibilidade de uma leitura crítica da realidade;
● Identificar o conceito de Filosofia jurídica;
● Estudar os objetos de investigação da Filosofia Jurídica.
Estrutura do Conteúdo
Unidade 1 - Filosofia: Origem, conceito e objeto
O que é Filosofia?
Objetos de estudo da Filosofia.
Objetos de estudo da Filosofia Jurídica.
Aplicação Prática Teórica
Orientação para realizar a atividade:
O aluno deverá rever os pontos da aula ministrada por seu professor, consultar seu material didático e, se necessário, a biblioteca virtual da Estácio para responder e aperfeiçoar os casos concretos desta aula.
A atividade deverá ser feita em arquivo word (.doc), com cabeçalho identificador da atividade e aluno/Instituição/Cursor/Campus/Disciplina/Turma/Aluno/Semana), contendo apenas as respostas fundamentadas e enriquecidas em pesquisa bibliográfica e com a indicação da fonte bibliográfica da pesquisa na forma da ABNT a ser inserida no item "Referências". As questões abaixo são discursivas, o que requer uma resposta na forma de redação. O arquivo deverá ser anexado no ambiente do webaula no prazo estipulado.
Caso 1 - Os pilares do pensamento
Sem perceber, perseguimos o que Platão disse há 25 séculos.
Por Eugênio Mussak
É muito provável que você nunca tenha parado para pensar sobre a origem de seu próprio pensamento - a isso se dedicam os filósofos. O que justifica a filosofia é que compreendendo por que e como raciocinamos passamos a pensar melhor, com mais controle, lucidez e eficiência. Quer um exemplo? Repare que todos os seus pensamentos estão relacionados a quatro grandes áreas, constituídas por extremos: o belo e o feio; o verdadeiro e o falso; o bom e o mau; o útil e o inútil. Sem perceber, você está empenhado em perseguir o belo, o verdadeiro, o bom e o útil, ao mesmo tempo que procura afastar-se de seus opostos. Essa maneira abrangente de comandar o pensamento, de controlar o comportamento e de construir a vida não tem nada de novo. É a filosofia de um homem que viveu em Atenas entre 429 e 347 a.C. e que criou a Academia, considerada a primeira universidade do mundo, que funcionou durante 800 anos e foi a mais perfeita que já existiu. Esse homem chamava-se Platão.
Seguindo essa linha de raciocínio, o belo é o representado pela arte, pela música, pela moda, pelos cuidados com o corpo. A estética torna a vida mais agradável, mais calma e mais feliz. Tão forte em nossas vidas que está relacionada até com a perpetuação da espécie, pois a atração física começa pela percepção da beleza. O verdadeiro significa a busca da verdade em todas as áreas. Por isso estudamos, adquirimos conhecimento e até estabelecemos regras que garantam a manutenção e a soberania da verdade. O bom está relacionado à construção da moral e da compaixão. A busca desses valores é uma das marcas registradas da espécie humana e uma das mais controversas, pois a história mostra que o homem às vezes é mau ao tentar impor o valor do bom. Basta lembrar da Inquisição ou de qualquer outro tipo de fundamento religioso. E, finalmente, o útil, um valor mais moderno e cada vez mais procurado na atualidade. Hoje, tudo que tem um propósito prático e imediato tende a ser valorizado.
A vida ideal seria aquela que contempla essas quatro áreas. A busca de uma delas não deveria ofender as demais, ou pelo menos deveria atingi-las o mínimo possível. O homem costuma mudar a relação entre esses valores. Na Grécia antiga, por exemplo, a sequência ideal era: o belo, o verdadeiro, o bom e o útil. A Revolução Francesa propôs uma inversão, priorizando o bom e colocando o verdadeiro, o belo e o útil na sequência. Outras épocas tiveram seus próprios modelos. Hoje, vivemos o império do útil, seguido do belo e do bom. Deixamos o verdadeiro para o final (que o digam os balanços de certas companhias). Parece que a regra vigente é esta: se for útil não precisa ser verdadeiro e se for belo não precisa ser bom. É claro que não tem como dar certo desse jeito. A história mostra que o desequilíbrio entre essas quatro partes é o que provoca a decadência. Roma que o diga e a América que se cuide! (Fonte: Revista VOCÊ S/A, setembro 2002, nº 51).
Pergunta-se:
1. Qual a importância da Filosofia?
RESPOSTA:
A Filosofia é muito importante para nós, embora muitos não soubessem da sua importância. Ela nos ajuda desvendar os mistérios e histórias da nossa existência, e compreender o porquê e a razão fundamental para tudo o que existe.
