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RESUMO Constituição de 1988

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ 2021/2
ESCOLAS DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS - ECJS
DISCIPLINA: FILOSOFIA GERAL E JURÍDICA
PROFESSOR: RAFAEL CHEROBIN
ACADÊMICOS: BÁRBARA GEORG, EVANI COSTA DA
SILVA, FELIPE MICHELS PERES, WESLEY RABELO
Resumo do Artigo A Constituição de 1988
Ruy Mauro Marini
Itajaí 2021/2
Diante do texto, percebe-se que o processo constituinte brasileiro, de 1988, trata de uma
participação prematura econômica do Brasil no mercado mundial, delineando uma conjectura
consolidada que começou a se submeter às regras do comércio mundial. Ocorre uma causa por esse
direcionamento do sistema de produção do mercado internacional e pela retomada da correspondência
de postura econômica em relação aos Estados Unidos, posteriormente ocorre uma adoção do sistema
capitalista moderno nas relações empresariais e então se recorre às práticas jurídicas a partir da teoria
política burguesa que especificamente configura três vertentes: a autoritária, de Hobbes e Hegel; a
então liberal, de Locke; e por fim a democrática, de Rousseau. Essa tradição constitucional brasileira,
que foi vivida e conduzida a partir da teoria política burguesa, teve como influências significativas,
em primeiro lugar, a corrente autoritária, e, em segundo, a liberal.
Denota-se que a constituinte desenvolveu-se diante de um quadro institucional heterônomo, o
qual surgiu em 1964, ao passo que diante da pressão social existente, a burguesia teve de recorrer aos
meios jurídicos da teoria político burguesa, haja vista que nas eleições de 1986 estabeleceu-se
representação política em sua maioria pelo partido da burguesia opositora (PMBD), de modo a
recompor o bloco burguês-militar.
A prática foi instaurada e disseminada do monopólio, teve uma intensificação da
centralização das grandes empresas e ocorre uma busca inconsequente, obsessiva-compulsiva por
lucros que posteriormente embarca numa mudança, um sistema de produção nacional que pudesse
garantir a capacidade competitiva internacional, porém essa alternativa se considerou cruel pois,
muitas empresas não possuíam os recursos de investimento para se impor nesse cenário. E foi onde
ocorreram os mecanismos do FMI e a situação da pequena empresa se agrava pois o mercado interno
estava fragilizado, estagnado e consequentemente propício a dificultar o desenvolvimento econômico
e a própria manutenção do comércio.
Observamos, que o controle ordinário da utilização dos recursos públicos e da ação popular é
colocado ao interior do próprio aparelho de Estado, com predominância do Congresso Nacional,
auxiliado pelo Tribunal de Contas da União, linha que dá a pauta a ser seguida por estados e
municípios. A iniciativa popular em matéria de fiscalização, passível de ser exercida por cidadãos,
sindicatos, partidos e associações, limita-se à faculdade de denunciar irregularidades ante o TCU.
Por outro lado as grandes empresas capitais que são as possuidores dos meios para se
consolidar a partir dessa competição internacional, se sentiram limitadas pelo Estado por que eram
impostas a ela regras e restrições de como elas deveriam se comportar nesse cenário nacional, então
existe uma alimentação do monopólio, uma proibição de formação de cartel, uma determinação de
qualquer legislação trabalhista que pudesse garantir os mínimos direitos de qualquer trabalhador
estabelecendo toda a questão trabalhista envolvida.
Essas mesmas empresas começaram a defender o liberalismo como uma forma de reduzir o
poder de intervenção estatal assim nos comportamentos econômicos e no comércio nacional em geral
para que pudesse então utilizar os métodos para potencializar os lucros tornando o serviço produtivo e
competitivo para o mercado. Os setores da pequena burguesia que eram independentes dos estímulos
estatais e do liberalismo se tornaram um sinônimo de falência por não conseguir resistir ao poder
competitivo das grandes empresas nacionais que também não resistiriam às regras do mercado
internacional, pois a maioria não tinha acesso a todos os setores de forma homogênea, os ideais vão de
encontro aos que defendiam o movimento operário e que nesse momento se unem com os pequenos
burgueses para resistir e derrubar o regime ditatorial, pois ambos defendiam a intervenção estatal na
economia em forma de regulação atuante.
A classe média salarial que deriva dessa pequena burguesia aderiu a essa união, pois a crise
econômica foi um pós milagre econômico, os privilégios do consumo eram fornecidos pelo Estado, se
uniram pois era evidente que o proletariado que tava sofrendo com a rigidez de liberdade antes
mascarado pelos níveis de remuneração e consumismo se tornaram evidentes nesse cenário ditatorial e
transicional. A constituição de 1988 teve uma transição entre o poder ditatorial e o liberalismo, por ter
uma representação de permanência no sistema presidencialista, ainda que possa ter sido introduzido
na tradição constitucionalista brasileira um elemento inovador, um caráter mais abertamente
democrático. Assim, aparecem novas ou renovadas figuras jurídicas que submetem o Estado
brasileiro, tornando-o mais permeável. À iniciativa popular, o que não tem precedentes na história
constitucional do país, tudo isso devido às lutas sociais que antecederam e que foram concomitantes.
No eixo democrático, podemos ter uma noção de participação política e de representatividade
na esfera pública brasileira, nesse aspecto diante do texto, Ruy Mauro Marini, expõe que que não
deveria existir restrições a uma organização partidária pois isso é um obstáculo a representação
popular, permitindo que a população possa ter a chance e o direito de se representar sem a
intervenção e a mediação de um partido. A Constituinte, que não tem uma relação direta com a
história moderna do Brasil, tinha ainda assim, a participação na ordem econômica e na democracia
que apresentam-se bastante restringidas, algo mais coeso com a tradição liberal do que com a
democrática.
Por fim, é a aposta na mobilização popular que permitirá realizar as potencialidades que a
Constituição de 1988 esboça, o movimento para estabelecer a representatividade da vontade popular e
que esses interesses de certa forma precisam ser verdadeiramente representados, precisa ocorrer uma
iniciativa autônoma principalmente nos municípios, pois, esses princípios precisam ter um ideal de
ação que podem ser implementados de início, em empresas autogestionárias e que elas precisam ser
controladas pelos próprios trabalhadores pois assim se assegura uma presença ativa nessa elaboração,
nessa condução de políticas internas, Marini leva uma proposta realista de um Brasil de possibilidade
socialista com soluções para problemas de um país e para problemas de representatividade operária.
A democracia direta, mediante a participação popular, é a melhor forma de assegurar ao
trabalhador seus próprios interesses, à medida que a luta democrática existente há mais de uma década
expõe sua continuidade, ao passo que consagra aspectos constitucionais bem definidos no
estabelecimento do texto constitucional de 1988.

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