A Filosofia é a busca constante do conhecimento, da verdade é um olhar para dentro de nós mesmo, está sempre à procura de respostas, é um ato filosófico de o homem refletir, criticar e argumentar o pouco conhecimento que tem diante desde mundo imperfeito e maravilhoso que vivemos.
E ela nos desafia a despertar nosso espírito critico, para que possamos ter uma visão clara diante dos fatos da vida e dos extremos da natureza humana como a vida e a morte.
Temos que estar sempre prontos às mudanças que ocorrer em nossas vidas, por que a mudança é contínua, a natureza muda, as pessoas mudam e o nosso mundo em geral também muda, nunca é tarde demais para mudar o rumo da sua vida.
Deus é o nosso senhor, que criou o mundo, a natureza e os seres vivos, e nos conduz a compreender os fundamentos da nossa existência, nos deu a inteligência, o amor, a fé, nos deu a vida. A partir da Filosofia surge a ciência que é o conhecimento científico por sua própria natureza.
Cada vez que praticamos uma ação, ao pensamos, ao compreender o que o próximo quer lhe dizer e saber dizer o que você quer para o seu próximo, nesse momento nós estamos filosofando, porque cada um de nós carrega dentro de nós um grande filosofo.
Eis porque a Filosofia não se transforma em credo, pois, ela está em continua luta consigo mesma.
CONCLUSÃO: A filosofia desperta no ser humano o raciocínio. Todo mundo tem um lado filósofo, um jeito de pensar... Um ponto de vista, etc... O que acontece é que nos dias atuais existe uma banalização do pensamento... Não se pensa, não se planeja, se conforma com tudo...
2. Como o autor fundamenta a utilidade da filosofia nos tempos atuais?
RESPOSTA:
A Filosofia pode desenvolver uma maior capacidade de crítica do conhecimento, da escola, da sociedade e das relações humanas através de momentos privilegiados de debate em sala de aula. O contato com teorias contraditórias através de leituras e interpretações propicia um “novo olhar” para o mundo, entendendo que a “verdade”não é privilégio de um indivíduo ou de um grupo social, mas que sua busca depende da interlocução de sujeitos que se colocam na condição de pesquisadores, conscientes de que não conquistarão o conhecimento definitivamente, mas que, até por isso, estão dispostos a continuar procurando através de muito estudo e debate. 
Ao tratarmos de educação, cidadania e construção de relações solidárias e democráticas entre os alunos, nós estamos pressupondo um conjunto de condições necessárias ao seu engajamento político e social. A oportunidade de expressão das idéias, o desejo de participar de debates, a busca da leitura como um prazer da vida e a valorização do progresso intelectual são fundamentais para a conquista de autonomia pelo ser humano.
1 Valores
Uma educação verdadeiramente educativa não existe sem a participação da filosofia, e seu cultivo e exercício. Isso desde a formação do ensino fundamental ao superior. O conhecimento técnico - cientifico limitasse a ensinar o que são as coisas, como funcionam e como o homem pode manipulá-las para fazer, construir, transformar os materiais não chegando a dimensões dos valores da cidadania e dignidade humana.
As ciências, em conhecimentos objetivo do mundo físico e social contribuem muito, como avaliar melhor as coisas por dispor de uma referência empírica, eliminando dúvidas e erros. Porém os conhecimentos científicos não expressam uma razão, para escolhas existências, na formação valorativa, para nos sensibilizar á dignidade da vida humana.
2 Conhecimentos Filosóficos
Existe a necessidade de se recorrer ao conhecimento filosófico, pois é onde se desenvolve uma visão mais ampla no sentido da vida e de tudo, que estabelece assim uma busca com a devida distância crítica, o significado da nossa existência. Sendo o que comumente expressa quando se refere ao “pensar”, refletir, ao argumentar, ao demonstrar, com recursos comuns da nossa subjetividade.
Na formação do ser humano, a educação busca passar-lhes conhecimentos, normas de conduta, então por que a necessidade da prática da filosofia na educação das pessoas de todas as idades. Portanto se visa uma mudança da sua vida, propondo escolhas, O único processo legitimo de fazê-la é apresentando-lhe uma justificativa e que só pode ser assimilada e apropriada pelo educando se fizer sentido a eles. Sendo assim se conhecimentos científicos contribuem para entendimento das coisas a filosofia que ajuda a compreendê-las, e situá-las no conjunto de sentidos que norteiam a existência humana, em complexidade e totalidade.
3 A Filosofia na Formação
Um imprescindível subsídio assim a filosofia é vista na formação, pode e deve estar presente. Desde os tempos da escola fundamental, pois crianças são sensíveis a justificação, não só capaz de pensar, mas também de compreender o pensamento. Pressupõe das capacidades das crianças, de desenvolver essa dimensão reflexiva do pensamento já com elas no ensino fundamental, procurando uma educação para pensar, e ajudar a criança a apropriar se de conceitos e valores, praticar o pensamento, exercendo subjetividade lógica, ética, sendo essencialmente formativo.
A filosofia se torna ainda mais imprescindível na formação de adolescentes do ensino médio, os adolescentes precisam dar conta do significado de sua existência histórica, inserção no mundo do trabalho da sociabilidade e da cultura simbólica. Os componentes filosóficos ensejam um processo de análise, de reflexão e de discussão, onde eles possam lidar de maneira adequada com a própria subjetividade enfrentando com a objetividade de circunstâncias e condições de suas vidas concretas. Somente assim podem ser ajudados em sua autoconstrução, pessoas autônomas, cidadãos membros de uma sociedade histórica.
Em nível universitário, estas exigências se tornam ainda mais pertinentes tais o papel da filosofia na tarefa de emancipação do homem. O conhecimento se torna o único meio e instrumento de que o homem dispõe para se libertar, para se inserir em mediações históricas e sua existência, o conhecimento se faz extrema necessidade, o aporte da reflexão filosófica sobre a realidade histórica do existir humano, assim de um modo que o profissional universitário possa dar conta das diversas significações humanas que envolverão o agir no âmbito social.
Caso 2 - Sobre os fundamentos da Justiça
O que funda a justiça? Seus fundamentos estariam na razão, na linguagem, na transcendência divina, ou na consciência? Eis algumas das linhas de discussão que envolve a questão dos fundamentos da justiça da qual nos ocuparemos agora. Antes de tudo, chamemos a atenção para o fato de que o senso comum tende sempre a confundir justiça com o Poder Judiciário. O termo "acesso à justiça", tão propalado nos nossos dias, não diz nada além da possibilidade de acesso ao Poder Judiciário, no sentido do rompimento das barreiras que separam o cidadão da instituição destinada a proteger os seus interesses. Não diz do acesso á justiça, mas do alcance do órgão estatal que, por definição, é o lugar das lamentações em torno dos conflitos humanos gerados a partir da obrigatoriedade da coexistência a que todos estamos condenados por sentença dos deuses, desde as nossas obscuras origens. Portanto, deixamos claro que os fundamentos da justiça que buscamos jamais se comprometeram com as instituições que são destinadas à efetivação da sua eficácia, ressalvada a configuração aproximativa do ideal de justiça. A pergunta pelos fundamentos da justiça vai muito além da crença na sua realizabilidade institucional, uma vez que esta se mostra apenas na órbita dos possíveis e não na esfera fundante disso que nominamos justiça na milenar trajetória da vida do espírito. (...) Começar a entender os fundamentos da justiça implica entender esse fluir da vivência na sua mais primitiva manifestação, pois é nesse campo primitivo, do atemático, da ausência de quaisquer categorias que se instaura o apelo à justiça. Mas o que é a justiça? De onde vem e quais são os seus indicadores? Eis a questão! (GUIMARÃES, Aquiles Côrtes. Pequena introdução à filosofia política. A questão dos fundamentos. 2. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007. p. 87-90.).
Diante do texto apresentado, responda as perguntas abaixo:
1 - É possível dizer que o texto apresenta uma reflexão filosófica sobre o Direito?
RESPOSTA: SIM.
2 - Destaque uma parte do texto que justifica sua resposta anterior.
RESPOSTA: “Antes de tudo, chamemos a atenção para o fato de que o senso comum tende sempre a confundir justiça com o Poder Judiciário. O termo “acesso à justiça”, tão propalado nos nossos dias, não diz nada além da possibilidade de acesso ao Poder Judiciário, no sentido do rompimento das barreiras que separam o cidadão da instituição destinada a proteger os seus interesses.”
ATIVIDADE EXTRACLASSE OBRIGATÓRIA
NOME DA DISCIPLINA:
FILOSOFIA GERAL E JURÍDICA
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÓDIGO:
 
TÍTULO DA ATIVIDADE
A leitura de textos (ANEXOS AO PLANO DE ENSINO) à maneira filosófica
OBJETIVO:
O objetivo da atividade é ofertar ao aluno um exercício prático que possibilite o desenvolvimento da habilidade de ler um texto à maneira filosófica. Denomina-se este modelo de método de leitura estrutural, porque se realiza uma análise interna do texto, observando seu caráter sistemático e orgânico - a ordem das razões. O que significa dizer que todo texto, filosófico ou não, deve ser lido como parte de um sistema coerente de argumentos, conceitos e proposições. Visa-se fundamentalmente preparar o estudante para que, ao final do seu curso, possa ser capaz de pensar o Direito e suas aporias. Faz-se necessário ensinar esse método estrutural para ler textos filosóficos ou não e, ao mesmo tempo, estimular o pensamento autônomo. O que se procura mostrar é que o rigor na leitura decorre da própria organização conceitual dos textos.
COMPETÊNCIAS/HABILIDADES:
A atividade visa promover no aluno uma atitudereflexiva e crítica segundo a qual um texto deve ser lido, observando-o como parte de um sistema coerente de argumentos, conceitos e proposições. O aluno deverá procurar a interpretação que permita recuperar a coerência e a lógica interna dos argumentos apresentados no texto. Para tanto, ao ler um texto de maneira filosófica, deve-se buscar, em primeiro lugar, um esforço efetivo para compreensão da inteligência do texto. Antes de proferir seu juízo de valor sobre a validade substantiva das proposições, deve-se buscar a sua lógica interna. Usa-se esse modelo de leitura para se compreender a lógica interna dos filósofos, sendo certo afirmar, que se não se entende a lógica interna de um Filósofo/autor, não poderemos compreender sua filosofia/argumentos. Visa-se, portanto, desenvolver um olhar voltado para o método do pensar crítico, ou seja, o método de organizar o discurso. Para que serve o estudo de filosofia? Por que um estudante precisa estudar filosofia? Para ler cientificamente um texto e desenvolver as aptidões de julgar e raciocinar de forma coerente. A atividade propõe as condições de possibilidade para que o aluno desenvolva o olhar do intérprete estrutural que se preocupa primordialmente com a concatenação argumentativa das ideias do autor de um texto, estimulando assim a reflexão pessoal e filosófica. Ler um texto de maneira eficiente constitui-se em habilidade fundamental em qualquer disciplina. Nesta atividade o aluno não lê somente, mas estuda.
DESENVOLVIMENTO:
1ª etapa: Essa etapa será realizada nas aulas 2 e 3. O aluno deverá analisar dois textos ao longo do semestre. O primeiro é o Voto da Ministra Ellen Gracie sobre o aborto de fetos anencéfalos e, o segundo, a Petição Amicus Curiae de Luis Roberto Barroso, disponíveis no ambiente do webaula. O primeiro texto deverá ser analisado até a AV1. O segundo até o momento da AV2, sendo apenas neste último acrescido de uma crítica elaborada pelo o aluno, a partir dos autores estudados nas três últimas aulas: Habermas, Rawls e Dworkin. O texto elaborado pelo aluno como resultado da análise realizada, deverá ser inserido na webaula.
2ª etapa: Essa etapa será realizada nas aulas 4 e 5. Começa-se com uma leitura rápida para através dela ter uma visão global do texto.  Deve-se ler o texto inteiro sem interrupções. Nesta fase, observe, parágrafo por parágrafo,  para verificar o uso de termos. Consulte o dicionário (língua portuguesa e/ou jurídico) para esclarecer dúvidas quanto à acepção escolhida pelo autor; faça uma breve pesquisa na internet sobre o autor do texto, sua área de atuação e titulação; investigue eventuais fatos históricos ou acontecimentos mencionados pelo autor e seu histórico; destaque o tema central abordado no texto - deve-se responder às seguintes perguntas: (a) do que trata o texto? (b) o que está sendo afirmado? Apresente, em linhas gerais, a posição do autor (a favor ou contra) em relação ao tema do texto. Familiarize-se, nesta etapa, com o repertório conceitual do autor.
3ª etapa: Essa etapa será realizada nas aulas 6 e 7. Leitura aprofundada? O estudante deve se fixar em cada passagem do texto para identificar todos os movimentos do texto. Deve-se responder às seguintes perguntas: (a) Em quantas partes o texto está dividido? Que critérios foram utilizados para essa divisão? Alguns textos já estão divididos pelo próprio autor, outros não. (b) Justifique a escolha do número de partes que foram encontradas. (c) enumere os argumentos apresentados no texto separando os argumentos centrais e subargumentos. Após destacá-los numere-os à margem do próprio texto. Em muitos textos os argumentos não estão numerados, mas são apresentados numa ordem lógica discursivamente (Em primeiro lugar.../Por um lado...).
4ª etapa: Essa etapa será realizada nas aulas 8 e 9. Defina com clareza, numa proposição, o argumento apresentado pelo autor em cada parte do texto ( identificados na 3ª etapa). Procure organizá-los como se fosse uma estrutura arborizante (tronco - argumento central/ galhos - subargumentos). Identifique o lugar da ideias apresentadas pelo autor nos argumentos e subargumentos selecionados. Releia com atenção diferenciada as partes que contém as ideias centrais e estruturantes de cada argumento defendido no texto. Reconstrua o texto a partir de uma representação gráfica dos argumentos (Exemplo: 1. Tema; 2. tese central; 2.1. argumento; 2.1.2. subargumento etc). Procure responder às seguintes perguntas: (a) o que está sendo dito detalhadamente? Como? (b) Identifique a tese central apontada pelo autor.
5ª etapa: Essa etapa será realizada nas aulas 12 e 13. Releia o texto de uma única vez. Reler é mais vantajoso do que tentar entender tudo na primeira leitura. Após a releitura, elabore um texto, com autoria, apresentando discursivamente respostas às seguintes perguntas: (a) Do que fala o texto? (b) Qual é o tema principal do texto e como o autor o desenvolve de maneira ordenada? (c) Como ele está dividido? (d) Por que o autor construiu sua argumentação dessa forma? (e) Contra quem o texto está sendo escrito? (f) Qual a tese central do texto? (g) A que conclusão chegou?
Somente para o segundo texto acrescente o seguinte item: Dentre os autores estudados nas três últimas aulas (Habermas, Rawls e Dworkin), qual seria mais adequado para uma melhor compreensão da tese central ofertada pelo autor do texto analisado?
PRODUTO/RESULTADO:
É importante observar que não existe um modelo rígido para leitura de textos, mas nesta atividade, o aluno aprende algumas dicas para se iniciar no estudo de textos complexos e no campo da leitura reflexiva. Compreenderá, ao final, que no momento da leitura é preciso entender as ideias antes de julgá-las. E que ler um texto com atenção significa captar a intencionalidade do autor que se desvela no sentido dos argumentos que apresenta. Assim, o aluno apresentará dois textos, na forma de um fichamento de leitura, contendo os itens solicitados, a saber:
(a) Do que fala o texto? (b) Qual é o tema principal do texto e como o autor o desenvolve de maneira ordenada? (c) Como ele está dividido? (d) Por que o autor construiu sua argumentação dessa forma? (e) Contra quem o texto está sendo escrito? (f) Qual a tese central do texto? (g) A que conclusão chegou?
Somente para o segundo texto, Petição Amicus Curiae, acrescentará o seguinte item: Dentre os autores estudados nas três últimas aulas (Habermas, Rawls e Dworkin), qual seria mais adequado para uma melhor compreensão da tese central ofertada pelo autor do texto analisado? Justifique sua escolha.
==XXX==
E-mail:
Livros Recomendados:
01-VER – Miguel Reale – Filosofia do Direito
Resumo de Aula (Waldeck Lemos)
	
	1ª AULA – Apresentação
	
	APRESENTAÇÂO
==XXX==
Resumo de Aula (Professor - Aula Mais - Estácio)
	
	1ª AULA – Filosofia: Origem, conceito e objeto
	
	Filosofia Geral e Jurídica
Professora Clara Brum
Aula 01
Título da unidade: Filosofia: Origem, conceito e objeto.
Tema: O que é Filosofia?
Objetivos:
Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de:
-Identificar como funciona a metodologia de ensino centrada no estudo de casos, adotada no curso de Direito, na disciplina Filosofia Geral e Jurídica;
-Conhecer a origem etimológica do termo Filosofia;
-Conhecer e compreender o conceito de Filosofia e os seus objetos de investigação;
Reconhecer a Filosofia como a possibilidade de uma leitura crítica da realidade.
Unidade 1 – Filosofia: Origem, conceito e objeto
O que é Filosofia?
Objetos de estudo da Filosofia.
Conteúdo:
Qual a finalidade da disciplina?
A disciplina Filosofia Geral e Jurídica visa ressaltar a importância do saber filosófico como a base de todo o conhecimento, bem como estimular o desenvolvimento de um pensamento reflexivo significativo para o desenvolvimento pleno do Ser.
É importante, compreendera Filosofia como o momento do florescimento do pensamento racional e reconhecer as contribuições para o desenvolvimento do conhecimento científico, em especial para o conhecimento e debate acerca dos fundamentos das doutrinas jurídicas. Observam Billier e Maryoli (2006, p. 11) que compreender os debates contemporâneos a partir do olhar da filosofia nos oferece dupla perspectiva de abordagem, a saber: o conhecimento de nossa história que nos oferece um olhar especial sobre o passado para compreender o presente; compreender a construções teóricas que foram elaboradas e que persistem no mundo contemporâneo.
Metodologia do Caso Concreto
Caso 1 - O cidadão moderno quer mais do que explicações de como tudo acontece e sai em busca do porquê dos fatos do dia-a-dia
Pergunta-se: 
O que é Filosofia?
Importa neste primeiro momento definir o conceito de Filosofia, apresentar os assuntos de seu interesse; sua utilidade e, em síntese, seu caminhar na história do pensamento. Por fim, deve-se ressaltar a sua relação com os demais campos do conhecimento humano. Todavia é relevante observar que não basta compreender sua definição para iniciar-se no filosofar.
A palavra Filosofia:
O termo Filosofia é constituído por duas palavras gregas philos e sophia e que o filósofo não adquire o saber como uma aquisição contínua, mas é aquele que busca a sabedoria, por meio de um espírito indagador. Deve-se pontuar que a filosofia configura um conhecimento específico que a torna diferente das outras áreas de saber e que também se afasta do mito, considerado como primeira manifestação de cultura.
Qual a sua proposta?
Conforme ensina Severo Hryniewicz (2008, p. 19), a filosofia é “uma proposta de meditação e leitura crítica da realidade. Uma tentativa de obtenção de um conhecimento global e totalizante do homem no mundo, dentro de uma fundamentação racional”.
Vamos conhecer alguns conceitos de Filosofia?
Conceitos:
Marilena Chauí: “A fundamentação teórica e crítica dos conhecimentos e práticas. Um saber que se preocupa com as origens, causas, formas conteúdo dos valores éticos, políticos.” (CHAUÍ, 2001).
Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins: “A filosofia é um modo de pensar que acompanha o ser humano na tarefa de compreender o mundo e agir sobre ele. Mais que postura teórica, é uma atitude diante da vida, tanto nas condições corriqueiras como nas situações-limites que exigem decisões cruciais.” (ARANHA; MARTINS, 2003, p. 81).
Karl Jaspers: (apudARANHA; MARTINS, 2003, p. 91) “A filosofia é a busca ou procura da verdade, não a sua posse, porque fazer filosofia é estar a caminho”.
Paulo Ghiraldelli Jr.: “A palavra filosofia vem do grego phílos + sophía, onde phílos tem a ver com filiação, amizade, e sophia designa sabedoria. Considerando exclusivamante a etimologia do termo filosofia, o que se obtém é que o filósofo é amigo da sabedoria, está filiado à empresa que busca a sabedoria, procura o conhecimento – o saber verdadeiro” (2003, p. 3).
Quais as características da filosofia?
-Radical: da palavra latina radix, radicis significa raiz e, no sentido figurado, “fundamento”, “base”.
A filosofia é radical porque busca explicitar os conceitos que estão na base do pensar e do agir. Investiga as raízes, os princípios que orientam nossa existência. (ARANHA; MARTINS, 2003, p. 90).
-Rigorosa: o filósofo deve dispor de um método a fim de proceder com rigor.
São vários métodos para proceder a investigações e desenvolver um pensamento rigoroso, fundamentado, coerente e expresso numa linguagem também rigorosa. Os conceitos devem ser claramente definidos. (ARANHA; MARTINS, 2003, p. 90).
-Saber de conjunto: a filosofia é globalizante porque ao examinar, observa os diversos aspectos de um problema.
A filosofia visa ao todo e, nesse aspecto nada foge ao seu interesse. Por isso, é interdisciplinar, ou seja, está presente em todas as áreas de saber. (ARANHA; MARTINS, 2003, p. 90).
Qual a sua utilidade?
-O que significa utilidade?
-A filosofia não serve para alterações imediatas de ordem pragmática;
-Assemelha-se à arte (o fim em si mesmo);
-Onde está a necessidade da filosofia?
“Está no fato de que, por meio da reflexão, a filosofia nos permite ter mais de uma dimensão, além da que é dada pelo agir imediato no qual o ‘indivíduo prático’ se encontra mergulhado. É a filosofia que dá o distanciamento para a avaliação dos fundamentos dos atos humanos e dos fins que eles se destinam. (...) Portanto, a filosofia é a possibilidade de transcendência humana, ou seja, a capacidade de superar a situação dada e não-escolhida. (...) A filosofia impede a estagnação” (ARANHA; MARTINS, 2003, p. 91 – grifos das autoras).
Qual a sua contribuição?
“Por conseguinte, a contribuição específica da filosofia que se coloca ao serviço da liberdade, de todas as liberdades, é a de minar, pelas análises que ela opera e pelas ações que a desencadeia, as instituições repressivas e simplificadoras [da vida]” (ARANHA; MARTINS, 2003, p. 91).
O que diferencia a filosofia de outras disciplinas?
“Embora a filosofia de fato tenha suas próprias áreas de pesquisa, uma das suas características mais distintivas não é tanto o que se estuda, mas como se estuda – e é isso que faz a experiência de estudar filosofia bastante diferente da experiência de estudar qualquer outra disciplina. Na filosofia aprendemos a identificar e a pensar com cuidado sobre nossas mais simples ideias e teorias – aquelas que sustentam toda a busca pelo conhecimento que fazemos em outras áreas. (...) Buscamos examinar o que está por trás de nossas preocupações cotidianas, os sistemas e as estruturas que sustentam nosso pensamento (e que em geral sequer percebemos), bem como testar sua solidez” (SAUNDERS et al, 2009, p. 9).
Quais são as áreas de estudo da Filosofia?
Nesse sentido, A filosofia apresenta áreas específicas de estudo, dentre as quais destacamos:
Metafísica - estudo do Ser – Em Aristóteles, a metafísica ou ontologia designa a filosofia primeira, ou seja, a filosofia que procura os princípios e as causas primeiras e que estuda o ser enquanto ser. O conhecimento dos princípios. Doutrina filosófica que, partindo do real e da experiência, procura sua explicação racional, culminando em realidades absolutas e transcendentes (REZENDE, 1992, p. 252).
Lógica – o estudo das regras do raciocínio - Ciência que estuda a estrutura e o modo de operar do nosso pensamento, através de uma investigação sobre as categorias e princípios que utilizamos.
Teoria do Conhecimento - estuda o conhecimento em geral – disciplina filosófica que visa estudar os problemas levantados pelo sujeito cognoscente e o objeto conhecido.
Filosofia Prática - estudos sobre a ética, moral e política – disciplina filosófica que realiza estudos sobre princípios éticos, a vida moral e sobre os fundamentos do direito e legitimidade do poder.
Estética – o estudo do belo e da arte - (gr. aisthetikós, de aisthanesthai: perceber, sentir). Um dos ramos tradicionais do ensino da filosofia. O termo "estética" foi criado por Baumgarten (séc.XVIII) para designar o estudo da sensação, "a ciência do belo", referindo-se a empina do gosto subjetivo, àquilo que agrada aos sentidos, mas elaborando uma ontologia do belo.
Qual a origem da Filosofia?
Segundo Alberto Alonso Muñoz (2008, p. 56), a filosofia nasceu grega e isso significa afirmar que nasceu na região geográfica da Hélade, por volta do séc. VI a. C., numa época marcada por transformações sociais, nas ilhas da Ásia Menor e numa região do sul da Itália denominada Magna Grécia. Muitos autores observam que seu advento marca a passagem da narrativa mítica, presente em todas as culturas para descrever a estrutura do mundo, explicar os fenômenos naturais e legitimar a política, em favor de uma nova maneira de explicar o universo e a vida social – o nascimento do pensamento racional. Esta forma se apresenta como uma nova maneira de compreender o funcionamento da comunidade política inexistente até então.A filosofia grega se inicia com Tales da cidade de Mileto, por volta do séc. VI a. C. e termina no séc. VI d. C. quando Justiniano, Imperador do Império Romano do Oriente (a parte ocidental estava nas mãos dos bárbaros), decreta o fechamento das escolas filosóficas de Atenas em 529 d. C. De 585 a. C. até o início do séc. V a.C. é considerado o momento de gestação do pensamento ocidental. Alguns autores denominam de período pré-socrático, expressão inadequada, segundo algumas opiniões, já que Demócrito era contemporâneo de Sócrates. Assim inauguram o pensamento científico e filosófico no Ocidente, período cosmológico. Expoentes: Tales, Heráclito, Parmênides, Anaximandro, Anaxágoras, Anaxímenes etc.
O período entre os séculos V e I a.C. foi marcado pela criação de novos conceitos e questões no horizonte de uma crítica minuciosa. É o momento de grandes sistemas filosóficos. Exemplo: Platão, Aristóteles, Epicurismo e Estoicismo. Momento de fundação dos centros de ensino, as escolas filosóficas.
Do Séc. I a.C. até o séc. VI d.C., foi marcado pela erudição porque é o momento de comentários das obras dos filósofos anteriores. Dai ser marcado por grande sincretismo, recebendo a denominação de período sistemático. Exemplo: Estoicismo romano, ceticismo e cristianismo. Nesta fase a originalidade perde seu espaço para doutrinas que apresentam verdades perenes, indiscutíveis, dogmáticas.
A Filosofia em Atenas
Cabe-nos refletir sobre uma questão importante. O surgimento da filosofia não aconteceu na cidade de Atenas. Todavia se tornará o palco em que se desenvolverão os maiores sistemas filosóficos durante o séc. V a. C. O fato é que nesse lugar a filosofia e a política se ligam intensamente. Os pensadores promoverão uma investigação criteriosa sobre a natureza do fenômeno político em razão, talvez, da situação política operada por Sólon e Clisteres que conduziram à democracia.
Atribui-se a Pitágoras a criação da palavra Filosofia que significa etimologicamente amor ou amizade à sabedoria. Todavia, não se sabe ao certo o que este pensador quis dizer exatamente, mas que de um modo geral, os gregos entendiam a filosofia como um conjunto das ciências naturais e humanas que investigava a estrutura e as leis do universo. Os filósofos pré-socráticos eram cientistas naturais que observavam a natureza, ou seja, a estrutura fundamental do cosmo, o ciclo das estações, a astronomia, aspectos da botânica e zoologia, da sociologia e etnografia, da fisiologia do corpo humano etc... (MUÑOZ, 2008, p. 56). A finalidade dos filósofos era buscar a verdade, ou seja, explicar todo o universo em sua estrutura básica. Precursores do que se entende hoje por ciência. Muitas concepções do pensamento pré-socrático configuram herança de outras culturas, mas há uma postura diante do mundo singular.
Caso 2 - Azeitonas de Atenas
Pergunta-se:
1. O que é o mito?
2. Por que os gregos buscavam fundamento na narrativa mitológica para explicar a realidade?
3. Distinga Mito de Filosofia. 
Mito e Filosofia
A consciência mítica predominou na cultura de tradição oral e era transmitida pelos poetas através de narrativas que apresentavam histórias sobre a criação do universo e relatos míticos sobre a origem da espécie humana. A palavra mito vem de Mythos que significa “palavra”, “o que se diz”. Segundo Aranha e Martins (2003, p. 84).
(...) o pensamento filosófico é algo muito diferente do mito, por resultar de uma ruptura quanto à atitude diante do saber recebido. Enquanto o mito é uma narrativa cujo conteúdo não se questiona, a filosofia problematiza e, portanto, convida à discussão. No mito a inteligibilidade é dada, na filosofia é procurada. A filosofia rejeita o sobrenatural, a interferência de agentes divinos na explicação dos fenômenos. Ainda mais: a filosofia busca a coerência interna, a definição rigorosa dos conceitos, organiza-se em doutrinas e surge, portanto, como pensamento abstrato.
O mito é uma forma de compreender o mundo e sua função é de tranquilizar o ser humano diante dos desafios da vida. Esse tipo de narrativa transcende o sagrado e envolve todos os campos da atividade humana, segundo prelecionam Aranha e Martins (2008). Serve ao propósito da coesão social, porque fixa modelos de conduta, valores morais, princípios éticos, enfim, reafirmam ritos compartilhados numa cultura.
Observa-se que se distingue da lenda, pois se afigura como uma verdade intuída e, portanto, não precisa de comprovações. Nesse sentido, “esse falar sobre o mundo simbolizado pelo mito está impregnado do desejo humano de dominá-lo, afugentando a insegurança, os temores e a angústia diante do desconhecido e da morte” (ARANHA; MARTINS, 2008, p. 72).
Resumindo...
A filosofia foi um fenômeno grego;
Os primeiros filósofos indagaram como surgiu o mundo ordenado;
Os filósofos posteriores desenvolveram sistemas filosóficos analisando de maneira crítica a vida em sociedade;
A filosofia nasceu da passagem da narrativa mítica à racional;
FONTES:
Grécia Antiga - http://www.youtube.com/watch?v=zZRXvFOMMk0&feature=related
Construindo um império: Grécia - http://www.youtube.com/watch?v=uhLGklh4348&feature=related
O Conhecimento - http://www.youtube.com/watch?v=AXzfjQeEjYg
Útil ou inútil? - http://www.youtube.com/watch?v=W6LjvmzIb7I
A filosofia começa bem cedo... - http://www.youtube.com/watch?v=kqtCNNdxm5I
Filosofia: conceito e características - http://www.youtube.com/watch?v=EQO-VuixqpY&feature=related
Mitologia - Introdução à Filosofia - http://www.youtube.com/watch?v=ofcKTYvKAYo&feature=related
Introdução aos gregos – parte 1 - http://www.youtube.com/watch?v=Xw-EKKtoR9o
Referências
-ABBAGANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. SP: Mestre Jou, 1982.
-ARANHA, M. l. A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. 3.ed.,São Paulo: Moderna, 2003.
-BITTAR, E. C. B.; ALMEIDA, G. A. A. Curso de filosofia do direito. 3.ed., São Paulo: Atlas, 2004.
-CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. SP: Ática, 2001.
-MUÑOZ, Alberto Alonso. O nascimento da filosofia. In: MACEDO Jr. (Org.). Curso de FilosofiaPolítica. São Paulo: Atlas, 2008. p. 43-74.
-SAUNDERS, Clareet al. Como estudar filosofia. Guia prático para estudantes. Porto Alegre: Artmed, 2009.
Na próxima aula estudaremos os seguintes pontos:
Qual a relação entre Filosofia e Direito?
O que significa Filosofia do Direito ou Filosofia Jurídica?
Podemos afirmar que a filosofia jurídica é a busca do fundamento de legitimação da norma jurídica?
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MD/Direito/Estácio/Período-03/CCJ0043/Aula-001/WLAJ/DP
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